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EPIDEMIOLOGIA GERAL

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EPIDEMIOLOGIA GERAL
Estudos epidemiológicos: são estudos cuja finalidade é descrever, caracterizar o processo saúde-doença.
A epidemiologia tem na sua definição esses três componentes:
Distribuição: A partir do pensamento populacional, observa os eventos e determinantes e faz comparações válidas entre os grupos.
Determinantes: São as causas dos problemas de saúde obtidos por meio dos estudos analíticos.
Aplicação no controle: Melhoria das condições de saúde da população executadas pelos Agentes de Saúde Pública.
Primórdios da epidemiologia
Hipocrates: Pensamento através de observação de fenômenos naturais e a medicina voltada ao mito. Estabeleceu as bases “científicas” da medicina e introdução dos termos epidemia e endemia.
Séc. XVI e XVII - estudo de epidemias / contágio teoria dos miasmas
1662 – Inglaterra
Jhon Graunt: Primeiro a descrever e analisar as causas de mortes e outras características demográficas.
Epidemiologia clássica
Revolução Industrial em 1750: Medicina social ligada a epidemiologia. Preocupação com a questão social advinda da transformação industrial da sociedade.
John Snow: Investigações de epidemia de cólera, epidemiologia de campo.
Final séc. XIX - Bacteriologia = Pasteur / Koch
Conceito de saúde e doença
Saúde: Estado completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência da doença.
Doença: Alteração ou desvio do estado de equilíbrio de um indivíduo com o meio.
Medidas de frequência de doenças 
Medida de Frequência = Quantificação da ocorrência de eventos.
Medir saúde e doença é fundamental para a prática da epidemiologia. Diversas medidas são utilizadas para caracterizar a saúde das populações. Existe dificuldade de medir saúde, para avaliar o nível de saúde de uma população buscam-se os dados negativos (não saúde): infectados, doentes, mortos e produtividade. 
Então porque é importante quantificar doenças nas populações?
-Determinar doenças são economicamente importantes;
-Estabelecer prioridades para o uso de recursos nas atividades de controle;
-Planejar, implementar e avaliar programas de controle.
A epidemiologia preocupa-se com a frequência e padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A frequência não só inclui o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doenças nessa população.
Frequência é o termo genérico utilizado em epidemiologia para descrever a ocorrência de uma doença ou de outro atributo ou evento identificado na população. Pode ser:
Absoluta: contagem direta de uma séria de eventos da mesma natureza.
Relativa: relação entre o número de indivíduos que apresentam esse atributo de indivíduos considerados.
As medidas de frequência são definidas a partir de dois conceitos epidemiológicos fundamentais:
Incidência: Frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo.Nº de casos novos / população
Prevalência: Frequência de casos de uma doença, existentes em um dado momento.
Nº de casos existentes (novos+antigos) / população
O que medem incidência e prevalência?
Incidência e prevalência medem diferentes aspectos da morbidade e, em geral, são mais bem expressas através de relações entre casos e população. A incidência reflete a dinâmica com que os casos aparecem no grupo.
Incidência acumulativa: Proporção de uma população fixa que adoece durante um determinado período de tempo (é adimensional). Uma população é caracterizada como fixa quando nenhum indivíduo é nela incluído após o início do período de observação e os Valores variam de 0 a 1. É uma medida adimensional, porém é necessário referi-la a um determinado período de tempo.
Taxa de incidência: É a variação de um fenômeno qualquer ao longo de um tempo determinado. 
– Descreve a velocidade média com que se apresenta o evento de interesse por unidade de tempo e com relação ao tamanho da população.
Incidência Acumulada vs Taxa de Incidência
- A incidência acumulada assume que toda a população sob risco no início do estudo foi acompanhada por todo o período de observação do desfecho de interesse.
Animal-tempo em risco ou pessoa-tempo em risco – período durante o qual um indivíduo esteve exposto ao risco de adoecer e, caso venha a adoecer = caso novo ou incidente.
História natural da doença
            	História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
       A história natural da doença, portanto, tem desenvolvimento em dois períodos seqüenciados: o período epidemiológico e o período patológico. No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente; no segundo, interessam as modificações que se passam no organismo vivo. Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mutuamente exclusivos, que se completam: o meio ambiente, onde ocorrem as pré-condições, e o meio interno, lócus da doença, onde se processaria, de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade.
Alguns fatores são limítrofes. Situam-se, de forma indefinida, entre os condicionantes pré-patogênicos e as patologias explícitas. São anteriores aos primeiros transtornos vinculados a uma doença específica, sem se confundir com a mesma e, ao mesmo tempo, são intrínsecos ao organismo do suscetível. Em uma situação normal, em ausência de estímulos, jamais se exteriorizariam como doenças. Em presença destes fatores intrínsecos preexistentes, os estímulos patogênicos. Dentre as pré-condições internas, citam-se os fatores hereditários, congênitos ou adquiridos em conseqüência de alterações orgânicas resultantes de doenças anteriores. 
Período de pré-patogênese
6O primeiro período da história natural: é a própria evolução das inter-relações dinâmicas, que envolvem, de um lado, os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios do suscetível, até que se chegue a uma configuração favorável á instalação da doença. É também a descrição desta evolução. Envolve, como já foi referido antes, as inter-relações entre os agentes etiológicos da doença, o suscetível e outros fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições sócio-econômico-culturais que permitem a existência desses fatores. 
Período de patogênese
A história natural da doença tem seguimento com a sua implantação e evolução no homem. É o período da patogênese. Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. Seguem-se as perturbações bioquímicas em nível celular, continuam com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura.
Tríade epidemiológica
Agente: Todas as substancias, elementos ou forças, animadas ou inanimadas, cuja presença ou ausência pode, mediante contato efetivo com um hospedeiro suscetível, constituir estímulo para iniciar ou perpetuar um processo doença.
Hospedeiro: organismos passiveis de abrigar ou sofrer influencias dos fatores causais capazes de provocar agravos à sua saúde.
Ambiente: Podem ser biológicos, nutricionais, físicos, químicos, mecânicos ou psico-sociais.

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