Buscar

drenagem linfática em fisioterapia

Prévia do material em texto

11/05/16	
  
1	
  
DRENAGEM LINFÁTICA EM 
FISIOTERAPIA 
Antonietta Cláudia Carneiro 
Conceituação 
 
 A DRENAGEM LINFÁTICA é uma função fisiológica 
que tem como objetivo a evacuação de dejetos e o 
transporte de elementos nutritivos, por intermédio 
de canalizações denominadas vasos linfáticos. 
 
 
(LEDUC, A. e LEDUC, O., 2008) 
FONTE: http://anfisio.blogspot.com/2009/05/edema-e-suas-principais-causas.html 
LINFA 
EDEMA 
O QUE É UM EDEMA? 
 Acúmulo anormal de fluido no meio intersticial. 
 (FERRANDEZ, J.C.; THEYS, S.; BOUCHET, 2001) 
(FONTE: Adaptado de COELHO, E.B., 2004) 
Capilar sanguíneo 
EDEMA: origens 
¨  Aumento do aporte de líquidos 
 
¨  Déficit da reabsorção venosa e linfática 
 
 
 
 
(FERRANDEZ, J.C.; THEYS, S.; BOUCHET, 2001) 
 
 
Tipos de Edema 
¨  Edema Comum 
¤  É composto de água e sal, quase sempre é 
generalizado. 
¨  Linfedema 
¤  É o edema cuja formação deve-se ao acúmulo de linfa. 
11/05/16	
  
2	
  
 “Qualquer que seja a sua origem, não existe 
edema sem alguma forma de insuficiência da 
circulação linfática” 
(FÖLDI, 1952) 
O SISTEMA LINFÁTICO 
FONTE: http://www.belezain.com.br/anatomia/imagens/sist_%20linfatico/1.jpg 
 
O SANGUE 
q INTRACELULAR 
q EXTRACELULAR 
§  Intravascular 
§  Intersticial 
Distribuição do Líquido Corporal 
Capilares periféricos 
LINFA 
Drenagem linfática dos tecidos 
11/05/16	
  
3	
  
O Sistema Linfático 
COMPONENTES: 
§  Linfa 
§  Vasos linfáticos 
§  Linfonodos 
§  Órgãos Linfáticos 
§  Tonsilas Palatinas 
§  Baço 
§  Timo 
SISTEMA LINFÁTICO 
¨  Principais funções: 
¤  Transporte e absorção dos líquidos e proteínas; 
¤  Retorno do líquido intersticial para a corrente 
sangüínea; 
¤  Produção de linfócitos; 
¤  Destruição de microrganismos e partículas estranhas 
da linfa è DEFESA; 
¤  Respostas imunes específicas, como a produção de 
anticorpos. 
SISTEMA LINFÁTICO 
¨  Características Principais: 
 
¤  São mais numerosos que os vasos sangüíneos; 
¤  Localização superficial (80%) e profunda; 
¤  Apresenta fluxo lento; 
¤  Acompanham o trajeto dos vasos sangüíneos; 
¤  Não possui sistema bombeador próprio; 
¤  É um sistema de mão única; 
¤  Grande capacidade de regeneração. 
COMPONENTES LINFÁTICOS 
¨  Trajeto da Linfa: 
 
Fluxo linfático proveniente das várias regiões do corpo 
⇓ 
Capilares iniciais 
⇓ 
Pré-coletores 
⇓ 
Coletores (linfonodos) 
 ⇓ DESEMBOCA 
2 principais coletores linfáticos 
(devolvem a linfa ao Sist. Venoso, na junção das veias jugular interna 
e subclávia) 
 
Capilares Linfáticos Capilares Lifáticos 
–  Camada única de células endoteliais; 
–  Filamentos de ancoragem, proteção, Casley-
Smith; 
–  Não possuem válvulas. 
11/05/16	
  
4	
  
Pré-coletores 
 
–  Revestimento interno: tec. Conjuntivo e elementos 
elásticos e musculares; 
–  Presença de válvulas. 
Pré coletores 
¨  São a sede de contrações 
¨  Parede equipada com células musculares 
¨  Linfângion 
¤  É a unidade funcional dos vasos linfáticos 
¤  Porção situada entre duas válvulas 
COMPONENTES LINFÁTICOS 
¨  Vasos Coletores: 
 
¤  Originam-se dos plexos capilares; 
¤  São de maior calibre (semelhante as grandes veias); 
¤  São formados por 3 camadas; 
¤  Acompanham os vasos sanguíneos; 
¤  Possuem válvulas – linfangion; 
¤  Em intervalos variados surgem os linfonodos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASOS COLETORES 
¨  Camadas: 
¤  Túnica íntima; 
¤  Túnica média; 
¤  Túnica adventícia. 
 Ducto ou Canal Torácico: 
–  De L2 até a base do pescoço, 
acompanhando o trajeto da 
aorta, medindo de 38 a 45 
cm 
–  Termina no ângulo de junção 
das veias jugular e subclávia E 
 
 Ducto ou Canal Linfático 
Direito: 
- Mede 1,25cm 
- Termina na junção da veia 
subclávia D 
- Drena a linfa do MSD, metade 
direita da cabeça, pescoço e 
hemitronco superior direito 
LINFONODOS 
¨  Unidades estruturais do sistema linfático localizadas 
ao longo de seus vasos; 
¨  Compõem-se de agrupamentos compactos de 
linfócitos com cápsula de tecido fibroso; 
¨  Forma ovalada ou esférica com uma depressão 
lateral – hilo; Córtex e Medula. 
¨  Possuem vasos aferentes e eferentes; 
¨  Têm função de defesa, filtrando as impurezas da 
linfa e produzindo linfócitos. 
11/05/16	
  
5	
  
ESTRUTURA DO LINFONODO 
COLETORES LINFÁTICOS 
PRINCIPAIS 
O ducto linfático direito 
drena a linfa do 
quadrante superior 
direito do corpo para a 
Veia Subclávia Direita. 
 
O ducto torácico drena a 
linfa do restante do 
corpo para a Veia 
Subclávia Esquerda. 
Mecanismos de movimentação da Linfa 
¨  Formação de nova linfa , empurrando a "antiga" para frente. 
¨  Estiramento e a contração do segmento de um vaso linfático 
(Linfângio) entre duas válvulas. 
¨  Ação dos músculos esqueléticos sobre os vasos linfáticos. 
¨  Pressão nos vasos linfáticos gerada pelo pulsar dos vasos 
sanguíneos (artérias e veias) 
¨  Peristaltismo intestinal sobre os vasos linfáticos 
¨  “Sucção” que ocorre nos movimentos respiratórios (inspiração). 
¨  Força da gravidade colabora na movimentação da linfa acima 
do nível do coração 
O CAMINHO DA LINFA 
FONTE: http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/eliane_marcia/
drenagem/images/vias_linfaticas.gif 
DRENAGEM LINFÁTICA 
BANDAGENS 
CONTENÇÃO ELÁSTICA 
PRESSOTERAPIA 
DRENAGEM LINFÁTICA 
MANUAL 
(LEDUC, A. e LEDUC, O., 2008) 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
¨  Princípios Básicos: 
¤ Conhecimento do Sistema Linfático; 
¤ Pressão – aproximadamente 40mmHg; 
¤ Direção – proximal para distal; 
¤ Sentido – drenagem fisiológica; 
¤ Ritmo. 
(LEDUC, A. e LEDUC, O., 2008) 
11/05/16	
  
6	
  
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
(FONTE: LEDUC, A. e LEDUC, O., 2000) 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
¨  Efeitos da Drenagem Linfática Manual: 
¤  Aumento da capacidade de admissão dos capilares linfáticos; 
¤  Aumento da velocidade da linfa transportada; 
¤  Aumento da quantidade de linfa filtrada processada pelos 
gânglios linfáticos; 
¤  Aumento da oxigenação e desintoxicação da musculatura 
esquelética; 
¤  Aumento do peristaltismo intestinal; 
¤  Aumento da diurese; 
¤  Otimização das imunorreações celulares; 
¤  Diminuição das aderências e retrações cicatriciais; 
¤  Maior eficiência celular; 
¤  Maior eficiência da nutrição dos tecidos. 
(RIBEIRO, D. R., 2001) 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
¨  Manobra de Evacuação: 
¤  É realizada sobre uma região sã (não infiltrativa); 
¤  Atrair a linfa distalmente e evacuar aquela que se encontra 
nos coletores; 
¤  Abre um maior número de vias de drenagem; 
 
(LEDUC, A. e LEDUC, O., 2008) 
FONTE: http://www.infoescola.com/files/2009/08/thumb-1-bbc1fd3842.jpg 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
¨  Manobra de Reabsorção: 
¤  É realizada diretamente sobre a infiltração; 
¤  Recaptação do líquido intersticial pelos capilares linfáticos e 
sanguíneos; 
 
(LEDUC, A. e LEDUC, O., 2008) 
 
FONTE: 
www.ck.com.br/.../0501_arquivos/20015a.jpg 
UTILIZAÇÃO NA FISIOTERAPIA 
¨  Indicações: 
¤  Linfedemas de maneira geral; 
¤  Edemas periféricos; 
¤  Edemas pós-traumáticos; 
¤  Contratura e tensão muscular; 
¤  Edema no período gestacional; 
¤  Fibro edema gelóide. 
 
 
(GUIRRO, E.C.O. e GUIRRO, R.R.J., 2002) 
FISIOTERAPIA EM TRAUMATO-
ORTOPEDIA E DESPORTIVA 
ENTOSE LIGAMENTAR NO TORNOZELO 
ROMPIMENTO DE VASOS SANGUÍNEOS E 
LINFÁTICOS 
ACÚMULO DE SANGUE E LINFA NO 
ESPAÇO INTERSTICIAL 
FONTE: 
http://www.uwec.edu/Kin/diglib/
ATvid/images/Ankle_1.jpg 
 
(FERRANDEZ, J.C.; THEYS, S.; BOUCHET, 2001)11/05/16	
  
7	
  
FISIOTERPIA EM OBSTETRÍCIA 
FONTE: http://www.soul2sole.com.au/pics/massage04.jpg 
AUMENTO DO TRABALHO CARDÍACO 
AUMENTO DO APORTE SANGUÍNEO 
ACÚMULO DE LÍQUIDO NO ESPAÇO INTERSTICIAL 
DIFICULDADE NO RETORNO VENOSO 
FISIOTERAPIA EM PEDIATRIA 
•  LINFEDEMA CONGÊNITO 
DO MEMBRO INFERIOR 
FONTE: 
http://
www.drenagemlinfatica.com.br/
port/paginas/images/linfa1.jpg 
•  LINFEDEMA NA CRIANÇA 
FONTE: 
http://www.terapiacompressiva.it/
immagini/Linfedema-Primario.jpg 
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL 
FONTE: 
http://www.thebreathingspace.co.uk/
manual_lymphatic_drainage.htm 
FONTE: 
http://
emanuellevasconcellos.blogspot.com/ 
FIBRO EDEMA GELÓIDE QUEIMADURA DE SEGUNDO GRAU ANTES E 
APÓS 10 DIAS DE DLM 
FISIOTERAPIA VASCULAR 
FONTE: http://www.drguedes.med.br/Images/drenagem_01.jpg 
FISIOTERAPIA EM ONCOLOGIA 
 
•  FISIOTERAPIA VASCULAR 
TRATAMENTO DO LINFEDEMA RESIDUAL 
 
•  FISIOTERAPIA NO CUIDADO PALIATIVO 
TRATAMENTO DO LINFEDEMA POR 
OBSTRUÇÃO TUMORAL 
 
 
 
(BERGMANN, A.; RIBEIRO, M.J.P.; PEDROSA, E.; et al, 2006) 
FONTE: 
http://
michellesanz.blogsp
ot.com/ 
REFERÊNCIAS 
1.  LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 3ed. São Paulo: 
Manole, 2008. 
2.  FERRANDEZ, J.C.; THEYS, S.; BOUCHET, J.Y. Reeducação vascular nos edemas 
dos membros inferiores. São Paulo: Manole, 2001. 
3.  CAMARGO, M.C.; MARX, A.G., Reabilitação física no câncer de mama. São 
Paulo: Rocca, 2000. 
4.  GUIRRO, E.C.O. e GUIRRO, R.R.J. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3ed. São 
Paulo: Manole, 2002. 
5.  BERGMANN, A.; RIBEIRO, M.J.P.; PEDROSA, E.; NOGUEIRA, E.A.; OLIVEIRA, A.C.G. 
Fisioterapia em mastologia oncológica: rotinas do Hospital do Câncer III / INCA. 
Fisioterapia em Mastologia Oncológica. v.57, n.1, p.97-109, 2006. 
6.  MARCUCCI, F.C.I. O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes 
com câncer. Revista Brasileira de Cancerologia. v.51, n.1, p.67-77, 2005.

Continue navegando