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Circuitos Magnéticos Máquinas Elétricas Prof. Marcos Gondim Referencial Bibliográfico Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 2 Roteiro Fluxo e Densidade de fluxo magnético Lei de Ampère Lei de Faraday (1831) Lei de Lenz (1833) Circuitos Magnéticos Histerese Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 3 Densidade de fluxo magnético Densidade de fluxo magnético: B é número de linhas de campo por unidade de área. Unidade Unidade é Tesla [T]; Um Tesla é igual a 1 Weber por metro quadrado de área. Fluxo magnético magnético: Fluxo (ϕ) é o conjunto de todas as linhas de campo que atingem perpendicularmente uma área. Unidade é weber [Wb]; Um Weber corresponde a 1𝑥108 linhas de campo. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 4 Andre-Marie Ampère Nascido em 20 de junho de 1775, na França. Aos doze anos, Ampère já dominava os principais teoremas da álgebra e da geometria. Em 1820 apresentou, à Academia de Ciências de Paris, suas primeiras observações sobre as propriedades magnéticas da corrente elétrica. Publicou a obra: TEORIAS MATEMÁTICAS DOS FENÔMENOS ELETRODINÂMICOS. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 5 O experimento de Oersted e a Lei de Ampère A referida Lei foi proposta por André-Marie Ampère em 1822 e posteriormente foi modificada por James Clerk Maxwell. Por isto é também chamada de Lei de Ampère-Maxwell. Ampère se baseou nos estudos de Oersted (1819), que observou a deflexão da agulha de uma bússola, posicionada paralelamente a um fio condutor de corrente elétrica. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 6 Lei de Ampère A Lei de Ampère: relaciona a corrente através da superfície S, com a intensidade do Campo Magnético H ao longo de um contorno. Assim H é originado pela densidade de corrente J, conforme apresentado pela equação a seguir. 𝐶 𝐻. 𝑑𝑙 = 𝑆 𝐽. 𝑑𝑎 = 𝐼𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 O sucesso no uso da Lei de Ampère no cálculo do Campo Magnético, depende da simetria do problema. H – Campo Magnético – Ampère por metro (A/m) 𝐽 – Corrente total ou líquida (A) 𝜇0 – Permeabilidade do vácuo (4𝜋 ∗ 10 −7 H /m) 𝐼𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 - corrente líquida ou total (N.i) Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 7 Cálculo de uma superfície fechada (Integral de linha) Lei de Ampère Interpretação da lei de Ampère: A existência de uma corrente elétrica em um condutor, gerará um campo magnético. Cada parcela do campo magnético gerado pela corrente que passa em uma espira de um circuito magnético será somada formando um campo magnético líquido (ou total). Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 8 Lei de Ampère Assim podemos desenvolver o cálculo da integral de linha como: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 9 𝐻. 𝑙𝑐 = 𝑁. 𝑖 Ou seja, a intensidade do campo magnético que passa em um circuito de comprimento médio 𝑙𝑐 é igual ao número de espiras de um enrolamento vezes a corrente. 𝐻 = 𝑁. 𝑖 𝑙𝑐 = 𝐴𝑚𝑝è𝑟𝑒 . 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 Lei de Faraday Nasceu em 1791, originário de uma família pobre da Inglaterra. Trabalhava como encadernador durante o dia e estudava os mesmo livros encadernados nas horas livres. Aos 20 anos, Faraday foi convidado a trabalhar com sir Humphry Davy, químico inglês e presidente da Royal Society. Maior contribuição: descoberta da indução eletromagnética, em 1831. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 10 Lei de Faraday Lei de Faraday Relaciona a ação do Campo Magnético e a Corrente Elétrica em um condutor caracterizado por ser um circuito fechado (ex: espira). Com a variação da distância da espira em relação ao imã, haverá uma variação do fluxo magnético (linhas que passam dentro da espira) e isto induzirá uma corrente elétrica alternada. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 11 Lei de Faraday Um outro experimento realizado por Faraday utilizava solenoides: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 12 Estágio 1: Chave aberta e não há corrente no primeiro circuito e consequentemente não há campo magnético. Lei de Faraday Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 13 Estágio 2: Chave ao ser fechada no 1º circuito, gera um campo magnético que induz uma corrente alternada no 2ºcircuito. A existência de um campo constante não é uma condição para a indução de uma f.e.m., é necessário que o fluxo deste campo varie no interior do circuito fechado. Fonte: Pura física - Indução Eletromagnética. Lei de Faraday A variação do fluxo das linhas do campo magnético Φ numa espira pode ser obtida variando-se os parâmetros B, A e θ: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 14 Φ = 𝐵. 𝐴. 𝑐𝑜𝑠𝜃 𝜱 - fluxo magnético líquido através de uma superfície dado em Weber (Wb); 𝑩 – densidade do fluxo magnético em Tesla (T); 𝑨 - área da superfície atravessada pelas linhas de campo magnético (𝑚2); 𝜽 - ângulo formado entre a normal (n) da superfície atravessada e as linhas de campo. Lei de Faraday A Lei de Faraday então é dada por: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 15 𝜀 = ΔΦ Δ𝑡 (𝑉𝑜𝑙𝑡) Interpretação da lei de Faraday: A f.e.m. induzida (corrente) surgirá a partir da variação do fluxo ΔΦ. Lei de Lenz Nascido na Estonia, em 1865. Contribuição: Demonstrou a relação entre o sentido da corrente elétrica induzida em um circuito fechado e o campo magnético variável que a induziu. Faraday deduziu a intensidade da corrente, porém não previa o sentido da mesma. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 16 Lei de Lenz A corrente elétrica induzida possui um sentido tal que o campo magnético que ela cria tende a contrariar a variação do fluxo magnético que a originou. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 17 Ao aproximar a espira do imã, o fluxo Φ aumenta (quantidade de linhas) e a corrente induzida gerará um campo que se opõe (linhas amarelas) ao sentido do campo do imã (linhas azuis). A corrente induzida tenta conter o aumento do fluxo neste primeiro exemplo e pode ser definida pela regra da mão direita. Lei de Lenz No segundo exemplo a espira se afasta do imã e com isto há uma diminuição do fluxo do campo magnético. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 18 Com isto, a corrente induzida gerará um campo (linhas amarelas) na mesma direção e sentido do campo do imã (linhas azuis). A corrente induzida tenta compensar a diminuição do fluxo. Lei de Lenz Determinando o sentido da corrente em detrimento da variação do fluxo magnético: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 19 A corrente elétrica induzida, vai se opor à variação do fluxo devido à variação da distância do imã. Circuito Magnético Um circuito magnético consiste em uma estrutura que, em sua maior parte, é composta por material magnético de permeabilidade elevada. A permeabilidade magnética pode ser entendida como a razão entre a densidade de fluxo magnético (B) e a intensidade do campo magnético (H). Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 20 A presença de um material de alta permeabilidade magnética tende a confinar o fluxo magnético nos caminhos delimitados pela estrutura, assim como as correntes são confinadas nos condutores. 𝝁 = 𝑩 𝑯 Permeabilidade (μ) Indica o quão fácil é estabelecer um campo magnético em um determinado tipo de material (μ). O ar tem permeabilidade constante igual a: 𝜇0 = 4𝜋. 10 −7 𝐻 𝑚 A permeabilidade relativa é a razão entrea permeabilidade de um dado material e a permeabilidade do ar. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 21 𝜇𝑟 = 𝜇 𝜇0 Exemplo: um material com 𝝁𝒓 = 𝟐𝟎𝟎𝟎, quer dizer que o material tem uma permeabilidade 2000 vezes maior que a do ar. Vantagens do uso de Circuitos Magnéticos Simplifica a análise de projetos de máquinas elétricas e transformadores, com uma aproximação aceitável. Premissas adotadas: Relutância constante; Fluxo magnético unidimensional; Produto escalar entre H (intensidade de campo) e l (corrente) é sempre máximo. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 22 Circuito Magnético Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 23 Fonte: Máquinas Elétricas de Fitzgerald e Kingsley, 7th Edition. O núcleo da figura tem seção reta uniforme e é excitado por um enrolamento de N espiras, conduzindo uma corrente de i ampères. Esse enrolamento produz um campo magnético no núcleo, que é confinado devido a permeabilidade magnética do material usado. Circuito típico utilizado em transformadores, que são enrolados em circuitos fechados. Circuito Magnético Conceito chave: O campo magnético pode ser visualizado em termos de linhas de fluxo formando laços fechados interligados com o enrolamento. A fonte do campo magnético do núcleo é o produto 𝑁. 𝑖, em ampères-espiras (𝐴. 𝑒). Na terminologia dos circuitos magnéticos, 𝑁. 𝑖 é a força magnetomotriz (FMM) ℱ que atua no circuito magnético. Embora a Figura anterior mostre apenas uma única bobina, os transformadores e a maioria das máquinas rotativas têm no mínimo dois enrolamentos, e 𝑁. 𝑖 deve ser substituído pela soma algébrica dos ampères-espiras de todos os enrolamentos. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 24 Circuito Magnético A partir da Lei de Ampère podemos obter a seguinte expressão: Onde, 𝓕: é a força magnetomotriz (FMM) N: número de espiras i: corrente elétrica 𝑯𝒄: é o módulo médio do campo magnético 𝒍𝒄: comprimento médio do núcleo Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 25 ℱ = 𝑁. 𝑖 = 𝐻𝑐 . 𝑙𝑐 Guardem esta equação! Circuito Magnético com entreferro Os transformadores são enrolados em circuitos fechados. Os dispositivos de conversão de energia que contém um elemento móvel devem incluir entreferros de ar em seus circuitos magnéticos, conforme figura a seguir. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 26 Circuito Magnético com entreferro Quando o comprimento do entreferro “g” for muito menor do que as dimensões das faces adjacentes do núcleo, o fluxo magnético 𝜙𝑐 seguirá o caminho definido pelo núcleo e pelo entreferro. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 27 Circuito Magnético com entreferro Desde que o comprimento do entreferro “g” seja suficientemente pequeno, pode ser analisada como um circuito magnético com dois componentes em série, ambos conduzindo o mesmo fluxo φ: um núcleo magnético de permeabilidade μ, área de seção reta Ac e comprimento médio lc, um entreferro de permeabilidade μ0, área de seção reta Ag e comprimento g. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 28 Circuito Magnético com entreferro Analisando o circuito magnético pode-se definir que: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 29 ℱ = 𝐻𝑐 . 𝑙𝑐+𝐻𝑔. 𝑔 Escrevendo-se H em função de B teremos: ℱ = 𝐵𝑐 𝜇 . 𝑙𝑐 + 𝐵𝑔 𝜇0 . 𝑔 E dado que: 𝐵𝑐 = 𝜙 𝐴𝑐 e 𝐵𝑔 = 𝜙 𝐴𝑔 Podemos reescrever a equação da FMM como: ℱ = 𝜙 𝑙𝑐 𝜇𝐴𝑐 + 𝑔 𝜇0𝐴𝑔 Circuito Magnético com entreferro Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 30 Os termos que multiplicam o fluxo são chamados de relutância e são representados por: ℛ𝑐 = 𝑙𝑐 𝜇𝐴𝑐 ℛ𝑔 = 𝑔 𝜇0𝐴𝑔 Podemos reescrever a equação da força magnetomotriz como: ℱ = 𝜙 ℛ𝑐 + ℛ𝑔 𝜙 = ℱ ℛ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 Circuito Magnético com entreferro Podemos fazer uma analogia entre circuito elétrico e magnético. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 31 Percebe-se que a relutância do entreferro é muito maior que a do núcleo devido aos diferentes valores de permeabilidade magnética. Assim: ℛ𝑐<<ℛ𝑔 ∴ ℛ𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙≈ ℛ𝑔 Circuito Magnético com entreferro Assim podemos escrever que: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 32 Nos sistemas reais, as linhas de campo magnético “espraiam-se” um pouco para fora quando cruzam o entreferro, como ilustrado na Figura. No livro este efeito é desprezado. 𝜙 ≈ ℱ ℛ𝑔 = ℱ𝜇0𝐴𝑔 𝑔 = 𝑁𝑖 𝜇0𝐴𝑔 𝑔 Analogia entre Circuito Magnético e Elétrico. Para completar a analogia entre circuitos elétricos e magnéticos, podemos generalizar a equação da FMM da seguinte forma: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 33 ℱ = 𝑘 ℱ𝑘 = 𝑘 𝐻𝑘 . 𝑙𝑘 A interpretação desta equação nos diz que ℱ é a FMM, que atua para impulsionar o fluxo em um laço fechado de um circuito magnético e ℱ𝑘 = 𝐻𝑘. 𝑙𝑘 é a queda de FMM no k-ésimo elemento daquele laço. Isso está em analogia direta com a lei das tensões de Kirchhoff aplicada a circuitos elétricos, constituídos por fontes de tensão e resistores. 𝑉 = 𝑘 𝑅𝑘 . 𝑖𝑘 Em que V é a fonte de tensão que impulsiona a corrente em uma malha e 𝑅𝑘 . 𝑖𝑘 é a queda de tensão no k-ésimo elemento resistivo daquele laço. Exercício 1.1 Exercício 1.1 – página 9. Um circuito magnético tem as dimensões: Ac = Ag = 9 cm2, g = 0,050 cm, lc = 30 cm e N = 500 espiras. Suponha o valor μr = 70.000 para o material do núcleo. (a) Encontre as relutâncias Rc e Rg. Dada a condição de que o circuito magnético esteja operando com densidade de fluxo Bc = 1,0 T. (b) encontre o fluxo φ (c) encontre a corrente i. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 34 Problema prático 1.1 (p.10) Encontre o fluxo φ e a corrente para o Exercício 1.1 se: (a) o número de espiras for dobrado para N = 1000 espiras, mantendo-se as mesmas dimensões; (b) se o número de espiras for N = 500 e o entreferro for reduzido a 0,040 cm. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 35 Exercício 1.2 p.10 A estrutura magnética de uma máquina síncrona está mostrada esquematicamente na Figura abaixo. Assumindo que o ferro do rotor e do estator têm permeabilidade infinita (μ →∞), encontre o fluxo φ do entreferro e a densidade de fluxo Bg. Neste exemplo, I = 10 A, N = 1000 espiras, g = 1 cm e Ag= 200 cm2. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 36 Máquina síncrona simples. Problema Prático 1.2 Para a estrutura magnética do exercício anterior com as dimensões dadas, observa-se que a densidade de fluxo do entreferro é Bg = 0,9 T. Encontre o fluxo de entreferro φ e, para uma bobina de N = 500 espiras, a corrente necessária para produzir esse valor de fluxo no entreferro. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 37 Fluxo concatenado, indutância e energia Quando um campo magnético varia no tempo, produz-se um campo elétrico no espaço de acordo com outra equação de Maxwell, conhecida como lei de Faraday: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 38 O que a Lei de Faraday diz, é que a variação de uma campo magnético produz um campo elétrico. Nota: o valor da integral de linha é a soma dos valores do campo em todos os pontos da curva, ponderado por uma função escalar (geralmente o comprimento). Indica que o campo varia com o tempo. Fluxo concatenado O fluxo concatenado pode ser definido de formasimplificada por: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 39 𝜆 = fluxo concatenado do enrolamento; N = número de espiras; 𝜑 = fluxo magnético. 𝜆 = 𝑁. 𝜑 Fluxo vezes o nº de espiras. Indutância Definição: Em física, corresponde a uma propriedade da bobina de um circuito elétrico capaz de originar um campo magnético ou armazenar energia magnética quando transporta uma corrente. A indutância é definida como a relação de fluxo concatenado e a corrente de um circuito magnético de permeabilidade constante: Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 40 𝐿 = 𝜆 𝑖 = 𝑁2 𝑅𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦) A relutância total é igual a relutância do entreferro. 𝐿 = 𝑁2 𝑔 𝐴𝑔. 𝜇0 (𝐻𝑒𝑛𝑟𝑦) Exemplo 1.3 O circuito magnético da Figura é constituído por uma bobina de N espiras enroladas em um núcleo magnético, de permeabilidade infinita, com dois entreferros paralelos de comprimentos g1 e g2, e áreas A1 e A2, respectivamente. Encontre: (a) a indutância do enrolamento; (b) a densidade de fluxo B1 no entreferro 1 quando o enrolamento está conduzindo uma corrente i. Despreze os efeitos de espraiamento no entreferro Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 41 Exemplo 1.4 Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 42 Dimensões: Ac = Ag = 9 cm2, g = 0,050 cm, lc = 30 cm e N = 500 espiras. Relutância do entreferro: 4,42. 105 𝐴.𝑒 𝑊𝑏 HISTERESE É a tendência de um sistema de conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou. Em outras palavras quando um material, que no caso do transformador é um meio ferromagnético, for magnetizado a um ponto máximo e em seguida o mesmo for diminuído, a densidade do fluxo não acompanhará o decrescimento do campo. Assim quando o campo for nulo, o material pode apresentar certa quantidade de densidade de fluxo, chamada de remanescente. Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 43 DIPOLOS MAGNÉTICOS Espaços de alinhamento unidirecionais dos momentos magnéticos; O Momento Magnético é uma grandeza vetorial que determina a intensidade da força que um imã pode exercer sobre uma corrente elétrica e o torque que o campo magnético gerado exercerá sobre esta mesma corrente Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 44 HISTERESE Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 45 Exercícios Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 46 Exercícios Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 47 Exercícios Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 48 Exercícios Prof. Marcos Gondim – CURSO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS 49
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