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Peritônio - Anatomia UC11/P4

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1 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
 
PERITÔNIO 
• É uma túnica serosa transparente, contínua, brilhante e deslizante. 
• Reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras. 
• Consiste em 2 lâminas: 
 PERITÔNIO PARIETAL: mesma vascularização sanguínea e linfática e a mesma inervação somática que a região da parede 
que reveste. É sensível a pressão, dor, calor e frio, e laceração. A dor é bem localizada, exceto na face inferior da parte 
central do diafragma. 
 PERITÔNIO VISCERAL: tem a mesma vascularização sanguínea e linfática e inervação visceral dos órgãos que ele recobre. 
É insensível ao toque, calor e frio, e laceração. É estimulado basicamente por distensão e irritação química. A dor é mal 
localizada, sendo referida nos dermátomos dos gânglios sensitivos espinais. 
ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS E SUBPERITONEAIS 
• Quase completamente recobertos por peritônio visceral. 
• Não significa “dentro da cavidade peritoneal” 
• Órgãos invaginados para o saco fechado – como ao pressionarmos 
a mão fechada contra uma bola de aniversário cheia. 
• Ovário: único órgão verdadeiramente intraperitoneal. 
• Órgãos peritonizados: alças intestinais, cólons transverso e 
sigmoide, esôfago, estômago, baço, intestino delgado, duodeno 
(1ª e 4ª partes). 
• Situados fora da cavidade peritoneal – 
externamente ao peritônio parietal. 
• São apenas parcialmente cobertos por peritônio. 
• Retro: pâncreas, ris, ureteres, adrenais, duodeno (2ª 
e 3ª partes), cava, aorta, vértebras, reto, cólon 
ascendente e descendente. 
• Sub: bexiga e útero. 
CAVIDADE PERITONEAL 
Está dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a cavidade pélvica. É um espaço virtual com espessura capilar, 
situado entre as lâminas parietal e visceral. Não contém órgãos, mas contém líquido peritoneal (água, eletrólitos e substâncias 
derivadas do líquido intersticial em tecidos adjacentes). O líquido lubrifica as faces permitindo a movimentação sem atrito e 
contém leucócitos e anticorpos que combatem infecções. A cavidade é completamente fechada nos homens e nas mulheres há 
uma comunicação com o exterior do corpo através das tubas uterinas, cavidade uterina e vagina (possível via de infecção externa). 
• O peritônio parietal anterior infraumbilical apresenta a prega umbilical 
mediana, impar, e as pregas umbilicais mediais e laterais, pares. Todas 
elas são produzidas pela presença de estruturas no tecido extraperitoneal: 
 Prega umbilical mediana: produzida pelo ligamento umbilical mediano 
(resultante do úraco – estrutura embrionária que vai da bexiga ao 
umbigo) fibrosado, 
 Pregas umbilicais mediais: produzidas pelas artérias umbilicais 
obliteradas, uma de cada lado. 
 Pregas umbilicais laterais: produzidas pelas artérias epigástricas 
inferiores, uma de cada lado. 
OBS: enquanto as pregas umbilicais mediana e mediais chegam ao umbigo, as laterais não chegam. 
• Entre a prega umbilical mediana e as pregas umbilicais mediais situa-se a fossa supravesical; entre as mediais e laterais fica a 
fossa inguinal medial e lateralmente à prega umbilical lateral fica a fossa umbilical lateral. 
• Acima do umbigo também existe uma prega, formada pelo ligamento falciforme. 
Anatomia do Peritônio 
Situações que transformam a cavidade 
peritoneal de virtual em real: 
• Derrames de ar, bile, sangue e líquidos. 
• Introdução artificial de ar ou líquido para 
fins de diagnóstico e tratamento. 
• Abertura cirúrgica ou traumática do 
peritônio, após secção dos planos 
parietais, ao permitir a entrada de ar. 
 
 2 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
• DIVISÕES: existem duas divisões na cavidade peritoneal – saco menor (bolsa omental) e saco maior. 
 SACO MENOR (BOLSA OMENTAL): posterior ao estômago e ao fígado e anterior ao pâncreas e ao duodeno. Sua função é 
prover espaço para o livre movimento do estômago. Tem um formato irregular com um recesso superior (limitado pelo 
diafragma e pelo ligamento coronário do fígado) e um inferior (fica entre as dobras do omento maior). 
 Se comunica com o saco maior via forame epiplóico (forame omental), que se encontra posterior à borda livre do omento 
menor. Este forame tem bordas bem definidas: 
▪ Anterior – ligamento hepatoduodenal. 
▪ Posterior – veia cava inferior e pilar direito do diafragma. 
▪ Superior – lobo caudal do fígado. 
▪ Inferior – parte superior do duodeno. 
 SACO MAIOR: se estende do diafragma até a cavidade pélvica. É dividido em compartimento supracólico e infracólico pelo 
mesocólon transverso. 
 COMPARTIMENTO SUPRACÓLICO – encontra-se anterior e superior ao mesocólon transversos e contém o fígado, o 
estômago e o baço, o ligamento falciforme, o omento menor e a maior pare do omento maior. É subdividido pelo fígado 
em recessos subfrênicos e sub-hepáticos: 
▪ Recessos subfrênicos (ou supra-hepáticos) direito e esquerdo são espaços virtuais entre o peritônio visceral 
hepático e o peritônio parietal diafragmático, separados um do outro pelo ligamento falciforme. O recesso direito 
é limitado posteriormente pela lâmina anterior do ligamento coronário, enquanto o recesso esquerdo é limitado 
posteriormente pelo ligamento triangular esquerdo. 
▪ Recesso sub-hepático (ou hepato-renal) situa-se entre o peritônio da face visceral do lobo direito do fígado e o 
peritônio parietal posterior que reveste o rim direito. Posteriormente é limitado pela lâmina posterior do ligamento 
coronário. 
 COMPARTIMENTO INFRACÓLICO – é inferior e posterior ao mesocólon transverso. É dividido, pela raiz do mesentério 
do intestino delgado, em espaços infracólicos direito e esquerdo. Contém as alças jejunais e ileais, emolduradas pelos 
colos ascendente, transverso e descendente. Lateralmente aos colos ascendente e descendente existem duas 
depressões longitudinais, os sulcos paracólicos. 
 3 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
Estes compartimentos e sulcos da cavidade peritoneal determinam como e onde materiais (líquido peritoneal, sangue, pus, etc) 
contidos na cavidade peritoneal devem se acumular ou deslocar. Os acúmulos ocorrem nos pontos de maior declive, que são o recesso 
hépato-renal, em ambos os sexos e em decúbito dorsal e a escavação retovesical, no sexo masculino e a escavação reto-uterina, no 
sexo feminino. Também as curvaturas da coluna vertebral contribuem na determinação destes pontos de acúmulo, criando vertentes 
naturais para o escoamento. Os sulcos paracólicos e a divisão esquerda do andar inframesocólico drenam para a pelve. Além disto, 
os sulcos paracólicos também drenam para o recesso hépato-renal e recebem, em especial o direito, o conteúdo da bolsa omental, 
através do forame epiplóico. A divisão direita do andar inframesocólico é um espaço fechado, em termos de drenagem. 
 
 
Em decorrência da disposição das vísceras abdominais, bem como de seu desenvolvimento embrionário, o peritônio apresenta 
algumas formações próprias: 
 4 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
• MESOS: são reflexões do peritônio parietal posterior, constituídos por duas lâminas, que relacionam a parede abdominal com 
sua respectiva víscera, fixando-a e ao mesmo tempo dando-lhe mobilidade. O espaço entre as duas lâminas do meso é 
preenchido por tecido extraperitoneal, pelo qual passam vasos, nervos e linfáticos em direção a víscera. 
 Os mesos existentes são o mesentério, para o jejuno e o íleo, o mesocolo transverso, para o colo transverso e o 
mesossigmóide, para o colo sigmóide. 
 O mesoapêndice e mesossalpinge não são mesos verdadeiros, pois não partem da parede posterior. 
• OMENTO: é uma extensão ou prega do peritônio em duas camadas que vai do estômago e da parte proximal do duodeno até 
os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. 
 OMENTO MAIOR: pende do estômago e passa anterior ao colo transverso. Suas bordas lateraissão livres, mas sua parede 
anterior, formada por duas lâminas peritoneais, curva-se posteriormente constituindo a parede posterior, que ascende para 
fixar-se no colo transverso. No embrião está composto por quatro lâminas peritoneais (as duas anteriores e as duas 
posteriores), mas durante o desenvolvimento ocorre uma fusão, em grau variável, da parede anterior com a posterior, com 
o colo transverso e com o mesocolo transverso. A parte resultante destas fusões, que vai do estômago ao colo transverso 
é o ligamento gastrocólico. 
 OMENTO MENOR: prega peritoneal muito menor, dupla que se estende entre o fígado superiormente e a curvatura menor 
do estômago e a primeira porção do duodeno, inferiormente. A margem livre do omento menor, direita no adulto, contém o 
ducto colédoco, a artéria hepática e a v. porta e constitui a parede anterior do forame epiplóico, que dá acesso à bolsa 
omental. O omento menor costuma ser dividido em ligamentos hepatogástrico, entre o fígado e o estômago e hepato-
duodenal, entre o fígado e a 1ª porção do duodeno. 
 
• LIGAMENTOS PERITONEAIS: são ou reflexões peritoniais de dupla lâmina que vão do peritônio parietal (exceto o posterior, 
porque aí então seriam mesos) a uma víscera OU reflexões peritoniais entre uma víscera e outra. 
 FUNÇÕES: ligar os órgãos à parede abdominal e/ou aos outros órgãos abdominais e mantê-los em posição; levar estruturas 
neurovasculares que suprem os órgãos abdominais. 
LIGAMENTOS ESPLÊNICOS LIGAMENTOS GÁSTRICOS LIGAMENTOS HEPÁTICOS 
Ligamento pré-cólico 
Ligamento gastroesplênico 
Ligamento esplenorrenal 
Ligamento gastrofrênico 
Ligamento gastrocólico 
Ligamento falciforme 
Ligamento hepatogástrico 
Ligamento hepatoduodenal 
 Os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal são partes contínuas do omento menor e são separadas apenas por 
conveniência para descrição. 
 O ligamento gastrofrênico conecta o fundo do estômago e o esôfago abdominal ao diafragma. 
 O ligamento gastrolienal vai da curvatura maior do estômago ao baço, onde sua lâmina anterior se continua com o peritônio 
visceral deste órgão. 
 O ligamento esplenorrenal vai do baço ao peritônio parietal posterior relacionado com o rim esquerdo. É formado pela 
continuação do peritônio visceral do baço e pela lâmina posterior do ligamento gastrolienal. 
OMENTO MAIOR OMENTO MENOR 
 5 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
 6 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
SUBDIVISÕES DO PERITÔNIO 
• Superior ou diafragmático: reveste o músculo do diafragma. 
• Posterior: não fica aderido à parede posterior, formando um espaço denominado retroperitoneal, onde se localizam diversas 
vísceras. 
• Inferior: passa por cima das vísceras pélvicas formando escavações. 
 Na mulher: escavação pré-vesical/pubo-vesical; escavação vesico-uterina/útero-vesical; escavação útero-retal/reto-
uterina. 
 No homem: escavação pré-vesical/pubovesical e escavação reto-vesical. 
CARACTERISTICAS FUNCIONAIS 
O peritônio é um verdadeiro órgão, com funções e patologias próprias. Das suas características funcionais, as principais são: 
• A secreção do líquido peritoneal, que reduz o atrito entre as vísceras 
• A resistência a infecção pela ação dos macrófagos existentes no líquido peritoneal e também pela sua capacidade de confinar 
uma infecção. Quando esta não é muito intensa, o peritônio através, especialmente, do omento maior, que se desloca, a isola 
por tamponamento e/ou aderência. 
• O acúmulo de gordura, em especial no omento maior, que atua como reserva nutricional 
• A absorção e a eliminação de substâncias para e da circulação, podendo ser utilizado em processos terapêuticos (diálise 
peritoneal, administração de medicamentos). Esta mesma propriedade explica a absorção de toxinas bacterianas nos casos de 
infecções graves que afetem o peritônio 
• O peritônio é muito sensível, provocando dores intensas quando traumatizado, descolado ou fortemente distendido. 
INERVAÇÃO DO PERITÔNIO 
O peritônio parietal é inervado pelos nervos das paredes a ele adjacentes: a parte diafragmática pelos n.n. frênicos, o restante pelos 
n.n. tóraco-abdominais e ramos do plexo lombo-sacral. Os estímulos dolorosos do peritônio parietal podem ser relacionados 
diretamente com a região estimulada ou podem ser referidos, como, por exemplo, a estimulação dolorosa da parte central do 
 7 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
peritônio diafragmático que é referida no ombro. O peritônio visceral não apresenta inervação para a dor, mas sensações de distensão 
ou tração podem ser sentidos difusamente
NOTA CLÍNICA 
 
O sinal de Gray Turner refere a equimoses nos flancos comumente alterações relacionadas com lesões retroperitoneais, 
mais especificamente prediz um ataque severo de pancreatite aguda. Pode vir associado com o sinal de Cullen, que é um 
sinal de hemorragia retroperitoneal, seja por pancreatite aguda necro-hemorrágica, ruptura de gravidez ectópica, ou 
rompimento de um aneurisma de aorta ou de baço. 
 
8 Mayra Alencar @maydicina | ANATOMIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL

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