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RESUMO SESSÃO SIMULADA DO JÚRI MILITAR

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RESUMO
SESSÃO SIMULADA DO JÚRI MILITAR 1° INSTÂNCIA
 O direito Militar é um direito pouco conhecido, pois não faz parte da grade curricular dos cursos de Direito. São julgados pela Justiça Militar somente os servidores da Brigada Militar, incluindo o Corpo de Bombeiros, desde os ativos até os inativos . As condutas a serem julgadas envolvem militares que praticam delitos em atividade e aposentados que se envolvem em ocorrências com outros militares. 
 A Justiça Militar mantém o rito ordinário que existe no processo penal comum, inicia-se com um interrogatorio, são ouvidas as testemunhas de defesa e acusação, diligencias, alegações escritas e ao final o julgamento, Se assemelha ao processo penal comum, mas não chega a confundir-se, o seu júri funciona de uma maneira muito singular.
 A Justiça militar sempre se marcou pela sua celeridade e eficiência., por ser uma justiça especializada, portanto enchuta, dessa forma podendo atuar de forma rápida e precisa. Os Juízes Militares que constituem o Júri, são oficiais da brigada militar que são escolhidos através de sorteio eletrônico, a Justiça Militar conta com as experiências de caserna destes juízes para que dessa forma ocorra um julgamento a cima de tudo justo.
 A sessão começa com a leitura de peças, dos autos indicados no processo, em seguida temo a fala do Ministério Público (o promotor) com direito de fala de até três horas, logo em seguida temos a fala da defesa, com o direito de também três horas, podendo haver uma réplica de uma hora por parte da promotoria e uma tréplica de também uma hora por parte da defesa, em seguida acontece o julgamento final por partes dos Juízes Militares e Juíz de Direito.
 Primeiramente expus a forma como é realizada a sessão judiciária do processo Penal Militar, agora vou falar sobre o caso em questão, o caso que fora relatado no Simulado a cima citado. A situação a qual os reus estão sendo expostos trata-se de um crime de tráfico de entorpecentes, a denuncia aconteceu no dia 11/08/2013. A priori os reus (soldados que estão sob a acusação) estavam atendendo a uma ocorrência de auto localizado e no meio desta ocorrência como o próprio reu explicou, numa situação dessas de auto localizado a primeira coisa que se faz é fazer uma varredura no local em que o veículo fora encontrado para tentar encontrar algo ligado ao mesmo, como as chaves do carro, documentos, ou pertences da vítima. O soldado, aplicando todas as normas de prcedimento operacinal de policiamento, foi em busca de provas no local, e no momento em que estava realizando a varredura avistou duas motos, cada uma com duas pessoas, uma de frente para outra, e quando os meliantes o avistaram (um policial de farda) a primeira coisa que fozeram foi fugir, e durante a fulga deixaram cair uma pochete, a qual o policial avistou e tomou posse para verificar o que continha, e foi nesse momento que constatou que a mesma estava cheia de entorpecentes. Agindo de forma legal, levou a pochete até a viatura e entregou para que seu parceiro (policial com 20 anos de caserna) conferisse a quantidade de drogas contidas naquela pochete, o mesmo o fez e anotou em um caderno pra posteriormente entregar ao DP responsável, tal caderno é usado para as anotações das ocorrências do dia a dia no serviço, o promotor coloca em duvida a indoneidade dos policias pois cinco minutos antes eles haviam se comunicado com a central, então porque não se comunicaram novamente para informar a ocorrência de haver encontrado as drogas?. Os policiais não conseguiram avisar via rádio sobre a grande quantidade de drogas encontradas, pois a topografia do local onde encontravam-se fazia com que o rádio de comunicação oscilase, dessa forma não comunicaram de imediato. Nesse mesmo momento surgiu uma denúncia anônima, alegando que dois policias haviam lhe subtraído um boné de marca, disse a placa da viatura, que no caso era o veículo oficial em que os acusados em questão se encontravam. Então a patrulha ostensiva, como de prache, foi dessa forma abordar a viatura e os policias hora acusados por essa ligação anônima.
 Assim que a patrulha ostensiva chegou, os policiais logo informaram que estava em uma ocorrência de localiozação de auto, mas haviam acabado de encontrar uma pochete cheia de drogas de dois meliantes que haviam fugido daquele local, ou seja, em momento algum negaram que estavam em posse dessas drogas, pelo contrário, a própria acusação relatou que os policias foram muito seguros ao relatar isso e em momento algum titubiaram nos depoimentos. Quanto ao fato das drogas terem sido guardadas na bolsa de um dos soldados acusados, o fato foi logicamente explicado pelo fato de terem que acompanhar o civil que hora estava com eles e era o responsável pelo carro que fora encontrado e ele iria junto com os policiais na viatura e não queriam expor o civil a essaquantidade de entorpecentes, uma forma de respeito ao próprio civil. A denuncia, logicamente veio dos meliantes que perderam as drogas e se sentiram incomodados com o trabalho dos policiais e dessa forma queriam prejudicar os mesmos.
 A defesa citou que as anotações feitas pelos reus não foram anexadas em um primeiro momento nos autos de flagrante e delito apresentados a defensoria publica por um erro gravissimo do proprio sistema e que fora apresentado futuramente, de acordo com a legalidade pois as próprias testemunhas de acusação reconheceram o documento e alegaram ter tirado xerox do mesmo. Salientou mais uma vez sobre a boa fé dos policiais e relatou também sobre a conduta ilibada dos mesmos, um com quase 20 anos de caserna e nunca houvera respondido a nenhum processo e outro com um ano e nove meses, no começo de sua carreira.
 Dessa forma, apesar das alegações do promotor de justiça, os Juízes Militares com todo os seus conhecimentos de profissão entenderam que os reus em questão eram inocentes, não só por conhecer os procedimentos do ofício, mas também pelas provas anexadas nos autos, que são provas incontestáveis da boa fé dos policiais. As acusações foram julgadas inprocedentes. Dessa forma terminou o julgamento deste caso.

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