Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Citologia Hormonal Prof.ª Silvana Martins P. Ferreira Citologia Hormonal • É a ciência das variações morfológicas puramente hormonais das células esfoliadas do epitélio vaginal (Pundel) • Uma das primeiras aplicações diagnósticas da citologia clínica • Diminuição da sua utilização em decorrência do crescimento de diferentes métodos e análises bioquímicas Citologia Hormonal A maturação e diferenciação celular do epitélio escamoso estratificado não queratinizado ocorre c/ estímulo hormonal. A célula que caminha p/ diferenciação vai se modificando: célula basal parabasal intermediária superficial. COLHEITA DA CITOLOGIA HORMONAL 3º superior lateral da vagina- local de quantidade de receptores hormonais (zona mais sensível à ação hormonal). Evitar colher no FSV (fundo de saco vaginal) - células descamadas, inflamadas e detritos celulares COLHEITA DA CITOLOGIA HORMONAL Impossibilitam a avaliação hormonal: • Inflamação, tratamentos hormonais, citólise, câncer, irradiações, cirurgias recentes ou outros procedimentos como cauterizações→ levam a mudanças no padrão morfológico e tintorial das células escamosas ➢Resultados confiáveis com a citologia hormonal dependem de coletas seriadas realizadas e comparadas no mesmo ciclo ou decurso de um tratamento hormonal. Idade, dia do ciclo menstrual, situações fisiológicas ou patológicas do AGF e tratamento hormonal são dados clínicos necessários. ÍNDICES CITOLÓGICOS PARA AVALIAÇÃO HORMONAL Cariopicnose Eosinofilia Maturação – (P/I/S)- mais informativo- expresso em % Valor de maturação Pregueamento celular Agrupamento celular TROFISMO DO EPITÉLIO • Estrógeno: O epitélio prolifera e se diferencia chegando até as céls.superficiais, tornando-o mais espesso • Progesterona: Inibe a maturação até a camada mais superficial. Estímulo progestacional pode ser: débil/ normal/intenso TROFISMO DO EPITÉLIO ↑ Superficais planas e isoladas= ↑ estrogênio ↑ Intemediárias agrupadas+pregueadas= ↑ progesterona • Quanto ao predomínio do tipo celular: Células profundas- atrófico (atrofia leve, moderada ou acentuada) Células intermediárias- hipotrófico Células superficiais- hipertrófico Padrões citológicos de diferentes fases Predomínio de Células Profundas: inatividade hormonal. Exemplos: infância, menopausa, pós-menopausa, castradas, pós- parto, aleitamento Pred. de Células Intermediárias: moderado estímulo hormonal. Ex.: fase progestacional, gravidez, pré-menarca, tratamento estrogênico moderado, pré-menopausa Pred. de Células Superficiais: bom estímulo hormonal (indicador citológico de maturação). Ex.: fase ovulatória, tratamento estrogênico intenso Padrões citológicos de diferentes fases Recém-nascida: reflete a atividade hormonal materna (superficiais, intermediárias e algumas naviculares). Após 15° dia - atrofia Infância: os esfregaços vaginais são escassos em células, e contêm principalmente células do tipo parabasal (atrófico) Pré-pubertário e na puberdade : esfregaço misto (maturação gradual do epitélio) Menacme: instalação dos ciclos regulares (epitélio maduro) Células superficiais e intermediárias Ciclo menstrual Usualmente o ciclo menstrual é dividido em duas fases: fase estrogênica e fase progestacional. Estas fases podem ser subdivididas. Liberação Hormonal Fase menstrual(1° ao 5°dia) Células intermediárias pregueadas e agrupadas, hemácias, neutrófilos, blocos de células endometriais, histiócitos Fase menstrual Padrão de fase menstrual- êxodo-aglomerado de células endometriais associadas a histiócitos isolados Fase Proliferativa ou Estrogênica ou Folicular (6° ao 14°) Início: células intermediárias. Com o aumento do estrógeno vai as superficiais isoladas, a eosinofilia e a picnose. Os leucócitos, histiócitos. As hemácias podem chegar a desaparecerem Células endometriais podem persistir até o 12° dia Célúlas endocervicais têm citoplasma cianófilo e núcleo elíptico ou esférico Fase estrogênica Padrão de fase proliferativa Fase ovulatória (14° ao 15° dia) ↑Células superficiais eosinófilas e isoladas (pico de maturação celular) Leucócitos raros , muco abundante Células endocervicais ficam inchadas e c/ citoplasma abundante. Este aspecto persiste até o final do ciclo Fase ovulatória Células epiteliais escamosas da mucosa cérvico-uterina. Padrão celular predominantemente constituído de células superficiais indicando excelente ação estrogênica (estímulo estrogênico acentuado) como pode ser observado no período ovulatório. Fase Secretora ou Luteínica ou Progestacional (16° ao 28° dia) Vai Células superficiais e Células intermediárias agrupadas e pregueadas Lactobacilos em abundância e instala- se a citólise- degeneração do citoplasma- núcleos nus- aspecto de esfregaço “sujo” (detritos celulares, neutrófilos) Células intermediárias com glicogênio intracitoplasmático corado de amarelo brilhante Fase lútea. Lactobacilos. Esfregaço citolítico. Citólise. Restos de citoplasma e núcleos desnudos. Menopausa do nível hormonal (hipotrófico atrófico) Pré-menopausa- esfregaço hipotrófico (o quadro pode ser mantido c/ atividade sexual) Menopausa e pós- menopausa esfregaço atrófico (predomínio de células imaturas)- epitélio frágil e vulnerável às inflamações Pré-menopausa (presença de células intermediárias e uma parabasal) Atrofia profunda: células parabasais acompanhadas de fenômenos inflamatórios Pós-menopausa- Papa x40. Células parabasais e algumas células inflamatórias. Pequenas células degeneradas Gravidez O esfregaço exibe céls. intermediárias e particularmente naviculares. Quando a Microbiota vaginal predominante é Lactobacilar citólise Células endocervicais c/ citoplasma claro e abundante Células naviculares: presentes na gravidez 5° mês de gestação: células endocervicais c/ citoplasma abundante, hipersecretor e microvacuolzado Pós-parto Imagem do esfregaço se modifica rapidamente. Os aglomerados de células naviculares e a citólise desaparecem p/ dar lugar a um quadro de atrofia, composto por células parabasais e intermediárias Esfregaço c/ aspecto sujo (histiócito, leucócitos,muco) Atrofia persiste em caso de aleitamento Pós-parto: células intermediárias, parabasais, neutrófilos e histiócitos Padrão de esfregaço pós-parto Aplicações da citologia hormonal Determinar o grau de atividade estrogênica (menopausa, menarca demorada, puberdade precoce) Estimar a ovulação (nota-se após um esfregaço limpo, c/ células planas, isoladas e um elevado índice de eosinofilia, seguido de um esfregaço sujo, c/ células pregueadas, agrupadas e diminuição do índice de eosinofilia Aplicações da citologia hormonal Acompanha os resultados de tratamentos hormonais e auxilia na seleção de terapia hormonal (vigia a intensidade e reposta da dose e estabelece a dose terapêutica útil) Estudos da gravidez patológica no 1° trimestre a presença de células superficiais (maturidade do epitélio vaginal e regressão da atividade progestacional) é indicativa de ameaça de aborto; a presença de células profundas após o terceiro mês, pode indicar morte fetal. • Diferencie epitélio atrófico, hipotrófico e hipertrófico • Agrupamento celular no esfregaço citopatológico • Características de um esfregaço no período menstrual• Predomínio de células no esfregaço citopatológico - infância e gravidez
Compartilhar