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Ementa aula 5

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Relatório / Ementa
Professora Rossana Furtado
Fonte: acervo da Faculdade Estácio e Aula +
Responsabilidade civil de hospital. Ato de enfermagem praticado por empregado (enfermeiro). Doente internado no estabelecimento, ocasionando perda parcial de membro superior esquerdo. Troca de prontuários. O médico não percebeu que amputava membro sadio. Perda dos dois membros superiores.
Sugestão de resposta:
RESPONSABILIDADE CIVIL DE HOSPITAL – Erro médico – Troca de prontuário por enfermeiro – Amputação de membro sadio do paciente – Perda dos membros superiores – Parecer favorável ao paciente. 
Sugestão de resposta do exercício da aula anterior:
EMENTA
DISPUTA PELA GUARDA DA MENOR – Separação litigiosa – Guarda provisória com a avó paterna – Alegação da mãe de melhor condição de assistência à filha – Decisão pela guarda alternada – Apelação do pai contra a guarda alternada – Bem-estar do menor – Inteligência do artigo 1.584 CC. – Avaliação da assistência social favorável ao pai.
Separação de corpos. A autora afastou-se do lar. Fumus boni juris. Periculum in mora. Impossibilidade de convivência. Liminar. Alcoolismo. Art. 888, VI do CPC. Art. 223 do CC.
Identifique todos os problemas observados na ementa anterior e, em seguida, reescreva-a de acordo com as orientações dadas em sala de aula. Acrescente ou retire informações, se necessário. Não deixe de incluir em sua ementa os princípios do Direito aplicáveis.
Possibilidade de escritura:
MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS – Alcoolismo – Impossibilidade de convivência – Afastamento da autora do lar - Fumus boni juris, Periculum in mora - Art. 888, VI CPC – Parecer favorável ao deferimento da liminar.
Objetivos da ementa simples:
Permitir a identificação do fato ocorrido, da discussão jurídica e dos argumentos principais dessa discussão que forneceram base para o entendimento final. Assim seu caráter é informativo;
Representa o Parecer;
Formas nominais de verbos; substantivos deverbais;
Deve produzir efeito esclarecedor e orientador.
Qualidades de uma ementa:
a) seleção cuidadosa dos registros;
b) clareza;
c) coesão;
d) coerência;
e) obediência à sequência cronológica e lógica; 
f) concisão;
g) objetividade;
h) uso do registro culto;
i) macro compreensão.
Exemplo de ementa complexa:
Cabeçalho:
RESPONSABILIDADE CIVIL – Indenização – Erro médico – Culpa grave – Honorários profissionais – Danos estético e moral.
Dispositivo:
Em se tratando de pedido de indenização por cirurgia plástica mal sucedida, provada a culpa, fica o profissional obrigado a restituir ao paciente os honorários, bem como a reparar os danos decorrentes do erro médico. Se em ação de indenização houve pedido de reparação pecuniária por danos morais e estéticos decorrentes de defeitos da cirurgia e outro pagamento de despesas com futura cirurgia corretiva, atendido a este, inadmissível será o deferimento do primeiro. 
Texto base extraído do endereço: http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/ebomsaber/erromedico/jurisprudencia.htm 
Identificação e análise das partes de um Parecer técnico-formal em peça produzida por um aluno da disciplina de Teoria e Prática da Redação jurídica (adaptado).
 Ementa:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - Dançarino e modelo intitulado como gay em programa de TV – Liberdade de imprensa - Fotos mostradas em rede nacional. Violação de intimidade e privacidade - Alegação do réu de prevalência do Direito à informação - Confronto de princípios Constitucionais. Preponderância e inteligência no Art. 5°, inciso X, CRFB/88 - Parecer favorável à indenização.
Relatório
 Trata-se de ação de indenização por dano moral proposta por Carlos Alberto Prata, modelo e dançarino; contra a emissora de televisão Rede LM, por considerar ter havido violação de sua intimidade e privacidade. O fato ocorreu no programa da emissora, “Superbom”, que apresentou uma matéria sobre o clube das mulheres, em fevereiro de 2006.
	Segundo Carlos Alberto, sua privacidade e intimidade foram violadas a partir do momento em que, ao ter exposta a matéria no programa apresentado por Carla Couto, fora chamado de gay.
	Ainda de acordo com o modelo, durante o quadro, foram entrevistados o apresentador, o diretor e outros convidados do “clube” e o tema homossexualidade entre os dançarinos foi abordado, de forma a afirmar que o dançarino teria abandonado o clube por ser gay. Alega, também, que teve suas fotos mostradas para o público e em rede nacional.
	De acordo com os autos, a emissora, em defesa, alegou que foi esclarecido, ainda no programa, que os dançarinos não seriam homossexuais, pois dançavam para mulheres e que o nome completo do autor não foi divulgado, bem como que não houve ofensas a ele. E ainda, o direito de informação, constitucionalmente garantido, não pode sofrer restrições, sob pena de se impor censura ao trabalho dos jornalistas e apresentadores.
	É o relatório.
Fundamentação
	
	À luz do Direito Constitucional, é sabido que nenhum princípio é absoluto, todos são dotados de relatividade, ou seja, toda vez em que há um confronto principiológico, analisa-se o caso concreto, e os princípios envolvidos são cotejados para ver qual irá prevalecer naquela situação. De fato, é assim que deve ocorrer no que tange à violação de intimidade sofrida por Carlos Alberto Prata em confronto com o direito à informação.
	Não há dúvida de o Autor ter sofrido tal violação, porque sua imagem foi exposta em rede nacional e também a ela associada sua suposta opção sexual como causadora da exclusão de sua participação no “clube das mulheres”. Além disso, em momento algum, Carlos autorizou tal exibição e afirmou ter-se sentido constrangido em razão da exposição de que foi vítima: foi intitulado gay perante toda sociedade. Acrescente-se que o fato alegado pela emissora de não haver revelado o seu nome e apenas a sua imagem em nada ameniza ou descaracteriza o desrespeito à pessoa de Carlos, já que esta bastou para identificá-lo e expô-lo à execração pública. 
	Apesar de o confronto principiológico ser um tema bem controverso, é pacificada a prática de se adotar a ponderação de tais princípios constitucionais e avaliar qual prevalecerá de acordo com cada caso. Nesse sentido, a Senhora Ministra Ellen Grace no RE 389.096-AgR /SP votou:
	“Enquanto o artigo 5º, X da Constituição Federal, garante a inviolabilidade da vida privada, da honra e imagem das pessoas, o artigo 220 veda qualquer restrição à manifestação de pensamento, à criação, à expressão e à informação, sob qualquer forma. Regra completada pelo artigo 1º da Lei nº 5.250/67, que diz ser “livre a manifestação do pensamento e a procura, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo, cada um, nos termos da lei, pelos abusos que cometem”.
	“Para saber onde começa o direito de um e termina o do outro, buscando o equilíbrio, impõe-se a análise dos fatos e da prova, que permitirá concluir-se pela existência ou não do abuso a que se refere o legislador, tendo-se presentes os efeitos deletérios de uma notícia equivocada, sobretudo se publicada em jornal ou revista de grande circulação.” (Fls. 974-980) 
	Assim sendo, diante do confronto entre a inviolabilidade de imagem, honra, privacidade e intimidade, prevista no Art. 5ª, X da Carta Magna e o Direito à informação, contido no mesmo artigo, inciso IX, ambos deverão ser postos em uma “balança” e ponderados. Em que pese o direito à informação prevalecer com base no interesse público, o que se vê é um interesse do público a que se destina o programa, em simplesmente saber da vida alheia.
	Conclusão
	Em face do exposto, opina-se que deva ser acolhido o pedido do autor em ser indenizado por danos morais decorrentes de violação de privacidade e intimidade.
	É o parecer
 XXXXXXXXXXXXXX
 12/11/2009 
	Informações sobre a EMENTA:
Em um parecer técnico-jurídico,
a ementa é um texto informativo, que visa apenas ao entendimento do caso concreto, numa ótica simplificada. Por isso, devem ser delineados somente o fato gerador do conflito, os nexos de referência (três a cinco) e o entendimento do caso concreto.
Quanto aos nexos de referência, esses são um importante auxílio para a elaboração da fundamentação; são um verdadeiro fio condutor das ideias a serem discutidas na parte argumentativa do documento. Procurar colocar primeiro o nexo que se refere ao argumento contrário.

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