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Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Produção de Energia Geração de Energia Geração Termoelétrica Geração Hidroelétrica Geração Eólica; Geração de energia através de Sistemas Fotovoltaicas; Geração de Energia através de Células Combustíveis; Geração Nuclear Geração Marítimas) Armazenamento de Energia 2 Geração de Energia Matriz Energética Mundial Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Recursos Naturais Utilizados Para Geração de Energia Elétrica Geração Térmica: -Recursos fósseis: diesel, óleo combustível, biodiesel, gás, -Biomassa (carvão, resíduos florestais, lixo urbano, etc.), urano (nuclear); Geração Hidráulica: Recursos Hídricos (Água); Geração Eólica: Vento; Geração Solar (Sistemas Fotovoltaicos): Radiação Solar; Geração Nuclear: Urânio Outras Tecnologias: Calor no interior do Planeta e Oceanos Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina termoelétrica – Recursos Fósseis Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usinas Termelétricas O funcionamento das termelétricas se dá pela conversão de energia térmica em mecânica, e desta em energia elétrica. Dois tipos de combustão utilizados: o de combustão externa, (Ex.: termelétricas a vapor), e o de combustão interna, (Ex.: turbinas a gás, e máquinas térmicas a pistão). Cogeração Os combustíveis mais utilizados nas centrais a vapor são: óleo, carvão, biomassa e derivados do petróleo, já nas centrais a gás são:o gás natural e o óleo diesel. Nesta sessão trataremos apenas das centrais que utilizam combustíveis fosseis. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 6 Mais "adequadas" à operação na ponta. Faixa típica de Potências: Chega-se até: 334 MW, Heat Rate = 8360 BTU/kWh (Mitsubishi) Potências na faixa de 22 MW (a 380 US$/kW) a 271 MW (a 183 US$/kW) Os custos ficam na faixa de 180 a 404 US$/kW Unidade de Médio Porte Unidade de Grande Porte Potência 50 MW 150 MW Custos de Investimento 651 US$/kW 441 US$/kW Custos de O&M fixo 16,8 US$/kW.ano 10,71 US$/kW.ano Custos de O&M variável 0,11 US$/MWh 0,11 US$/MWh Heat Rate (à plena carga) 12550 kJ/kWh 11710 kJ/kWh Centrais Termelétricas Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 7 Quadro Comparativo Fixando Energia Térmica (vapor) Equipamento Energia Elétrica kW Energia Térmica kW Perdas kW INPUT kW Turbina a vapor 12,5 100 12,5 125 Turbina a gás 62 100 38 200 Motor a gás 93 100 40 233 Fixando Energia Elétrica Equipamento Energia Elétrica kW Energia Térmica kW Perdas kW INPUT kW Turbina a vapor 100 800 100 1000 Turbina a gás 100 161 61 323 Motor a gás 100 102,5 42,5 250 Centrais Termelétricas Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 8 Primeiro na matriz energética mundial, baixo custo e uma ampla utilização. Oriente Médio possui mais de 60% da produção mundial, já no mercado importador se destaca os EUA – 50% do petróleo mundial. Consumo mundial: 42,6% (2015) Produção de energia elétrica: 6,9% do consumo de petróleo mundial Petróleo e seus Derivados Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 9 Produção de combustíveis para o transporte: gasolina, querosene e óleo diesel O principal meio de produção destes combustíveis são as refinarias de petróleo, que sintetizam os diversos derivados, produzindo, assim, uma grande variedade de produtos, dentre eles a gasolina (além de querosene, óleo diesel, dentre muitos outros). No Brasil, a produção petrolífera vem crescendo muito nos últimos anos, existem estimativas da possibilidade do país se tornar auto suficiente na produção de petróleo por volta de 2007. O processo de refino de petróleo no Brasil é realizado em sua maior parte pela Petrobrás, sendo que ela possui quatorze grandes refinarias (11 integrais no Brasil, 2 na Bolívia e 1 na Argentina). O rendimento médio das refinarias de petróleo brasileiras é de 1. 680 milhão de barris de petróleo bruto por dia. Petróleo e seus Derivados Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Plantas de Gás Natural Petroquímica RefinariasProspecção Produção Perfuração GLP Gasolina Natural Solventes Combustível Industrial Gás (via gasodutos) Injeção para recuperação secundária Óleo Óleo + Gás Transporte: oleodutos ou petroleiros Insumos p/ petroquímica Insumos p/ petroquímica GLP Gasolina Querosene Óleo diesel Óleo Combustível Resíduos: asfalto, coque Plásticos Fibras Borracha Sintética Fertilizantes Detergentes CADEIA PRODUTIVA DO SETOR PETROLÍFERO Petróleo e seus Derivados Geração de Energia UPSTREAM MIDDLESTREAM DOWNSTREAM IMPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO Gaseificação de GNL Formulação Blending REFINO REFINO PERFURAÇÃO Terminal Terminal Terminal POSTOS DE VENDA INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS OLEODUTOS GASODUTOS PETROLEIROS Transporte Unidade de Processo Import/ Export Qualidade produtos Exploração Desenvolvimento Produção CADEIA PRODUTIVA DO SETOR PETRÓLEO Petróleo e seus Derivados Geração de Energia Petróleo e seus Derivados Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Segundo lugar na matriz energética mundial, devido principalmente ao seu baixo custo. Os principais mercados exportadores são os USA (21%), a Austrália (37%) e a África do Sul (15%). Suas reservas são suficientes para suprir as necessidades atuais por centenas de anos. A metade da produção mundial de carvão tem como finalidade a produção de energia elétrica. No Brasil a participação do carvão na geração de energia elétrica é reduzida; isso se deve à pouca ocorrência desse insumo no território nacional e a “pobreza” do carvão disponível (baixo teor calórico). As usinas mais significativas encontram-se no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Carvão Mineral Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho É o terceiro lugar na matriz energética mundial. Aproximadamente 13% das termelétricas mundiais são abastecidas com gás natural, e essas são responsáveis por 3% da produção de energia primaria do mundo. Os USA, o Canadá e a ex-URSS são os maiores produtores de gás natural, sendo que os maiores mercados importadores são novamente os USA e a Europa Ocidental. No Brasil, o crescimento do uso do gás natural parece limitado a investimentos que aumentem a rede de distribuição pelo país, sua aplicação mais imediata se dá pelo uso do gasoduto Brasil-Bolívia, além do uso do gás da Argentina através de interconexão elétrica. Gás Natural Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Gás Natural Pode estar ou não associado ao petróleo. É predominantemente formado por metano; apresenta baixos teores de contaminantes, como o nitrogênio, o dióxido de carbono, a água e compostos de enxofre. A exploração, primeiro elo da indústria de petróleo e gás natural, está dividida basicamente em pesquisa e perfuração. Depois de confirmada a existência de petróleo e gás natural, inicia-se a fase de desenvolvimento e produção. Até este ponto as indústrias de petróleo e gás natural caminham juntas. Nas unidades de produção, parte do gás é utilizada como gás lift para reduzir a densidade do petróleo facilitando sua extração e parte é reinjetada com duas finalidades: recuperação secundária (que aumenta a pressão interna do reservatório) ou armazenamento em poços de gás nãoassociado. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho O restante pode ser: consumido internamente na geração de eletricidade e vapor; queimado em flares, caso não haja infra- estrutura suficiente que permita seu aproveitamento e; escoada para Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN) ou diretamente consumidas. Nas UPGN's, ocorre a separação das frações mais leves do gás natural e obtêm-se o gás natural seco (metano e etano), o Gás Liqüefeito de Petróleo - GLP (propano e butano) e a gasolina natural (pentano e superiores). Gás Natural Vantagens: • Pode ser construída próximo ou junto aos locais de consumo, implicando em economia nos custos de implantação; • O carvão mineral, usado como matéria-prima, tem fácil extração, custo moderado por ser cotado em moeda nacional e questões ambientais equacionadas. Desvantagens: • Elevados gastos com combustíveis e sua manutenção; • Dependendo do combustível, impactos ambientais como: poluição do ar, aquecimento das águas, o impacto da construção de estradas para o abastecimento de combustível da usina, agravamento do efeito estufa, chuva ácida, etc. Vantagens e Desvantagens Geração de Energia A implementação dos projetos de Termoelétricas - enfrentam problemas comuns aos grandes empreendimentos : • a demora de até três anos na obtenção das licenças ambientais que permitem o início da obra; As dificuldades nas emissões de Licenças para Termelétricas: • Falta de pessoal para análise de projetos; • Alta demanda para análise (vários projetos de diferentes empreendimentos); • No Brasil há 38 projetos de Termelétricas, no qual 12 são de grande porte. • As localizações geralmente são próximas as zonas urbanas, onde o limite de poluição de ar já esta próximo dos limites exigidos. Licenças Ambientais Geração de Energia Os principais problemas ambientais na implantação de UTE's estão relacionados ao uso da água e à deterioração da qualidade do ar devido à emissão de poluentes na atmosfera. A quantidade de água captada dos rios, lagos ou reservatórios para o sistema de resfriamento (necessário para a condensação do vapor de exaustão das turbinas); A qualidade do ar desses grandes centros industriais já estão comprometidas e a geração termelétrica utilizando combustíveis fósseis está associada a problemas de poluição local e regional como chuva ácida e a produção de "smog". ASPECTOS AMBIENTAIS Geração de Energia Imagens Usina Termoelétrica de Araucária Usina Termoelétrica de Uruguaiana Usina Termoelétrica CET2 Companhia Siderúrgica Nacional Usina Termoelétrica de Santa Cruz Geração de Energia Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina termoelétrica - Biomassa Biomassa Caldeira Turbina Gerador Rede Elétrica Consumidor Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho CARACTERIZAÇÃO DA BIOMASSA Classificação de Combustíveis gerados a partir de biomassa: Combustíveis Produtos e Subprodutos Energéticos Derivados Combustíveis Sólidos Produtos Primários: Subprodutos (Resíduos): - Madeira e outros -Matérias ligno-celuloses -Resíduos da Agricultura -Resíduos da Silvicultura -Resíduos Atividades urbanas Combustíveis Líquidos Fermentação Pirólise Liquefação Etanol Metanol Etc. Combustíveis Gasosos Processo Biológico Anaeróbio-biogás Gaseificação Digestão Biogás Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Processo de Combustão ou Queima Direta Oxidante (ar ou O2) Queima Direta (Combustão) Q Gaseificação com ou sem catalizador Gás combustível (CO, H2, ...) Transformação Catalítica Metano (CH4) Metanol (CH3OH) Vapor de Água Oxidante (ar) Biomassa Pirólise - Gases Quentes - Vapor Gases: H2, CO,CO2,CH4,C3H4 Liquidos (alcatrão, acido pirolenhoso, etc) Carvão Calor Liquefação (Catalitica) CO2 Combustivel Liquido CO Vapor de Água Fermentação Levedura Etanol CO2 Digestão Anaeróbica Metano CO2 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Processo de Combustão ou Queima Direta Combustão ou Queima Direta: Transformação da energia química do combustível em calor por meio das reações dos elementos constituintes do combustível com oxigênio do ar fornecido além da quantidade estequiométrica (quantidade mínima teórica para a combustão); Gaseificação: Aquecimento da biomassa em presença de oxidante (ar ou O2) em quantidade menores do que estequiométrica, obtendo-se um gás combustível composto de CO, H2, CH4 e outros. Deste gás, utilizando-se catalisadores, pode-se obter adicionalmente metano, hidrogênio e amônia; Pirólise:Aquecimento da biomassa em ausência de oxidante (oxigênio). Obtem- se, como resultado, um gás combustível, produtos líquidos (alcatrão e ácido piro- lenhoso) e uma substância carbonosa que pode ser convertida em carvão ativado. É o processo usado na fabricação do carvão vegetal; 25 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho PROCESSO DE COMBUSTÃO 26 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho GASEIFICADOR AUTOMATICO 27 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Liquefação:Processo de produção de combustíveis líquidos por meio da reação da biomassa triturada em um meio liquido com monóxido de carbono (CO), em presença de um catalisador alcalino (em condições de P = 150 – 250 atm, T = 300 -350 C, t = 10-30 minutos), obtem-se um liquido viscoso que pode ser utilizado como combustível em fornos; Fermentação: Conversão anaeróbica de compostos orgânicos pela ação de microorganismos, em grande dos casos da levedura Saccharomyces cerevisiae. No caso da fermentação alcoólica o substrato orgânico é a sacarose e os produtos são fundamentalmente o etanol e o gás carbônico; Processo de Combustão ou Queima Direta Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Processo de Combustão ou Queima Direta Biodigestão- Biogás: Conversão anaeróbica de compostos orgânicos pela ação de microorganismos. Para a produção de biogás (metano e gás carbônico) utiliza-se de microorganismos acidogênicos e metanogênicos. Tecnologia Utilizada: Biodigestor Anaeróbico: Equipamento usado para produção de biogás (metano); Matéria utilizada: resíduos de produção (vegetal), esterco, lixo domestico, etc. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ESQUEMA DO BIODIGESTOR TIPO CHINÊS Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Participação pequena na matriz energética mundial. Pode ser produzida a partir do uso do etanol, do bagaço de cana, do carvão vegetal, do óleo vegetal, da lenha, da beterraba, do arroz, entre outros. Nos USA a biomassa representa 4% da energia primaria usada no país, enquanto no Zimbabue é de 40% . No Brasil o uso de biomassa é principalmente dado pelo álcool veicular. Atualmente, existem pouco mais de 300 centrais elétricas de biomassa no território brasileiro, a grande maioria pequenas. O bagaço de cana é o que apresenta maior potencial para geração de energia elétrica: o período de safra coincide com o período seco das centrais hidrelétricas. Centrais de Biomassa Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais de Biomassa Briquetes de madeira Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Grande safraagrícola permite o uso de resíduos para a geração distribuída. A tecnologia já é matura, sendo boa parte nacionalizada. Centrais de Biomassa Geração de Energia 34 Área de plantio necessária p/ uma central térmica baseada em biomassa Centrais de Biomassa Geração de Energia Biodiesel Vegetable oils Recycled Greases Dilute Acid Esterification Transesterification Crude Glycerin Refining Crude biodiesel Biodiesel Sulfuric Acid + methanol Methanol + KOH Glycerin refining Glycerin Methanol recovery Centrais de Biomassa 36 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho PRODUTOS DERIVADOS DA BIOMASSA • BIO-ÓLEO • BIOGÁS • BIOMASS-TO-LIQUIDS • ETANOL CELULÓSICO • BIOETANOL • BIOGASOLINA • BIODIESEL • ÓLEO VEGETAL Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho VANTAGENS DA BIOMASSA • BAIXO CUSTO DE AQUISIÇÃO; • NÃO EMITE DIÓXIDO DE ENXOFRE; • AS CINZAS SÃO MENOS AGRESSIVAS AO MEIO AMBIENTE QUE AS PROVENIENTES DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS; • MENOR CORROSÃO DOS EQUIPAMENTOS (CALDEIRAS, FORNOS); • MENOR RISCO AMBIENTAL; • RECURSO RENOVÁVEL; • EMISSÕES NÃO CONTRIBUEM PARA O EFEITO ESTUFA. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho DESVANTAGENS DA BIOMASSA • MENOR PODER CALORÍFICO; • MAIOR POSSIBILIDADE DE GERAÇÃO DE MATERIAL PARTICULADO PARA A ATMOSFERA. ISTO SIGNIFICA MAIOR CUSTO DE INVESTIMENTO PARA A CALDEIRA E OS EQUIPAMENTOS PARA REMOÇÃO DE MATERIAL PARTICULADO; • DIFICULDADES NO ESTOQUE E ARMAZENAMENTO. Geração de Energia IMPACTOS AMBIENTAIS A respeito das conveniências referidas, o uso da biomassa em larga escala também exige certos cuidados que devem ser lembrados, durante as décadas de 1980 e 1990 o desenvolvimento impetuoso da indústria do álcool no Brasil tornou isto evidente. Empreendimentos para a utilização de biomassa de forma ampla podem ter impactos ambientais inquietantes. O resultado pode ser destruição da fauna e da flora com extinção de certas espécies, contaminação do solo e mananciais de água por uso de adubos e outros meios de defesa manejados inadequadamente. Por isso, o respeito à biodiversidade e a preocupação ambiental devem reger todo e qualquer intento de utilização de biomassa, a biomassa pode ser utilizada tanto para energia quanto para outras utilidades.. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina hidroelétrica 41 Geração de Energia Potencial Hidroelétrico Mundial Geração de Energia Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Uma usina hidrelétrica pode ser definida como um conjunto de obras e equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio. As partes principais de uma usina hidrelétrica são: a barragem, as comportas e o vertedouro, e a casa de máquinas, onde estão instalados os geradores acoplados às turbinas. Para transformar a força das águas em energia elétrica, a água represada passa por dutos forçados, gira a turbina que, por estar interligada ao eixo do gerador, faz com que este entre em movimento, gerando a eletricidade. Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 46 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Componentes básicos de uma Central Hidrelétrica 1. Barragem 2. Tomada d’água e condutos forçados 3. Casa de força 4. Vertedouro 5. Subestação elevadora 47 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 1. Barragem 2. Tomada d’água e condutos forçados 3. Casa de força 4. Vertedouro 5. Subestação elevadora Componentes básicos de uma Central Hidrelétrica Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Barragens São construídas, principalmente, para: represar a água para captação e desvios, elevar o nível da água para aproveitamento elétrico e navegação, e regularizar as vazões e amortecimento de ondas de enchentes. A solução técnica para a escolha do tipo de barragem depende do relevo, da geologia e do clima do local. 49 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 1. Barragem – para criar diferença de níveis (montante >> jusante → maior potência) – para formar um reservatório • compensação – volume suficiente apenas para regularização das descargas semanais ou diárias (usinas fio d’água) • acumulação – maiores, com capacidade para regularizar vazões de um mês, ano ou mais – atenuam o efeito da variabilidade das afluências naturais: » armazenamento nos períodos úmidos » deplecionamento nos períodos secos – importante função no controle das cheias » durante período úmido, parte do reservatório fica vazia = volume de espera » conflito de objetivos com produção de energia, pois reduz a capacidade de armazenamento • usinas de bombeamento (reversíveis) – possuem 2 reservatórios em níveis diferentes – rendimento ~ 70% Centrais Hidrelétricas 50 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Barragem de concreto – de gravidade - constituídas por uma parede de concreto que resiste pelo próprio peso à impulsão da água e transmite as solicitações à fundação – em arco ou em abóbada – construídas em vales apertados, podendo ter altura maior que largura. Podem apresentar dupla curvatura, vertical e horizontal. Curvatura horizontal permite transmitir a força da impulsão da água para as margens. Barragem de gravidade Barragem em arco ou abóbada Centrais Hidrelétricas 51 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas Barragem de aterro – de terra – constituídas de solos de jazidas ou obtidos das escavações obrigatórias, sendo compactados por equipamentos mecânicos. – de enrocamento – constituídas por um maciço de blocos de rocha de todos os tamanhos cuja vedação é obtida através de uma membrana impermeável. A membrana pode ser colocada à montante ou no centro da barragem, verticalmente ou inclinada. Ela pode ser de solo impermeável, concreto armado, concreto asfáltico, aço e etc. Barragem de terra Barragem de enrocamento 52 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas 2. Tomada d’água e condutos forçados – para conduzir por gravidade a água do reservatório até casa de força – pode ser compreendido por: • câmara de carga – estrutura que interliga o sistema de baixa pressão em canal com o de alta pressão – na partida garante que não entre ar no conduto forçado – nas paradas bruscas devem garantir estabilidade funcional do sistema de adução • chaminé de equilíbrio – estrutura que interliga o sistema de baixa pressão em encanamento com o de alta pressão – na partida garante que não entre ar no conduto forçado – nas variações de vazão suavizam os efeitos do golpe de ariete • duto forçado – sistema de alta pressão que leva a água às turbinas hidráulicas 53 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas Tomada d’água 54 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas Conduto forçado Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ComportasPermitem isolar a água do sistema final de produção da energia elétrica, tornando possíveis, por exemplo, trabalhos de manutenção. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Vertedouro Em hidráulica, vertedouro é um canal artificial executado com a finalidade de conduzir seguramente a água através de uma barreira, que geralmente é uma barragem, ou ele é destinado a auxiliar na medição da vazão de um dado fluxo de água. O excesso de água acumulada em um reservatório de uma barragem, de uma usina hidrelétrica, água essa que não é aproveitada na geração de energia elétrica, deve ser drenada pelo vertedouro. Vertedouro da UHE Coaracy Nunes Vazão por Comporta 1200m3/seg 57 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas 4. Vertedouro – para liberação da água sem passagem pela casa de força – dimensionado para permitir escoar a enchente estando o reservatório com 60 a 80% de sua capacidade. – inclui mecanismo para reduzir a velocidade da descarga 58 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas 3. Casa de força – local onde estão instalados • grupos turbina-gerador • equipamentos auxiliares • canal de restituição ou canal de fuga (para devolver a água para o rio) – deve visar operação e manutenção (facilitar montagem e desmontagem dos equipamentos instalados) – tipos de turbinas • ação: Pelton – transforma energia cinética d’água em trabalho – construídas com eixo vertical ou horizontal – rotor da turbina gira no ar • reação: Francis, hélice pás fixas ou móveis (Kaplan) – transforma energia cinética e de pressão d’água em trabalho – rotor gira dentro da corrente d’água – fluxo d’água orientado e distribuído igualmente pela região periférica Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Casa de máquinas Prédio onde estar instado os geradores de energia elétrica e suas respectivas turbinas, bem como os seus auxiliares como bomba de óleo, compressor, e etc. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Tipos de turbinas hidráulicas A turbina hidráulica possui uma grande variedade de formas e tamanhos, efetua a transformação da energia hidráulica em energia mecânica. E dividem- se entre quatro tipos principais: Pelton, Francis, Kaplan, Bulbo. Cada um destes tipos é adaptado para funcionar em usinas, como uma determinada faixa de altura de queda. As vazões volumétricas podem ser igualmente grandes em qualquer uma delas, mas a potência será proporcional ao produto da queda (H) e da vazão volumétrica (Q). Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Tipos de turbinas hidráulicas. Em todos os tipos há alguns princípios de funcionamento comuns. A água entra pela tomada d´àgua, a montante da usina que está numa nível maior, e é levada através de um conduto forçado até a entrada da turbina. Lá a agua passa por um sistema de palhetas guias móveis, que controlam a vazão volumétrica fornecida à turbina. Para se aumentar a potência as palhetas se abrem, para diminuir a potência elas se fecham. Após passar por este mecanismo a água chega ao rotor da turbina. Nas turbinas Pelton, não há um sistema de palhetas móveis, e sim um bocal com uma agulha móvel, semelhante a uma válvula. O controle da vazão é feito por este dispositivo. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Classificação dos Tipos de turbinas hidráulicas. De acordo com a queda dágua os principais tipos de turbina hidráulica são respectivamente: Pelton Francis Kaplan Bulbo 63 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas Turbinas – indicação em função da altura da queda H > 600 m → Pelton 100 a 600 m → Francis e Pelton 15 a 80 m → Kaplan e Francis 5 a 20 m → Kaplan Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Pelton. Essa turbina foi idealizada cerca de 1880 pelo americano Pelton de onde se originou o nome. São adequadas para operar entre quedas de 350 m até 1100 m, sendo por isto muito mais comuns em países montanhosos. Este modelo de turbina opera com velocidades de rotação maiores que os outros, e tem o rotor de característica bastante distintas. O que se vê é o rotor ao centro, cercado por bocais. Cada um bocal é controlado por um servo motor e tem uma válvula na forma de agulha para o controle da vazão. Os jatos de água ao se chocarem com as "conchas" do rotor geram o impulso. Dependendo da potência que se queira gerar podem ser acionados os 6 bocais simultaneamente, ou apenas cinco, quatro, etc... O número normal de bocais varia de dois a seis, igualmente espeçados angularmente para garantir um balanceamento dinâmico do rotor. Um dos maiores problemas destas turbinas, devido à alta velocidade com que a água se choca com o rotor, é a erosão provocada pelo efeito abrasivo da areia misturada com a água, comum em rios de montanhas. As turbinas pelton, devido a possibilidade de acionamento independente nos diferentes bocais, tem uma curva geral de eficiência plana, que lhe garante boa performance em diversas condições de operação. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Pelton. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Francis. A turbina Francis foi idealizada em 1849, tendo o nome do seu inventor, sendo que a primeira turbina foi construída pela firma J.M. Voith em 1873, passando desde então por aperfeiçoamentos constantes. Tem sido aplicada largamente, pelo fato das suas características cobrirem um grande campo de rotação específica. Atualmente se constroem para grandes aproveitamentos, podendo ultrapassar a potência unitária de 750 MW. É uma típica turbina de reação, pois recebe água sob pressão na direção radial e descarrega numa direção axial, havendo transformação tanto de energia cinética como de energia de pressão em trabalho. A vazão trazida até a turbina pelo conduto forçado é dirigida em direção radial para a roda e, ao sair, ganha uma direção axial indo para o canal de fuga através do tubo de sucção. A roda Francis apresenta um íntimo contato com a água que percorre os seus canais, não sendo, por isto, recomendável o seu emprego em usinas cuja água possua alto teor de sólidos em suspensão, que acarretam excessivo desgaste da roda por erosão. As turbinas Francis podem ser instaladas de eixo horizontal ou vertical, sendo este ultimo mais comum nas usinas de grande potencia. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Francis. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Kaplan. A tendência e também a necessidade de se obter rotores mais velozes levou a construção, por Victor Kaplan, das turbinas hélices. A seguir, decorrente de pesquisas e experiências que mostravam haver uma estreita relação entre as potencias das hélices das roda, a abertura das aletas e o rendimento, construiu-se uma turbina dotada de um dispositivo de regulagem que possibilitasse as hélices acompanharem a variação das aletas. Assim as turbinas deste tipo, com pás móveis no rotor, passaram a ser chamadas de turbinas Kaplan, enquanto as pás fixas receberam o nome de turbinas Hélice. Cada pá está individualmentepresa à ogiva, possuindo movimento de rotação em torno de seus próprio eixo, mudando de ângulo. Este movimento é simultâneo para todas as pás. Essas turbinas são comuns em baixas quedas; pensa-se atualmente, estender seu campo de aplicação para saltos médios, em consideração a sua grande flexibilidade de ação frente às variações de capacidade e também às variações de velocidade e queda, graças às regulação das pás motrizes. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Kaplan. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Bulbo. A turbina bulbo apresenta-se como uma solução compacta da turbina Kaplan, podendo ser utilizada tanto para pequenos quanto para grandes aproveitamentos. Se caracteriza por ter o gerador montado na mesma linha da turbina em posição quase horizontal e envolto por um casulo que o protege do fluxo normal da água. É empregada na maioria das vezes para aproveitamentos de baixa queda e quase sempre a fio d’água. Sua concepção compacta de uma turbina Kaplan reduz consideravelmente o volume das obras civis, tornando a mesma de menor custo. Em compensação, o custo do equipamento eletromecânico, turbina e gerador é maior que os das turbinas convencionais, pela tecnologia e processos de fabricação aplicáveis em termos de ajustes e vedações. Geração de Energia Centrais Hidrelétricas Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Turbina Bulbo. 72 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas Geradores – síncrono – pólos salientes – geralmente múltiplos de 4 pólos – necessita de alimentação CC (capacidade de black-start) • gerador auxiliar para produção de CC • excitatriz estática – em função das perdas, máquinas de grande porte necessitam sistema de refrigeração (em circuito fechado, para evitar entrada de corpos estranhos) 73 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas Geradores p f120 rpm Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Hidrelétricas As centrais hidrelétricas podem ser classificadas em: Centrais a fio d’água: capacidade de armazenamento pequena e, em geral, dispõem somente da vazão natural do curso de água para gerarem energia; Centrais de acumulação: reservatórios de água são plurianuais; Centrais com armazenamento por bombeamento ou com reversão. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Além disso se dividem em três grupos: as Grandes Centrais Hidrelétricas, as Médias Centrais e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s). As centrais hidrelétricas correspondem a cerca de 75% da produção de energia elétrica brasileira. Somente Itaipu, que tem capacidade para gerar 12,6 GW, perfaz 17% da capacidade nacional. Essa dependência das usinas hidrelétricas causou grandes problemas no ano de 2001 no setor elétrico brasileiro, devido a um período com menos chuvas e face ao aumento do consumo (além de outros fatores). Centrais Hidrelétricas Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina eólica 77 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho CONCEITO- ENERGIA EÓLICA • Basicamente, a energia eólica se dá pela conversão da energia mecânica que é formada pela passagem do vento nas pás(hélices), que é o rotor, a partir dai essa energia é mandada pra os ditos geradores e transformada em energia elétrica, assim distribuída para o consumidor. 78 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho CONCEITO- ENERGIA EÓLICA onde: P – Potência em watts; ρ – densidade do ar (1.225 kg/m3 no nível do mar e a 15oC); Ar – área varrida pelo rotor (Ar = πD 2/4, D=2R é o diâmetro do rotor e R é o comprimento da pá); Cp – coeficiente aerodinâmico de potência do rotor (valor máximo teórico = 0.593, na prática atinge 0.45 e é variável com o vento, rotação, e parâmetros de controle da turbina); v -velocidade do vento, em m/s; η - eficiência do conjunto gerador/transmissões mecânicas e elétricas (~0.93-0.98). 79 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). 80 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Acredita-se que foram os egípcios os primeiros a fazer uso prático do vento em torno do ano 2800 AC. 81 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Logo após vieram os persas, que começaram a utilizar a força dos ventos a partir de 700 d.C.. Moinho de Vento Persa 82 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho A força do vento e da água logo tornaram-se a fonte primária da energia mecânica medieval inglesa. A geração de eletricidade pelo vento começou em torno do início do século XX. Moinho de Vento de Blyth 83 Geração de Energia Turbina Eólica de Brush Turbina Eólica atual 84 Geração de Energia O princípio de funcionamento baseia-se na conversão de energia cinética em energia elétrica, através de um aerogerador. 85 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 86 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Globalização da micro geração • Segundo especialistas da área, uma alternativa para reduzir o risco de apagões e o custo econômico e ambiental da produção de energia no país revela-se a microgeração. Com o avanço das energias renováveis, grandes parques eólicos começam a surgir em diferentes pontos do mundo. E o desenvolvimento dessa tecnologia tem avançado consideravelmente. 87 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho • Apesar dos potenciais benefícios da geração distribuída, como reduzir a carga na rede, a dependência de térmicas e os gastos com a conta de luz, a micro geração ainda engatinha no Brasil. Globalização da micro geração 88 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho MICRO GERADORES EÓLICOS • Os micro ou mini geradores, usa do principio de geração de energia eólica, tendo capacidade para fornecer energia para pequenos consumidores(casas, comércio, galpões de indústrias), os micro gera potências igual ou a partir de 75 kW, mini geradores gera acima de 75 KW a 5 MW. 89 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho INSTALAÇÃO • Os micro geradores, são instalados mais próximos do solo, em função de seu tamanho, a geração é proporcional a velocidade do vento, assim na sua instalação deve ser analisados: solo e edificações ao redor- visando melhor aproveitamento, lugares sem obstáculos para circulação do vento. 90 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho TIPOS • Existem os geradores de eixo horizontal e geradores de eixo vertical. Os geradores de eixo horizontal são bem mais comuns no mercado, e possuem eficiência mais elevada, no entanto, uma das vantagens do eixo vertical é que são bem menos barulhentos e tem uma integração melhor á edificação. 91 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho EIXO HORIZONTAL • Possuem três ou mais pás; • Apresenta melhor eficientes que todos os tipos de geradores, mas operando com ventos sem muitas mudanças de direção; • Mais barulhentos; • Inadequado para locais de ventos com turbulencias 92 Geração de EnergiaProf. Dr. José Bione de Melo Filho 1. pás 2. Rotor. 3. Eixo do rotor (eixo de baixa velocidade) 4. Caixa multiplicadora de velocidades. 5. Serie de engrenagens dentro da caixa multiplicadora de velocidades. 6. Freno. 7. Eixo do gerador de eletricidade (eixo de alta velocidade) 8. Gerador (alternador ou dínamo) de eletricidade. 9. Cabos que transportam a energia produzida às linhas de distribuição de eletricidade 93 Geração de Energia EIXO HORIZONTAL EIXO VERTICAL 94 Geração de Energia ROTOR SAVONIUS • Não necessita de muito vento para iniciar geração; • Suporta melhor ventos mais turbulentos; • É muito silencioso – quase inaudível; • Ideal para áreas urbanas; • Contudo, gera potências mais baixas; 95 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ROTOR DARRIEUS • Níveis de potência maiores; • Pode ser instalados em área urbana; • Alguns modelos são ruidosos; • Precisa de um sistema de aceleração para iniciar; • Desvantagem no preço, geralmente mais caros que os demais 96 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Rotor H-Darrieus • As pás são postas em paralelo • Mais eficiente que o tipo Darrieus. • esse modelo não necessita de um sistema de aceleração para iniciar geração; • Bastante silencioso 97 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Complementos • Para a escolha do tipo do micro gerador, deve-se observar a incidência de ventos, velocidade e a característica dele no local. • A nova regulamentação da ANAEEL, permite a injeção de energia na rede em troca de créditos em kWh na conta de luz. • Deve-se contratar empresas sérias, para a segurança de todos. A instalação e manutenção é feita pela distribuidora de energia local, assim o consumidor desejar uma geração eólica, deve-se contata-la. 98 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Complementos • Além das contribuições na economia da casa, apresenta um elevada contribuição para sustentabilidade do planeta, alcançando os critérios de escolha de geradores de energia, sendo eles ecológica,social e economicamente eficientes. 99 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Dentro dessa abordagem sobre energia eólica, encontram-se alguns sistemas eólicos que são o Sistema Eólico Isolado, o Sistema Eólico Hibrido e o Sistema Eólico de Injeção na Rede. Sistema Eólico Isolado 100 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Sistema Eólico Hibrido 101 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Sistema Eólico de Injeção na Rede Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho O conhecimento da velocidade média do vento é de fundamental importância para a estimativa de energia a ser gerada em uma região (potência é função do cubo da velocidade) A eletricidade gerada pela força dos ventos pode ser estimada em 24 Terawatts-hora. Maior obstáculo é conjugar a inconstância dos ventos com a necessidade de produção energética. No Brasil a produção de energia eólica encontra-se em fase de expansão, a produção total de energia eólica no país ultrapassa os 10 GW. Centrais Eólicas 103 Geração de Energia O fato de que energia eólica seja uma fonte de energia higiênica, limpa, renovável e ecológica não significa que seu impacto ambiental seja nulo. Existem as vantagens e Desvantagens. VANTAGENS: 1- Tecnologia Inesgotável; 2- Não emite gases poluentes e não gera resíduos; 3- Não requer uma manutenção frequente, uma vez que sua revisão é semestral; DESVANTAGENS: 1- Os parques eólicos geram um grande impacto visual devido aos aerogeradores; 2- Causa impacto sonoro; 3- Pode afetar o comportamento habitual de migração das aves. 104 Geração de Energia A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. É o que acontece com a energia eólica onde os custos podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. O custo de instalação de um aerogerador de grande porte gira em torno de US$1.500.000,00 por cada MW, já o valor médio em investimento inicial para usinas de médio e grande porte (acima de 30MW) é de R$4.200.000,00 por MW instalado. 105 Geração de Energia Investimento inicial Custo operacional Impacto ambiental Contribuição para o efeito estufa Energia eólica Elevado baixo baixo nenhuma Carvão mineral baixo a médio elevado elevado elevado Petróleo baixo a médio elevado elevado elevado Energia nuclear Elevado Elevado Elevado Elevado Energia hidroelétrica baixo a médio elevado baixo a médio baixa Gás natural baixo a médio elevado baixo a médio baixo a médio Energia solar médio a alto baixo baixo a nenhum nenhuma biomassa médio a alto médio médio média a nenhuma obs.; Eólica: Alto investimento e baixo custo de manutenção; A instalação de uma usina eólica demanda cerca de 18 meses enquanto as outras demandam 24 meses. 106 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Exemplos de Utilização da Energia Eólica Centrais Eólicas Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Energia solar 12vcc/220ca Sol Gerador Fotovoltaico Acumulador Inversor Consumidor ENERGIA SOLAR 109 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho O Sol: fonte de energia • O Sol sempre foi, desde que a humanidade existe, nossa mais importante fonte de energia. O sol é fonte de vida. • Se não existisse o sol, a temperatura na terra seria inferior a duzentos graus abaixo de zero. • A ENERGIA DO SOL É UMA DAS MAIS IMPORTANTES FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL, CERTAMENTE É A QUE APRESENTA MAIOR POTENCIAL. 110 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho O Sol: fonte de energia • O Sol é a fonte de energia com maior potencial para suprir a crescente demanda energética em todo o mundo. Podemos aproveitar diretamente a sua oferta, o que ajuda, inclusive, a enfrentarmos os efeitos adversos causados pelas mudanças climáticas – um fenômeno acelerado pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. 111 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho O Sol: fonte de energia • Energia Fotovoltaica • Aquecimento Solar • Energia Heliotérmica 112 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Irradiação Solar Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho A produção de energia elétrica a partir da energia solar pode ser dividida em dois tipos principais: Sistemas fotovoltaicos autônomos; Sistemas heliotermicos: utilizada para produzir convecção (vapor ou ar). O Brasil possui um ótimo índice de radiação solar, principalmente no Nordeste. Alguns países têm programas para aumentar a produção de energia solar, tais como Japão, USA, Alemanha, Itália, Indonésia, Índia, África do Sul, entre outros No Brasil, o aproveitamento da energia solar é pequeno. O principal motivo é o alto custo inicial para a implantação, além do alto custo da manutenção. Centrais a Energia Solar 114 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho • O que é a energia solar; • Placas fotovoltaicas; • Funcionamento; • Instalação e manutenção; • Aplicações dos painéis; • UsinaSolar; • Vantagens e desvantagens da energia solar. Tecnologia Solar Fotovoltaica 115 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Energia solar fotovoltaica é a energia elétrica produzida a partir de luz solar, e pode ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior for a radiação solar maior será a quantidade de eletricidade produzida. Tecnologia Solar Fotovoltaica 116 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Placas Fotovoltaicas • Captação os Raios o Sol • O silício cristalino e o arsenieto de gálio. 117 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Funcionamento • Captação da luz solar; • Células fotovoltaicas; • Corrente elétrica; • Armazenamento e distribuição. 118 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho COMO FUNCIONA UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA A célula fotovoltaica reage com a incidência dos raios do Sol e libera elétrons que, então, são transferidos para um circuito dentro de um painel solar, gerando assim energia elétrica Como funciona o painel solar fotovoltaico: 1 – Célula de silício 2 – A construção do Painel Solar Fotovoltaico 3 – O Processo que gera eletricidade (efeito fotovoltaico) Todos nós sabemos que a luz do sol atinge o painel solar fotovoltaico e de alguma forma ele gera energia elétrica. Qual é a explicação cientifica por traz deste efeito fotovoltaico? 119 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 1 – Célula Fotovoltaica de Silício A parte mais importante de um painel solar fotovoltaico (placa fotovoltaica) são as células fotovoltaicas de silício (Si). O silício é composto de átomos minúsculos que são A concepção mais comum de painéis fotovoltaicos (placas fotovoltaicas) utiliza dois tipos diferentes de silício. Isto é para criar cargas negativas e positivas. Para criar uma carga negativa, o silício é combinado com boro, e para criar uma carga positiva, o silício é combinado com o fósforo. Esta combinação cria mais elétrons no silício carregado positivamente e menos elétrons no silício carregado negativamente. O silício carregado positivamente é “sanduichado” com o silício carregado negativamente, isso permite a célula de silício reagir com o sol produzindo energia elétrica. 120 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 2 – A construção do Painel Solar Fotovoltaico Cada célula fotovoltaica é cuidadosamente colocada, plana, em série, uma após a outra. As células individuais são conectadas usando uma faixa condutora extremamente fina. Esta tira é tecida de cima para baixo de cada célula, de modo que todas as células fotovoltaicas do painel solar estejam ligadas, assim criando um circuito. Essa série de células fotovoltaicas é então coberta com uma lamina de vidro temperado, tratado com uma substancia antiaderente e antirreflexo, emoldurado usando um quaro de alumínio. Na parte de trás do painel, há dois condutores provenientes de uma pequena caixa preta. Esses cabos são usados para ligar os painéis solares fotovoltaicos em conjunto, formando uma série de painéis fotovoltaicos. Esse conjunto de painéis é então conectado através de cabos de corrente continua ao inversor solar. 121 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 3 – Efeito Fotovoltaico (o processo que gera eletricidade) As partículas de luz que viajam do Sol à Terra a cada dia são chamadas de fótons. Os fótons levam cerca de 8 minutos e 20 segundos para percorrer a trajetória do Sol até a Terra. Abaixo, uma explicação básica do que acontece quando os fótons atingem as células solares: a) Quando os fótons atingem as células fotovoltaicas, eles fazem com que alguns dos elétrons que circundam os átomos se desprendam. b)Estes elétrons livres vão migrar, através da corrente eléctrica, para a parte da célula de silício que está com ausência de elétrons. 122 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho c) Durante o dia todo, os elétrons irão fluir em uma direção constantemente, deixando átomos e preenchendo lacunas em átomos diferentes. Este fluxo de elétrons cria uma corrente elétrica, ou o que nós chamamos de casualmente de Energia Solar Fotovoltaica. Durante o dia todo, os elétrons irão fluir em uma direção constantemente, deixando átomos e preechendo lacunas em átomos diferentes. Este fluxo de elétrons cria uma corrente elétrica, ou o que nós chamamos de casualmente de Energia Solar Fotovoltaica. 123 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Passo a passo de como funciona o sistema de energia solar fotovoltaica: 124 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho O Painel Solar gera a energia solar fotovoltaica O Painel Solar reage com a luz do sol e produz energia elétrica (energia fotovoltaica). Os painéis solares, instalados sobre o seu telhado, são conectados uns aos outros e então conectados no seu Inversor Solar: O Inversor Solar converte a energia solar para a sua casa ou empresa Um inversor solar converte a energia solar dos seus painéis fotovoltaicos (Corrente Continua - CC) em energia elétrica que pode ser usada em sua Casa ou Empresa para a TV, Computador, Máquinas, Equipamentos, e qualquer equipamento elétrico (Corrente Alternada - AC) que você precise usar : A Energia Solar é distribuída para sua casa ou empresa A energia que sai do inversor solar vai para o seu "quadro de luz" e é distribuída para sua casa ou empresa, e assim reduz a quantidade de energia que você compra da distribuidora 125 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho A Energia Solar é usada por utensílios e equipamentos elétricos. A energia solar pode ser usada para TVs, Aparelhos de Som, Computadores, Lâmpadas, Motores Elétricos, ou seja, tudo aquilo que usa energia elétrica e estiver conectado na tomada O excesso de energia vai para a rede da distribuidora gerando créditos! O excesso de eletricidade volta para a rede elétrica através do relógio de luz (relógio de luz bi-direcional). Esse relógio de luz mede a energia da rua que é consumida quando não tem sol e, a energia solar gerada em excesso quando tem muito sol e é injetada na rede da distribuidora 126 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Instalação SISTEMA DE GERAÇÃO OFF-GRID 127 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS FOTOVOLTAICOS O correto posicionamento angular evita sombras, que causam perdas de energia. 128 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÃO DA ENERGIA SOLAR Placa Solar Inversor Solar Estrutura de fixação Cabeamentos Conectores específicos Outros materiais elétricos como disjuntores etc. 129 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÃO DA ENERGIA SOLAR O tipo estrutura de fixação dos painéis solar depende do local onde será instalado. 130 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÃO DA ENERGIA SOLAR 131 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Bateria EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÃO DA ENERGIA SOLAR 132 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho EQUIPAMENTOS PARA INSTALAÇÃO DA ENERGIA SOLAR FIAÇÃO ELÉTRICA E CONEXÕES 133 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho CONTROLADOR DE CARGA E INVERSOR134 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho PROTEÇÃO E ATERRAMENTO 135 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Manutenção 136 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina Solar • O que é? • Como funciona? • Onde estão? 137 Geração de Energia O que é? Antes de conceituarmos usina solar fotovoltaica iremos entender primeiro a etimologia das palavras: Do francês,, “usine” (1732) loja, ateliê, oficina. Atualmente, designa estabelecimento industrial equipado com máquinas e/ou dispositivos, onde se processa a transformação de matéria-prima em produtos finais ou semiacabados. O termo "fotovoltaica" vem do grego (Phos), que significa "luz", e em "volt", a unidade de força eletromotriz, o volt, que por sua vez vem do sobrenome do físico italiano Alessandro Volta, inventor da pilha. O termo "fotovoltaica" tem sido usado em Inglês desde 1849. Obs: Usina Solar Heliotérmica. 138 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Como Funciona? O módulo fotovoltaico está para usina de geração fotovoltaica assim como a turbina de acionamento do gerador elétrico está para a usina de geração hidroelétrica. Os sistemas fotovoltaicos são capazes de gerar energia elétrica através das chamadas células fotovoltaicas. As células fotovoltaicas são feitas de materiais capazes de transformar a radiação solar diretamente em energia elétrica através do chamado “efeito fotovoltaico” pode ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos; este fenômeno foi descrito pela primeira vez em 1839, pelo físico francês Edmund Bequerel. Hoje, o material mais difundido para este uso é o silício. O efeito fotovoltaico acontece quando a luz solar, através de seus fótons (partícula elementar mediadora da força eletromagnética), é absorvida pela célula fotovoltaica. A energia dos fótons da luz é transferida para os elétrons que então ganham a capacidade de movimentar- se. O movimento dos elétrons, por sua vez, gera a corrente elétrica. As células fotovoltaicas podem ser dispostas de diversas formas, sendo a mais utilizada a montagem de painéis ou módulos. Além dos painéis fotovoltaicos, também se utilizam filmes flexíveis, com as mesmas características, ou até mesmo a incorporação das células em outros materiais, como o vidro. As diferentes formas com que são montadas as células se prestam à adequação do uso, por um lado maximizando a eficiência e por outro se adequando às possibilidades ou necessidades arquitetônicas. 139 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 140 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho A maior usina solar do mundo. A maior usina solar do mundo ficou pronta em Junho de 2015 e encontra-se nos Estados Unidos. É um projeto de 579.000kWp (579MWp) instalado perto de Rosamond na Califórnia. Ela na verdade consiste em 2 usinas juntas e utilizam 1.700.000 painéis fotovoltaicos, ocupando uma área no deserto de aproximadamente 13km². 141 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina Solar no Brasil. São poucas as usinas de energia solar no Brasil já em funcionamento comercial, porém o crescimento esperado para os próximos anos é muito grande. A escassez de chuvas e o aumento do uso das usinas termoelétricas caras e poluentes está servindo como “driver” para o desenvolvimento do setor de energia solar no país. A primeira usina de energia solar do Brasil. A usina solar de Tauá, construída em 2011, está localizada no município de Tauá, no sertão do Ceará, e tem capacidade inicial de geração de 1000kWp (1MWp). Ela produz energia suficiente para 650 casas populares e foi a primeira usina solar no Brasil a gerar eletricidade em escala comercial. Geração de Energia 142 Exemplos de Utilização da Energia Solar Fotovoltaica Centrais a Energia Solar 143 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Energia Solar Heliotérmica • Energia Heliotérmica, também conhecida como Concentrating Solar Power (CSP), é o processo de uso e acúmulo do calor proveniente dos raios solares. • Regiões com baixa presença de nuvens, altos níveis de radiação solar e terrenos planos caracterizam o cenário ideal para a implantação de um projeto heliotérmico. • O Brasil é, portanto, um país com rico potencial, principalmente na região Nordeste e em parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste. 144 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Energia Solar Heliotérmica Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração Heliostática 146 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Funcionamento 1) Concentração de raios solares e transmissão de calor para o fluido térmico. 2) Energia térmica é convertida em elétrica. 3) A água é aquecida pelo calor do fluido. 4) É transformada em vapor devido as altas temperaturas. 5) A turbina (conectada ao gerador) entra em movimento. 6) Conversão da energia mecânica em energia elétrica. 7) Vapor entra em condensação e volta ao estoque de água. 147 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Funcionamento 148 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Mecanismos de Concentração Solar 149 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Calha Parabólica ou Coletores cilíndricos-parabólicos • Presente desde a década de 80 • Espelhos cilíndricos-parabólicos postos linearmente • Temperatura de operação no foco chega a 400 graus, variando até 450 graus. 150 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Calha Parabólica ou Coletores cilíndricos-parabólicos 151 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Coletor Linear Fresnel • Desenvolvido para cortar os custos de produção • Não se faz necessário o uso do fluido de transferência • Fresnel é mais indicada para aplicações não-elétricas da tecnologia heliotérmica, usadas para gerar calor de processos na industria e agricultura. 152 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 153 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Torre Solar • Os espelhos planos são chamados de Heliostatos. • A mais eficiente na geração de energia elétrica. • Não há um sistema de tubos no campo solar. 154 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Disco Parabólico • Foco em um único ponto • Dois modos de utilização: O sistema central e o sistema individual • Este método é pouco utilizado pois ainda é difícil para armazenar energia, sendo concorrente da fotovoltaica, mais simples e barata. 155 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho • Sistema Central • Sistema Individual 156 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 157 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Armazenamento • As usinas heliotérmicas são capazes de incorporar um armazenamento térmico. • O armazenamento é realizado através de um método de retenção de calor. • Funciona como reservatório de água de uma usina hidrelétrica. 158 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Armazenamento 159 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Outras utilizações • A tecnologia heliotérmica não serve somente para gerar eletricidade. • É também aplicada em processos não elétricos, como: → Produção de calor para processos industriais(calcinação, secagem de gesso, secagem de pintura de carros) → Refrigeração (ar-condicionado, produção de água gelada, congelamento de produtos agropecuários) → Dessalinização de água do mar. 160 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Condições para construir uma Usina Heliotérmica • Os índices mínimos de irradiação direta normal (DNI) devem está entre 1.800 e 2.000 kWh/m²·ano • Baixa probabilidade de sombreamentos e perturbações do ar • Usinas que visam à geração de calor de processo para indústria podem tem áreas com DNI a partir de 1.600 kWh/m²·ano • A irradiação é estimada entre 2.000 a 2.300 kWh/m²·ano em muitas regiões do Brasil • Aspectos físicos do local e transporte da energia elétrica. 161 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Vantagens da Energia Heliotérmica • Possibilidade de armazenamento de energia, trazendo mais estabilidade para o sistema integrado de energia elétrica • Co-geração com outras fontes de energia elétrica • Energia limpa e inesgotável • Aquece a economia do país • É capaz de estabilizar a rede fazendo co-geração com eólica • Estabilidade para lidar com as variações na produção e demanda de energia • Sistemas isolados. 162 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Desvantagens da Energia Heliotérmica • Alto custo, pois a tecnologia ainda um pouco nova e não se fabrica células voltaicas no Brasil • Escassez de mão de obra qualificada • Fazer uso de baterias para armazenar energia • Altas temperaturas em lugares com clima muito quente. 163 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Avanços da Energia Heliotérmica no Brasil • Suprindo o “buraco” deixado pelas hidrelétricas • Potencial da região Nordeste, como exemplo: Petrolina • Construção de uma usina de painéis fotovoltaicos em Petrolina. 164 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Conclusão • A heliotermia é uma tecnologia inovadora e já está consolidada, apesar de ainda ser pouco explorada nos países com maior potencial. Algumas experiências na Espanha e nos Estados Unidos já comprovam sua eficiência e rentabilidade. • O Brasil ainda não é atuante no setor, mas é um dos países com mais potencial para o desenvolvimento da energia heliotérmica. Regiões secas com poucas nuvens são ideais para empreendimentos heliotérmicos, fazendo da região Nordeste ideal para a implementação da tecnologia. Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Usina nuclear Biomassa Caldeira Turbina Gerador Rede Elétrica Consumidor Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 166 Corresponde a cerca de 16% da energia elétrica mundial sendo os principais produtores: USA, Russia e os países Europeus (França). No Brasil Angra I (1982) - 657 MW, e Angra II (2000)-1300 MW, possibilidade de Angra III A contribuição total da energia nuclear no sistema energético brasileiro totaliza 1,3% do total, pouco se se observado o fato de que o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo. Impactos dificílimos de serem mitigados (resíduos radioativos), mas possíveis de evitar. Alguns especialistas preconizam que é a única fonte capaz de substituir os combustíveis fósseis nas próximas décadas. Centrais Nucleares Geração de Energia FUNCIONAMENTO DE UMA USINA NUCLEAR Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Absorção dos produtos de fissão pelo próprio combustível Vaso do reator e circuito primário Revestimento da vareta de combustível Vaso (edifício) de contenção Contenção de aço BARREIRAS FÍSICAS MÚLTIPLAS CONTRA A LIBERAÇÃO DE PRODUTOS RADIOATIVOS Geração de Energia 169 PRÉDIO DA CONTENÇÃO DE ANGRA 2 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ESTRUTURA DO SETOR NUCLEOELÉTRICO NO BRASIL Usinas Angra 1 e 2 EMPRESAS BRASILEIRAS DE ENGENHARIA Engenharia INB Fornecimento de Combustível CNEN Licenciamento Coordenação do Programa Elétrico / Financiamento ELETROBRÁS ELETRONUCLEAR INDÚSTRIA BRASILEIRA Equipamento Eletromecânico NUCLEP Equipamentos Pesados Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Localização Belo Horizonte Angra dos Reis Parati Ilha Grande Angra 1 Angra 2 Angra 3 130 Km 350 Km 220 Km Rio de Janeiro São Paulo Localização de ANGLA I, II e II na PRAIA DE ITAORNA Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 172 USINAS NUCLEARES - COMPETITIVAS USINA TIPO DE COMBUSTÍVEL SUBSISTEMA CUSTO (R$/MWh) CUIABA G CC GAS SE 6,40 ANGRA 2 NUCLEAR SE 9,23 ANGRA 1 NUCLEAR SE 10,50 CELPAV GAS SE 35,91 PARACAMBI GAS SE 35,91 TERMOCORUMBA GAS SE 35,91 TERMOPE GAS NE 40,00 ARGENTINA I GAS S 46,18 ARGENTINA 2A GAS S 48,24 ARGENTINA 2B GAS S 48,24 ST.CRUZ NOVA GAS SE 54,36 FORTALEZA GAS NE 58,24 TERMOACU GAS NE 60,00 ARGENTINA 2C GAS S 65,82 FAFEN GAS NE 71,26 IBIRITERMO GAS SE 77,46 NORTEFLU GAS SE 78,00 P.MEDICI A CARVAO S 78,08 P.MEDICI B CARVAO S 78,08 TERMOCEARA GAS NE 82,72 J.LACERDA C CARVAO S 88,63 MACAE MERCHA GAS SE 97,15 URUGUAIANA G GAS S 97,46 ELETROBOLT GAS SE 100,40 ARGENTINA 2D GAS S 101,69 JUIZ DE FORA GAS SE 102,00 ARGENTINA IB GAS S 102,27 TERMO BA GAS NE 139,32 Fonte: ONS - Programa Mensal de Operação Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho RESERVAS DE URÂNIO RESERVAS MUNDIAIS RECUPERÁVEIS Canadá 10,9% 100% = 3.256.000 tU308 Brasil = 6ª reserva mundial suficiente para o atendimento de todo o Sistema Interligado Brasileiro por 17 anos. Adicionando as reservas de Pitinga e Cristalino teremos 3a Austrália 28,5% Resto 11,2% Nigéria 2,3% EUA 4,1% Brasil 6,7% Namïbía 8,5% África do Sul 9,4% Cazaquistão 18,4% Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho 174 Combustível Quantidade necessária para operar uma usina de 1.000 MWe por ano 3 caminhões de 10 t 5,5 metaneiros de 200.000 t 7 petroleiros de 200.000 t 11 cargueiros de 200.000 t 2.200.000 t Carvão 1.400.000 t Óleo 1.100.000 t Gás Natural (GNL) 30 t Nuclear Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho RESERVA(Ton de Urânio) 400.000 PRODUÇÃO(ton/ano) 400 TEMPO DE CONSUMO(anos) 1000 RESERVAS BRASILEIRAS DE URÂNIO PARA 1,8 % DA MALHA ENERGÉTICA CONSIDERANDO U235 PARA 18 % DA MALHA ENERGÉTICA CONSIDERANDO U235– 100 ANOS Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho CAETITÉ CICLO DO COMBUSTÍVEL Usina de Conversão (em construção) UF6 - CANADÁ INB INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL Mineração de Urânio e Produção de concentrados ELETRONUCLEAR Fábrica de Elementos Combustíveis (RESENDE) Usina de enriquecimento (comissionamento) Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho POLÍTICA DE REJEITOS/SITUAÇÃO ATUAL (I) APÓS 12 ANOS DE TRAMITAÇÃO, APROVAÇÃO DA LEI N.º 10.308, EM 20.11.01, QUE REGULAMENTA O DESTINO FINAL DOS REJEITOS RADIOATIVOS NO BRASIL DISPÕE SOBRE: TIPOS DE DEPÓSITO (BAIXA E MÉDIA ATIVIDADE) SELEÇÃO DE LOCAIS CONSTRUÇÃO, LICENCIAMENTO, OPERAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DAS INSTALAÇÕES REMOÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS REJEITOS CUSTOS E INDENIZAÇÕES RESPONSABILIDADE CIVIL E GARANTIASGeração de Energia A ENERGIA NUCLEAR NO MUNDO Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Geração de Energia USINAS NUCLEARES EM OPERAÇÃO 104 59 53 35 29 19 16 14 14 11 11 0 20 40 60 80 100 120 USA FRANCE JAPAN UK RUSSIA GERMANY KOREA, REP UKRAINE CANADA INDIA SWEDEN Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho PWR X USINA A CARVÃO Consumo anual de combustível e produção de rejeitos de uma usina de 1300 MW operando com fator de utilização de 6500 horas equivalentes a plena carga. R= 1,3µSv 170t urânio natural Com radioatividade média 42 m3 REATOR A ÁGUA LEVE DE 1300 MW Efluentes radioativos (quantidades desprezíveis) USINA DE CARVÃO DE 2* 650 MW M = metais R= radioatividade 9µSv 32t urânio enriquecido Altamente radioativo 4,8 m3 C/ baixa radioatividade 531 m3 REJEITOS COM REPROCESSAMENTO 220.000 t cinzas 130.000 t gesso do sistema de dessulfurização 2.8 milhões de t antracita (1,8% de S) 2.000 t material particulado (50mg/m) 12.000 t SO2 (400mg/m3) 6.000 t NOx (200mg/m3) 8.500.000 t CO2 R M M R R IMPACTO AMBIENTAL DA TÉRMICA A CARVÃO Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Consumo de Gás 1,9 bilhões de m /ano 3 (5,2 milhões de m /dia) 3 1300 MWe 30t 12.700t 410t 2.200t 5.000.000t SO2 NOX CH4 CO CO2Poluentes Fonte: IEA/OECD Natural Gás Prospects and Policies. Paris 1991 IMPACTOS AMBIENTAIS DE USINAS A GÁS Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho ENERGIA NUCLEAR NO MUNDO • 31 PAÍSES COM CENTRAIS EM OPERAÇÃO • EXPERIÊNCIA OPERATIVA: 9.820 REATORES ANO CENTRAIS EM CONSTRUÇÃO: • UNIDADES: 31 • CAPACIDADE LÍQUIDA: 28.656 MWe • UNIDADES: 441 • CAPACIDADE LÍQUIDA: 351.327 MWe ( 5 VEZES A CAPACIDADE BRUTA INSTALADA BRASILEIRA) • ENERGIA LÍQUIDA PRODUZIDA: 2.448,4 TWh ( 8 VEZES A GERAÇÃO BRUTA BRASILEIRA) CENTRAIS EM OPERAÇÃO: Fonte: IAEA Status: 31/12/2004 Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Nucleares Energia nuclear é ambientalmente segura • Um dos fundadores do Greenpeace afirmou perante a Comissão de Energia e Recursos Naturais do Senado americano, na quinta-feira, 28/04, que há evidência científica abun dante demonstrando que a energia nuclear é uma opção ambientalmente segura. Patrick Moore, presidente e cientista-chefe da companhia de consultoria ambiental Greenspirit Strategies, com sede no Canadá, ressaltou que seus colegas ambientalistas estão fora da realidade ao defender seu abandono. • “Tendo que escolher entre energia nuclear de um lado e carvão, óleo e gás natural do outro, a energia nuclear é de longe a melhor opção, já que não emite CO2 ou qualquer outro poluente do ar”, comentou. • Ele ressaltou ao comitê – que se reunia para discutir a iniciativa Energia Nuclear 2010 do Governo, que prevê a construção de uma nova usina até o fim da década – que, praticamente, não existem outros usos benéficos do urânio além da produção de energia elétrica. Já os combustíveis fósseis são um recurso não- renovável valioso e têm uma variedade de usos construtivos, incluindo a produção de bens duráveis, como o plástico. • Fonte: Nucnet Geração de Energia Prof. Dr. José Bione de Melo Filho Centrais Nucleares Energia das Ondas e das Marés Geração de Energia Energia das Marés A energia das marés, também conhecida como energia mare motriz, é obtida por meio do aproveitamento da energia proveniente do desnível das marés. Para que essa energia seja revertida em eletricidade é necessária a construção de barragens, eclusas (permitindo a entrada e saída de água) e unidades geradoras de energia. O sistema utilizado é semelhante ao de uma usina hidrelétrica. As barragens são construídas próximas ao mar, e os diques são responsáveis pela captação de água durante a alta da maré. A água é armazenada e, em seguida, é liberada durante a baixa da maré, passando por uma turbina que gera energia elétrica. A força das marés tem sido aproveitada desde o século XI, quando franceses e ingleses utilizavam esse artifício para a movimentação de pequenos moinhos. Porém, o primeiro grande projeto para a geração de eletricidade através das marés foi realizado em 1967. Nesse ano, franceses construíram uma barragem de 710 metros no Rio Rance, aproveitando o potencial energético das marés. Essa é uma boa alternativa para a produção de eletricidade, visto que a energia das marés é uma fonte limpa e renovável. No entanto, é importante destacar que poucas localidades apresentam características propícias para a obtenção desse tipo de energia, visto que o desnível das marés deve ser superior a 7 metros. Outros fatores agravantes são os altos investimentos e o baixo aproveitamento energético. Entre os locais com potencial para a produção de energia das marés estão a baía de Fundy (Canadá) e a baía Mont- Saint-Michel (França), ambas com mais de 15 metros de desnível. No Brasil, podemos destacar o estuário do Rio Bacanga, em São Luís (MA), com marés de até 7 metros, e, principalmente, a ilha de Macapá (AP), com marés que atingem até 11 metros. Geração de Energia Energia das Marés Geração de Energia Essa obra da França está em funcionamento até os dias de hoje, ela funciona como uma barragem de uma hidroelétrica convencional, com a seguinte diferença quando a maré está subindo abre-se uma comporta quando o reservatório está cheio, abre-se a segunda comporta que está atrás do rotor da turbina com a água saindo move-se as hélices do rotor. Geração de Energia Energia das marés no BrasilCom operações iniciadas em 2012, a usina de ondas do Pecém, pioneira do tipo na América Latina, já está abandonada há cerca de três anos. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que era responsável pelo projeto, atualmente trabalha com um novo protótipo, só que este está em terras fluminenses. Conforme informações publicadas no jornal O Globo, o projeto do Pecém foi abandonado pela Coppe pelo fim do contrato de pesquisa com a Tractebel Energia. A empresa privada investiu R$ 15 milhões no empreendimento. Além disso, o protótipo do Ceará necessitava de melhorias tecnológicas. Procurada pelo Diário do Nordeste, a Coppe, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou as informações, mas não conseguiu contactar, para entrevista sobre o assunto, o porta-voz do instituto, o professor Segen Estefen, o qual exercia a função de coordenador da usina. Geração de Energia Retomada em 2017 Em entrevista ao periódico carioca, contudo, o professor chegou a afirmar que a Coppe pretende, a partir de 2017, retomar os experimentos no Ceará - e chegou a considerar a planta "um sucesso". As obras de expansão, hoje em execução no Porto do Pecém, também teriam contribuído para o abandono do projeto. Desta forma, caso venha a ser retomado, o projeto de geração de energia usando as ondas do mar deverá ser instalado em um outro lugar, e não mais no terminal portuário cearense. Capacidade instalada O empreendimento energético instalado no Pecém tem capacidade de gerar 50 quilowatts (kW). Ainda em 2012, o projeto obteve Licença de Operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para funcionar até o ano de 2020. O Ceará foi escolhido para abrigar o mecanismo,
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