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RESPOSTAS
Michael J. Sandel, filósofo, escritor, professor universitário, ensaísta, conferencista e palestrante estadunidense. Responsável pelo curso de Justiça e desde 1980 é professor de filosofia política da universidade de Harvard, fazendo palestras e aulas no mundo todo, sempre questionando os princípios contemporâneos de justiça com frases e aforismos instigantes e reflexivos. Suas principais influências filosóficas incluem John Locke, Kant, Mill e Rawls. Para Sandel a filosofia não está nas doutrinas ou nas palavras requintadas, mas sim na sociedade, no cotidiano, no bairro Jardins ou na favela da Rocinha e, segundo ele, o fato de aproximarmos a filosofia das realidade, faz com que o interesse seja despertado em mais pessoas.
Através da pergunta feita aos advogados, obtemos as seguintes respostas: 
Adv.1 ‘’ Não, mesmo tendo certeza que seria um direito líquido e certo do meu cliente, mesmo sabendo que a qualquer momento ganharíamos o referido benefício ou providência, não podemos praticar qualquer crime que seja, não podemos tentar antecipar qualquer andamento processual, judicial ou até mesmo administrativo, devemos seguir a legislação e aguardar o seu normal andamento, pois, o suborno de funcionários públicos é uma pratica criminosa, prevista no Código Penal em seu art. 333, com pena de reclusão de 1 a 4 anos.’’
Adv.2 ‘’ Então... eu não subornaria um servidor público, primeiro pelo fato de estar cometendo crime de corrupção ativa e segundo por não ser do meu feitio a prática de tal ilícito.’’
Adv.3 ‘’ Eu não subornaria, de jeito nenhum. Por estar no meio jurídico e conhecer a lei tento ao máximo cumprir meu papel de bom profissional e acima de tudo um bom cidadão.’’ 
Ao longo das entrevistas chegamos à conclusão de que todos os advogados possuem o mesmo pensamento, que temos como correto previsto na lei. Nenhum deles agiriam de forma contrária ferindo a ética e a moral. 
Ao ler a frase em forma de pergunta que nos foi proposta para reflexão (‘’Nossas escolhas moldam o nosso caráter?’’) foi possível lembrar da aula sobre Kant e seu pensamento iluminista, o qual se refere a razão, vontade e liberdade, e moral, sendo possível, assim, acreditar que uma pessoa pode ou não agir a favor de sua vontade ou princípio. Ao longo da vida passaremos por situações que consequentemente exigirão de nós uma resposta, resposta a qual necessite de uma escolha. Caso sigamos o pensamento de Kant temos como justa independente da consequência ou resultado, a escolha que for correta em determinado caso. 
Ética e moral podem ser relativas pelo motivo de precisarmos as vezes ir contra nossos princípios contrariando o nosso próprio “eu” para que consigamos algum resultado esperado (seja bom ou ruim) através de determinadas escolhas. As escolhas que fazemos podem diretamente ou não interferir no que temos, mas chegamos à conclusão de que jamais irão interferir no que somos e no que fazemos. Termos um pensamento o qual acreditamos estar dentro da ética e moral não o torna uma verdade universal, podemos agir e tomar certas decisões contrarias, o que mais uma vez não necessariamente estariam dentro da ética e moral.
O ser humano é movido diante das circunstâncias na qual se encontra, podendo ser capaz de pensar ou fazer algo que nunca imaginou. Certas situações nos impulsionam a isso, a ser injustos aos nossos próprios princípios, tomando como justo algo que possa inclusive nos prejudicar em nosso meio de convívio. 
Passando por essa experiência, a qual nos fez pensar no caso e consequentemente nas possibilidades, nos motivos e nas decisões, podemos concluir que definitivamente nossas escolhas NÃO moldam nosso caráter. Uma pessoa submissa a algo ou alguém pode muito bem fazer suas escolhas irem contra sua vontade, por isso devemos procurar entender e respeitar as decisões alheias, pois não sabemos o motivo ou consequência que o fez agir de tal forma. Conhecemos nosso caráter, mas é bom lembrar que do que somos capazes só saberemos quando estimulados a fazer.

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