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AULA 2 interpretação dos contratos

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AULA : INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS ( prof. PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA)
Importância Contrato é manifestação de vontade. “Interpretar o negócio jurídico é, portanto, precisar 
o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade.” (C. R. Gonçalves, p. 63)
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Intenção das partes Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
Boa-fé Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados
conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Usos do lugar de sua celebração
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Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se
tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato.
Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as
condições do contrato.
III Jornada CJF: enunciado 176 – Art. 478: Em atenção ao princípio da conservação dos negócios
jurídicos, o art. 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial
dos contratos e não à resolução contratual.
IV Jornada CJF: enunciado 367 – Art. 479. Em observância ao princípio da conservação do contrato,
nas ações que tenham por objeto a resolução do pacto por excessiva onerosidade, pode o juiz
modificá-lo equitativamente, desde que ouvida a parte autora, respeitada a sua vontade e
observado o contraditório.
Interpretação dos contratos benéficos Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se
estritamente.
Interpretação dos 
contratos de adesão
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias,
dever-se-á adotar a INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO ADERENTE.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
ELEMENTOS DOS CONTRATOS
Elementos do 
contrato
Manifestação da vontade
Partes
Forma
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Expressa Modalidade direta: manifestada por palavras, escritas ou orais, gestos.
Tácita Modalidade indireta: manifestada por atos e comportamentos
Silêncio 
nos 
contratos
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não
for necessária a declaração de vontade expressa.
“quem cala não nega, mas também não afirma” ( S. S. Venosa)
“O silêncio somente estará apto a materializar um consentimento contratual quando vier
acompanhado de outras circunstâncias ou condições, que envolvam a vontade contratual no
caso concreto. Trata-se, portanto, de um silêncio qualificado que equivale a uma manifestação
de vontade.” (S. S. Venosa, p. 535)
CC Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a
liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração,
entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
Partes no 
contrato
Capacidade dos contratantes
Legitimação (para
certos atos)
CC Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em
hasta pública: I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os
bens confiados à sua guarda ou administração;
Forma do 
contrato
CC Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: [...] III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Princípio da liberdade da forma
Exceção prevista
em lei
Ex. CC Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à
validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência,
modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta
vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Possibilidade de pactuar
a forma do contrato
CC Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer
sem instrumento público, este é da substância do ato.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Fases comuns nos
contratos
Negociações preliminares ou fase de puntuação
Proposta, oferta, policitação, oblação
Aceitação
Conclusão
NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES OU FASE DE PUNTUAÇÃO
“Nesta como as partes ainda não manifestaram sua vontade, não há nenhuma vinculação ao negócio.” (C. R. Gonçalves,
p. 73)
Só há responsabilidade “se ficar demonstrada a deliberada intenção, com falsa manifestação de interesse, de causar
dano ao outro contraente, levando-o, por exemplo, a perder outro negócio ou realizando despesas. O fundamento
para o pedido de perdas e danos da parte lesada não é, nesse caso, o inadimplemento contratual mas a prática de
um ilícito civil ( CC, art. 186).” (C. R. Gonçalves, p. 73)
Boa-fé - Deveres anexos I Jornada (CJF): 25 - Art. 422: o art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo
julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós -contratual.
PROPOSTA
Conceito “[...] consiste na oferta de contratar que uma parte faz à outra, com vista à celebração de
determinado negócio.[...].” ( GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, p.128)
Terminologia Proposto – Oferta – Policitação
Terminologia 
partes 
Proponente – ofertante – policitante
Aceitante – oblato
Vinculação, 
exigibilidade da 
proposta 
CC Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos
termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Princípio da vinculação
ou da obrigatoriedade
Exceções: se o contrário não resultar dos termos dela, da
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Prazo de 
validade 
da 
proposta 
CC Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também
presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao
conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do
proponente.
Pessoas Presentes “são as pessoas que mantêm contato direto e simultâneo com a outra, a exemplo daquelas
que tratam do negócio pessoalmente ou utilizam meio de transmissão imediata da vontade
(como o telefone, por exemplo)”( GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, p.130)
Ausentes “são as pessoas que não mantêm contato direto e imediato entre si, caso daquelas que
contratam por meio de carta ou telegrama.”( GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, p.130)
Questão 
da 
internet
“[...]estando ambas em contato simultâneo, a hipótese merece o mesmo tratamento conferido às
propostas feitas por telefone por ser tratar de comunicação semelhante, só se torna obrigatória a
policitação se for imediatamente aceita. Todavia, o mesmo não sucede com a proposta feita via e-mail,
não estando ambos os usuários da rede simultaneamente conectados.”( C. R. Gonçalves, p. 78)
Entre Presentes Feita sem prazo: se não for imediatamente aceita
Entre ausentes Feita sem prazo Tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao 
conhecimento do proponente
Feita com prazo Não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado
Retratação do 
proponente
Se antes ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do 
proponente.
Morte do proponente antes da aceitação ( contrato) Obriga (espólio) se possível de cumprimento
ACEITAÇÃO
Formas de aceitação CC Art. 432. Se o negócio for daqueles emque não seja costume a aceitação expressa,
ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a
tempo a recusa.
Aceitação CC Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações,
importará nova proposta.
Aceitação intempestiva CC Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento
do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder
por perdas e danos.
Retratação da aceitação Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao
proponente a retratação do aceitante.
MOMENTO DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Contratos entre presentes Mesma ocasião da aceitação
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Teoria da cognição ou informação: o contrato considera-se celebrado quanto a resposta chega ao 
conhecimento do proponente
Teoria da agnição ou declaração (
dispensa o conhecimento da
resposta)
Declaração propriamente dita: momento em que o aceitante redige a
aceitação
Expedição: momento em que a resposta é expedida
Recepção: momento em que o proponente recebe a proposta
Teoria 
adotada 
pelo CC
Teoria da recepção pela possibilidade de retratação da aceitação 
CC Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida,
exceto: Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida,
exceto: I - no caso do artigo antecedente; II - se o proponente se houver comprometido a esperar
resposta; III - se ela não chegar no prazo convencionado.
LUGAR DA FORMAÇÃO DO CONTRATO
Previsão no CC Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.

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