DCONS 3

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Rafael Mendonça
Direito do Consumidor
Responsabilidade em 
danos materiais, morais, 
estéticos e a imagem
Danos Materiais e Morais
A Constituição garante ao consumidor 
atingido o direito à indenização contra 
violações atingidas.
“Art. 5º. […]: X - são invioláveis a intimidade, 
a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação;”
STJ, Súmula 37: São cumuláveis as 
indenizações por dano material e dano 
moral oriundos do mesmo fato.
Danos Materiais
Dano Material: composição em 
dinheiro visando a reposição do 
status quo ante. Valor 
efetivamente perdido (dano 
emergente) e receita que se 
deixou de aferir (lucros 
cessantes). 
Danos Morais e à Imagem
Dano Moral: consideração civil 
de tudo o que está fora da esfera 
material, patrimonial do 
indivíduo, que viola a sua paz 
interior, seus sentimentos, 
decoro, ego, honra e lhe causa 
dor psicológica e sofrimento. 
Objetivo: satisfativo-punitivo.
Dano a imagem (com ou sem 
dano moral)
Danos Morais
Critérios para fixação da indenização
a. a natureza específica da ofensa sofrida;
b. a intensidade real, concreta, efetiva do sofrimento do consumidor ofendido;
c. a repercussão da ofensa no meio social em que vive o consumidor ofendido;
d. a existência do dolo, má-fé, por parte do ofensor, na pratica do ato danoso e 
o grau de sua culpa; 
e. a situação econômica do ofensor;
f. a capacidade e possibilidade real e efetiva do ofensor voltar a praticar e/ou 
vir a ser responsabilizado pelo mesmo fato;
g. a prática anterior do ofensor relativa ao mesmo fato danoso, ou seja, se ele 
já cometeu a mesma falta;
h. as práticas atenuantes realizadas pelo ofensor visando diminuir a dor do 
ofendido;
i. necessidade de punição.
Dano Moral - Cadastro SERASA
“DANO MORAL - BANCO DE DADOS - Contrato de 
Abertura de Crédito - Lançamento de nome nos 
cadastros do SERASA - Permanência do apontamento 
após a renegociação da dívida - Inadimissibilidade - 
Feita a composição amigável, a inscrição tinha de ser 
imediatamente cancelada - Fixação do quantum 
indenizatório - Necessidade, ademais, do Magistrado 
levar em consideração alguns critérios para a fixação do 
quantum indenizatório - (…) - Havendo indícios de que o 
fornecedor possa voltar a incidir no erro, o quantum deve 
ser expressivo para puni-lo - Quantum indenizatório 
elevado para quarenta mil reais - Recurso do Banco-réu 
improviso - Recurso do autor parcialmente provido.” 
Ap. 996.626-3 da 4ª Câm. do TACSP, rel. Rizzatto 
Nunes, j. 20-6-2001, v.u., DO, 3-8-2001.
Danos Morais - Pessoa Jurídica
Critérios para fixação da indenização
a. a natureza específica da ofensa sofrida;
b. a intensidade real, concreta, efetiva do ato lesivo praticado;
c. a repercussão da ofensa, no meio comercial, mercado e clientela específica 
da ofendida;
d. a existência do dolo, má-fé, por parte do ofensor, na pratica do ato danoso e o 
grau de sua culpa; 
e. a situação econômica do ofensor;
f. a capacidade e possibilidade real e efetiva do ofensor voltar a praticar e/ou vir 
a ser responsabilizado pelo mesmo fato;
g. a prática anterior do ofensor relativa ao mesmo fato danoso, ou seja, se ele já 
cometeu a mesma falta;
h. as práticas atenuantes realizadas pelo ofensor visando diminuir os danos do 
ofendido;
i. necessidade de punição.
Dano Moral - Pessoa Jurídica
“DANO MORAL - Responsabilidade Civil - Prestação 
de serviços - Telefonia - Relação de consumo 
caracterizada - Desprestígio e desconfiança sofridos 
por pessoa jurídica, microempresa, decorrentes de 
um telefone que não atende e nem lhe enseja 
contactar sua clientela e desenvolver bem seu 
negócio - Idoneidade e imagem desta desgastada - 
Indenização arbitrada em R$20.000,00” 
Ap. Sum. 1.072.245-9 da 4ª Câm. do TACSP, rel. 
Juiz Oséas Davi Viana.
Danos Estéticos
Para fins de indenização civil, há de estar 
relacionado a uma modificação de ordem 
física exterior (que gere o “feio”, ou 
condição pior), com ou sem dano moral 
ou material.
Danos Estéticos
“RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÂNSITO - 
Contrato de Transporte - Ônibus - Vítima lesionada - 
Esmagamento da perna esquerda pelas ferragens do veículo 
coletivo, bem como a existência de sequelas físicas que 
incluem deformação estética - Responsabilidade objetiva da ré 
configurada - Hipótese em que o acidente é risco inerente à 
atividade do transportador, não excluindo, pois, sua 
responsabilidade - Demonstração da perda da capacidade 
laborava da vítima, assim como do nexo entre problemas de 
saúde e o evento danoso - Laudo do IMESC conclusivo nesse 
sentido - Constituição de capital para assegurar o 
adimplemento da obrigação de pagamento mensal futuro, nos 
termos do artigo 602, do CPC, bem como adotada pela r. 
Sentença a quo, seguindo a previsão legal - Condenação ao 
pagamento de pensionamento e da verba honorária mantida - 
Indenização pelo danos morais condizentes com os fatos 
trazidos ao feito - Recursos improvidos” 
Ap. 1.086.642-7 da Câm. Do 1º TACSP, rel. Juiz Rizzatto 
Nunes, j. 31-7-2002.