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proteinas totais

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Proteínas totais e frações 
 As proteínas são os constituintes orgânicos primordiais, atuando livre ou na forma de transporte. 
Estima - se que dentro de uma célula humana tenha de 3000 a 5000 proteínas distintas, e mais de 300 proteínas diferentes foram encontradas no plasma com papeis bioquímicos específicos, sendo que suas concentrações podem ser afetadas por processos patológicos, portanto, são determinadas na investigação de várias doenças.
 Somente algumas proteínas são mensuradas rotineiramente, e as mais medidas são os presentes no sangue, urina, líquido cefalorraquidiano, líquido amniótico, peritoneal ou pleural, fezes e saliva.
 As funções das proteínas plasmáticas incluem:
Transporte;
Manutenção da pressão osmótica;
Tamponamento de alterações do pH;
Imunidade humoral;
Atividade enzimática;
Coagulação;
Resposta da fase aguda de processos infecciosos.
	A concentração das proteínas plasmáticas é determinada por três (3) fatores principais: 
 Velocidade de síntese; 
 Velocidade de catabolismo;
 Volume de distribuição.
 1. Velocidade de síntese
 A maioria das proteínas plasmáticas são sintetizadas no fígado, outras como as imunoglobulinas são sintetizadas pelos linfócitos, as apolipoproteínas pelos enterócitos e as microglobulinas (proteínas de superfície celular) em vários locais do corpo. 
 Aproximadamente 25 g de proteínas plasmática são sintetizadas e secretadas a cada dia, pois não há armazenamento intracelular.
2. Velocidade de catabolismo
 As proteínas plasmáticas são degradadas através do corpo, os aminoácidos liberados ficam disponíveis para a síntese das proteínas celulares. 
 
3. Volume de distribuição
	A concentração de proteínas totais no plasma está ao redor de 7,0 g/dL e, aproximadamente 250g são encontradas no compartimento vascular de um homem adulto de 70kg. 
 A água atravessa mais livremente as paredes capilares do que as proteínas, portanto a concentração das proteínas no espaço vascular é afetada pela distribuição líquida.
 	As principais proteínas séricas consistem em albuminas, globulinas e fibrinogênio, cada uma com características próprias. 
 O fibrinogênio é a única proteína do plasma que tem origem exclusiva no fígado, as demais têm origem no fígado, órgãos hematopoiéticos, intestinos e SRE. 
 A albumina é uma das mais importantes proteínas do plasma representando em torno de 60% do total das proteínas, e é a principal responsável pela manutenção da pressão osmótica orgânica, e atua como transportadora para alguns medicamentos e diversos compostos orgânicos.
 As globulinas são sintetizadas no fígado, sistema retículo endotelial e outros tecidos por mecanismos ainda não bem definidos. 
Albumina: Exerce importantes funções: regulação osmótica, transporte, pH...
1: 
1-antitripsina (AAT): Doenças pulmonares, hepáticas, reumáticas...
1-glicoproteína ácida (AAG): Artrite reumatoide, LES, IAM...
1-fetoproteína (AFP): líquido amniótico para ver defeito no tubo neural
1-lipoproteína: Transporte de Lipídeos
2:
Haptoglobina (HAP): Transporte de Hb
2-macroglobulina (AMG): inibe atividade da trombina.
Ceruloplasmina (CER):transporte de cobre no plasma
:
Transferrina(TRF/Siderofilina): Transporte de Ferro
Hemopexina (HX/HPX): atua no radical heme
 - lipoproteína : Transporte de Lípideos
Complemento C4: Resposta imunológica humoral
Fibrinogênio: Coagulação
Complemento C3: Resposta imunológica humoral
2 – microglobulina (BMG):é útil no teste da função renal de transplantados.
:
PCR : Fase aguda das doenças (não específico)
Imunoglobulinas (anticorpos humorais)
	As imunoglobulinas são glicoproteínas sintetizadas pelo sistema imune em resposta a uma partícula estranha (imunógeno) que podem reconhecer, reagir ou neutralizar invasores denominados resposta imunológica. 
	Imunoglobulinas: Constituídas por proteínas de quatro cadeias polipeptídicas. São glicoproteínas sintetizadas pelo sistema imune, e as formas mais conhecidas são: IgA, IgM, IgG, IgE e IgD.
IgA
	Encontrados nas secreções como: saliva, leite, colostro, lágrimas, secreções gastrointestinais e respiratórias, está aumentada nas doenças auto-imune. 
 Fornece proteção anti-séptica às superfícies externas contra microrganismos. 
	Estão relacionados a imunodeficiência primária, correspondem a 10 - 15% das imunoglobulinas.
 
IgM
	É a primeira resposta imune ao estímulo antigênico, e é a primeira imunoglobulina produzida pelo feto durante o seu desenvolvimento. Está confinada ao espaço intravascular, e devido a sua elevada massa molecular, não atravessa a barreira placentária. 
 Níveis elevados em RN durante a 1ª semana de vida sugerem infecção pré-natal. No adulto compreende 5-10% das imunoglobulinas circulantes totais. 
	É empregada na avaliação da imunidade humoral, diagnóstico e monitoramento de diversas patologias. 
 IgG 
	Correspondem a 85% das imunoglobulinas. 
 
 Incluem os anticorpos iniciais produzidos contra microrganismos infecciosos, são capazes de atravessar a placenta, fornecendo imunidade humoral para o feto e o recém nascido, antes da maturação do sistema imune. 
 Sua principal função é a neutralização de toxinas nos espaços teciduais. Anticorpos da classe IgG são produzidos em resposta a invasão de toxinas envolvendo proteínas estranhas, como as dos vírus e bactérias. Possuem 4 sub-classe: IgG1, IgG2, IGg3 e IgG4 .
 IgE
	Presente nas reações alérgicas, e na imunidade antiparasitária, incluem as reaginas que se ligam as células, em presença de antígeno (alérgenos) que induzem a liberação de aminas vasoativas pelos mastócitos produzindo reações de hipersensibilidade local, encontrado no plasma em pequenas quantidades.
 IgD 
	Seu papel é ainda desconhecido , constitui menos de 1% das imunoglobulinas.
Temos hiperproteinemia nos seguintes casos:
 
Mieloma múltiplo, outras neoplasias;
Processos parasitários crônicos como: Calazar, Esquistossomose, Malária
Tripanossomose 
Sifílis, Tuberculose, Hanseníase
Artrite reumatóide, Lúpus eritematoso
Endocardite bacteriana
Doenças hepáticas crônicas, como hepatites e cirroses
Desidratação
Temos hipoproteinemia nas seguintes condições:
Perdas renais das síndromes nefrótica;
Durante a gravidez;
Desnutrição grave;
Anorexia;
Deficiência de síntese hepatocelular;
Anemias graves;
Perdas cutâneas por feridas extensas ou queimaduras graves;
Hipertireoidismo;
Deficiência de cálcio e vitamina D.
ALBUMINA
	A albumina compreende ao redor de 60% das proteínas presentes no plasma humano. É sintetizada no fígado, aproximadamente 15g/dia, dependendo da ingestão protéica, tem meia vida de 15 a 19 dias. 
 
	Exerce importantes funções:
Regulação Osmótica 
Transporte e Armazenamento 
Regulação Osmótica 
 
	A presença de grande quantidade de albumina no organismo humano (4 a 5 g/kg de peso corporal), com boa parte presente no espaço intravascular, explica o papel importante que esta proteína exerce na pressão osmótica.
 	A albumina contribui com 75 a 80% do efeito osmótico do plasma, sendo um dos fatores que regulam a distribuição adequada da água entre os compartimentos intra e extracelulares.
 Em certas enfermidades, os teores de albumina anormalmente baixos, movem à água do leito vascular para os tecidos formando edema. 
Transporte e Armazenamento 
	Em razão de sua natureza altamente polar a albumina apresenta uma capacidade de ligação não seletiva a muitos compostos pouco solúveis em água, exemplo:
Transportes de ácidos graxos de cadeias longas e esteróides.
Transporte da bilirrubina do SRE para o fígado, tornando-a hidrossolúvel e atóxica
Transporte de Fármacos: Salicilatos, barbitúricos, dicumarol, clofibrato, sulfonamidas, penicilinas e warfarina.
	
	Além da função de transporte, a albumina pode determinar a proporção de um fármaco livre, farmacologicamente ativo disponível no plasma.
Os níveis séricos da albumina dependem de:
 Velocidade da síntese
 Secreção das células hepáticas
 Distribuição dos líquidos corporais
 Degradação
 HIPERALBUMINEMIA (Rara)
 
	A hiperalbuminemia é rara e na maioria dos casos indica situações clínicas de desidratação (Perda de água plasmática):
 
Carcinoma Metástatico;
Desidratação aguda, diarréia;
Esteatorréia;
Febre reumática;
Meningite;
Pneumonia;
Traumatismo;
Vômito.
HIPOALBUMINEMIA
A hipoalbuminemia é provocada por:
 
 Diminuição ou defeito de síntese devido ao dano hepatocelular;
 Deficiência na ingestão de aminoácidos; 
 Aumento de perdas de albumina por doenças renais.
	Durante a gravidez os níveis de albumina diminuem progressivamente até o parto, normalizando oito semanas após o mesmo;
 Nos lactantes a albumina atinge o nível dos adultos em torno de um ano de idade. Posteriormente a albumina permanece estável, tendo uma redução gradual após os 70 anos de idade;
 As doenças debilitantes crônicas levam a deficiência de albumina. 
 Existem também causas genéticas “desproteinemia familiar idiópatica” em que a albumina está diminuída enquanto as frações globulínicas estão elevadas e assumem a maior parte das funções da albumina. 
Influências pré-analíticas 
Amostras colhidas pela manhã: valores de proteína são maiores em torno de 3% do que aqueles colhidos a tarde;
Passagem da posição de pé para deitado provoca passagem do liquido do espaço extravascular para o espaço intravascular o que pode reduzir as concentrações de proteínas e analitos ligados as proteínas em até 10%
Torniquete e exercício físico aumentam os valores;
Soro hemolisado leva a resultados falsamente elevados. 
Valores de referência 
Crianças e adolescentesPT
Idade
g/dL
prematuro
3,6-6,0
RN a termo
4,6-7,0
7 dias a 1 ano
4,4-7,6
1 a 2 anos
5,6- 7.5
Acimade 3 anos
6,0-8,0
Adultos
6,0-8,0
Relação A/G: igual ou maior que 1,1
Albumina: adultos: de 3,5 a 5,2 g/dL
Globulina: adultos: de 1,8 a 4,4 g/dL 
Obrigada

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