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Milena Araujo – XLIX Peritônio É uma membrana serosa de parede dupla que reveste internamente a parede abdominal, peritônio parietal; e sobre as vísceras – peritônio visceral. Peritônio parietal anterior infra umbilical apresenta: prega umbilical mediana e pregas umbilicais mediais e laterais, produzidas por tecido extra peritoneal. Ligamento umbilical mediano: resultante do úraco e produzirá a prega umbilical mediana. Artérias umbilicais obliteradas produzem as pregas umbilicais mediais. Artéria epigástricas inferiores produzem as pregas umbilicais laterais. Entre a prega mediana e as mediais há a fossa supravesical; e entre as mediais e a prega lateral há a fossa umbilical lateral. Acima do umbigo há a prega do ligamento falciforme. Entre os folhetos parietal e visceral situa-se a cavidade peritoneal, que pode acumular volumes; O peritônio apresenta algumas formações próprias: Mesos: são reflexões do peritônio parietal posterior, formado por duas lâminas que relacionam a parede abdominal com sua respectiva víscera, fixando-a e permitindo mobilidade. Espaço entre as lâminas é preenchido por tecido extraperitoneal onde há vasos, nervos e linfáticos. Mesentério – jejuno e ílio. Mesocolo transverso – colo transverso. Mesocolo sigmoide – colo sigmoide. Ligamentos: são reflexões peritoneais de dupla lâmina que vão do peritônio parietal a uma víscera, ou entre uma víscera e outra. Há ainda ligamentos na parede posterior: ligamento lienorrenal e a lâmina posterior do ligamento falciforme. Omentos: são reflexões peritoneais largas amplas e dispõem entre duas vísceras. Omento menor está entre fígado, curvatura menor do estômago e 1ª porção do duodeno; Omento maior está na curvatura maior do estômago ao colo transverso e dispõem-se como um avental. As vísceras abdominais são classificadas em intraperitoneais e extraperitoneais; sendo as primeiras completamente envolvidas por peritônio visceral e as extraperitoneais são aquelas situadas externamente ao peritônio parietal. Primitivamente extraperitoneais: desde o início estão localizadas externamente ao peritônio; Secundariamente extraperitoneais: inicialmente peritonizadas e posteriormente devido a fusão do seu meso com o peritônio parietal posterior passa a ser extra. A lâmina anterior do meso passa a ser peritônio parietal posterior e a víscera torna-se extra, esse processo é denominado coalescência. Como a maior parte dos órgãos extraperitoneais situa-se posteriormente ao peritônio parietal posterior é comum chamá-los de retroperitoneais. A única víscera verdadeiramente intraperitoneal é o ovário e situa-se na cavidade peritoneal, e como a tuba uterina se abre tanto para a cavidade peritoneal quanto para o útero, que se comunica com a vagina, ou seja, a cavidade peritoneal está em comunicação com o meio externo. Ou seja, no sexo masculino a cavidade peritoneal é fechada e no sexo feminino é aberta o que justifica o fato de infecções dos órgãos genitais femininos alcançarem e envolverem o peritônio. Andares supra e inframesocólico A cavidade peritoneal é dividida em andares supra e inframesocólicos separados pelo mesocolo transverso e a porção pélvica situada abaixo da abertura superior da pelve. Mesocolo transverso tem disposição obliqua que confere grande mobilidade. Supramesocólico contém o fígado, estômago, baço, ligamento falciforme, omento menor, maior parte do omento maior. É subdivido pelos recessos subfrênico e subepático. - Recesso subfrênicos direito e esquerdo: entre o peritônio visceral hepático e o peritônio parietal diafragmático, separados pelo ligamento falciforme. Limite do recesso direito é p ligamento coronário, e do esquerdo é ligamento triangular esquerdo. - Recesso subepático situa-se entre peritônio da face visceral do lobo direito do fígado e peritônio parietal posterior do rim direito e pela lâmina posterior do ligamento coronário. Inframesocólico é subdividido em direita e esquerda pela raiz do mesentério e contém as alças jejunais e ileais emoldurados pelos colos ascendente, transverso e descendente, lateralmente aos colos ascendente e descendente há os sulcos paracólicos. Acúmulos ocorrem nos pontos de maior declive, que são os recessos subepáticos; em decúbito dorsão a escavação retovesical do homem e a retouterina na mulher. A coluna vertebral forma também pontos de acúmulo criando espaços naturais para escoamento Vias de escoamento São os sulcos paracólicos, a divisão esquerda do infra drenam para pelve; e os sulcos drenam ainda para o recesso hepatorrenal; O a divisão direita recebe ainda da bolsa omental pelo forame omental, que é um espaço fechado de drenagem. Omentos e ligamentos Possuem duas ligações com a parede do corpo, posteriormente prende pelo amplo meso dorsal que vai do esôfago ao intestino; anteriormente pelo meso ventral que está na altura do esôfago, estomago e duodeno inicial. O fígado cresce entre as duas laminas do meso ventral transformando-as em peritônio visceral hepático. O que sobre de meso: Ligamento falciforme: está entre a parede anterior do abdome e o fígado, contém a veia umbilical que formará o ligamento redondo do fígado. Omento menor: entre o fígado e curvatura menor do estômago e a 1ª porção do duodeno. A margem livre contém ducto colédoco, artéria hepática e a veia porta constitui ainda o forame omental que dá acesso a bolsa. É dividido em ligamentos hepatogástricos e hepatoduodenal; Ligamento coronário: entre o fígado e o diafragma; Área nua do fígado: entre as duas lâminas anterior e posterior. Ligamento triangular esquerdo: encontro à direita das duas lâminas. Parte do meso dorsal vai se acolar ao peritônio parietal, o que persiste forma: Mesentério; Mesocolos transverso e sigmoide; Omento maior; Ligamentos gastrofrênico, gastroesplênico e esplenorrenal; Omento maior: projeta-se do estômago e passa anterior ao colo transverso, sofre fusão de sua parede anterior e posterior com o colo e o mesocolo transverso, o que sobra destas fusões é o ligamento gastrocólico. Ligamento gastroesplênico: curvatura maior ao baço; Ligamento esplenorrenal: baço ao peritônio parietal posterior relacionado com o rim esquerdo. Bolsa omental É um espaço virtual amplo e irregular, situado posterior ao estômago e ao omento menor. É uma dependência da cavidade peritoneal e comunica-se com o forame omental. É limitada pelo omento menor, peritônio parietal, pelos ligamentos gastroesplênico e esplenorrenal. A bolsa ocupa o recesso inferior da bolsa, e continua entre o fígado e o diafragma que forma o recesso superior. Características funcionais O peritônio é um verdadeiro órgão: Secreção de liquido peritoneal; Resistência a infecção; quando está não é muito intensa o omento maior se desloca e isola-a por tamponamento e/ou aderência. Acúmulo de gordura – reserva nutricional; Absorção e eliminação de substancias, absorção de toxinas bacterianas; Extrema sensibilidade a dor. É inervado pelos nervos das paredes adjacentes; a parte diafragmática pelos nervos frênicos e o resto pelos nervos tóraco-abdominais e ramos do plexo lombo sacral. Estímulos dolorosos pode ser diretamente na área referida ou por exemplo: a estimulação dolorosa da parte central do peritônio diafragmático é referida no ombro. O peritônio visceral não apresenta inervação para dor e as sensações são sentidas difusamente.
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