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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO 2

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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
Aula 02:
1- De acordo com a matriz sócio-histórica da Psicologia é correto afirmar com relação ao
sujeito:
A. a história de vida do indivíduo não é importante na construção de sua singularidade.
B. as experiências da primeira infância são decisivas na formação da identidade do indivíduo.
C. o indivíduo é um ser social em constante interação com as relações sociais, econômicas e políticas. (resposta correta)
D. na constituição do sujeito não há articulação entre dimensões pessoais e coletivas.
E. nenhuma das respostas acima.
2º No que tange à atuação do psicólogo, no contexto prisional, analise as afirmativas
abaixo:
A. O profissional de Psicologia que atua no sistema prisional deve entender a complexidade das questões relacionadas ao encarceramento e promover a construção da cidadania em detrimento da primazia da segurança e da vingança social.
(x ) certo ( ) errado
B. Em caso de perícias psicológicas de processos penais, o estudo do delito é secundário, sendo o indivíduo que cometeu o delito o foco principal.
( x) certo () errado
3º Ana Lúcia foi casada com Joaquim durante 13 anos, juntos tiveram dois filhos:
Thiago (10 anos) e Beatrice (8 anos). O casal se conheceu na adolescência, tinham uma
Relação bastante afetiva marcada por muita cumplicidade e comunhão de vidas. Muitas
Foram as conquistas afetivas e de crescimento mútuo: viajaram juntos, gostavam de ler
Raduam Nassar, ouvir Amy Winnehouse, adoravam Dorival Caymmi e curtiam blues das
antigas. Dentre as muitas conquistas juntos, compraram um amplo apartamento em um
bairro confortável de sua cidade, assim como economizaram em pequenos luxos para
obtenção da confortável casa de praia em que as crianças podiam correr pelo quintal com pés descalços e plantar e hortinha com alfaces e salsa. Todavia, após o nascimento de
Beatrice, Ana Lúcia pediu demissão do emprego e ficou em casa para dedicar-se aos filhos, gostava da maternagem e queria acompanhar cada detalhe do desenvolvimento das
crianças, isso a deixava absurdamente feliz. E vendo a felicidade e bem estar de seus
filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter as despesas da casa, foi um entusiasta da nova
situação.
Joaquim, em função de uma maior responsabilidade com as despesas da casa foi trabalhar
numa outra empresa que tomava-lhe muito tempo e dedicação. Não era um trabalho
criativo e nem tão pouco era uma atividade que ele gostava de exercer, mas o fazia já que
havia ganhos financeiros maiores que o emprego anterior.
Nos três últimos anos de casamento, Joaquim manteve-se frio e distante de Ana Lúcia
sem nenhum motivo aparente. Ao perguntar o motivo da mudança de comportamento,
Joaquim dizia que precisava trabalhar muito para manter o padrão de vida da família e
não tinha “cabeça” para afetos e/ou sexo. Este último era feito de maneira mecânica e
sem a magia de outrora. Em conversas com amigas, estas diziam que se tratava de um
comportamento normal advindo do cansaço, da presença dos filhos e da idade dos
homens. 
Ana Lúcia sentia-se culpada por gastar demais e por ter parado de trabalhar e ao perceber
o cansaço e olheiras de seu marido se consumia emocionalmente. Tentava estimular
sexualmente seu marido, assim como buscava agradar-lhe de todas as formas mas não
lograva êxito. A esposa buscou ajuda em psicoterapias, centro espírita e até cartomantes e
nada conseguiu mudar o comportamento frio que Joaquim estabelecia com sua esposa.
Não conseguindo suportar a permanência daquele tão frio tratamento, Ana Lúcia, mesmo
apaixonada por seu marido, procurou uma advogada de sua confiança e entrou com o
pedido de divórcio.
Ana Lúcia acreditava que tinha sido a grande culpada do fracasso do seu casamento,
sofria com a saudade que seus filhos sentiam do pai e nos dias que Joaquim levava as
crianças para a visita na casa da avó paterna, após a saída das crianças, Ana Lúcia
chorava quieta e sozinha no sofá da sala. Em função desta silenciosa culpa e compaixão
com o cansaço de Joaquim, Ana Lúcia deixou a casa de praia integralmente com Joaquim
(a casa passou a pertencer somente a Joaquim), enquanto o apartamento que ambos
adquiriram foi dividido e mantinha-se no nome dos dois. Após a separação, com as
crianças maiores, Ana Lúcia retornou ao mercado de trabalho e por ter uma formação
acadêmica melhor que Joaquim, conseguiu uma boa colocação numa grande e poderosa
empresa na área de telecomunicações. A remuneração de Ana Lúcia era tão boa que
mantinha oitenta por cento das necessidades das crianças. Enquanto Joaquim mantinha-se
no emprego que trabalhava antes da separação e, por vezes, fazia “bicos” nos finais de
semana já que o mesmo dizia se esforçar para acompanhar o padrão de vida que as
crianças sempre tiveram. Esses comportamentos de Joaquim emocionavam Ana Lúcia
que mesmo divorciada via em Joaquim um grande e afetuoso homem.
Aos olhos de todos os amigos e dos familiares, foi Ana Lúcia que teve o desejo inicial da
separação, já que foi ela que deu o ponta pé inicial para feitura do divórcio. Entretanto
Ana Lúcia amargava uma rejeição enorme e um constante sentimento de tristeza. Pensou
por diversas vezes buscar uma psicoterapia mas foi desestimulada pelas amigas que
diziam que o bom da vida está num passeio ao shopping e numa bela cirurgia plástica.
Objetivando sanar esta tristeza, sentimento de rejeição e baixa autoestima, Ana Lúcia
colocou silicone nos seios e deu início a uma série de treinamento de condicionamento
físico na academia de ginástica próxima a sua casa. Aproveitou e contratou um personal
para facilitar o ganho de massa muscular. Ana Lúcia deu início a relações sexuais com o
seu personal mas não conseguia se apaixonar pelo mesmo já que mantinha-se
afetivamente ligada ao ex-marido. Logo após a separação, teve uma noite de sexo
bastante feliz com um ex-namorado e sentiu tanta culpa que esta foi a mola propulsora
para dar integralmente a casa de praia para Joaquim.
Dois anos após o divórcio, Ana Lúcia soube que Joaquim estava vivendo maritalmente
com uma mulher quinze anos mais jovem que ele e que juntos já tinham um filho de
quatro anos, cujo nome era Joaquim Júnior. Ao saber, Ana Lúcia ligou imediatamente
para sua advogada e pediu que fosse revista a pensão de alimentos assim como deu início
a uma série de comportamentos que dificultaram a manutenção do contato entre Joaquim
e os filhos nascidos do casamento com Ana Lúcia. Em seguida, entrou num estado
depressivo grave em que ficou catatônica em sua cama, sem conseguir comer ou levantar
da cama.
A partir do caso concreto acima descrito, em sua opinião, qual a interface da Psicologia
com o Discurso Jurídico?
Resposta:
Porque tudo gerou em torno na situação que Ana Lúcia estava vivendo, em um momento ela se sentiu culpada e praticamente doou para o marido algo que deveria ser dos filhos deles, como a casa de praia. Então, ela se viu como vitima quando descobriu a traição, e em seguida ficou depressiva, sem poder trabalhar, então seria obrigatório a ajuda do ex marido, tudo se baseou no momento que ela estava vivendo, e em como estava se sentindo com a determinação da justiça.

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