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Dureza Introdução Para a medição de dureza do aço SAE 1070, foram separadas quatro amostras do material, era previsto que cada uma delas teria um valor de dureza diferente, visto que as amostras estariam sob diferentes situações que modificaram suas características mecânicas. A primeira amostra consistia em uma peça de aço como recebido, o que significa que usamos a peça que veio diretamente do fornecedor. A segunda amostra foi feita um tratamento de recozimento, o que retirou qualquer tratamento prévio que modificou suas propriedades. Na terceira peça foi realizado um ensaio de compressão, e na ultima realizou-se um tratamento térmico de tempera, fazendo elevar sua dureza, e revenimento para diminuir as tensões adquiridas no tratamento térmico da peça. Espera-se encontrar diferentes valores de dureza, já que as amostras foram submetidas a diferentes situações que modificaram sua estrutura ou propriedades. Apenas a peça como recebido não temos como prever, porque desconhecemos sua origem. Análise de Dados Para realizar os ensaios de dureza, foram utilizadas quatro amostras do aço SAE 1070, sendo elas como recebido, recozido, comprimido e por ultimo uma amostra onde forma feitos tratamentos térmicos de têmpera e revenimento. Figura 1: Amostra após o ensaio de dureza Rockwell C Fonte: Autores Os dados estão apresentados na tabela abaixo: Ensaio Como recebido HRC Recozido HRC Comprimido HRC Têmpera/Revenido HRC 1 12,5 3,0 8,0 48,0 2 6,0 7,7 17,4 53,5 3 10,0 6,9 19,1 50,0 4 9,1 9,5 8,9 52,0 5 13,0 7,9 17,1 48,0 Média 10,1 7,0 14,1 50,3 Tabela 1: Dureza aço SAE 1070 Fonte: Autores A partir da tabela 1, se pode notar que as amostras que apresentam a menor dureza são como recebido e recozido. Pelos valores apresentados, podemos concluir que o aço como recebido não possui nenhum tratamento térmico para aumentar sua dureza, visto que os valores encontrados são muito parecidos com o aço recozido. Entretanto, devido a medições imprecisas, temos que considerar que a amostra como recebida pode ter sido trabalhado a frio, dado que sua dureza esta entre a do recozido e do comprimido. Na peça onde foi realizado o ensaio de compressão se nota um pequeno aumento na dureza, uma consequência do processo, onde acaba ocorrendo o agrupamento dos grãos provocado pela compressão. Essa compressão aumenta a resistência do aço, caracterizando assim, o efeito de encruamento a frio da peça. A maior dureza foi verificada na amostra com têmpera e revenido, chegando a 50 Rockwell C, um valor dentro do esperado para esse tipo de aço e com esse tratamento térmico. Para termos uma base teórica, a Tenax (2017) informa que a faixa de dureza para um aço SAE 1070 é de 55 HRC, com revenimento a 260°C por duas horas, e de 39,5 HRC, com revenimento a 425°C por duas horas. Vale a pena destacar que o revenimento diminui a dureza final, que seria maior apenas com a têmpera, entretanto o revenimento diminui consideravelmente as tensões internas da peça, o que faz com que sua durabilidade aumente. Conclusão Conforme os dados apresentados, podemos concluir que os resultados de dureza obtidos encontram-se dentro do esperado. Onde a amostra comprimida apresenta uma dureza maior (aproximadamente 14 HRC) que a amostra recozida (7 HRC). A peça submetida a tempera e revenimento apresentou uma média de 50 HRC, o que significa que o tratamento térmico foi bem executado. Neste sentido, podemos concluir que parte dos ensaios realizados apresentam resultados satisfatórios. Entretanto os valores podem ter variado do valor real devido a diversos fatores, que vão desde as diferenças nas composições químicas dos aços até o manuseio da máquina de medição de dureza. De modo geral, podemos concluir que, através de um tratamento térmico bem feito, a dureza de um aço aumenta consideravelmente. Do mesmo modo, podemos perceber como é complicado determinar o tipo de tratamento que um aço como recebido passou, o que torna o trabalho com esse material mais difícil de ser executado. Esse conhecimento com certeza terá grande utilidade, uma vez que faz parte da maioria dos profissionais de engenharia mecânica. Referências bibliográficas SAE 1070. Tenax aços especiais. Disponível em: < http://www.tenax.com.br/tenax/produtos/acos-para-construcao-mecanica/sae-1070/ >. Acesso em: 18 nov. 2017. CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia Mecânica, Estrutura e Propriedades das Ligas Metálicas. São Paulo, SP: Makron Books, 1986 v.1 SOUZA, Sérgio Augusto de. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. Fundamentos teóricos e práticos. São Paulo, SP: Edgar Blücher, 1982.
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