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ProcessoPenal II

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Processo Penal II
Profª Alexandre Knol
Amandapaulin@yahoo.com.br
Aula 02 – 31/07/2017
1.0 – Provas no Processo Penal:
Necessidade de um substrato fático para que haja efetivamente a prova.
Lògica das provas é resgatar uma verdade que não volta mais. Resgatar um fato que não irá mais acontecer. Todas as provas buscam resgatar esta verdade.
Melhor a prova quanto mais próximo estivermos da verdade. 
Melhor obra sobre provas é: “a lógica das provas em matéria criminal - Malatesta”. Busca pela verdade. Livro como complemento do Paccelli.
Nem sempre há mentiras. Às vezes há uma visualização diferente dos fatos, haja vista que a prova é uma reprodução da verdade. 
Em termos objetivos: prova serve para convencer o Juiz. Este é o objetivo prático da prova.
1.1 – Qual é o objeto da prova? 
O que é que preciso provar no processo penal? FATOS + CONTROVERSOS + DUVIDOSOS
Afastar a produção probatória sobre fatos irrelevantes + notórios
Redundância falar “filme baseado em fatos reais” Se é fato, é real.
Não preciso provar fatos notórios. Prescindem de prova. Assim como não precisa de prova a Lei. A presunção legal. 
Ex. relações sexuais + com menores de 14 anos = houve a violência. Não preciso provar a violência. A lei já disse. Presunção absoluta de violência.
OBS: discussão na lava jato. Sentença do moro tem páginas sobre fatos irrelevantes. Lula pediu provas irrelevantes, mas o Sérgio moro indeferiu a produção destas provas. São irrelevantes para o processo.
1.2 – Classificação das Provas
Prova direta x indireta
Prova direta é aquela que teve contato com o crime ou mesmo circunstância do crime.
Ex. testemunha que presenciou o crime é uma prova direta.
Ex. Exame de necropsia é uma prova direta. Está diante da materialidade do crime.
Prova indireta é aquela que não tem este contato direto com o crime. 
Juiz: analisa mais atentamente as provas diretas, clato!
Prova pessoal x real
Prova pessoal é uma pessoa. 
Ex: testemunha; acareação entre testemunhas; interrogatório do réu. Reconhecimento de pessoas.
Prova real é uma coisa. Um documento. Prova documental é uma prova real. Uma perícia é uma prova real. 
NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE AS PROVAS
Apesar disso, juiz acaba valorando mais as provas reais. Provas pessoais possuem carga subjetiva muito grande. 
Ex. Uma pessoa fala que é um quadrado enquanto a outra diz que é um círculo.
1.3 – Princípios norteadores das provas
(a) Princípio da verdade real ou material
	DAQUI DERIVA O PODER INSTRUTÓRIO DO JUIZ
Nós buscamos aqui a verdade. Aquilo que efetivamente aconteceu. Diferente do processo civil que fala em verdade formal (o que não está nos autos não está no mundo).
Não se limita ao que está nos autos. 
Juiz pode produzir as provas independentemente da solicitação das partes.
Porém, ocorre que isto ofende o sistema acusatório delineado pela constituição federal para o processo penal brasileiro
Juiz deve ser imparcial. Não deve agir e produzir provas. Em termos práticos, o que acontece é que o MP não conseguiu provar que o réu é culpado, e o juiz começa a fazer as vezes do MP e age na produção. Parece o sistema Inquisitivo!
Novo CPP: Vai abolir o poder instrutório do juiz, dizendo que nosso Processo Penal é acusatório. 
Logo este princípio é autoritário. Antidemocrático.
Hoje, há previsão expressa deste poder instrutório do Juiz. Juiz de ofício pode determinar diligências, etc. 
(b) Princípio da Comunhão da Prova
Ideia é do processo como um todo. Podendo ser utilizada por todos os participantes do processo, independente de quem a tenha produzido.
(c) Princípio do ContraditórioBase da estrutura do devido processo legal
No âmbito das provas, temos que respeitar o contraditório.
Ninguém pode ser condenado com base em uma prova produzida única e exclusivamente em inquérito policial. Claro, pois o inquérito não comporta o contraditório. Logo não se pode condenar com base única e exclusivamente nesta prova.
Só é possível a condenação de alguém se for utilizada uma prova submetida ao contraditório. Art. 155. CPP
 (d) Princípio da Inadmissibilidade das provas ilícitasOs fins jamais justificam os meios
Extirpar do processo todas as provas produzidas em desobediência a lei. 
Grampo sem autorização judicial é prova Nula!! Mesmo que nesta prova haja evidência clara do cometimento do crime.
Democracia é assim. Lembre-se que já vivemos em ditadura. É fundamental ser formalista aqui. FORMA É GARANTIA!
Teoria dos frutos da árvore envenenada. Provas derivadas da ilícita também devem ser consideradas ilícitas.
Operação dilúvio. 
Teoria da fonte independente – CPP 157. 
Quando não houver nexo de causalidade ou quando ficar comprovado que pudessem ser produzidas de forma independente.
Prova ilícita pode ser utilizada em favor do réu?
Doutrina + jurisprudência majoritária: Sim. Liberdade deve prevalecer sobre a forma!
E quando A PROVA for boa para um réu e ruim para outro réu? Problema é que não dá para utilizar assim. Mas é discutível.
 (e) Princípio da impossibilidade de autocondenação (nemo tenetur se detegere)Ninguém é obrigado a produzir provas contra si.
Ex. Silêncio, sem que acarrete qualquer prejuízo a você.
 (f) Princípio da livre apreciação (livre convencimento) motivado da prova
Não há uma tarifação de provas. Uma hierarquia de provas. 
Sistema das provas legais. Confissão era a rainha das provas. Depois documentos, etc.
Por isso que havia tortura. Pois forçava a confessar.
Sistema da íntima convicção. Juiz absolve e condena porque quer!
Sistema da livre apreciação ou convencimento motivado.
Pode absolver com base no interrogatório, dispensando perícia contrária. Pode, desde que o faça de MANEIRA MOTIVADA! Explicar porque despreza as provas que levariam a condenação. Pode ir contrário a perícia. Pode escolher uma prova em detrimento da outra, desde que motive esta escolha!
No mundo do ser as escolhas acarretam uma hierarquia motivada. No mundo do dever ser não há hierarquia!
Ônus da Prova
“IN DÚBIO PRO RÉU”
Credor contrata um terceiro às expensas do devedor. Mas realizar uma obra. Estado não pode se rogar nesta situação. Tem que utilizar uma técnica de coerção para que o devedor cumpra com sua obrigação de fazer. Aqui é utilizada a técnica de coerção.
Técnica de Coerção – Astreintes”, vulgo fixar “Multa”. Fixar em tal valor que desencoraje o devedor a não cumprir com sua obrigação.
“PCP do exato adimplemento” = o que é um objeto da obrigação é o que tem que ser cumprido, nem mais nem diferente.
O que primeiro o judiciário irá tentar é cumprir a prestação. Apenas quando a exata prestação não puder mais ser cumprida, o judiciário irá valorar em indenização e outros meios.
Mas enquanto possível, judiciário irá forçar a cumprir a obrigação, fazer a obra, entregar o carro, utilizando-se da coerção por meio de astreintes. Judiciário irá valorar a multa para que atenda sua finalidade de acordo com a situação econômica do devedor para efetivamente conseguir movê-lo para cumprir a obrigação.
1.1 - Classificação das Execuções
Walmart + termo de ajuste de conduta para não expor ao ridículo seus empregados. Por cada empregado exposto ai ridículo, pagar multa. Se descumprir. MPT irá propor o processo de execução.
Aula 03 – 04/08/17
2.0 – Provas em Espécie:
2.1 – PROVA PERICIAL
Prova Direta!! Médico vai direto no cadáver; perito analisa a arma que efetuou o disparo
Além de ser uma prova direta é uma prova real. Diferente de uma prova baseada em uma pessoa.
Certamente a mais fidedigna e mais confiável das provas.
- Perito: auxiliar do juízo. Existe um capítulo para ele. A partir do 275 CPP. Imparcial que é, tem como regra número 1 que as partes não poderão intervir na escolha do perito.
Logo, se é médico do IML, terá que aceitar. É auxiliar do Juízo, é prova pericial! Não existe indicação do perito, como há no Processo Civil. Parte pode indicar assistenten técnico, mas não o perito. 
Ele não pode – assim como testemunha e o jurado – se recusar ao serviço da perícia.276; 277; 
Está sujeito as mesmas hipóteses de suspeição e impedimento que o magistrado. 
Quantos peritos são necessários para se realizar uma perícia no processo penal?
Regra geral: 1 perito oficial para fazer uma perícia.
Perito oficial? É aquele perito concursado. É o médico do instituto médico legal. Engenheiro do instituto de criminalística. E me diz a Lei lá no artigo 159: 
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizadas por perito com graduação EM CURSO SUPERIOR..
Hoje basta 1 perito oficial, sem prejuízo do §7º. (antes eram 2 ou mais)
NA FALTA DE PERITO OFICIAL, SERÃO NOMEADOS 2 PERITOS COMPROMISSADOS = PESSOAS COMUNS QUE MEDIANTE UM COMPROMISSO COM O PODER JUDICIÁRIO FARÃO AQUELA PERÍCIA. 
AQUI SÃO NECESSÁRIOS 2 PERITOS POR NÃO SEREM OFICIAIS!!
LOGO: 1 PERITO OFICIAL, E NA FALTA DESTE, NECESSARIAMENTE 2 PERITOS COMPROMISSADOS.
OBS? DESDE 2008 O CPP PASSOU A PERMITIR A FIGURA DO ASSISTENTE TÉCNICO.
Defesa pode indicar assistente técnico para analisar a perícia realizada pelo perito oficial.
Quesitos e indicação de assistente técnico. 
PERÍCIAS
No processo penal há uma nomenclatura diferente para a parícia. É chamada de “exame de corpo de delito”
Exame da materialidade do delito. Do corpo do delito. = exame inspecional do fato.
Verifica o pós crime
Quando é necessária a perícia no processo penal? Quando eu preciso fazer o exame de corpo de delito.
R. Sempre que o crime deixar vestígios!!!!
Homicídio? Resultado é um cadáver. Obrigatoriamente precisa de um exame de corpo de delito.
Se alguém é estuprado? Precisa fazer o exame de corpo de delito.
Se fui agredido? Sou obrigado a fazer o exame de corpo de delito.
Crime que deixam vestígios é obrigatório o exame de corpo de delito
NÃO PODENDO SUPRIR SEQUER A CONFISSÃO DO ACUSADO!!!
Fui eu que matei! Não precisa fazer exame? PRECISA!!
358 DO CPP!
EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO OU INDIRETO, NÃO PODENDO SUPRÍ-LO SEQUER A CONFISSÃO DO ACUSADO
FUI ESTUPRADO. NÃO FALEI NADA. NÃO HÁ MAIS OS VESTÍGIOS.
SIGNIFICA DIZER QUE “INÊS É MORTA E NÃO HÁ O QUE FAZER?”
NÃO!!!!!
167 DO CPP: SALVAGUARDA!
Não sendo possível o exame de corpo de delito por haver desaparecido os vestígios, a prova testemunhal
Aula 07 – 14/08/2017
OBS: faltei ultimas 3 aulas (ultima aula só passou o trabalho)
Falamos de algumas provas em espécie
Interrogatório / confissão 
Prova testemunhal reconhecimento de pessoas e acareação
Hoje, prova documental, os indícios e a interceptação telefônica
Prova Documental
CPP: Documentos são papeis. Porém, CPP é da década de 40. Muita coisa evoluiu.
Interpretação extensiva, progressiva e etc. Admitida.
Logo, documentos não é somente os papeis do 232. Quaisquer outros instrumentos que possam ser chamados assim de prova documental.
Aqui eu posso juntar documentos na resposta, na audiência, atravessando petição. Nas alegações finais. Não tenho nenhuma restrição quanto ao momento, assim como o MP.
Regra do art. 231. 
Salvo os casos expressos em Lei, partes podem juntar em qualquer momento.
Procedimento do Juri: tem dispositivo que fala que só pode juntar documentos até3 dias do Juri. Aqui é regra especial que não se encaixa na regra geral. É o “salvo casos expressos em lei”.
Documentos Não só Papeis;
Posso juntar em qualquer momento.
Não posso juntar documentos obtidos ilegalmente. Mas já tenho um PCP para proteger o processo de qualquer prova obtida de maneira ilícita.
Deixou e-mail aberto. Peguei informações do e-mail. Mas não pode usar esta prova. Está protegido pelo sigilo!
Art. 233 veda expressamente isso.
Também desnecessário o artigo 234. PCP da regra geral do poder instrutório do juiz e o PCP da verdade real. Logo, desnecessário este PCP.
Ações penais relativas ao Banestado. Haviam vários documentos em língua estrangeira. Partes disseram que precisava traduzir. 236. Juiz moro disse :”negativo”. Todos os réus são operadores financeiros que certamente sabem falar inglês. Discussão + STF entendeu que não havia necessidade de traduzir estes documentos. “se necessário traduzir estes documentos’
Documentos originais podem ser desentranhados dos autos após a conclusão do processo. Ex. juntei nota fiscal, ao final vou substituir. Hoje em dia com o processo eletrônico poucas vezes junto algo original, logo está um pouco esvaziado este instituto.
Prova Indiciária
Indícios não são uma prova direta, objetiva material.
São provas somadas a um raciocínio. Envolve uma indução para se chegar a conclusão.
Ex. brigo com Emerson. No dia seguinte compro uma arma. Na sexta-feira emerson é encontrado morto com a arma que eu comprei jogada no chão.
Não existe prova, ninguém viu, não há vestígios.
Há uma ameaça + uma arma de fogo comprada por mim.
Prova indiciária de que eu sou o autor do crime. Mas não há uma prova cabal.
Estas provas colaterais ao fato objetivo são suficientes para condenar alguém?
Tema para Monografia!!!
Ministra Maria tereza rocha. FaLA QUE É POSSÍVEL SIM CONDENAR SÓ EM INDÍCIOS.
Sentença do Triplex do Lula envolve isso. Não há prova cabal, mas há indícios.
OBS: prova extremamente útil e utilizada em diversos momentos no processo
Para iniciar a ação penal, bastam indícios de autoria e materialidade. – Justa Causa
Procedimento do Juri: certeza da materialidade e indícios de autoria
Manutenção da PP: indícios de autoria e materialidade.
Mas, para condenar, não basta! Há divergências.
Interceptação Telefônica
Mediante autorização judicial, viola-se o sigilo das comunicações telefônicas.
2014: Brasil tinha quase 300 mil autorizações. Banalização do instituto no Brasil.
Não estamos falando dos grampos telefônicos (ilegais)
Na mesma época, EUA tinham 12.000 interceptações telefônicas
Problema: MP interpreta os diálogos e leva ao processo estas inferências. Isso é um problema!
Lei 9296/96
Serve para interceptação telemática e informática.
Viola o direito fundamental a intimidade. Crítica a esta maneira que o Brasil vem tratando a prova.
Só Crimes apurados com reclusão podem estar sujeitos a interceptação.
VIOLAÇÃO ABSURDA DO SISTEMA ACUSATÓRIO: AUTORIZADA DE OFÍCIO PELO JUIZ.
Este pedido pode ser feito até oralmente. Delegado ir ao gabinete do juiz pedir. Em casos excepcionais.
PRAZO PARA ESTA INTERCEPTAÇÃO: 15 DIAS.
PROBLEMA: 15 DIAS, PRORROGÁVEIS. [Art. 5º] Renováveis por igual tempo. Logo, 15 dias + 15 dias.
Jurisprudência: ( 15 + 15 + 15 +..... )
Agravante: renovação da interceptação tem que ter fundamentos diversos em cada uma.
A gravação que não interessar a prova, será inutilizada.
Inviolável a conversa com o Advogado! Pelo menos no mundo do ‘dever ser”.
Telefone do advogado de Lula foi grampeado. Advogado do escritório era investigado.
Meios de Obtenção da Prova
Falamos dos meios de prova. Existem os meios de obtenção de provas.
Meios para você obter as provas que falamos anteriormente. Colaboração premiada; Busca e Apreensão; Ação Controlada na criminalidade organizada.
Não são assuntos da nossa disciplina.
Questão 1
Errad0:
Determinou a interceptação sem esgotar os outros meios possíveis;
Crime de calúnia é apenado com detenção logo não é possível interceptação nete caso
Juiz não faz fundamentação idônea sobre a interceptação
Não fixa o prazo de 15 dias
Não poderia ser usada esta prova irrelevante de que o cara tinha amante.
Questão 2 – Letra A
Questão 3: letra E
GABARITO
LISTA SOBRE PROVAS:
129 – A
130 – E
131 – D
132 – D
133 – A
134 – B
135 – B
136 – B
137 – B
138 -D
139 – C
140 – D
141 – E
142 – A
143 – B
144 – A
145 – C
146 - C
147 – C
148 – A
149 – B
150 – E
151 – C
152 – A
153 – A
154 – E
155 -C
156 – D
157 - B
Questão 134: Livre convencimento e verdade real – de acordo com o CPP, so este dois!!
Livre convencimento Livre motivação da decisão, mas esta última esta prevista na constituição. Por isto esta errada!
Aula 09 – 18/08/17
Medidas Cautelares
Podem ser pessoais (Prisão Preventiva) ou reais (sequestro de bens).
São procedimentos que buscam garantir a efetividade do processo,quando necessários.
Visam acautelar o Processo. Necessárias para dar efetividade ao processo.
Cuidado! Não significa dizer que as medidas são a regra em qualquer processo. Elas são a exceção no processo.
Garantia da utilidade do processo, evitando a frustação dos atos processuais e das consequências.
Utilizadas durante o inquérito e durante a ação penal.
Caractrísticas:
Sáo provisórias = PROVISORIEDADE = significa dizer que é temporária, e não eterna.
São Acessórias = ACESSORIEDADE = PORQUE DEPENDEM DE UMA AÇÃO PENAL PRINCIPAL
São instrumentais = INSTRUMENTALIDADE. Um instrumento a serviço do processo. 
LOGO MEDIDA CAUTELAR JAMAIS SERÁ PENA!!!!!
PALAVRAS CHAVES
DE FORMA EXCEPCIONAL + TEMPORÁRIA
SÃO PROVISÓRIAS + ACESSÓRIAS + INSTRUMENTAIS
FUMUS BONI IURIS = FUMUS COMISSI DELICT = existe uma fumaça do cometimento do delito pelo acusado= indícios de que houve crime e que foi o acusado o seu autor
Periculum in Mora = Periculum Libertatis = Perigo desse processo ser frustado se o sujeito estiver livre
Estes dois requisitos são o sinal verde para que se lance mão das medidas cautelares.
ESTAS MEDIDAS SÃO A EXCEÇÃO. DEVEM OBEDECER AOS PRINCÍPIOS GARANTISTAS QUE REGEM O PROCESSO PENAL BRASILEIRO
4 PRINCÍPIOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS:
Confundimos a natureza processual destas medidas com a prisão pena, porque acham que a pessoa é culpada.
A PRISÃO É A EXCEÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES EXCEPCIONAIS. PACELLI – DEIXAR POR ÚLTIMO, QUANDO HOUVER MAIOR RISCO AO PROCESSO OU A REITERAÇÃO CRIMINOSA.
COMPARECIMENTO PERIÓDICO EM JUÍZO
PROIBIÇÃO DE ACESSO OU FREQUÊNCIA A DETERMINADOS LOCAIS
PROIBIÇÃO DE CONTATO COM DETERMINADA PESSOA
PROIBIÇÃO DE AUSERTAR-SE DA COMARCA
RECOLHIMENTO DOMICILIAR A NOITE OU NOS DIAS DE FOLGA
SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA OU ATIVIDADE DE NATUREZA ECONÔMICA
INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DO ACUSADO
FIANÇA
MONITORAMENTO ELETRÔNICO
Temos 9 possibilidades de garantir a efetividade do processo sem deixar a pessoa presa.
É difícil para o leigo enxergar alguém acusado por um crime respondendo em liberdade, mas é assim que tem que ser!
Não se pode confundir esta modalidade de prisão com a PRISÃO PENA DO DIREITO PENAL, QUE DIZ RESPEITO A EXECUÇÃO PENAL.
E PROCESSO PENAL, A PRISÃO TEM A FINALIDADE INSTRUMENTAL! SERVE PARA GARANTIR A EFETIVIDADE DO PROCESSO PENAL!
Até 1977, a regra no Brasil era responder o processo preso.
Após, passamos a ter a regra sendo a liberdade!
10 anos antes da CF/88 já tínhamos como regra responder o processo em liberdade.
Sempre temos os princípios constitucionais balizando a leitura e aplicação dos institutos processuais penais brasileiros.
Art 282: deverão ser aplicadas observando-se:...
OBS: CRITICAS DA DOUTRINA
Medidas cautelares podem ser solicitadas pelo Interessado; Pelo MP; Delegado
O próprio Juiz de oficio pode decretar uma preventiva ou uma temporária!
282, §2º
As medidas cautelares são submetidas ao contraditório! QUANDO POSSÍVEL! 
LOGO, DEVE-SE OUVIR O ACUSADO E A DEFESA, RESSALVADOS OS CASOS DE URGÊNCIA OU DE INEFICÁCIA DA MEDIDA.
Claro que numa situação de prisão não será feito o contraditório, mas em outras medidas poderá ser permitido este contraditório
283 – liberdade como regra geral.
TODAS PRISÕES NECESSITAM DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
EXCEÇÃO: PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO
Esta ordem escrita da autoridade competente é basicamente o mandado de prisão!
JUIZ PODE MANDAR PRENDER POR TELEFONE, HAVENDO URGÊNCIA. JUIZ PODERÁ POR QUALQUER MEIO. 
As prisões provisórias só podem ser cumpridas durante o dia!!!!!!!
É por isso que as operações acontecem as 6:00 da manhã!
Expressa previsão CONSTITUCIONAL!!!! PEGADINHA DE PROVA!!!
A CASA É ASILO INVIOLÁVEL DO INDIVÍDUO ... OU DURANTE O DIA POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL!
PRISÃO EM FLAGRANTE NÃO É MEDIDA CAUTELAR. NÃO É PRISÃO CAUTELAR
DOMICÍLIO É LUGAR ONDE ALGUÉM VIVA OU TRABALHE.
Em regra não posso usar a força para cumprir uma medida cautelar.
Não precisa tratar mal o sujeito; não precisa usar as algemas – 284
Salvo a indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga.
Obs: perseguição
Art 290 – Se o réu sendo perseguido passar de território .. pode seguir e apresentar a autoridade local, e depois pede a remoção para o seu juízo.
Prisões Especiais
Cela especial = Simplesmente uma cela separada do preso definitivo.
Esta prisão especial só vale para as medidas cautelares. Prisão Pena? Aí não há distinção!
Ideia é separar da cela dos presos definitivos.
Aula 21/08/17
Cont. Medidas Cautelares
Medidas Cautelares
	Pessoais	
		Prisão Provisória
				Preventiva
				Temporária
		Alternativas (CPP art. 319)
	Reais
		Sequestro
		Arresto
		Hipoteca
Vamos tratar das duas modalidades de prisão provisória, justamente a prisão preventiva e a prisão temporária
PROVA TRATARÁ DA PRISÃO PROVISORIA!! FOCO!
Prisão Preventiva
Não confundir prisão provisória que é o gênero com a prisão preventiva que é uma espécie daquela.
FUNDAMENTO DA PREVENTIVA: Necessidade 
312 CPP: pressupostos e requisitos para a Prisão Preventiva:
PRESSUPOSTOS: 
		PROVA MATERIALIDADE = prova que o crime aconteceu
		INDÍCIO DE AUTORIA = indicio de que o acusado é o autor do crime
´		OBS: somados, preciso de ambos
REQUISITOS: Preciso ter pelo menos 1 dos requisitos!
		GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA
		GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA
		CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
		ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA LEI PENAL
		OBS: Precisa ter pelo menos 1 destes quatro requisitos.
Garantia da Ordem Pública
O que é essa ordem pública? 
Tivemos este mesmo problema quando falamos do desaforamento ... 
Conceito jurídico indeterminado. Várias interpretações foram construídas
Linha 1 da Doutrina
		Gravidade abstrata
		Mas qual relação da gravidade do crime com a efetividade do processo? O que tem a ver isto com o acautelamento do processo? NADA!
“A GRAVIDADE ..” STJ
Linha 2 da doutrina
		Clamor Social = repercussão social
		O que o clamor social tem a ver com garantia da efetividade do processo? NADA!
“O clamor público..” STF
3ª corrente:
		Garantir a credibilidade do poder judiciário
		Passa a impressão que o PJ não funciona ao deixar ele solto
		Novamente não tem nada a ver com a garantia da efetividade do processo.
4ª Corrente:
		IDEIA ATUAL!
		EVITAR A REITERAÇÃO CRIMINOSA!
		Mas o que a reiteração criminosa tem a ver com garantir a efetividade daquela ação penal em andamento? Mas isto não tem nada a ver com a ação em andamento.
Por isso que a doutrina julga esta prisão preventiva Inconstitucional! Viola a PCP da presunção da inocência!
Você está antecipando a pena! Nenhuma destas hipóteses servem como pressuposto de garantia da ordem pública. Não dizem respeito a qualquer cautelaridade do processo.
Maior parte das PP’s são deferidas com base neste item
Prisão preventiva com base da ordem pública como violação ao PCP da presunção da inocência.
Garantia da Ordem Econômica
Mesma lógica da garantia da ordem pública.
Cartel/Truste
Não tem nada a ver com a higidez da instrução criminal e efetividade do processo.
Conveniência da Instrução
Prendo porque está coagindo testemunhas. Para garantir que a ação penal siga normalmente sem maiores problemas. Está destruindo documentos.
Logo, aqui há um requisito legal e constitucional para a PP. Tem a lógica das medidas cautelares no seu DNA.
Via de regra, as PP vem cumuladas com 2 requisitos: garantia da ordem pública + conveniência da instrução
NÃO POSSO PRESUMIR QUE ELE SOLTO VAI COAGIR TESTEMUNHAS OU VAI DESTRUIR PROVAS.
Aplicação da Lei Penal
Não adianta ter a ação penal se ao final o réu for fugir.
Se o indivíduo vendeu todos os bens e tem passaporte para frança, chances de sair do país e não retornar.
AQUI TEM CAUTELARIDADE. FATO. Aqui é uma prisão cautelar por excelência. Fato que é legal e constitucional.
Logo, conveniência da instrução e aplicação da lei penal são modalidades legais constitucionais.
Doutrina critica a PP pela garantia da ordem pública e garantia da ordem econômica.
Novo CPC traz uma redação pior!
QUINTAPOSSIBILIDADE:
	Descumprimento das cautelares alternativa. Posso ter a cautelar alternativa convertida em prisão!
JUIZ PODE DECRETAR A PREVENTIVA, MAS NÃO É ALGO AUTOMÁTICO. NÃO BASTA DESCUMPRIR. JUIZ PODE DECRETAR.
311 CPP
Qual é o momento para uma prisão preventiva?
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal.
Momento:
No I.P. ou na Ação Penal.
CUIDADO POIS A PRISÃO TEMPORÁRIA SÓ ACONTECE NO i.p. AO CONTRÁRIO DA PP QUE PODE SER DECRETADA DURANTE O IP OU DURANTE A AÇÃO PENAL.
LEGITIMIDADE
Basicamente todos que acusam. Autoridade Policial + MP + Assistente de acusação + Querelante (na ação penal privada + O PRÓPRIO JUIZ DE OFÍCIO
CRÍTICA: DA MESMA FORMA QUE CRITICAMOS O JUIZ DETERMINANDO INTERCEPTAÇÕES, AQUI MAIS UMA VEZ HÁ UMA OFENSA AO SISTEMA ACUSATÓRIO DO CPP.
HIPÓTESES –Algumas condições adicionais.
313 CPP. Tem que ainda ver este artigo para a possibilidade;
Crimes Dolosos + pena Superior a 4 anos.
LOGO: NÃO HÁ PP PARA CRIMES CULPOSOS;
JÁ CONDENADO POR OUTRO CRIME DOLOSO TRANSITADO EM JULGADO
 MARIA DA PENHA ...
EXCLUDENTES
Se o juiz verificar desde logo que há uma excludente de ilicitude pelas provas constantes dos autos, não caberá a PP.
MOTIVAÇÃO DO JUIZ
ÓBVIO. TERÁ QUE DIZER OS PRESSUPOSTOS + REQUISITOS DA PP
UMA SITUAÇÃO NOVA É JUSTAMENTE A POSSIIBILIDADE DESTA PRISÃO PREVENTIVA SER CONVERTIDA NUMA PRISÃO DOMICILIAR. ISTO JÁ ACONTECIA NA EXECUÇÃO PENAL, MAS NÃO NO PROCESSO.
318, CPP - JUIZ PODERÁ .. NÃO SIGNIFICA QUE IRÁ FAZER ISSO SEMPRE!
2016 TEVE ALTERAÇÃO NESTE ARTIGO.
PRAZO: NÃO HÁ PRAZO! LEI NÃO FIXA PRAZO PARA A PREVENTIVA.
(NO NOVO CPP HÁ UMA TABELA DE PRAZOS)
DOUTRINA: SOMA TODOS OS PRAZOS DO PROCESSO, E CHEGA A CONCLUSÃO QUE UM PROCEDIMENTO ORDINÁRIO TEM QUE ACABAR EM 109 DIAS
LOGO, A PARTIR DO DIA 110, ESTA PRISÃO SE TORNARIA ILEGAL, POIS A CULPA É DO ESTADO PELO PROCESSO NÃO ANDAR NA FORMA CORRETA
AQUI FARÍAMOS O HC POR EXCESSO DE PRAZO!!!!!
O QUE FAZER ALÉM D HC?
BASICAMENTE SE É ILEGAL, CABERIA O RELAXAMENTO DA PRISÃO
MAS SE A PRISÃO É LEGAL E QUER DISCUTIR A AUSÊNCIA DE ALGUM REQUISITO? ENTRARIA COM O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO, POR DISCORDAR DOS FUNDAMENTOS.
PEDIDO CUMULADO DE RELAXAMENTO COM REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
ATACA TANTO A LEGALIDADE DA PRISÃO COMO OS REQUISITOS FUNDAMENTADORES DA MESMA
Prisão Temporária
Uma roupagem moderna para a prisão para averiguação que existia na época da ditadura!
Lei 7969/89
Nesta época havia uma onda de violência. Criou-se várias leis penais e processuais penais para jogar para o público que o estado estava agindo. Caso Abílio Diniz de sequestro. Caso daniela perez homicídio.
Imprescindivel para investigações
Não tem endereço ou dados
Quando comete aquele rol taxativo de crimes
Precisa necessariamente ter este último = Indícios de um destes crimes
 + imprescindibilidade para investigação ou Não tem domicílio definido
I + III ou II + III
MOMENTO: TEMPORÁRIA SÓ ACONTECE NO INQUÉRITO.
OUTRA DIFERENÇA PARA A PREVENTIVA
PRAZO = DEFINIDO EM LEI = 
5 DIAS PRORROGÁVEL POR IGUAL PERÍODO, SE NECESSÁRIO FOR.
CUIDADO: HEDIONDO: 30 + 30 DIAS.
Prorrogação de temporária é um sinal de que o juiz irá converter esta temporária em preventiva.
Grande questão é que boa parte da doutrina critica a constitucionalidade desta prisão!
Tourinho diz que não vale nem a pena impetrar o HC porque ele só será julgado após o fim do prazo da temporária.
Outras medidas: fala para o delegado ouvir a pessoa e pede para que seja liberado.
Existia além da preventiva e da temporária
Prisão decorrente da sentença condenatória recorrível
Para que ele recorresse ele teria que ir preso. Era prisão decorrente da sentença condenatória recorrível. Art 594. Sùmula do STF de 20 anos atrás
Pronúncia no procedimento do júri. Uma vez pronunciado ele tinha que ir preso e ir ao júri preso. Hoje não existia mais
Estas duas modalidades não existem mais!
Lembrando que o flagrante é pré cautelar. Antes de cautelares
Questões:
1 – letra a
2 – letra c
Observe que a letra a não fala qual preventiva. Já erra por ai, e mesmo que fosse temporária o prazo não e esse
Letra b também não
Questões 158 a 185
Aula 04/09/2017
SENTENÇA
Falamos de medidas cautelares.
Voltamos ao processo, e teremos o ápice que é a sentença.
Classificação importante.
Estado exerce seu poder através de 3 órgãos. Interessa o judiciário
Todo o ato emanado pelo poder judiciário é chamado de ato judiciário em sentido amplo
Ato judiciário em sentido estrito, são manifestações do poder judiciário que não dizem respeito a sua função de julgar, sua função jurisdicional.
Ato jurisdicionak = atos que dizem respeito a iuris dictuim = dizer o direito ao caso concreto. Esta nos interessa!
Despachos = atos que dão marcha ao processo = fazem o processo andar NÃO POSSUEM CUNHO VALORATIVO. NENHUMA IDEIA DE DELIBERAÇÃO. 
“Junte aos autos a certidão de antecedentes do réu”
“intimem-se as partes para alegações finais em 5 dias”
DECISÕES = Possuem um cunho valorativo e de deliberação = passam ao jurisdicionado um cunho decisional.
Podem acontecer no meio do processo ou ao seu final
DECISÕES INTERLOCUTORIAS MISTAS NÃO TERMINATIVAS = DECISAO NO MEIO DO PROCESSO QUE POE FIM A UMA FASE DO PROCESSO
EX. PRONUNCIA NO RITO DO JURI
Interlocutórias simples = no meio do processo a decisão
São decisões que permitem a continuidade da acao quando simples
Quando poe fim ao processo ou um procedimento no processo são as decisões interlocutórias mistas terminativas e não terminativas
Sentenças condenatórias = julgam procedente o pedido do titular da ação penal.
Sera condenado criminalmente
Tambem tenho as sentenças penais absolutórias. Não dão guarida ao titular da ação penal. Não há razão ao pleito da pretensão punitiva.
Em relação as absolvições, há dois tipos:
Absolvição por falta de provas; ausência de autoria; fato não é crime
São absolvições próprias
Existem as absolvições improprias. Juiz absolve o réu, mas aplica uma medida de segurança. 
Em sendo inimputável, não existe penas aplicáveis, mas sim medida de segurança.
Uma aplicação de medida de segurança é uma absolvição, afinal não está sendo aplicada uma pena. Mas é uma absolvição impropria, pois será aplicada uma medida de segurança.
Sentenças terminativas de mérito = é aquela que entende ter havido uma causa de extinção da punibilidade. Ex. prescrição.
Uma sentença que acolhe a prescrição não é uma sentença de absolvição, mas dado o lapso temporal, o estado não tem mais como punir o sujeito.
Sentença
Ato pelo o qual o juiz põe final ao 1 grau de jurisdição, via de regra
Sentença = decisão terminativa de primeiro grau de jurisdição.
Sentença não é veredicto. Veredicto = decisão dos jurados no procedimento do júri, sendo que feito este veredicto, este é entregue ao juiz que irá pronunciar sua sentença. 
Sentença não é peça do tribunal. Nos tribunais, temos os acórdãos ou arestos. São as decisões colegiadas dos tribunais.
Classificação
Sentença penal executável = pode ser executada de imediato. Condenado + não recorre? Pode ser imediatamente executada.
Sentença penal não executável = pendente de julgamento de recurso com efeito suspensivo. Sentença pendente de recurso.
Sentença penal condicional = casos onde o juiz decreta a suspensão condicional da pena se cumprir requisitos. Cumprir os requisitos é um evento futuro incerto.
Sentença simples = monocrática de um juiz
Sentença subjetivamente complexa = tribunal do júri. Muito embora feita por um único juiz, ele traz consigo a ideia de 7 jurados e o veredicto. A sentença foi pensada pelos 7 jurados.
ESTA CLASSIFICAÇAÇO AGORA IMPORTA:
SENTENÇAS CONDENATÓRIAS, ABSOLUTÓRIAS E DEFINITIVAS EM SENTIDO LATO
QUAL A NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA?
Alguns entendem que teria natureza de atividade mental = exteriorização de um juízo lógico do magistrado.
Grande questão: advogado também tem atividade mental. Promotor também. E nem por isso seus atos são entendidos como “sentenças”. Todos os operadores do direito fazem atividademental
O que torna esta atividade mental de sentença difetente das outras atividades mentais é a característica cogente da mesma!
Esta atividade mental tem um caráter imperativo. Tem um caráter vinculante. Por isso a natureza é de 	declaração imperativa de vontade
Função da sentença = declarar o direito ao caso concreto!
Não cabe ao poder judiciário criar o direito. Cabe a ele simplesmente declarar este direito. 
Esta sentença encontra guarida no nosso CPP nos artigos 381 a 393.
A doutrina diz que sentença deve obedecer esta estrutura aristotélica:
Premissa maior = lei
Premissa menor = fatos
Subsunção do fato a norma: se matar é crime e a matou b, a subsunção é: a deve ser condenado pelo art 121 do CP.
REQUISITOS DA SENTENÇA:
DUAS COISAS IMPORTAM: CLASSIFICAÇÃO INICIAL E O QUE VAMOS FALAR AQUI AGORA:
1 – RELATÓRIO
	RESUMO DA AÇAÕ PENAL
	 Art. 381.  A sentença conterá:
        I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las;
        II - a exposição sucinta da acusação e da defesa;
ESTE RELATÓRIO É OBRIGATÓRIO! Muito embora sejam feitos pelos estagiários e assessores. Provar ao jurisdicionado que o magistrado leu o caso. Ele leu todo o processo. 
Tranquilidade que o jurisdicionado tem de que seu processo será julgado por alguém que leu o processo.
OBS: única sentença que não precisa de relatório = sentença dos juizados especiais criminais no rito sumaríssimo = oralidade informalidade = apresentação verbal dos fatos e motivos.
Em todos os outros tipos de sentenças tem que ter relatório, sob pena de nulidade da sentença.
2 – MOTIVAÇÃO OU FUNDAMENTAÇAÕ DA SENTENÇA
III-a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão;
Magistrado irá exteriorizar o pensamento para se chegar a conclusão se condena o absolve.
Vale-se de elementos objetivos + aspectos fáticos de prova – perícias, gravações, etc.
Livre apreciação motivada das provas.
SÃO AS RAZOES DE DECIDIR!
3 – parte dispositiva
 IV - a indicação dos artigos de lei aplicados;
        V - o dispositivo;
É a conclusão. Subsunção do fato a norma. Parte que “diante do exposto, condeno/absolvo com fundamento nos artigos ...”
4 – parte autenticativa
VI - a data e a assinatura do juiz.
FALTA DE QUALQUER UM DESTES REQUISITOS GERA NULIDADE DA SENTEÇA
Quando a sentença penal é condenatória, abre-se um capítulo de dosimetria da pena. Logo
Após a parte dispositiva, entra mais uma parte que trará a dosimetria da pena.
OBS:
A: SE HOUVER UMA CONTRADIÇÃO DENTRO DA PRÓPRIA MOTIVAÇÃO, ESTA SENTENÇA SERÁ NULA.
Ex. ao ler a fundamentação, hora caminha para absolvição, mas hora diz que vai condenar.
B: contrariedade da motivação e parte dispositiva.
Motivação: Ele é bom. Parte dispositiva: condeno
Em regra, erro do magistrado no ctrl+c ctrl_v
PROVA DA OAB: SENTENÇA SUICIDA
Obviamente que esta sentença será nula.
C: fundamentação sucinta: nada obsta que seja sucinta, mas que seja clara e objetiva, trazendo todos os fundamentos pertinentes a decisão emitida no dispositivo. Não pode prejudicar a defesa nem a compreensão dos fatos.
SERÁ QUE SE O MP NAS ALEGAÇÕES FINAIS PEDIR A ABSOLVIÇÃO? JUIZ PODE CONDENAR NA SENTENÇA? PODE! PORQUE ESTÁ NA LEI
Art. 385.  Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
NOVO CPP NÃO TERÁ ESTA POSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO MESMO COM PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO
QUESTÕES:
Aula 11/09/2017
SENTENÇA
RELATÓRIO É DISPENSADO NOS JUIZADOS ESPECIAIS
FUNDAMENTAÇÃO
DISPOSITIVO
AUTENTICAÇÃO
CONTRADIÇAÕ NA MOTIVAÇAÕ – SENTENÇA NULA
“SENTENÇA SUICIDA” – VAI CAIR NA PROVA
Dispositivos da emendatio libelli e mutatio libelli
Precisamos falar de 2 proncípios que norteiam estes institutos:
Peça inicial – denúncia ou queixa
Instrução
Sentença
PCP da Correlação: Obrigatória uma correlação entre os fatos da denúncia ou da queixa e a Sentença.
Juiz só pode julgar os fatos que são objeto da denúncia ou da queixa. Sentença é limitada aos fatos que estão na denúncia ou na queixa.
Não posso ter sentença extra petita (falar a mais)ou (sentença com fatos a menos do que o descrito.
PCP do “Jura novit Curia” – Narre os fatos que eu na sentença dou o direito.
O órgão da acusação tem que se importar com os fatos porque quem da o direito é o poder judiciário quando da sentença.
EMENDATIO LIBELLO
383 CPP
Ocorre quando o titular da ação penal lá na sua denúncia ou na sua queixa narra os fatos mas na hora de fazer a capitulação jurídica dos fatos, faz de forma equivocada.
Narra os fatos - > sugere uma capitulação jurídica
Diante do exposto sujeito ao artigo 157 do CP.
Ex. “..fulano munido com uma arma de fogo subtraiu para si mediante violência ..’
NARROU O 157 ..”DIANTE DO EXPOSTO ESTA INCLUSO NAS SANÇÕES DO 155 – FURTO. 
ERRO NA CAPITULAÇÃO.
Processo continua seguindo os fatos objeto da denúncia, e o juiz, na sentença, verificando esse equívoco, PODE EMENDAR E COLOCAR O CÓDIGO PENAL CORRETO, SEM QUE ACARRETE QUALQUER PREJUÍZO OU PROBLEMA A DEFESA; AO RÉU!
RÉU SE DEFENDE DOS FATOS! RÉU NÃO SE DEFENDE DA CAPITULAÇÃO JURÍDICA!
Ainda que em consequência aplique pena mais grave!!!
Fatos narram furto. MP equivocadamente coloca apropriação indébita. Ambos com pena de 1 a 4 anos. Em termos concretos não altera a quantidade de pena.
Logo emendatio libelli pode ser maior igual ou menor.
Se houver possibilidade de suspensão condicional do processo
Beneficio previsto na lei 9099 que diz que quando o crime tem uma pena mínima que não extrapola 1 ano, é possível que esse processo fique suspenso por 2 anos e cumprida as condições esse processo é arquivado.
§2º: se mudar a competência? Juiz remete os autos para o juízo competente.
MUTATIO LIBELLI – 384
MP narra os fatos de um roubo e oferece a capitulação jurídica de um roubo. 
Não há erro do MP. 
Acontece que durante a instrução, neste meio do caminho entre a denúncia ou a sentença, ao se analisarem as provas e ouvir as testemunhas, se percebe que os fatos são diferentes aos fatos colocados na inicial.
Em sendo diferentes estes fatos, como houve esta mudança dos fatos, é necessário que se instaure um procedimento para que o acusado possa se defender dos fatos que surgiram durante esta mudança
Mudança no libelo. 
Ex. fulano subtraiu sem violência ou grave ameaça 10.000 reais. Denunciou pelo furto.
Correta a capitulação.
Mas os fatos mostraram que houve um roubo e não um furto.
Percebendo isto, o MP ao final da instrução deve aditar a denúncia narrando a situação agora conforme os fatos apurados na instrução.
Defesa tem a oportunidade de se manifestar sobre esta mudança.
Audiência de instrução relativamente a estes novos fatos.
SURGIMENTO POSTERIOR A DENÚNCIA DE UMA CIRCUNSTÂNCIA ELEMENTAR MODIFICATIVA.
NA EMENDATIO OS FATOS SEMPRE FORAM OS MESMOS, O QUE ACONTECE É O ERRO NA CAPITULAÇÃO
NA MUTATIO, HOUVE UMA MUDANÇA PELO MP ACERCA DA DENÚNCIA. PCP DA CORRELAÇÃO OBRIGA O JUIZ A SEGUIR ESTE ADITAMENTO.
JUIZ VAI PEDIR AUDIENCIA
NA MUTATIO, APLICA-SE A SUSPENSAO DO PROCESSO E ENCAMINHAMENTO A OUTRO JUIZO DA MESMA FORMA QUE OCORRE NA EMENDATIO
OBS1: É POSSÍVEL A EMENDATIO NOS TRIBUNAIS?
SENTENÇA -> PARTE RECORRE -> TRIBUNAL ENTENDE INCORRETA A CAPITULAÇÃO DO MP
ESTA ANALISANDO OS MESMOS FATOS QUE NÃO MUDARAM, APENAS DANDO NOVA CAPITULAÇÃO JURÍDICA
AGORA ESTA MUTATIO LIBELI NÃO E POSSIVEL EM SEDE DE 2 GRAU! NÃO HÁ INSTRUÇAÕ EM GRAU DE RECURSO.
E HÁ UMA SUMULA 453 DO STF QUE PROIBE ISSO!
EMENDATIO TANTO PARA DENUNCIA QUANTO PARA QUEIXA
A MUTATIO LIBELLI É ESPECÍFICA PARA AAS AÇÕES PENAIS PUBLICAS. PORQUE A LEI FALA ISSO!
FALA QUEIXA POR CAUSA DA AÇAÕ PENAL PRIVADA SUBSIDIARIA DA PUBLICA.
LOGO É SO PARA AS AÇOES PENAIS PUBLICAS.
QUESTÕES
1 – LETRA B E A MUTATIO. RESPOSTA E A LETRA D
2 – A E A EMENDATIO E PODE APLICAR A MAIS GRAVE. CORRETA E LETRA B.
MEDIDA DE SEGURANÇA E ABSOLVIÇAÕ, MAS IMPROPRIA.
3 – I FALSO. EMENDATIONO CASO. II – CERTO EMENDATIO. III – ERRADA. IV – NADA A VER. EMENDATIO PODE INCLUSIVE PENA MAIS GRAVE.
MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS- 2
PROVAS - 1
SENTENÇA – 1
12 QUESTÕES MULTIPLAS ESCOLHAS VALENDO 6 PONTOS.
29/09/2017
Nulidades constitucionais = absolutas
Nulidades ordinárias = absolutas ou relativa.
Art. 564 do CPP
Não é rol exaustivo.
Como vou saber se a nulidade é absoluta ou relativa?
Art. 572 irá dizer isso!
“as nulidades previstas no 564 ...”
As nulidades que estão no 572 são relativas!
564:
I – Juiz Incompetente; Juiz Suspeito (Impedido); Juiz Subornado
	Se praticar ato no processo: ato será nulo.
	Não está no rol do 572, logo é nulidade absoluta
Já vimos competência 
Em razão Matéria; da pessoa; do júri -> são incompetências absolutas. Ação penal nasceu morta. Vício insanável não convalidável
MAS A COMPETÊNCIA TERRITORIAL É A ÚNICA RELATIVA. SE NÃO ARGUIR NO MOMENTO OPORTUNO ATRAVÉS DA EXCEÇAÕ DE INCOMPETÊNCIA, PRORROGA-SE A COMPETÊNCIA E TEREMOS COM CONVALIDADO ESTE VÍCIO!
Logo, quando estamos diante de um incompetência territorial, estamos diante de uma nulidade relativa.
O correto seria constar no 572 que é relativa a nulidade quando há um ato feito por um juiz incompetente em razão de competência territorial.
Competência por prevenção está intimamente ligada a competência territorial.
UM ATO SERÁ NULO SE FEITO POR UMM JUIZO INCOMPENTENTE
ABSOLUTA SE O JUIZO FOR INCOMPETENTE SE FOR INCOMPETENCIA EM RAZAO DA MATERIA DA PESSOA OU DO JURI
INCOMPETENCIA RELATIVA SE ESTA COMPETENCIA FOR EM RAZAO TO TERRITORIO.
Juiz Suspeito:
Legislador Não falou do juiz impedido. Se já há nulidade absoluta quando o juiz é suspeito, quem dirá quando é impedido, que é uma situação mais grave que a suspeição.
II – por ilegitimidade da parte.
MP oferecendo queixa nos crimes de ação penal privada. Logo, processo nulo por ilegitimidade de parte. Assim como é nulo o processo quando há uma ilegitimidade passiva. Quando o réu não poderia ser réu. Réu menor que 18 anos é inimputável!
III – a) se faltar: DENUNCIA; QUEIXA; REPRESENTAÇÃO -> ESTÁ DIANTE DE UMA NULIDADE (A última parte está revogada. Que fala de contravenção penal).
Quando estamos diante de um vicio de denuncia. Denuncia que não individualiza condutas; não faz capitulação jurídica .. denuncia inepta = isso equivale a uma falta de denúncia. Havendo inépcia de denúncia, temos uma denúncia inválida. Nulidade absoluta!
Quando estamos diante de um vício leve nesta denúncia ou nessa queixa, aí estaremos diante de uma simples nulidade relativa.
Desdobrar o inciso (a) em 3 hipóteses
- falta absoluta de denúncia = uma ação penal sem denúncia = estou a rigor diante de uma inexistência = nulidade absoluta
- estou diante de uma denúncia inepta que não permite a ampla defesa e o contraditório, há nulidade absoluta.
- mas se há erro leve nesta denúncia, erro de data por exemplo, estamos diante de simples situação de nulidade relativa.
Falta de representação para uma denúncia é nulidade absoluta!
(b) crimes que deixam vestígios, obrigatório exame de corpo de delito.
Se não houve o exame de corpo de delito, a ação penal deste crime haverá de ser nula. E a nulidade é insanável! Absoluta!
MAS RESSALVA DO 167. Suprido pela prova testemunhal diante da não mais existência dos vestígios, aí não há o que se falar em nulidade.
(c) Ato processual sem defensor = diante de uma nulidade.
Sempre que não houver defesa = nulidade absoluta
SÚMULA 523. 
Desde 2002 a maioridade civil e penal se equivalem = 18 anos.
Não há mais esta disparidade. Havia esta norma porque aquele que era maior criminalmente ainda era menor no âmbito civil. Não há mais sentido em se nomear curador ao réu menor de 21 anos.
(d) falta de intervenção do MP = tenho nulidade.
Nulo o ato + falta de intervenção do MP + ações penais publicas (ações por ele intentadas) + também quando da ação penal subsidiária da pública
Olhar o 572: “d” e “e”, segunda parte = nulidades relativas.
Doutrina entende que segunda parte refere-se a alínea “d” e “e” e não somente a alínea “e”
Logo, ausência nas ações penais publicas = nulidade absoluta
Mas, ausência nos crimes de ação penal privada subsidiária da pública = nulidade relativa
MP não participa nos crimes de ação penal privada. Não tem nulidade nenhuma. As vezes ele é chamado nestas aççoes, mas se não falar nada, não importa.
Segunda parte do “e”
Falta de citação = nulidade absoluta
Interrogatório? Há divergência se é nulidade absoluta e relativa neste ponto.
Prazos da acusação e da defesa. Aqui não há dúvidas portanto a nulidade seria relativa.
Aula 15 – 02/10/17
Nulidades – 2ª Parte.
Falamos sobre a teoria geral das nulidades
Inexistência x irregularidades. Nulidades relativas x absolutas
Todas nulidades constitucionais são absolutas e as ordinárias podem ser relativas ou absolutas. Falamos sobre princípios que regem as nulidades
Trabalhamos dentro do 564 do CPP.
Hipóteses exemplificativas. Não se trata de rol taxativo. Outras nulidades podem existir além destas.
Recordando:
Procedimento do Juri: Bifásico
1 fase: 
Ocorre nulidade pela falta da pronúncia e pela falta do Libelo
Não existe mais esta peça do Libelo. Era a cópia da denúncia para iniciar a 2 fase do procedimento do júri. Não existe mais este Libelo. Logo, não existe mais nulidade se faltar o libelo
O que vale é pura e simplesmente a falta de pronúncia. Logo NULIDADE ABSOLUTA DESTE PROCEDIMENTO DO JURI.
Mas não somente a ausência da peça física da pronúncia.
Na denúncia, não é somente a falta da peça de acusação, pois uma denúncia deficiente, inepta equivale a falta da denúncia.
Logo não somente a falta da pronúncia acarreta a nulidade, mas também aquela pronúncia defeituosa, carente de fundamentação ou com excesso de fundamentação, denúncia defeituosa
Utilizando uma interpretação extensiva, não é somente a falta física da peça, mas também a inépcia de uma pronúncia, incompleta! NULIDADE ABSOLUTA!
564, iii, G. 2 HIPÓTESE.
É POSSÍVEL QUE ocorra o julgamento em plenário sem o réu. Réu revel, por exemplo. Isso é possível.
Mas, quando há a presença do réu, necessariamente ele deve ser intimado. A falta desta intimação acarreta também uma nulidade processual. 
Mas se trata de uma nulidade RELATIVA. Porque está elencanda no 572. Esta ausência de intimação do réu acarreta única e exclusivamente a nulidade relativa do réu. 
Se ele comparecer a sessão de julgamento, a presença dele supre esta falta de intimação. Basta a presença do réu que supre a questão e função da intimação, que é realmente que ele esteja presente.
Falta da intimação das testemunhas. No libelo era o momento onde defesa e acusação arrolavam testemunhas. Hoje são petições simples. Manifestações da acusação e da defesa. As testemunhas arroladas nestas manifestações devem ser intimadas. O réu precisa ser intimado. As testemunhas também precisam ser intimadas, sob pena de nulidade.
Mas. Também é nulidade relativa!
Todas as próximas são nulidades absolutas!
Conselho de sentença formado por qualquer número que não seja 7 = Juri Nulo!
Idem se não tiver os 15 antes do sorteio.
É garantida a incomunicabilidade dos jurados. Não podem falar entre si ou entre terceiros sobre os fatos daquele processo. Podem falar sobre outros assuntos, mas sobre estes fatos não podem
Violou-se esta incomunicabilidade e o Juri é Nulo!!!
OUTRA NULIDADE – NÃO ESTÁ NO CPP MAS ESTÁ EM SÚMULA 206 STF
NOVO JURI NÃO PODE TER COMO JURADO ESTA MESMA PESSOA, ESTE MESMO JURADO DE UM JURI ANULADO DO MESMO PROCESSO
- A maior parte das nulidades do procedimento do júri certamente ocorre na fase da quesitação.
Há sempre a necessidade de quesitos obrigatórios. Existem quesitos obrigatórios a serem feitas ao jurados e com determinada ordem
Materialidade do crime
Autoria do crime
Acusado deve ou não ser absolvido
Existência de eventual circunstancia atenuante ou minorante
Existência de eventual circunstancia qualificante ou majorante
Ex. juiz esquece de fazer quesito sobre uma qualificante.
É possívelque um jurado responda de maneira contraditória. A saída é o juiz parar a votação, explicar a contradição e refazer os quesitos. Se ficam estas respostas contraditórias, o júri será anulado por nulidade.
- falta da acusação ou da defesa na sessão de julgamento. No plenário do júri.
Isto dá a entender que a acusação é obrigatória. Mas isso não é verdade. Obrigatório é a presença do MP e da presença da defesa. Não significa dizer que o promotor obrigatoriamente precisa acusar. MP é fiscal da Lei!
MP pode em plenário do júri pedir a absolvição do réu. Idem no caso das alegações finais antes da sentença no rito ordinário.
Concluímos as nulidades específicas do júri.
A próxima nulidade: 564, III, m: Pela falta da Sentença.
Da mesma forma que a denúncia e a pronúncia, não é só pela falta da peça física.
Aqui mais uma vez significa dizer uma sentença viciada. Sentença sem fundamentação, Sentença onde não estão presentes seus requisitos. Relatório Fundamentação Dispositivo (*exceção do rito nos juizados, onde não há necessidade do relatório).
Sentença sem motivação é corpo sem alma. É nulo!
NULIDADE ABSOLUTA!
Tem que apresentar todas as teses dispostas pela defesa em alegações finais!
Existem recursos necessários. O que me diz é que a falta de recurso de ofício enseja a nulidade daquele procedimento e daquela decisão.
Jamais transita em julgado a decisão se ela não for submetida a instância superior, sob pena de nulidade absoluta!
Se houver a falta da intimação de sentenças e despachos que caibam recursos, é óbvio que será nulidade absoluta
Intimação permite ao réu tomar ciência da decisão. Claro que haverá nulidade absoluta do procedimento!
POR UMA INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA, ISSO VALE TAMBÉM PARA AS DECISÕES DOS TRIBUNAIS SUPERIORES. ACÓRDÃOS
NOSSO CPP É DA DÉCADA DE 40, ONDE SÓ EXISTIA O STF. TRIBUNAIS DE APELAÇÃO = TRIBUNAIS DE JUSTIÇA/TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
HOJE VALE PARA TODOS OS TRIBUNAIS SUPERIORES, STJ, TSE.
Embargos infringentes = 5 julgadores.
Rext = 4 ou 5 ministros
Logo, se houver violação deste número legal, esta apelação será nula! Nulidade absoluta
Última hipótese:
A OMISSÃO DE FORMALIDADE QUE CONSTITUA ELEMENTO ESSENCIAL AO ATO = NULIDADE RELATIVA.
Perícia + peritos compromissados = necessários 2 peritos compromissados.
Se houver laudo pericial feito por 1 perito compromissado apenas, nulidade relativa.
Fim das hipóteses ordinárias de nulidades absolutas e relativas.
Aula 06/10/17
Hipóteses constitucionais de nulidade.
Existem poucos doutrinadores que falam que a discussão de nulidade absoluta e relativa serve para o processo civil. Entendem que toda nulidade no processo penal é absoluta.
Momentos de arguição de nulidade:
Momento:
	- Nulidade Absoluta:
		Sentença Absolutória
		Sentença Condenatória 
	- Nulidade Relativa: 571 CPP
Imaginemos que estamos diante de uma nulidade absoluta e uma sentença absolutória.
Posso arguir a qualquer tempo, mas há um limite para isso O trânsito em julgado.
Uma absolvição transitada de julgado faz coisa julgada formal (aquela ação é mais discutida) e coisa julgada material (aqueles fatos não podem mais ser discutidos)
Posso depois ir na cara do juiz e falar que ele é burro e me absolveu pois sou culpado!
E diante de uma sentença condenatória? A qualquer tempo? É a qualquer tempo mesmo, inclusive após o trânsito em julgado. Pois na sentença condenatória só faz coisa julgada formal.
Já na nulidade relativa, se não fizer a arguição no momento correto, ficam convalidados os atos.
Preciso alegar nas alegações finais!
No processo sumário, arguir na resposta da acusação ou na audiência
Processo de medida de segurança = este processo não existe mais = artigo foi revogado
Diante de ações penais diante de tribunais superiores = tem ate as alegações finais para arguir, tal qual num procedimento comum de primeira instância.
No plenário do júri = logo depois de ocorrer a nulidade.
Nulidades absolutas = podem ser reconhecidas de ofício
Nulidades relativas = não podem ser reconhecidas de ofício
Como será reconhecida como sanada uma nulidade relativa?
Art. 572.
É possível numa ação penal arguir uma nulidade que aconteceu no inquérito policial?
Ex. inquérito conduzido pela polícia federal mas a competência era estadual.
Pode o advogado pedir esta nulidade?
Determinados atos do IP são muito relevantes para a ação penal!
Não pode anular um ato do IP = não posso anular uma confissão sob tortura?
Doutrina + Jurisprudência entendem que não há nulidade.
Gabarito das questões na Apostila
198 D
199 B
200 D
201 B
202 A
203 D
Aula 09/10/17
RECURSOS
Novo “curso” da ação penal.
Logo par rediscutir uma ação precisamos de um novo curso da ação penal, portanto um novo “curso”.
Remédio jurídico processual que tem a parte de buscar uma reavaliação, uma rediscussão do feito.
Justificativas dadas pela doutrina para a existência dos recursos.
Falha humana;
Etc.
Duplo Grau de Jurisdição.
Cuidado. Sempre imaginamos este duplo grau de jurisdição com graus distintos. Ideia de hierarquia.
ISTO ESTÁ ERRADO
PCP DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO GARANTE O REEXAME DA QUESTÃO PELO PODER JUDICIÁRIO. NÃO POR UM JUÍZO SUPERIOR.
CLARO QUE DE FATO 90% DOS RECURSOS SÃO JULGADOS POR UMA INSTÂNCIA SUPERIOR, MAS NÃO NECESSARIAMENTE DEVERÁ SER SEMPRE ASSIM!
EMB. DEC. SÃO JULGADOS PELO MESMO JUIZ
JUIZO DE RETRATAÇÃO NO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO É PELO PRÓPRIO JUIZ, É RECURSO E OBEDECE O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.
Juiz que proferiu uma decisão atacada – juízo a quo
Juiz que vai decidir o recurso = juízo ad quem
Juízes estaduais -> TJ
TJ -> STJ/STF ou a ambos.
Justiça Federal -> TRF
TRF -> STJ/STF ou a ambos
Sucumbência! Para recorrer, tem que ter uma decisão e esta decisão tem que ser contrária aos meus interesses. 
Logo tem que haver sucumbência para caber recurso!
No processo penal:
Sucumbência pode ser
Única = que atinge uma única parte. MP denuncia por estelionato. Condenado. Único sucumbente é o Réu!
Múltipla = 
PARALELA = ESTÃO DO MESMO LADO. VÁRIOS RÉUS PERDEM 
RECÍPROCA = DOIS LADOS PERDERAM EM ALGUMA MEDIDA; CONDENA PELO ESTELIONATO E ABSOLVE PELA ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA.
Sucumbência pode ser total = perdi tudo ou parcial = só perdi uma parte daquele processo.
MP pode recorrer em favor do réu!
Réu absolvido pode recorrer!
Pressupostos recursais
- pressupostos recursais objetivos – recurso em si
	O que é necessário para que exista um recurso?
	O que precisa ter um recurso?
	1 – Autorização Legal
		Para que haja um recurso ele tem que estar previsto em Lei.
		Taxatividade do recurso
	2 – Tempestividade
		Apelação = 5 dias e depois 8 dias para apresentar as razões
		Recurso em sent estrito = 5 dias para interpor e 2 dias para apresentar as razões
	3 – Obediência das formalidades legais.
		Precisa seguir a forma prevista na lei para que este recurso seja admitido
		Interposição do recurso por termo nos autos. Próprio réu ao ser intimado. Diz que esta ciente da decisão e escreve manifesto meu interesse em recorrer. Interposição por termo nos autos. Próprio sucumbente manifesta seu interesse em recorrer
Preciso interpor por peticao ou termo nos autos. Não posso recorrer oralmente
Existência de um recurso = tenha um juízo de admissibilidade positivo = recurso exista em lei + apresentado tempestivamente + obedecida as formalidades legais.
PCP DA FUNGIBILIDADE RECURSAL = 
TEORIA DO RECURSO INDIFERENTE. A PARTIR DO MOMENTO QUE MOSTRO MINHA IRRESIGNÇÃO, POUCO IMPORTA O NOME DO RECURSO. É SUFICIENTE PARA EU RECORRER.
LOGO, FAMOSO PCP DA FUNGIBILIDADE RECURSAL.
SALVO A HIPOTESE DE MÁ FÉ = sentença + deveria apelar. 5 dias.
Perde o prazo. No 7º dia, interponho embargos infringentes que tem prazo de 10 dias.
Juiz não vai acolher os embargos como apelação.
- pressupostos recursais subjetivos – aquele que vai recorrer
	O que precisa ter a pessoa que vai recorrer?
Interesse.
Só pode recorrer se for sucumbente. Claro, pois só este tem interesse na reforma ou na modificação da decisão.
Legitimidade
Precisaser parte legítima para recorrer.
MP, querelante, réu, procurador ou defensor
PCP da indisponibilidade.
MP não pode desistir de recurso a que haja interposto.
Foco nos pressupostos recursais!!!!!
Com base nele é que o juiz irá conhecer ou não do recurso. Juízo de admissibilidade.
1 – D
2 – D
3 - D
AULA 30/10/2017
CARTA TESTEMUNHÁVEL
A rigor, o recurso de carta testemunhável é cabível contra a decisão que não admite o recurso em sentido estrito. Não há juízo de admissibilidade do recurso em sentido estrito. Juiz nega o SER. Dessa decis]ao que não admite o RSE cabe a carta testemunhável. Para instância superior
Sentença = condenação a ’10 anos
Interposta a apelação.
Juiz inadmite o recurso de apelação por falta de interesse
Contra essa decisão : SER = 581 CPP
Juiz não admitiu o SER
Desta decisão: cabe a carta testemunhável!
Endereçada ao escrivão!
Juiz sacaneou 3 vezes não aceitando
Agora minha conversa é com o escrivão!
Encaminho ao escrivão porque me recuso a falar com o juiz!
Carta testemunhável 2 dias
Escrivão -> juiz -> razoes contrarrazões 2 dias
Juízo retratação
TJ
Artigo 646 – não tem efeito suspensivo
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
609, §u
SERVEM para atacar decisões não unânimes desfavoráveis ao réu proferidas pelos tribunais.
Vai ser julgada a apelação: relator revisor e vogal
Pode perder por 3 a 0 ou pode perder por 2 a 1
Decisão não unânime + desfavorável ao réu = cabe recurso de embargos infringentes e de nulidade
RECURSO EXCLUSIVO DA DEFESA!!! SOMENTE EM BENEFÍCIO DA DEFESA
Não pode o MP opor este recurso.
Prazo: 10 dias. Interpor já com as razões
Sempre caberá?
Não!!
HC decisão por 2 a 1.
Porque Não cabe embargos infringentes contra decisão por maioria em sede de HC!
Capitulo do processo e do julgamento dos recursos em sentido estrito e das apelações dos tribunais.
Logo só vale os embargos nestas decisões. RSE e Apelação
Como sabemos que a carta testemunhável quando processada toma forma de RSE. Cabe embargos infringentes contra negativa de carta testemunhável
Apelação SER carta testemnhavel e agravo de execução. Para isto que serve os embargos infringentes e de nulidade
Por que e de nulidade?
STF:HÁ UM RECURSO RECURSO REGIMENTAL DE EMBARGOS INFRINGENTES DE 15 DIAS
NO STJ: NÃO EXISTE EMBARGOS INFRINGENTES. EXISTEM EMBARGOS DE DIVERGENCIA ENTRE AS TUR,AS
NA JUSTIÇA MILITAR EXISTEM EMBARGOS INFRINGENTES E LÁ EÉ O ÚNICO LUGAR ONDE ESTE RECURSO NÃO É EXCLUSIVO DA DEFESA
LA, SE FOR ABSOLVIDO POR 2 A 1. PODE O MP MILITAR ENTRAR COM ESSE RECURSO
No tj quem julga?
Camaras criminais: tem 5 desembargadores. Quem julga é a câmera criminal em composição integral = 5 desembargadores
No parana são julgados inclusive por uma câmara criminal diversa da câmera que julgou o recurso atacado anteriormente
TRF 7 E 8 TURMAS SÃO AS TURMAS CRIMINAIS
EMBARGOS INFRINGENTES SÃO JULGADOS PELA QUARTA SEÇÃO QUE SÃO OS 6 JUNTOS
LAVA JATO:
VITOR LAUS TEM PEDIDO VISTA E DISCORDADO DE BOA PARTE DAS DECISÕES DO RELATOR. MAIOR PARTE TEM SIDO JULGADAS POR 2 A 1
OBS
CONDENAÇÃO: 3 A 0
DIVERGENCIA SOMENTE EM RELAÇÃO A PENA:
LOGO, MEUS EMBARGOS INFRINGENTES SOMENTE SERA REALIZADO COM RELAÇAO A PENA.
EXCEÇÃO AO PCP DA UNIRRECORRIBILIDADE = 1 RECURSO POR VEZ NO PROCESSO PENAL
NA PARTE UNANIME = ENTRO COM RESP E REXT
DA PARTE NÃO UNANIME DA PENA = ENTRO COM E.I.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO = 2 DIAS PARA EMBARGAR. PRAZO EXTREMAMENTE CURTO
TEM DUAS EXCEÇÕES = NO STF E NO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
JUIZADOS = 5 DIAS – CONTRASENSO, POIS SENTENÇAS AQUI NEM RELATÓRIO TEM.
NAS SENTENÇAS DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO TENHO 2 DIAS
QUALQUER DAS PARTES = MP, DEFESA, ASSISTENTES, LEGITIMIDADE É AMPLA.
MESMO JUIZO QUE PROFERIU A DECISÃO ATACADA JULGA. RECURSO COM EFEITO EMINENTEMENTE REGRESSIVO
JÁ APRESENTO AS RAZÕES. RECURSO QUE ACONTECE INAUDITA ALTER PARTE
JUIZ NÃO VAI INTIMAR A ACUSAÇAÕ PARA SE MANIFESTAR CONTRA MEUS EMBARGOS.
EMBARGOS INTERROMPEM O PRAZO RECURSAL!
JAMAIS CONFUNDAM:
RECURSO DE EMBARGOS INFRINGENTES X EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITOS INFRINGENTES
ED COM EFEITOS INFRINGENTES. AO JULGAR OS ED, O JUIZ SE VE NA SITUAÇÃO DE MUDAR SEU ENTENDIMENTO
JUIZ CONDENA -> EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: TEVE UM PONTO QUE VC NÃO APRECIOU DAS ALEGA~ÇOES FINAIS = VC FOI ONMISSO. JUIZ CONCORDA E MODIFICA O ENTENDIMENTO ANTERIOR.
RECURSO QUE NÃO TEM FINALIDADE DE MUDAR A DECISÃO, MAS EXCEPCIONALMENTE SUPRINDO A OMISSAO OU OBSCURIDADE, PODE ACABAR MUDANDO O ENTENDIMENTO ORIGINAL. ESSES SÃO OS EFEITOS INFRINGENTES DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
QUESTONARIO
A: LETRA D
B: LETRA b
C: LETRA C
Aula 06/11/2017
Recursos no processo penal
Recurso Extraordinário
Endereçado ao Supremo Tribunal Federal
Ideia do STF como o guardião da Constituição.
Não se discute provas no STF e no STJ.
A preocupação aqui é a obediência a lei e a obediência a constituição
Ideia não e absolver ou condenar alguém. E apenas verificar se estão sendo cumpridos a constituição e a Lei. 
NÃO SE PODE DISCUTIR PROVAS. SÓ SE DISCUTE QUESTÕES JURÍDICAS. 
NÃO PODE FALAR QUE TESTEMUNHA DISSE ISSO OU AQUILO. NÃO INTERESSA A PROVA NOS AUTOS. INTERESSA VER SE A CONSTITUIÇÃO FOI OU NÃO VIOLADA.
AMPLA DEFESA, ADMISSÃO DE PROVAS ILÍCITAS, PERSONALIDADE DA PENA, ETC. EM TERMOS OBJETIVOS, TEM ESTA CARACTERÍSTICA DE NÃO SE ANALISAR PROVAS.
DECISÕES DE TRIBUINAIS DE 2º GRAU QUE CONTRARIAR DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL
Cabe também da decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.
Decisão que julga válida lei ou ato do governo local = invalida para o processo penal. Processo penal e direito penal competência privativa da união. Logo não tem como ter esse cabimento aqui no processo penal
Lei 8038 de 1990. Essa parte da lei referente aos dispositivos do especial e do extraordinário estão agora no processo civil
Isso gera alguma confusão.
Na lei 8038, prazo de 15 dias corridos.
No novo CPC esse prazo de 15 dias são 15 dias uteis. Não contam sábados domingos e feriados.
Endereçamento> contra acórdão do tj;pr
Endereçado ao presidente do tribunal de justiça do paraná
Cabe a este fazer o juízo de admissibilidade.
Nos recursos ordinários, este juízo de admissibilidade é muito simples.
Aqui no Rext e Resp, o juízo de admissibilidade é muito complicado.
Estatisticamente, a cada 10 Rext, 1 é admitido pelo tribunal de justiça. A esmagadora maioria não são admitidos.
Além dos pressupostos tradicionais, há alguns pressupostos bem específicos aqui
Ex. não pode valorar provas. 
Pré-Questionamento. Matéria analisada tem que ter sido analisada previamente pelos tribunais. Não posso usar este argumento perante o STF se não analisei junto ao TJ
Por isso todos embargam a declaração do Juiz. Não querem a mudança. Não há efetivamente a omissão. Embargam para garantir o pré-questionamento necessário.
Resp.
Se preocupa com a legislação infraconstitucional.
Não cabe matéria de fato. Não cabe valoração de provas
Sumula 7 do STJ
A hipótese B não existe no processo penal. Normas de penal e processo penal são de atribuição privativa da união. Não há o que se falar de lei local
Corrigir o ponto do procedimento, pois não é mais a lei 8038 e sim o CPC/2015
Correição Parcial
Error in procedendo = erro no procedimento e não no julgado do juiz
Ex. Juiz marca primeiro a audiência de testemunha e defesa e depois marca as testemunhas de acusação.
Contra este despacho do juiz que não tem viés decisório, o que posso utilizar para garantir o correto procedimento é o recurso de correição parcial
Tem juízes do interior onde o advogado pede para apresentar as razoes dos recursos no tribunal. Juizes do interior negam o recurso. Diz que não pode mais porque o art. 600, §4 fala que o procedimento era físico e não eletrônico, logo não aplicam mais.
Entramos com correição parcial para o TJ/PR e eles tem concedido.
Maior parte da doutrina fala que é um recurso de fato. Tem sucumbência; existe um prazo para interpor a correição parcial (prevista nos regimentos internos dos tribunais. TJ/PR é de 5 dias). Falam quesim é recurso porque existem os elementos necessários para os recursos.
Outros dizem que não é recurso porque não existe recurso contra despacho e porque a consequência da correição parcial pode acarretar penalidade administrativa para o juiz que errou o procedimento.
Em recurso nenhum o juiz pode ser penalizado pelo seu despacho.
OAB fala em recurso anômalo.
A correição parcial é constitucional? Só a união pode legislar em matéria processual penal e processual civil. Por ser um recurso somente previsto no regimento interno, não poderia ser aceito pela sua inconstitucionalidade.
NA lei 5010/66 há um ato parecido com correição parcial logo está previsto em lei, e é o que prevalece hoje.
Temos 3 possibilidades de agravos no processo penal:
Agravo contra decisões que não admitem recurso especial e recurso extraordinário.
Ate o CPC passado chamávamos de agravo de instrumento. Agora somente chamamos de Agravo. Prazo de 5 dias.
Agravo regimental: recurso cabível das decisões monocráticas dos desembargadores.
Utilizamos muito nos pedidos liminares do HC. A decisão liminar é monocrática e o relator faz. O recurso cabível destas decisões monocráticas é o agravo regimental
Quando a gente faz os embarfos infringentes. Se o relator nega seguimento aos embargos infringentes, o recurso cabível é o agravo regimental.
Recurso previsto no CPC e nos regimentos internos.
Tudo que falamos vale para o processo penal e para o processo civil
O único que vale única e exclusivamente para o processo penal é o agravo em execução
LEP = lei de execução penal. As varas pe que são de execuções penais.
Desde 1984, toda decisão em sede de execução penal cabe agravo.
RDD, livramento condicional; progressão de regime; suspensão condicional da pena.
Toda e qualquer decisão proferida em sede de execução penal é feita por meio de agravo. 
LEP não dá os prazos e o procedimento.
Ate recentemente tínhamos 2 correntes: 
Uma dizia que era pra usar o agravo de instrumento do processo civil e uma minoria dizendo que era o mesmo procedimento do recurso em sentido estrito.
Súmula 700 do STF resolveu
Prazo do agravo em execução = 5 dias
Parecido com o recurso em sentido estrito. Logo o STF quer que seja utilizado o procedimento do recurso em sentido estrito
Aula 13/11/2017
Ações de impugnação autônomas
Falamos do HC
Vamos falar de uma segunda modalidade de ação autônoma chamada 
REVISÃO CRIMINAL
Quando estamos de uma absolvição = jamais pode ser aberto os autos = coisa julgada formal
E assunto não pode ser discutido novamente = coisa julgada material
Sentença condenatória = coisa julgada formal. Transitou em julgado = naquele procedimento jamais pode rediscutir naquele processo.
Mas pode rediscutir uma condenação transitada em julgado pois não faz coisa julgada material
Podemos discutir através da revisão criminal
Permite rediscutir independentemente da pena ou não, do cara estar vivo ou não.
Posso entrar com uma revisão criminal para rediscutir a condenação do Tiradentes
Revisão criminal serve para evitar condenações injustas. Reparar erros judiciários.
Natureza de ação.
Características:
1 – instrumento de relativização da coisa julgada;
2 – instrumento pelo qual ataca o famoso “erro judiciário” e já tocado pela coisa julgada 3 – só pode ser utilizado pró-réu.
Revisão “pro societad”? não pode!
Maior parte dos países com a civil law admitem a revisão criminal também em favor da sociedade.
Nós so admitimos revisão pró-réu.
O grande problema do HC: as pessoas acham que é recurso porque está no capítulo dos recursos, mas não é recurso.
Revisão criminal não é e jamais vai ser recurso.
Recurso pressupõe que o processo não tenha transitado em julgado.
Tal qual o HC é uma ação penal propriamente dita. Ação penal constitutiva!
Ação penal constitutiva negativa = ação penal que visa desconstituir uma condenação. Por isso é negativa pois desconstitui uma condenação.
RESGATAR A DIGNIDADE DA PESSOA. NÃO É FAZER COM QUE SEJA SOLTO. FINALIDADE É RESGATAR A DIGNIDADE. CLARO QUE SERÁ SOLTO, MAS TAL QUAL O HC ONDE A IDEIA É A LIBERDADE COMO UM TODO, E NÃO A LIBERDADE DE UM, AQUI É A DIGNIDADE DE TODOS E NÃO APENAS DE UM.
CORREÇAÕ DE INJUSTIÇA!
quem tem legitimidade para propor a revisão?
No hc: legitimidade era ampla.
A revisão criminal não é tão simples.
Só posso entrar com revisão do Tiradentes se algum dos seus descendentes autorizarem
Próprio apenado e procurador com poderes especiais
Ou se já faleceu, cônjuge ascendente, descendente
Pode ter revisão criminal de decisão do júri?
Jurados = soberania dos veredictos
Posso ter revisão criminal de decisões do tribunal do júri! Soberania dos vereditos não pode ser atingida se garante liberdade do réu, mas se mantém o réu preso, pode ser atingida pela revisão criminal
PONTO MAIS IMPORTANTE EM TERMOS DE PROCEDIMENTO DA REVISÃO CRIMINAL:
Para quem que eu peço a revisão criminal?
Art. 624 tem uma regra simples:
Transitou em julgado no stj? É no stj.
Transitou em julgado no tj? É no TJ.
Dificilmente transita em julgado no STF.
4 decisões:
Rol taxativo do art. 621: só nas hipóteses aqui elencadas é possível a revisão criminal
A – condenação contrária ao texto expresso da lei penal
B – sentença contrária as provas dos autos.
C – sentença fundada em prova falsa.
D – prova nova = terá que ser justificada na presença de um promotor e de um juiz. Verificar a credibilidade da prova nova. Tem que ser produzida sob o crivo do poder judiciário.
Só estas são as hipóteses da revisão criminal
OBS: MUDANÇA DE POSICIONAMENTO DA JURISPRIDÊNCIA:
SEGUNDO A ESMAGADORA MAIORIA DA DOUTRINA: NÃO
STF NÃO ACEITA PEDIDO QUANDO HOUVER MUDANÇA DE JURISPRUDÊNCIA
REVISÃO EM QUALQUER TEMPO, ANTES OU APÓS A EXTINÇÃO DA PENA
É POSSÍVEL REITERAR UMA REVISÃO CRIMINAL? NÃO!
ASSIM COMO NÃO SE PODE IMPETRAR HC COM FUNDAMENTO IDENTICO AO ANTERIOR.
PROCEDIMENTO. NÃO IMPORTA MUITO PARA A NOSSA DISCIPLINA
O MAIS IMPORTANTE DO PROCEDIMENTO É O SEU FINAL.
GANHEI A REVISÃO CRIMINAL. QUAIS SÃO OS EFEITOS DESSA VITÓRIA?
627 FALA DE ALGUNS EFEITOS.
PRESSUPÕE O PAGAMENTO DE UMA INDENIZAÇÃO. PARA QUE TENHA DIREITO A ESSA INDENIZAÇÃO TEM QUE REQUERER EXPRESSAMENTE ESTA INDENIZAÇÃO!

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