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Universidade Federal de Mato Grosso
Universidade Aberta do Brasil
Instituto de Educação
Núcleo de Educação Aberta e a Distância
Licenciatura em Pedagogia – Modalidade à distância
Polo de Alto Araguaia
	
Claudia Teresinha Gubiani
Tutora: Lucia David
Disciplina: Políticas Públicas e Gestão Educacional I
Alto Araguaia – MT – Novembro de 2015
Segundo o nosso fascículo nos últimos anos as políticas educacionais e o discurso presente no campo da educação têm dado grande importância à gestão da educação, como elemento fundamental para a concretização dos objetivos educacionais. O termo gestão vem cada vez mais substituindo o termo administração que se consolidou no Brasil a partir da década de 1930, significando o governo da educação e que dominou o pensar e o fazer da educação até os anos 1980. Na educação as práticas de gestão ainda são marcadas por decisões unilaterais, autoritárias, com pouco ou com nenhum diálogo entre os vários atores do processo educacional.
Podemos perceber que durante o Brasil Colônia e durante todo o Império a grande massa da população permaneceu sem escolas e sem usufruir de direitos sociais básicos, como o atendimento à saúde, previdência, proteção ao trabalho, que já eram realidade em outros países. Os governos procuraram construir aqui no Brasil uma sociedade, sem garantir a escolarização e outros direitos sociais básicos para a sua população. A sociedade agrária, exportadora de produtos primários foi o modelo econômico que prevaleceu por mais de quatrocentos anos, sustentado em grande parte com a força do trabalho escravo. Enquanto nos países da Europa os governos instituíram, desde o século XVIII, sistemas nacionais de ensino, garantindo a universalização da instrução básica, aqui no Brasil a educação escolar foi mantida como privilégio para os filhos da elite branca.
 Nas primeiras quatro décadas da vida republicana do país, os presidentes que se alternavam no poder tinham como preocupação principal garantir as condições de produção e lucro dos fazendeiros de café de São Paulo e Minas Gerais.
Entre as suas ações a Associação Brasileira de Educação (ABE) promoveu várias Conferências Nacionais de Educação, que aconteciam a cada ano. Essas conferências contribuíram substantivamente com o movimento de mobilização social em torno da educação, todo esse movimento desemboca, nos anos 1930, na publicação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de1932 e na Constituição de 1934. Em linhas gerais, o Manifesto dos Pioneiros de 32 propõe a organização de um sistema nacional de educação orientado por uma nova política educacional, com sentido unitário e bases científicas. Esse sistema de educação deveria ser fundado nos princípios da obrigatoriedade da educação básica, gratuidade, laicidade e educação integral para todos os sexos.
A conjuntura educacional dos anos 1960 foi marcada, entre outros aspectos, por uma grande pressão social sobre as universidades. As camadas pobres da população iam lentamente vencendo os obstáculos da escola primária e secundária, e cada vez mais um número maior de estudantes batia às portas das universidades.
Segundo Freitag (2005) em nosso fascículo o ensino profissionalizante, nos termos como ficou definido na Lei nº 4.024/61, estava sendo utilizado pelas classes menos favorecidas como meio de ascensão que permitia adquirir o diploma formal necessário para inscrições no vestibular. Estava ocorrendo não uma profissionalização do ensino médio, mas uma corrida geral para a universidade. Para produzir os efeitos desejados, a Reforma da Educação Superior precisava ter rebatimentos também nos níveis anteriores, ou seja, o ensino de 1º e 2º graus. Com essa intenção foi aprovada a Lei nº 5.692/71 que ficou conhecida como lei da Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus.
As medidas tomadas no campo educacional apresentam sinais visíveis de um modelo de formulação de políticas públicas centralizado pela sociedade política (tecnocracia civil e militar) e distante das demandas reais da sociedade civil. O próprio governo militar reconhece o fracasso de sua política educacional, colocando no túmulo a profissionalização obrigatória do ensino de 2º grau com a aprovação da Lei nº 7.044/82. 
O final dos anos 1970 foi marcado por grandes protestos, greves de trabalhadores e manifestações em todo o país pelo fim da ditadura e o retorno à democracia. O autoritarismo repressivo e os desmandos do regime militar contribuem diretamente com o fim do “milagre brasileiro”. A burguesia vai, cada vez mais, afastando-se dos seus parceiros tecnocratas civis e militares, e cresce vertiginosamente nos movimentos sociais e sociedade civil o desejo e a luta pela volta do regime democrático.
A política violenta de repressão, de censura e perseguições políticas, orquestrada pelos governos militares, levou os artistas brasileiros a se manifestarem contra o regime por meio de canções de protestos, muitas das quais ainda permanecem na lembrança daqueles que viveram esse período, e embalaram as passeatas e marchas país afora no movimento que ficou conhecido como Movimento das Diretas Já.