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CASO 10 FEITO (JULIANA) CONTESTAÇÃO

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL COMARCA DE CAMPINAS
Processo nº: 1234
Ação de Anulação de Negócio Jurídico 
Requerente(s): Suzana Marques
Requerido: Juliana Flores
JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, identidade, CPF, residente na Rua Tulipa, Campinas/SP, número 333, bairro, residente em Resende/RJ, CEP, por seu advogado que esta subscreve, inscrito na OAB sob o número, com endereço profissional na rua teles mendes, 124, bairro barroso, Campinas/SP, para fins do artigo 106, I do NCPC vem, perante a respeitável presença de V. Exa., em tempo hábil, apresentar sua CONTESTAÇÃO AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, que tramita pelo rito comum, movida por SUZANA MARQUES, já qualificado, vem perante Vossa Excelência apresentar: 
CONTESTAÇÃO;
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, movido por SUZANA MARQUES, já qualificado nos autos, pelos motivos  e fundamentos que passa a expor:
DA REALIDADE FÁTICA
No dia 18 de março de 2012, Suzana doou um sitio que fica localizado Ribeirão Preto/SP, obtendo este um valor de mercado de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), para o Orfanato Semente do Amanhã. Alega a autora que tal doação ocorreu em virtude da coação sofrida pelo mesmo já que era funcionária da empresa XYZ Ltda.
Juliana lhe informa que efetivamente é sócia majoritária e presidente da empresa onde a autora trabalhava sendo certo, no entanto, que jamais coagiu o mesmo a realizar qualquer doação, sendo a liberalidade realizada por livre vontade já que a autora pertencia à mesma religião da ré. Esclarece que no mês seguinte à doação, ou seja, em abril de 2012, a autora pediu demissão por ter aceitado a proposta de emprego feita pela concorrente em fevereiro de 2012, em razão do melhor salário.
No entanto, esclarece ainda que esta é a segunda ação intentada pela autora em face da ré com os mesmos argumentos e finalidade, sendo certo que a primeira, proposta em 10 de abril de 2015, tramitou perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas sendo julgado improcedente o pedido não sendo cabível mais qualquer recurso e que também não deseja participar da audiência de conciliação.
DAS PRELIMINARES
DA OCORRÊNCIA DA COISA JULGADA: Ocorre que em 10 de abril de 2015, restou-se em trânsito em julgado ação anulatória idêntica proposta pela Sra. Suzane em face da Sr. Juliana, que tramitou na 2ª vara cível da comarca de Campinas/SP. A referida ação foi julgada improcedente, e revestida pelo manto da coisa julgada, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso.
Portanto, faz-se saber magistrado, desde logo, o reconhecimento da preclusão do pedido da Autora, por estar expressamente no novo código de processo civil a vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do trânsito em julgado. Conforme dispõe o artigo 507 do mesmo regramento.
Art. 507. É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão. (CPC)
DO MÉRITO
A parte autora, alega que sofrera grave coação para efetivar a oferta do seu imóvel à instituição de caridade, contudo, como se verifica no caso em tela, a mesma não juntou provas inequívocas da ocorrência de tal vício de consentimento. Limitou-se a dizer que temia ser demitida
O que ocorreu fora nada mais que incentivos por parte da requerida Juliana que, não foram exclusivos a parte requerente desta ação. Trata-se de motivações que constantemente eram feitas a todos da organização. Nada mais que estímulos a atitude humanitária, generosa, que, de bom grado, e conforme queriam, os funcionários bem faziam.
Não há que se falar em vício de consentimento no caso em tela, devendo, assim, ser declarado improcedente o pedido de anulação do negócio jurídico. Nesses termos:
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. (CC) Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial (CC).
DOS PEDIDOS
Considerar as preliminares;
Que seja julgado extinto o processo.
O reconhecimento da improcedência do pedido no mérito da questão do caso em tela, visto a inexistência de qualquer coação e vício de consentimento na parte Autora, e por explicitamente tratar-se de liberalidade da mesma, se não simples temor reverencial;
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
VI.	VALOR DA CAUSA
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local E Data
Advogado/OAB

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