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Jürgen Habermas

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Jürgen Habermas
Videoaula Oficina Resolve:
Se baseia tanto na teoria quanto na prática.
Teoria: 
Critica o positivismo científico (empirismo), que considerava a sociedade como progressiva.
→ Diagnóstico do tempo: é necessário entender qual é o tempo histórico para se compreender o conceito da ação.
→ Herança do Paradigma da Produção:
Karl Marx – Papel das forças produtivas no desenvolvimento humano, através do trabalho, do desenvolvimento da técnica. O homem chegaria a sua emancipação, desde que a burguesia não monopolizasse os meios de produção e esses se tornassem socializados.
Max Weber – Existe um “espírito moderno” que traria sempre aos homens a busca pela realização de determinados fins.
Ação racional com respeito a fins: todo tipo de ação que busca um resultado, esse resultado leva o homem a se prender em uma ideologia utilitarista sobre as coisas, prendendo o homem em objetivos que o impedem de desenvolver sua afetividade, suas tradições, se tornando assim totalmente racionalizado.
Habermas – Analisando os conceitos anteriores, Habermas diz que, o trabalho é essencial ao homem, mas ele não é determinante na sociedade.
Prática:
Assim propõe um pragmatismo, para propor ações para corrigir alguns equívocos ao longo do tempo.
● Duas esferas da sociedade:
Sistema: instituições sociais voltadas à produção, em que a ação dos indivíduos se torna sempre estratégica e é ligada ao sucesso individual.
Mundo da vida: a comunicação humana, essa ação comunicativa objetiva a harmonização de interesses para estabelecer um consenso
No desenvolvimento do capitalismo e da modernidade, houve uma colonização do mundo da vida pelo sistema, submetendo o mundo da vida ao sistema.
Através dos regimes democráticos, com diálogos e participação, a partir da lógica e da análise das suas falas e dos seus discursos, possam estabelecer consensos e fazer com que o sistema possa trabalhar em prol do mundo da vida.
Vídeo Coruja de Minerva:
Teoria crítica: criticar a realidade, implica considerar os fatos sociais não como meros dados, mas como produtos históricos que podem ser alterados. 
O objetivo central dessa teoria é a partir da razão crítica superar a razão técnica instrumental. 
O discurso moderno considera a razão técnica instrumental a arma da emancipação do homem, dando base até para a concepção nazista, de criação de armas nucleares e destruição em massa. 
Por isso, autores da Escola de Frankfurt vão a partir da razão crítica, mostrar os problemas gerados pela razão técnica instrumental.
A teoria crítica, portanto, busca entender as contradições da própria racionalidade, um exemplo seria o formalismo do juspositivismo, fazendo com que os juristas fiquem vendados para a crítica, para a transformação e para a justiça.
Habermas: analisando o projeto da modernidade, faz duras críticas a ideia de pós modernidade, tentando recuperar a razão, pois, existe sim espaço para a razão, não para a razão técnica, mas, para a razão da comunicação.
Assim, para Habermas, razão e verdade não são valores absolutos, mas são definidos consensualmente.
Habermas cria dois conceitos acerca da sociedade:
Sistema: espaço onde se desenvolve uma reprodução material, uma lógica instrumental.
Mundo da vida: espaço onde se desenvolve uma lógica simbólica.
Segundo Habermas, hoje, temos uma colonização do mundo da vida pelo sistema, ou seja, ocorre uma crescente instrumentalização no mundo da vida, havendo sempre o desenvolvimento desse tecnicismo em todas as esferas da sociedade, seja ela jurídica, econômica, social ou política.
Dessa maneira, Habermas desenvolveu sua teoria para a resolução desses conflitos, a Teoria do Agir Comunicativo (Teoria do Discurso).
● Teoria do Agir Comunicativo:
É uma teoria intersubjetiva, e neste contexto, os indivíduos envolvidos não possuem pressão externa, sendo assim, uma situação ideal de fala. Esses indivíduos através de argumentos racionais procuram convencer os demais ou se deixarem convencer acerca da validade de alguma norma debatida.
Obs.: Situação ideal de fala: é possível uma sinceridade a partir dela? Sim, é possível, desde que, não exista constrangimentos externos, de modo que os falantes tenham as mesmas oportunidades de realizar atos de fala e que apenas a partir da motivação racional é que os falantes podem determinar conclusões do discurso.
→ Toda vez que há um conflito, é possível passar para a segunda etapa, chamada de princípio d (debate, discussão). E esse debate deve existir a partir de uma situação ideal de fala (primeira etapa). Posteriormente, existindo essa situação ideal de fala, chegando a um consenso (terceira etapa), é possível passar a quarta etapa, chamada de princípio U, o princípio da universalização, ou seja, o princípio da aplicação da norma que foi debatida.
→ Pretensões dessa teoria:
Pretensão de inteligibilidade: a ideia de que as pretensões proferidas no discurso devem ser inteligíveis;
Pretensão de veracidade: o conteúdo proposto nesse debate deve ser verdadeiro;
Pretensão de sinceridade: o falante deve proferir sentenças sinceras;
Pretensão de correção normativa: os proferimentos, portanto, devem ser corretos a partir dos valores e normas existentes.
→ Características dessa teoria:
Deontológica: trata do dever, uma norma;
Cognitiva: pode ser racionalmente fundamentada;
Formalista: teoria se preocupa com a formalidade da justificação das normas e não com o conteúdo;
Universalista: norma devem ser imparciais, justas e universais.

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