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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Francisco Lúcio A. Silva
Coordenador de Qualidade e Gestão na UNESA Cabo Frio
Docente do curso de graduação em Fisioterapia e Educação Física na UNESA
Docente do curso de pós-graduação em Fisioterapia Neurológica e Traumato-ortopédica na UNESA
francisco.lucio@estacio.br
*
Principais Insuficiências Respiratórias
- Asma, Bronquite e Enfisema (DPOCs)
- Pneumonia, Sarcoidose, Mucoviscidose (Restritivas)
- Fibrose Cística, HPA, Enfisema crônico (Mistas)
*
*
Variação percentual da taxa de mortalidade ajustada para a idade nos EUA entre 1965 e 1998
0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
Proporção da taxa de 1965 
1965 - 1998
1965 - 1998
1965 - 1998
1965 - 1998
1965 - 1998
–59%
–64%
–35%
+163%
–7%
Doença
coronariana
AVC
Outras
doenças
cardio-
vasculares
Outras
causas
DPOC
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Prevalência da DPOC - 1990
Países desenvolvidos	6,98	3,79
Economias anteriormente socialistas	7,35	3,45
Índia	4,38	3,44
China	26,20	23,70
Outros da Ásia e Ilhas 	2,89	1,79
África sub-saariana 	4,41	2,49
América Latina e Caribe	3,36	2,72
Países em desenvolvimento do norte da África e do Oriente Médio	2,69	2,83
Mundial	9,34	7,33
* Murray & Lopez, 1996
Masculino/1000
Feminino/1000
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Patogênese da DPOC
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTE NOCIVO (fumaça de cigarro, poluentes, agentes ocupacionais)
																
 DPOC
*
Partículas e gases nocivos
Inflamação 
Fatores individuais
Patologia da DPOC
Proteinases
Stress oxidativo
Anti-proteinases
Anti-oxidantes
Mecanismos de reparo
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INFLAMAÇÃO
Doença das pequenas vias aéreas
Inflamação das vias aéreas
Remodelamento das vias aéreas
Destruição do parênquima
Ruptura das ligações alveolares
Redução do recolhimento elástico
LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO
*
 DPOC é o termo usado para descrever uma obstrução das vias aéreas devido à bronquite crônica ou ao enfisema pulmonar;
 Apesar do substrato anátomo-patológico dessas doenças ser diferente, elas são estudadas, do ponto de vista terapêutico, como uma única entidade;
 Isto decorre do fato de que habitualmente essas duas moléstias estão presentes no mesmo pacientes, podendo predominar os sintomas de uma ou outra;
 O grau de obstrução das vias aéreas e a quantidade de tecido danificado determinam a severidade da doença.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
*
	A DPOC é caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, geralmente progressiva, associada a resposta inflamatória pulmonar desencadeada por exposição a partículas ou gases, sendo o TBG o agente agressor mais comum.
- Entidades nosológicas que caracterizam a DPOC:
	Enfisema Pulmonar;
	Bronquite Crônica.
- Etiologia:
	Tabagismo;
	Exposição a poluição, produtos químicos e gases de combustíveis;
	Hereditária.
*
 A DPOC, agrupada com a asma, representa a 4ª maior causa de morte nos EUA, com 90.000 mortes anuais.
 80% dos doentes por DPOC tiveram exposição significativa à fumaça do cigarro.
 Hoje, existem 16 milhões de pacientes que sofrem de DPOC nos EUA. 
 Somando os casos subdiagnosticados estima-se que chegue a 30 milhões.
 Em 1993, os custos hospitalares foram de US$ 14,7 mi.
DPOC
*
DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A OBSTRUÇÃO DO FLUXO AÉREO
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ENFISEMA
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O enfisema é definido como aumento anormal e permanente do tamanho dos ácinos* pulmonares associado a destruição dos septos alveolares, sem fibrose evidente.
*O ácino pulmonar é constituído pelo bronquíolo respiratório, ductos e sacos alveolares e alvéolos. O conjunto de três a cinco bronquíolos terminais e seus respectivos ácinos constitui o lobo pulmonar.
*
O enfisema é classificado em quatro tipos:
1. Enfisema centroacinar ou centrolobular: associado ao hábito de fumar e à bronquite crônica, a porção central do ácino pulmonar, junto ao bronquíolo respiratório, mostra-se acometida, poupando-se os alvéolos mais distais. Na fase avançada, todo o ácino pode estar acometido. Acomete preferencialmente lobos superiores.
2. Enfisema panacinar ou panlobular: deficiência da α1-antitripsina, todo o ácino está aumentado. As lesões são mais graves nas bases pulmonares.
3. Enfisema parasseptal ou acinar distal: acomete a porção distal do ácino, nas regiões adjacentes à pleura e ao longo dos septos interlobulares. É mais comum nas regiões superiores do pulmão e surge em áreas adjacentes a fibrose, cicatrizes ou atelectasia. É causa frequente de pneumotórax espontâneo.
4. Enfisema irregular ou paracicatricial: assintomático, envolve o ácino de forma irregular, e está associado a cicatrizes de processos inflamatórios antigos.
*
	A inflamação nas pequenas vias respiratórias pode estender-se ao parênquima, levando a enfraquecimento e destruição das paredes alveolares. Isto compromete significativamente a patência dos bronquíolos, contribuindo para a limitação ao fluxo aéreo.
	A insuficiência respiratória é provocada por: redução do fluxo aéreo, sobretudo na expiração, por causa da deformidade dos bronquíolos e da diminuição da elasticidade pulmonar causada por perda do componente elástico do septo alveolar; dificuldade de acesso do ar inspirado às paredes alveolares, por aumento do ar residual; redução da superfície de trocas por destruição dos septos alveolares. Em consequência disso, as principais manifestações clínicas são dispneia, tosse, chiado e perda de peso. Caracteristicamente, os pacientes apresentam expiração forçada e prolongada e tórax em tonel.
*
*
BRONQUITE CRÔNICA
*
	A bronquite crônica é definida como tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um período de 3 meses, durante pelo menos 2 anos consecutivos. Tosse e expectoração são caracteristicamente mais intensas pela manhã e nos meses de inverno. O fumo é sua principal causa, além de poluentes atmosféricos.
	Indivíduos com tosse produtiva sem sinais de obstrução ao fluxo aéreo apresentam bronquite crônica simples. Cerca de 20% dos fumantes desenvolvem obstrução crônica ao fluxo aéreo, com enfisema associado, caracterizando a bronquite crônica obstrutiva.
	É causada por exposição prolongada a agentes irritantes inalados, sobretudo produtos do tabaco. Inflamação das vias respiratórias e do parênquima pulmonar secundária a esses agentes é a grande responsável pelas alterações estruturais, clínicas e funcionais observadas na doença.
	Inflamação brônquica aguda e/ou infecção constituem elementos constantes de agravamento do quadro clínico.
	Além de tosse e hipersecreção de muco, que são constantes na bronquite crônica, outras manifestações aparecem com a continuidade do hábito de fumar, como dispneia, hipercapnia, hipoxemia e cianose. Hipertensão pulmonar, cor pulmonale e insuficiência cardíaca direita são complicações tardias da bronquite crônica.
*
*
BRONQUITE CRÔNICA
*
DPOC
FUNÇÃO PULMONAR
CRF = VRE + VR / CRF = 2300 ml
VR = 1.200 ml
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DPOC
RADIOGRAFIA PULMONAR
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READAPTAÇÕES
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
*
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
?
?
*
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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DIAGNÓSTICO
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DIAGNÓSTICO ESPIROMETRIA
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*
*
*
DIAGNÓSTICO
EXAMES RADIOLÓGICOS
*
DIAGNÓSTICO
EXAMES RADIOLÓGICOS
*
DIAGNÓSTICO
EXAMES RADIOLÓGICOS
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DIAGNÓSTICO
TOMOGRAFIA
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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TRATAMENTO
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PROGNÓSTICO
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PROGNÓSTICO
*
PROGNÓSTICO
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*
*
Fisioterapia Cardio-Respiratória
Tratamento Ambulatorial:
	Manobras desobstrutivas;
	Manobras desinsuflativas;
	Manobras reexpansivas.
Tratamento Hospitalar:
	Utilização de equipamentos para “ditar” o ritmo respiratório ou para desobstruir as vias aéreas.
*
Fisioterapia Cardio-Respiratória
OXIGENOTERAPIA:
 
- Manter a PaO2 em valores aceitáveis entre 60-70 mmHg (80-100mmHg);
- Obter saturação de oxigênio entre 90-93% (95-100%);
- Precaução no DPOC – Estímulo Hipóxico - PaO2 < 60 mmHg em Ar ambiente - 21% - O2 Suplementar (FiO2) suficiente para SpO2 90-93% PaCO2 > 55mmHg - pH < 7,25 - PCO2 = 40-55 mmHg - pH > 7,25;
- Manter VMI – VNI;
- Ar ambiente 21% - O2 domiciliar;
Desmame - Respiração Espontânea / (O2 Suplementar) – Piora.
Objetivos: Melhorar a Dispneia; Auxiliar na Higiene Brônquica; Melhorar a Capacidade de exercícios e atividades físicas;
Melhorar o conhecimento e autocuidado - autoeficácia.
*
Exame Físico: Performance ao exercício e Força Muscular.
Dispneia; Depuração Mucociliar - Função Pulmonar.
Padrão Respiratório: Tosse - Configuração do Tórax - Manovacuômetro – Espirometria;
Exercícios Respiratórios: Expiração ativa; Respiração profunda lenta; Posicionamento.
Objetivos: Melhorar Ventilação regional e troca gasosa; Melhorar a função muscular; Reduzir a dispneia.
Exercícios Respiratórios de Desinsuflação: Respiração lenta e profunda + freno labial; Expiração ativa fracionada + freno labial; Expiração ativa lenta + freno labial.
Objetivos: Diminuição da FR; Melhora da troca gasosa; Diminuição da Hiperinsuflação.
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Higiene Brônquica: Drenagem Postural; Vibrocompressão Manual ou Mecânica; Huffing; Tosse; Pressão Positiva Expiratória – Flutter/ Shaker; Atividade Física.
Objetivo: Depuração Mucociliar; Redução da Obstrução – secreção.
Treinamento Muscular: M inspiratórios - carga 30% - Pimáx; MMII e MMSS – 60-80% de 1 T/M, 2-3 séries de 8-12 repetições; Treinamento Aeróbio Caminhadas - 60-80% da FCmáx; Cicloergômetros e Esteiras; Treinamento Físico e Muscular Respiratório.
A média de sobrevida do paciente com DPOC severa é de aproximadamente 4 anos.
*
Fisioterapia Cardio-Respiratória EQUIPAMENTOS
*
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