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UNA IPOLI - Engenharia Mecânica REFRIGERAÇÃO E CONFORTO AMBIENTAL (Parte-2) UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 1Professor: Guilherme Lima UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Refrigeração e conforto ambiental 1. Introdução a Refrigeração 2. Ciclos de Refrigeração 3. Compressores, condensadores, evaporadores, dispositivos de expansão 4. Refrigerantes 5. Ciclo de refrigeração diversos Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 2 6. Psicrometria 7. Introdução ao conforto ambiental UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.0- COMPRESSORES, CONDENSADORES, EVAPORADORES, DISPOSITIVOS DE EXPANSÃO 3.1 Sistemas de refrigeração • São sistemas empregados para fins domésticos (freezers e geladeiras), comerciais (supermercados, açougues, sorveterias, etc.) ou industriais (fábricas de gelo, indústrias químicas, petrolífera, laticínios, bebidas, carnes, peixes, aves, etc.) • Podem ser classificados como: � Refrigerador doméstico (faixa -18ºC a -8ºC e +2ºC a +7ºC) � Balcão frigorífico (faixa -20ºC a +5ºC, conforme especificação da Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 3 • Componentes principais: � Dispositivo de expansão � Condensador � Balcão frigorífico (faixa -20ºC a +5ºC, conforme especificação da ANVISA) � Câmara frigorífica de resfriados (faixa de 0ºC a +5ºC) � Câmara frigorífica de congelados (faixa de -20ºC a -5ºC) � Refrigeração industrial (faixa de -35ºC a -5ºC) � Compressor � Evaporador UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.1 Sistemas de refrigeração (cont.) Balcão frigorífico Congelador Condensador Evaporador Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 4 Refrigerador doméstico Refrigerador industrial Compressor UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.1 Sistemas de refrigeração (cont.) • Os principais processos utilizados para produzir a refrigeração são: � Compressão mecânica de vapor � Absorção de vapor � Termoelétrica. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 5 Câmara frigorífica UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2- Compressores • A função dos compressores nos sistemas de refrigeração é: � Aspirar o fluido refrigerante em estado de vapor à baixa pressão. � Aumentar a pressão do refrigerante. � Descarregar o refrigerante no condensador onde será liquefeito ao rejeitar calor para o fluido de resfriamento. • Os compressores podem ser do tipo volumétrico ou dinâmico. • Nos compressores volumétricos a compressão acontece pela redução de volume do refrigerante. • Os principais compressores volumétricos são: Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 6 • Os principais compressores volumétricos são: • Os compressores dinâmicos aumentam a pressão do refrigerante pela transferência contínua de momento angular de um rotor para o vapor, convertendo posteriormente esse momento em aumento de pressão. • Os principais compressores dinâmicos são: � Alternativos. � Rotativos. � Parafusos. � Centrífugo ou radial. � Scroll (caracol). UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.1- Compressores alternativos • O nome é devido ao movimento alternativo do pistão. • O acionamento dos compressores pode ser direto, quando o motor está ligado diretamente ao compressor, ou indireto, onde a ligação do motor com o compressor é feita através do sistema polia-correia. • A refrigeração dos compressores pode ser pelo ar (aletado), água ou óleo. • Quanto ao tipo de construção, os compressores podem ser: � Hermético => motor e Refrigeração Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 7 � Hermético => motor e compressor estão alojados na mesma carcaça, sem acesso. � Semi-hermético => motor e compressor estão alojados na mesma carcaça, com acesso. � Aberto => motor e compressor estão separados. Sucção Refrigeração de óleo Descarga Relé e protetor térmico Compressor hermético UNA IPOLI - Engenharia Mecânica � EXPANSÃO A-B: No ponto A, o pistão encontra-se no PMS (ponto morto superior) de seu curso. O giro do eixo de manivelas inicia o movimento descendente do pistão. As válvulas de sucção e de descarga estão fechadas. À medida que o volume no interior do cilindro aumenta a pressão é reduzida, até atingir o ponto B. � ASPIRAÇÃO B-C: No ponto B, a pressão no interior do cilindro é um pouco inferior à pressão da câmara de aspiração; a válvula de sucção se abre por diferença de pressão e o vapor penetra no cilindro até que o 3.2.1- Compressores alternativos (cont.) • O ciclo de trabalho de um compressor é formado pelos processos de expansão, aspiração (sucção), compressão e descarga. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 8 abre por diferença de pressão e o vapor penetra no cilindro até que o pistão atinge o ponto C. Durante a aspiração o volume no interior do cilindro aumenta e a pressão se mantém constante. � COMPRESSÃO C-D: No ponto C, o pistão está no PMI (ponto morto inferior) de seu curso. O giro do eixo de manivelas inicia o movimento ascendente do pistão. As válvulas de sucção e descarga estão fechadas. A redução do volume no interior do cilindro provoca um aumento de pressão até que o pistão atinge o ponto D. � DESCARGA D-A: No ponto D, a diferença de pressão provoca a abertura da válvula e o vapor é descarregado na câmara de descarga. Durante a descarga o volume no cilindro diminui e a pressão permanece constante até que o pistão alcança o ponto A, para reiniciar o ciclo. Ao final do ciclo o eixo de manivelas executou uma rotação completa. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.1- Compressores alternativos (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 9 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.1- Compressores alternativos (cont.) • Deslocamento volumétrico (DV) DV = π.D2/4 .L. N.n (m3/s) • Onde: � D => diâmetro do cilindro (m) � L => curso do pistão (m) � N => nº de rotações por segundo (rps) � n => nº de cilindros D L Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 10 • Fluxo da massa deslocada m’ m’ = DV . ρ (kg/s) • Onde: ρ => densidade absoluta ( kg/m3) UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.1- Compressores alternativos (cont.) Exercício 3.3.1: Calcule o fluxo de massa deslocada de um fluido refrigerante (densidade absoluta de 3,6 kg/m3) por um compressor alternativo de uma instalação de refrigeração, com diâmetro do cilindro de 120 mm, curso do pistão de 82 mm, com uma rotação de 900 RPM. N = 900 / 60 = 15 rps DV = π.D2/4 .L. N.n = 3,1416 . 0,122/4 . 0,082 . 15 . 4 DV = 0,0556 m3/s m’ = DV . ρ = 0,0556 . 3,6 Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 11 m’ = DV . ρ = 0,0556 . 3,6 m’ = 0,200 kg/s UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • São também chamados de compressores de palheta. • Existem dois tipos básicos de compressores de palhetas: o de palhetas simples e o de múltiplas palhetas. • No compressor de palheta simples, a linha de centro do eixo de acionamento coincide com a do cilindro mas é excêntrica com relação ao rotor. De modo que este compressor apresenta um divisor atuado por mola, dividindo as câmaras de aspiração e descarga. • No compressor de múltiplas palhetas o rotor gira em torno do seu 3.2.2- Compressores rotativos Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 12 • No compressor de múltiplas palhetas o rotor gira em torno do seu próprio eixo, que não coincide com o do cilindro. O rotor é provido de palhetas que se mantém permanentemente em contato com a superfície do cilindro pela força centrífuga. • Nestescompressores não há necessidade de válvulas de aspiração. • São utilizados principalmente em geladeiras, congeladores, condicionadores de ar, competindo com os compressores alternativos. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.2- Compressores rotativos (cont.) Compressor de palheta simples Rotor com as palhetas Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 13 Compressor de palhetas múltiplas UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Os compressores de parafuso podem ser classificados como de parafuso simples e duplo. • Os compressores de parafuso duplo são mais amplamente utilizados que os simples, devido a sua eficiência isentrópica ligeiramente maior, em torno de 3 a 4%. • O rotor macho aciona o rotor fêmea, o qual fica alojado em uma carcaça estacionária. • O refrigerante entra pela parte superior em uma das extremidades e sai pela parte inferior da outra extremidade. 3.2.3- Compressores de parafuso Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 14 • Quando o espaço entre os ressaltos passa pela entrada, a cavidade é preenchida pelo refrigerante, na medida em que rotação continua o refrigerante retido na cavidade move-se, circulando pela carcaça do compressor, até encontrar um ressalto do rotor macho, que começa a se encaixar na cavidade do rotor fêmea, reduzindo o volume da cavidade e comprimindo o gás. • Ao atingir o orifício de saída ocorre a descarga devido ao encaixe do ressalto na cavidade. • Com a finalidade de lubrificação e vedação, óleo é adicionado ao sistema, assim, em sistemas operando com compressores parafuso, torna-se necessário à instalação de um separador de óleo. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.3- Compressores de parafuso (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 15 Admissão UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Os compressores centrífugos foram introduzidos em instalações frigoríficas por Willis Carrier em 1920, sendo amplamente utilizados em sistemas de grande porte. • Seu princípio de funcionamento é semelhante ao de uma bomba centrífuga, o refrigerante entra pela abertura central do rotor e, devido à ação da força centrífuga, ganha energia cinética à medida que é deslocado para a periferia. • Ao atingir as pás do difusor ou a voluta, parte de sua energia cinética é transformada em pressão. • Em situações onde são necessárias altas razões de pressão podem-se utilizar compressores de múltiplos estágios. 3.2.4- Compressores centrífugos Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 16 compressores de múltiplos estágios. • Vantagens em relação ao compressor alternativo: � Menor peso � Mais compacto � Menos vibração � Menor desgaste (somente os mancais) � Baixo custo de manutenção UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.4- Compressores centrífugos (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 17 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • O compressor Scroll foi inventado em 1905 pelo engenheiro francês Léon Creux. • Na época, a tecnologia disponível não era avançada o suficiente para permitir a fabricação de um protótipo, devido a, principalmente, problemas de vedação. • Para um funcionamento efetivo, o compressor Scroll requer tolerâncias de fabricação muito pequenas, que foram atendidas apenas a partir da segunda metade do século 20, com desenvolvimento de novas tecnologias de máquinas operatrizes e processos de manufatura. 3.2.5- Compressores Scroll (Caracol) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 18 • Para realizar o trabalho de compressão, o compressor Scroll possui duas peças em forma de espiral encaixadas face a face uma sobre a outra. • A espiral superior é fixa e apresenta uma abertura para a saída do gás. A espiral inferior é móvel, acionada por um motor com eixo excêntrico. • A sucção do gás ocorre na extremidade do conjunto de espirais e a descarga ocorre através da abertura da espiral fixa. • A espiral superior possui selos que deslizam sobre a espiral inferior atuando de maneira semelhante aos anéis do pistão de um compressor alternativo, garantindo a vedação do gás entre as superfícies de contato das espirais. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 1) Durante a fase de sucção o gás entra pela lateral da espiral. 2) As superfícies das espirais na periferia se encontram formando bolsas de gás. 3) Na fase de compressão, o volume da bolsa de gás é progressivamente reduzido, e o gás caminha para o centro Caracol fixo Caracol móvel Sucção Descarga Sucção 3.2.5- Compressores Scroll (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 19 o gás caminha para o centro das espirais. 4) O volume da bolsa de gás é reduzido ainda mais, o gás caminha para o centro e a compressão continua. 5) Na fase de descarga, o volume na parte central das espirais é reduzido a zero, forçando o gás a sair pela abertura de descarga. móvel Baixa pressão Alta pressão UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.2.5- Compressores Scroll (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 20 Eccentric shaft UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3- Condensadores • Os condensadores são utilizados no ciclo de refrigeração para proporcionar a transferência de calor entre o refrigerante que condensa (muda de fase de vapor para líquido) e um fluido de resfriamento. • Podem ser classificados em: � Resfriados a ar � Resfriados a água � Evaporativos (combinação de ar e água como fluidos de resfriamento). Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 21 • O refrigerante condensa dentro dos tubos e a corrente de ar que o resfria cruza transversalmente o banco de tubos em contato com a superfície externa dos mesmos. • Como o coeficiente de transferência de calor é muito maior no lado do refrigerante são usadas aletas no lado do ar para aumentar a área de transferência de calor. • O fluxo de ar é fornecido por um ventilador axial ou um radial. • Em refrigeradores domésticos o movimento do ar ocorre por convecção natural. 3.3.1- Condensadores resfriados a ar UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3.1- Condensadores resfriados a ar (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 22 Compressor aberto Compressor hermético UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Nesse caso, o fluido de resfriamento é a água, ou seja, o refrigerante rejeita calor para a água que escoa através do condensador. • Podem ser de três tipos: casco−tubos, casco−serpentina e tubos concêntricos. • Condensador de casco-tubos: o vapor refrigerante penetra por uma abertura no topo do casco e condensa na superfície externa dos tubos por dentro dos quais escoa água. O condensado é drenado no fundo do casco para o tanque de líquido refrigerante. A água penetra nos tubos numa das extremidades do condensador e passa uma ou mais vezes 3.3.2- Condensadores resfriados a água Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 23 numa das extremidades do condensador e passa uma ou mais vezes por toda a extensão dos tubos. Os condensadores de casco−tubos são construídos com capacidade de 3 a 35.000 kW. • Condensador de casco−serpentina: a água escoa por dentro dos tubos em forma de espiral e o refrigerante condensa na superfície externa dos tubos no interior do casco. O refrigerante condensado acumula−se no fundo do casco, de onde é drenado, de modo que um visor é posicionado para verificar o nível de líquido. São construídos com capacidades de 2 a 50 kW. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3.2- Condensadores resfriados a água (cont.) Refrigeração e confortoambiental / Professor: Guilherme Lima 24 Condensador de casco-tubos Condensador de casco−serpentina UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3.2- Condensadores resfriados a água (cont.) • Condensador de tubos concêntricos: um tubo passa por dentro do outro de modo que seus eixos coincidam e um espaço anular entre eles seja formado. A água passa por dentro do tubo mais interno e o refrigerante escoa em contracorrente no espaço anular entre os tubos a fim de se resfriado também pelo ar ambiente. São fabricados com capacidades de 1 a 180 kW. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 25 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3.3- Condensador evaporativo • Em instalações de médio e grande porte a água de resfriamento não pode ser simplesmente usada e descartada já que isso tornaria proibitivo o custo operacional da instalação e também constituiria um impacto ambiental.. • Assim, essa água deve ser reutilizada e resfriada para retornar ao condensador, através da torre de resfriamento. • Na torre, a água quente vinda do condensador é colocada em contato direto com o ar atmosférico sendo então resfriada para retornar ao condensador. • Os fluxos de ar e água são em contracorrente e a água pode ser Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 26 resfriada até uma temperatura que é um pouco maior (geralmente 3°C) do que a temperatura de bulbo úmido do ar atmosférico na entrada da torre. • O projeto do condensador evaporativo, ou atmosférico, já incorpora algumas características das torres tais como o contato direto entre o ar e a água para o resfriamento da última. • Uma serpentina, dentro da qual o vapor refrigerante condensa, é molhada externamente por um esguicho de água provocado pelos bicos de aspersão sob a ação da bomba de recirculação de água. • A água aspergida no topo escoa por gravidade e é recolhida pela bacia coletora no fundo do condensador. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3.3- Condensador evaporativo (cont.) • Um ventilador movimenta o ar que penetra por aberturas situadas um pouco acima do nível de água da bacia coletora e sai pelo topo. • Os fluxos de ar e de água atravessam a serpentina em contracorrente e a água é resfriada a fim de aumentar a taxa de remoção de calor do refrigerante que escoa por dentro dos tubos. • A troca de calor com a água reduz a temperatura de condensação e aumenta a eficiência do ciclo de refrigeração. • Uma válvula de bóia mantém o nível na bacia coletora já que parte da água aspergida evapora ou é arrastada pela corrente de ar. • Comparado ao condensador resfriado a ar o evaporativo necessita de menor área Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 27 • Comparado ao condensador resfriado a ar o evaporativo necessita de menor área superficial da serpentina e menor vazão de ar para a mesma transferência de calor. • O condensador evaporativo opera em temperaturas de condensação inferiores ao resfriado a ar e também a água. • Assim, a transferência de calor entre o refrigerante e a água de resfriamento e entre esta e o ar externo é realizada com mais eficiência num equipamento compacto, reduzindo o aquecimento sensível indesejável da água de resfriamento no circuito que liga o condensador à torre. • Considerando a mesma capacidade, os condensadores evaporativos são mais compactos (de menor tamanho físico) do que os resfriados a ar ou a água. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.3.3- Condensador evaporativo (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 28 Torre de resfriamento Condensador evaporativo UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Torre de resfriamento 3.3.3- Condensador evaporativo (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 29 Condensador evaporativo UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.4- Evaporadores • Os evaporadores são equipamentos que têm a função de retirar calor do meio a ser refrigerado diretamente pelo fluido refrigerante (sistemas de expansão direta) ou indiretamente através da passagem pela serpentina de água gelada (nos sistemas do tipo expansão indireta). • O sistema de expansão indireta tem como vantagem principal a centralização da produção do frio em uma casa de máquinas, onde está o chiller (resfriador), e a distribuição de água gelada através de tubulações hidráulicas. • Os evaporadores são construídos de aço quando trabalham com amônia, e de cobre, latão e alumínio para fluidos refrigerantes convencionais. • Os tubos do evaporador podem ser lisos ou montados com aletas internas e Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 30 • Os tubos do evaporador podem ser lisos ou montados com aletas internas e externas para aumentar as trocas de calor. • Os evaporadores podem ser utilizados para resfriamento de líquido ou de ar. • No caso do resfriamento de líquido os mais utilizados são os do tipo serpentina e casco (carraça), tubo e casco e de placas. • No caso do resfriamento do ar, os evaporadores podem ser principalmente do tipo forçadores de ar e serpentinas aletadas. • Atualmente, os evaporadores de placas estão sendo cada vez mais utilizados devido ao menor espaço ocupado e facilidade de manutenção. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.4- Evaporadores (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 31 Evaporadores Tipo seco Tipo Semi-inundado Tipo inundado UNA IPOLI - Engenharia Mecânica � Os evaporadores podem ser ainda do tipo seco, inundado e semi-inundado. • A maior parte do evaporador contém vapor refrigerante e o fluido vaporiza-se ao escoar através dos tubos do evaporador, deixando-o apenas como vapor. • A quantidade de fluido refrigerante é controlada pela válvula de expansão de maneira que não haja líquido na saída do evaporador e, também, mantendo aí um adequado grau de superaquecimento. • Nos evaporadores do tipo tubo e carcaça observa-se que o fluido refrigerante troca calor sem mudar de temperatura, uma vez que o mesmo está em processo de vaporização. Tipo seco 3.4- Evaporadores (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 32 de vaporização. • Ao final do processo de trocas térmicas tem-se o fluido quente com temperatura menor do que na entrada e fluido refrigerante no estado de vapor. • Ainda há líquido na saída do evaporador, a maior parte da carcaça contém refrigerante na forma líquida. • Com absorção de calor do meio a ser resfriado, ocorre a ebulição com formação de bolhas de vapor no meio do líquido. • As bolhas de vapor avançam pela linha, arrastando parte do líquido e vapor. • Só o vapor é admitido no compressor, e o líquido retorna ao evaporador junto com aquele proveniente do dispositivo de expansão. Semi-inundados UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Tipo seco 3.4- Evaporadores (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 33 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.4- Evaporadores (cont.) • São adotados principalmente nas instalações industriais de amônia, pois apresentam baixa perda de carga na sucção, baixa possibilidade de arrasto de sujeira e garantem a saída de vapor saturado seco. • Uma válvula de bóia mantém constante o nível do refrigerante no interior do evaporador, em outras palavras: quando parte do liquido evapora mais líquido é admitido pela válvula. • Isso resulta que o interior do evaporador fica cheio de líquido até o nível determinado pela bóia. • Ressalta-se, também, que nesse caso a água circula por dentro dos tubos, o Inundados Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 34 • Ressalta-se, também, que nessecaso a água circula por dentro dos tubos, o que inevitavelmente ocasiona o problema da incrustação. Dessa forma, deve-se ter acesso para limpeza da tubulação através de tampa móvel. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.4- Evaporadores (cont.) Tipo semi-inundado Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 35 Tipo inundado UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Têm a função de controlar a quantidade de líquido através do evaporador e de evitar que os vapores provenientes da evaporação sejam aspirados excessivamente quentes pelo compressor, ou que chegue fluido refrigerante no estado líquido ao compressor. • Os dispositivos são: tubo capilar, válvula de expansão direta a pressão constante (válvula de expansão automática) e válvula de expansão direta e superaquecimento constante (válvula de expansão termostática). 3.5- Dispositivos de expansão Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 36 Tubo capilar • É o mais simples, onde o fluido refrigerante perde pressão devido ao atrito com as paredes internas do tubo (diâmetro interno cerca de 0,6 mm). • O comprimento do tubo capilar depende do tipo de fluido utilizado e da relação de compressão do sistema. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.5- Dispositivos de expansão (cont.) Válvula de expansão direta • É também conhecida como válvula de expansão pressostática ou automática. • O elemento de comando pode ser um diafragma ou membrana, ou um fole de fechamento hermético com o corpo da válvula. • A parte superior do diafragma está submetida à ação constante da pressão atmosférica e a parte inferior do diafragma está submetida, ao contrário, à pressão interna do evaporador. • A abertura e o fechamento da válvula são regulados pela diferença que existe Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 37 • A abertura e o fechamento da válvula são regulados pela diferença que existe entre as duas pressões. • Quando o compressor está parado, a mola da válvula empurra o tucho na sede que fecha a passagem do refrigerante. • À medida que diminui a pressão no interior do evaporador, pela atuação do compressor, decresce a pressão contra a parte interna do diafragma e a mola da válvula obriga o tucho do diafragma, mediante o braço de manobra, a se abrir, de modo a manter constante a pressão de aspiração. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.5- Dispositivos de expansão (cont.) Tubo capilar: enrolado na linha de sucção para superaquecimento adicional do fluido na entrada do compressor. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 38 Válvula de expansão direta Válvula de expansão termostática UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.5- Dispositivos de expansão (cont.) Válvula de expansão termostática • Difere da anterior por ser munida de um bulbo térmico, sendo mais empregada nas instalações comerciais e industriais devido às suas condições particulares de regulagem. • É usada para regular o fluxo do refrigerante a fim de garantir que ele evapore totalmente na serpentina e, ainda, para manter um superaquecimento constante do vapor que deixa a serpentina. • Deve ser instalada bem próxima do evaporador. O bulbo deve ser fixado na saída da serpentina por abraçadeiras em uma superfície plana e limpa para Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 39 saída da serpentina por abraçadeiras em uma superfície plana e limpa para evitar impulsos falsos na válvula . • A válvula de expansão termostática depende tanto da pressão do evaporador como da pressão de comando do bulbo termostático para funcionar. • Elevando-se a temperatura do bulbo sobe também sua pressão (Pb); diminuindo a pressão do evaporador (Pe ), o diafragma desce, afastando a agulha e resultando numa maior passagem do fluido. • Caso caia a temperatura do bulbo e tenha aumento na pressão do evaporador, o diafragma sobe, provocando um estrangulamento na passagem de líquido. • Essa válvula permite uma alimentação adequada do evaporador, sob todas as condições de carga, sem o risco de inundação do compressor. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Válvula de expansão termostática 3.5- Dispositivos de expansão (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 40 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Esse tipo de válvula atua mediante um sinal elétrico comandado por um pressostato, termostato, umidostato ou interruptor manual. • Pode ser normalmente aberta (NA) ou normalmente fechada (NF), sendo essa última mais comum. • Nas NA o orifício da válvula é fechado quando a bobina é energizada; na NF, ocorre o contrário. • É usada em linhas de líquido para interromper o fluxo de refrigerante nos evaporadores; em controle individual de temperatura quando evaporadores de temperaturas diferentes são alimentados por um único compressor; em linhas de 3.6- Acessórios Válvula solenóide Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 41 temperaturas diferentes são alimentados por um único compressor; em linhas de descarga entre o evaporador e o compressor para permitir o degelo por gás quente e em canalizações de água gelada ou salmoura. Filtro secador • É usado para eliminar partículas sólidas e umidade que circulam misturadas ao refrigerante, é instalado na linha de líquido. • A água é indesejável (congela em 0°C) e pode obstruir o fluxo de refrigerante no dispositivo de expansão; além disso, sua presença viabiliza a formação de ácidos que corroem os componentes do sistema. • Um cartucho de um material higroscópico – sílica-gel – e um ligante (material poroso) é introduzido numa carcaça metálica cilíndrica, podendo ser descartável ou intercambiável. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.6- Acessórios (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 42 Válvula solenóide Filtro secador UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • É um interruptor elétrico comandado por pressão . • Pode ser: 3.6- Acessórios (cont.) Pressostato � Alta pressão: desliga o compressor se a pressão de condensação excede um valor máximo fixado. � Baixa pressão: desliga o compressor se a pressão de evaporação excede um valor máximo fixado. � Alta e baixa pressão: incorpora as funções dos dois primeiros num só Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 43 � Alta e baixa pressão: incorpora as funções dos dois primeiros num só equipamento. � Diferencial: desliga o compressor se a diferença entre pressão da bomba de óleo e a do cárter não permite uma lubrificação adequada. • É um interruptor elétrico comandado por temperatura que liga ou desliga equipamentos ao atingir, respectivamente, valores máximos e mínimos de temperatura Termostato UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.6- Acessórios (cont.) Pressostato Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 44 Termostato UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • É instalado na saída do compressor para evitar que o óleo diluído no refrigerante alcance o evaporador, onde, em função da baixa temperatura existente, tenderia a se depositar criando resistências térmicas indesejáveis. 3.6- Acessórios (cont.) Separador de óleo Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 45 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.6- Acessórios (cont.) • É um bulbo com visor que instalado na linha de líquido permite observar se há formação de vapor antes da entrada de refrigerante no evaporador, o que pode significar carga de refrigerante incompleta na instalação. • Pode ter também o indicador de umidade que permite verificar a contaminação do refrigerante, sendo que a cor verde indica ausência deumidade, amarelo indica presença de umidade e marrom indica contaminação total do refrigerante. Visor de líquido Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 46 refrigerante. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.6- Acessórios (cont.) Manômetros • São instrumentos para medir a pressão de fluidos em recipientes fechados e podem ser dos tipos: � Bourdon, é o mais comum, possui um tubo metálico curvo de forma elíptica e que tende a endireitar-se conforme o aumento da pressão interna. � Digital, que possui um sensor de pressão junto à tubulação e envia um sinal elétrico, através de fios, proporcional à pressão do fluido para o Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 47 fios, proporcional à pressão do fluido para o indicador digital. Refrigerante • Para realizar a manutenção nos sistemas de refrigeração são utilizados kits de manômetros, chamados de “manifold”. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 3.6- Acessórios (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 48 Kit de manômetros “Manifold” UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Retém o líquido porventura vindo do evaporador permitindo sua evaporação definitiva. • Além disso, atenua às variações de pressão decorrente do regime pulsante do compressor alternativo Acumulador de sucção 3.6- Acessórios (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 49 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.0- REFRIGERANTES • Fluidos refrigerantes são substâncias químicas que têm como principal característica a absorção de calor do ambiente refrigerado enquanto se vaporizam. • Há diversos tipos de fluidos refrigerantes, tais como os hidrocarbonetos halogenados, misturas azeotrópicas, hidrocarbonetos, componentes inorgânicos e misturas zeotrópicas (não azeotrópicas). • Os hidrocarbonetos halogenados são compostos químicos sintéticos conhecidos desde o final do século 4.1- Introdução Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 50 químicos sintéticos conhecidos desde o final do século XIX, mas seu estudo como refrigerante teve início no começo do século XX, com Thomas Midley. • Possuem em sua composição um ou mais átomos dos seguintes halogênios (grupo 7A da tabela periódica): cloro, flúor e bromo. • As duas marcas mais tradicionais são o Freon (DuPont) e o Frigen (Hoechst). UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Os hidrocarbonetos halogenados podem ser classificados em seis grupos: Cloro−flúor−carbonos (CFC's) • Derivados de hidrocarbonetos obtidos pela substituição dos átomos de hidrogênio por átomos de cloro e de flúor, • Ex: CFC−11, CFC−12, CFC−113, CFC−114 e CFC−115. Hidro−cloro−flúor−carbonos (HCFC's) • São compostos de átomos de carbono, hidrogênio, cloro e flúor, mas não são totalmente halogenados, como os CFC's. 4.1- Introdução (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 51 Hidro−flúor−carbonos (HFC's) • Compostos de átomos de carbono, hidrogênio e flúor. • Ex: HFC−134a, HFC−125 e HFC−143A. Halogênios (BFC's) • Compostos de átomos de carbono, bromo e flúor. • Ex: BFC−13B1 e BFC−12B1. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.1- Introdução (cont.) Misturas azeotrópicas • Na mistura azeotrópica seus componentes não podem ser separados por destilação, e a mistura evapora e condensa como se fosse uma única substância. • Suas propriedades são totalmente diferentes das de seus componentes. Ex: CFC/HFC−500, HCFC/CFC−501 e HCFC/CFC−502. Por exemplo, o HCFC/CFC−501 é a mistura de 75% de HCFC−22 com 25% de CFC−12, em base de massa. Misturas zeotrópicas • Na mistura zeotrópica seus componentes são separados por destilação. Assim, a mistura evapora e condensa em temperaturas diferentes. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 52 Compostos inorgânicos • Incluem os refrigerantes usados antes de 1930, tais como amônia (NH3), água (H2O) e ar. • Muitos deles ainda hoje são usados em sistemas de refrigeração por não reduzir a camada de ozônio e apresentar outras características desejáveis. • Embora a amônia seja tóxica e inflamável, ainda é usada em sistemas de refrigeração. • Esses compostos são designados pelos números acima de 700. Assim, a mistura evapora e condensa em temperaturas diferentes. • Ex: R−400, R−401A/B/C. • Atualmente, são os refrigerantes alternativos mais promissores em retrofit. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • A sociedade internacional, fundada em 1894, ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-conditioning Engineers) criou uma metodologia para nomear os fluidos halogenados por meio de quatro algarismos: 4.2- Nomenclatura • Por exemplo: o fluído R134a tem na fórmula seu 1º algarismo como 0 e o 2º sendo o � 1º algarismo = número de átomos de carbono menos 1 (omitir o zero); � 2º algarismo= número de átomos de hidrogénio mais 1; � 3º algarismo = número de átomos de flúor. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 53 • Por exemplo: o fluído R134a tem na fórmula seu 1º algarismo como 0 e o 2º sendo o 1. Esse 1 representa o número de átomos de carbono menos 1. Logo, há 2 átomos de carbono. Três (3) é o número de hidrogénio mais 1, logo há 2 átomos de hidrogénio. Quatro (4) é o número de átomos de flúor. R134a => C2H2F4 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.2- Nomenclatura (cont.) � Propano (CH3CH2CH3 ) = R-290; � Etano (CH3CH3 ) = R-170; � Metano (CH4 ) = R-050 = R-50. • Para os compostos inorgânicos, a nomenclatura começa com o número 7 seguido do seu peso molecular. • Para os hidrocarbonetos usa-se a mesma regra (sem omitir o zero no final). � Amônia => R-717; � Dióxido de carbono => R-744. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 54 Exercício 4.2.1: Escreva a fórmula para os refrigerantes abaixo: a) R-114: b) R-152: Exercício 4.2.2: Escreva o nome (ASHRAE) dos refrigerantes abaixo: a) CHCL2CF3 b) CH3CH3: UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Exercício 4.2.1: Escreva a fórmula para os refrigerantes abaixo: a) R-114: C2CLF4 b) R-152: CHF2CH3 Exercício 4.2.2: Escreva o nome dos refrigerantes abaixo: SOLUÇÃO 4.2- Nomenclatura (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 55 a) CHCL2C F3 : R-123 b) CH3CH3: R-170 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Hidrocarbonetos halogenados mais comuns 4.2- Nomenclatura (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 56 Compostos inorgânicos mais comuns UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.1- Nomenclatura (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 57 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.1- Nomenclatura (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 58 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Os CFC's e HCFC's são usados mundialmente, sendo que na metade dos anos 80 cerca de 1/3 do consumo de CFC's ocorria nos Estados Unidos (USA). • Em 1985, o consumo era de 278 toneladas compreendendo os setores de espumas isolantes, ar condicionado automotivo, refrigeração e ar condicionado residencial, comercial e industrial e outros produtos. • Do consumo de halogenados, tem-se: 77 % de HCFC−22, 10 % de CFC−11 e 10 % dasase CFC−12. • Foi criado para comparar a influência relativa sobre a camada de ozônio dos vários refrigerantes, o índicePotencial de depleção da camada de ozônio. ODP 4.3- Refrigerantes e meio-ambiente Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 59 vários refrigerantes, o índicePotencial de depleção da camada de ozônio. ODP (Ozone Depletion Potential), querelaciona a taxa de depleção do ozônio de 1 kg de qualquer refrigerante com aquela obtida para o CFC−11, sendo que o ODP do CFC−11 foi atribuído o valor 1 (um). • Tal qual o ODP foi criado o GWP (Global Warming Potential), usado para comparar os efeitos dos CFC's, HCFC's e HFC's sobre o aquecimento global com base nos efeitos do CFC−11. • Os valores de ODP devem ser criteriosamente analisados antes de selecionar um refrigerante. • A camada de ozônio protege a Terra dos raios ultravioletas nocivos à vida. OBS.: ODP = potencial de redução da camada de ozônio. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Valores de ODP e GWP para refrigerantes halogenados (Wang, 1993). 4.3- Refrigerantes e meio-ambiente (cont.) CFC-13 1,0 Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 60 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.3- Refrigerantes e meio-ambiente (cont.) • Nos anos 70, pesquisadores da NASA (National Aeronautic and Space Administration) voando na estratosfera dos círculos polar ártico e antártico encontraram resíduos de CFC's onde havia uma redução na camada de ozônio. • Em 1988, o nível de ozônio sobre a Antártida era 30 % menor do que o existente na metade dos anos 70. • Medições ao nível do solo em vários pontos ao redor do mundo feitas nos anos 80 mostraram um crescimento de 5 a 10% no nível de radiação ultravioleta. Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 61 • Em 1978, a EPA (Environmental Protection Agency) e o FDA (Food and Drug Administration) dos EUA elaboraram regulamentação da retirada por etapa de aerossóis de CFC's, de maior consumo naquele momento. • Em 16 de setembro de 1987, a CEE (Comunidade Econômica Européia) e outras 24 nações, inclusive os EUA, assinaram o Protocolo de Montreal. Esse documento é um acordo internacional para retirada por etapas do consumo e fabricação dos CFC's e BFC's até o ano 2000. • A emenda de Copenhagem entrou em vigor em 14 de junho de 1994 e prevê o corte total da produção de CFC's em janeiro de 1996. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 4.3- Refrigerantes e meio-ambiente (cont.) • A produção e uso dos HFC's tais como R−32, R−125, R−134a e R−143A e suas misturas (R−404, R−407 e R−410) não são regulamentadas pelo Protocolo de Montreal, mas isso deve ser feito por cada país individualmente. • Ações de curto prazo a serem tomadas: � Substituir o R−12 pelo R–22 ou 134a, e R−11 pelo R–123, e outros substitutos com ODP menores que 0,05 devem substituir os CFC's. � É importante salientar que os próprios HCFC's começarão a ser restringidos a partir do ano 2004. � Os HFC's e suas misturas zeotrópicas podem ser usados sem restrições: o R−404a Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 62 Os HFC's e suas misturas zeotrópicas podem ser usados sem restrições: o R−404a substituindo R–502 e R−407C substituindo R–22. � Existem sistemas de refrigeração em que essas substituições podem ser feitas com perdas de capacidade de refrigeração e eficiência muito pequenas. � Durante a fabricação, instalação, operação e manutenção de sistemas usando CFC's e HCFC's evitar fugas desses produtos. � Evitar as emissões de CFC's e HCFC's pela recuperação, reciclagem e reprocessamento. � Recuperação é a remoção de refrigerante de um sistema para armazená-lo em um tanque externo; reciclagem envolve a limpeza do refrigerante por meio de um separador de óleo e de um filtro secador para reutilização; reprocessamento envolve a fabricação de novos produtos a partir do refrigerante. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 5- CICLOS DE REFRIGERAÇÃO DIVERSOS • Seu funcionamento é baseado na absorção dos vapores de alguns refrigerantes por determinados fluídos ou soluções salinas. • Forma-se uma solução de vapor de refrigerante com o líquido absorvedor, que, após ser aquecida, separa-se novamente em líquido e vapor. • O vapor é condensado para a produção de frio (remoção de calor), semelhante às instalações de compressão a vapor. • Os fluídos refrigerantes / absorvedores normalmente empregados são: 5.1- Refrigeração por absorção Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 63 • Os fluídos refrigerantes / absorvedores normalmente empregados são: � Amônia (NH3) / água � Água / brometo de lítio (LiBr) • O maior inconveniente desse processo é o alto consumo de energia (calor e bombas), devido ao baixo rendimento. • Como vantagem, pode utilizar a energia térmica que pode ser obtida de outros processos ( caldeiras, termoéletricas, etc.). • O sistema por absorção não apresenta partes internas móveis (exceto as bombas) o que lhe garante um funcionamento silencioso e sem vibração, reduzindo assim os gastos com a manutenção. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica • Para que o sistema funcione, primeiro a solução de amônia e água existente no absorvedor absorve vapor de amônia a baixa pressão vindo do evaporador. • O passo seguinte é elevar a pressão do líquido com uma bomba e induzi-lo para o gerador, componente onde a aplicação de energia térmica garante a separação da água e da amônia, que segue para o condensador. • A água retorna para o absorvedor após ter sua 5.1- Refrigeração por absorção (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 64 • A água retorna para o absorvedor após ter sua pressão reduzida. • Ao passar pelo condensador a amônia transforma-se da fase de vapor para líquida, liberando energia para o meio externo. • Logo após sair do condensador a amônia tem sua pressão reduzida para ingressar no evaporador e retirar energia do meio interno que desejamos resfriar. • Neste processo a amônia passa do estado líquido para vapor, que será absorvido pela solução do absorvedor, reiniciando todo o ciclo. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 5.1- Refrigeração por absorção (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 65 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 5.1- Refrigeração por absorção (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 66 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 5.2- Refrigeração termoelétrica • Em 1821, Seebeck observou que em um circuito fechado constituído por 2 metais diferentes circulava uma corrente elétrica quando as junções estavam em temperaturas diferentes. • Em 1834, Peltier observou o efeito inverso, circulando uma corrente elétrica no circuito de Seebeck verificou o resfriamento da junção dos metais diferentes. • As melhores pastilhas termoelétricas Peltier conseguem obter um diferencial de temperatura entre a junção quente e fria de no Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 67 diferencial de temperatura entre a junção quente e fria de no máximo 60 ºC. • Ao comparar um refrigerador por compressão de vapor com o refrigerador termoelétrico, o segundo possui uma capacidade de refrigeração inferior e coeficiente de performance inferior. UNA IPOLI - Engenharia Mecânica Pastilha Termoelétrica Peltier Tec1-12706 (R$ 30,00 – M. Livre) Descrição de uso e aplicações: Ideal para Bebedouros de água, Aquários, Coolers e mini coolers, Frigobar e mini frigobares, Mini geladeira automotiva e de mesa 12 volts, Adegas de vinho de refigeração eletrônica,Purificadores de água, Refrigeração de gabinetes,cooler para processador, caixa de gelo e outros. Ideal para Hobistas e projetos de eletrônica. Compátivel com Bebedouros, Purificadores E ADEGAS de vários modelos e marcas!!! Latina, Master Frio, Libell, Eterny,Ventisol, Unilever, Polar ,Eletrolux, 5.2- Refrigeração termoelétrica (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 68 Latina, Master Frio, Libell, Eterny,Ventisol, Unilever,Polar ,Eletrolux, Consul, Mallory, Lorenzetti,Philco entre outros Pastilha termoelétrica Peltier selada Modelo: TEC1-12706 Funciona a partir de: 0 ~ 15.2V DC e 0 ~ 6A Opera Temperatura:-30'C a 70'C Consumo de potência máximo: 91,2 Watts Tamanho: 40mm x 40mm x 4 milímetros Peso: 30 Gramas UNA IPOLI - Engenharia Mecânica 5.2- Refrigeração termoelétrica (cont.) Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 69 UNA IPOLI - Engenharia Mecânica FIM Parte 2 Refrigeração e conforto ambiental / Professor: Guilherme Lima 70 Continua...
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