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Resumo de Constitucional 3

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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
1.1 Conceito
Jurisdição: Poder/Dever do Estado em dizer o direito.
A jurisdição constitucional está em quase todo e qualquer processo na qual pode se manifestar em quase todo e qualquer processo. Ela surge quando se discute a adequação ou a inadequação de uma norma à constituição.
OBS: Existe um juiz que está incumbido especificamente da jurisdição constitucional? O STF é quem mais trata sobre a jurisdição constitucional, entretanto, lá não se discute somente isso.
Jurisdição Constitucional: É a jurisdição incumbida de uma discussão constitucional sobre a adequação ou a inadequação de uma norma à constituição.
1.2 Abrangência
1.2.1 Toda e Qualquer Jurisdição
Abrange toda e qualquer jurisdição.
FINALIDADE DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
2.1 Manutenção da Supremacia da Constituição
Manter a constituição como norma suprema
2.2 Declaração de Adequação de uma Norma 
Adequação de uma norma à constituição.
2.3 Declaração de Inadequação
Inadequação da norma de acordo com a constituição
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
3.1 Conceito
A norma constitucional é suprema, fundamental, base, na qual possui a finalidade de reger o Estado e as relações institucionais.
3.2 Rigidez Constitucional
A constituição possui mecanismos de proteção
3.2.1 Processo Solene de Alteração
Processo solene de alteração da constituição bastante rígido
OBS: A constituição brasileira é rígida, ou seja, o processo de alteração da constituição é mais difícil.
3.2.2 Importância da Rigidez para a Estabilidade do Sistema Constitucional
A rigidez da constituição mantém a estabilidade do sistema.
3.2.3 Rigidez 	 Supremacia
	 Supremacia 	 Rigidez
INCONSTITUCIONALIDADE
4.1 Conceito
É a contrariedade ou a inadequação de uma norma à constituição.
4.2 Sentido Amplo
4.2.1 Agente
O agente (pode legislativo, executivo) não tem autorização ou competência para elaborar um ato normativo.
OBS: Ilegalidade e Inconstitucionalidade são institutos diferentes. Inconstitucionalidade possui sentido amplo e pode ocorrer por diversas formas (Contrário à Constituição).
Ilegalidade é um ato contrário à lei.
4.2.2 Forma
Deve seguir um procedimento correto.
4.2.3 Conteúdo
O conteúdo não pode estar contrário à constituição.
4.2.4 Finalidade
A finalidade deve ser adequada à constituição.
Controle de Constitucionalidade
5.1 Conceito
São os instrumentos previstos na constituição e nas leis para verificar a adequação de uma norma ao texto da constituição.
5.2 Finalidade
Manter a supremacia da constituição no que diz respeito a tirar ou suspender a eficácia da norma.
5.3 Importância
5.3.1 Controle de Constitucionalidade é Poder
Diz respeito a aplicabilidade da lei
5.3.2 Disputa por Espaço de Poder
5.4 Instrumentos
5.4.1 Alegação (Gênero)
É necessário a alegação (parecer/detalhes) sobre um determinado processo.
5.4.2 Ações Específicas
Há instrumentos específicos que são ações específicas. Exemplo: ADI, ADC e ADPF.
5.4.3 Controle Incidental
É um Controle que ocorre em qualquer fase, na qual se levanta a inconstitucionalidade de um ato normativo.
5.5 Competência para o Exercício do Controle
5.5.1 Principal (Judiciário)
Quem tem competência para julgar/apreciar/decidir a declaração de constitucionalidade é exercido pelo poder judiciário.
OBS: O controle de constitucionalidade repressivo é realizado pelo poder judiciário.
5.5.2 Secundário (Não é o principal agente do controle de constitucionalidade)
Legislativo: Exerce um controle preventivo. É um controle sobre algo que ainda está sendo elaborado. Não obriga absolutamente nada.
Executivo: Também exerce um controle preventivo de constitucionalidade das leis
Tribunal de Contas: 
OBS: O poder judiciário pode excepcionalmente exercer o controle de constitucionalidade preventivo.
5.6 Controle “Ex Officio”
O juiz de modo próprio verifica que uma norma está contrária à constituição.
OBS: A questão do controle “ex officio” é uma excepcionalidade, pois o judiciário só deve agir mediante provocação.
6) HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NOS EUA
6.1 Controle Difuso
É aquele que cabe a qualquer juiz ou tribunal.
OBS: O primeiro controle de constitucionalidade nasceu nos EUA.
OBS2: O controle difuso possui outros nomes: Incidental e Concreto. É chamado de concreto, pois sempre deve tratar de uma situação concreta.
6.2 Seguimento
Surgiu em 1802 nos EUA.
6.2.1 Caso “Marbury x Madison”
Primeiro caso sobre controle de constitucionalidade difuso.
6.2.2 Construção Jurisprudencial
Foi uma construção jurisprudencial, pois não estava expresso na constituição americana o instituto do controle de constitucionalidade.
6.3 Compete ao Judiciário Aplicar e Interpretar as Leis
Se há uma desconformidade com a lei, compete ao judiciário declarar a inconstitucionalidade.
6.4 Desconformidade da Lei Compete ao Judiciário
6.5 A Constituição é Lei
6.6 Ausência de Menção Expressa na Constituição
Não há menção expressa na constituição dos EUA sobre o controle de constitucionalidade.
6.7 Ameaça de Descumprimento da Decisão
6.7.1 Poder Judiciário “Não Eleito”
O poder judiciário não é eleito para derrubar uma norma de um poder eleito. A lei é fruto da soberania popular, por isso o poder judiciário não deveria se manifestar.
7) MODELO FRANCÊS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
7.1 Conceito
Se caracteriza pelo fato de o controle estar em mãos de um órgão do Estado, que é o “Conseil constitutionnel”, mas que não integra o poder judiciário, legislativo ou executivo.
7.2 Influência da Revolução Francesa
O Poder judiciário não tinha muita influência e não declarava a inconstitucionalidade.
7.3 “Conseil constitutionnel”
Órgão do Estado incumbido de exercer o controle de constitucionalidade. Possui formação plural, variada e diversificada com membros fixos e indicados.
7.3.1 Constituição de 1958 
Essa constituição foi responsável pela criação do “Conseil constitutionnel”.
7.3.2 Não Integra o Poder Judiciário
Não é órgão do poder judiciário.
7.4 Impossibilidade de o Poder Judiciário Declarar a Inconstitucionalidade de Lei – 1789/2010
Em 2010, houve a mudança de que o poder judiciário pode declarar a inconstitucionalidade das leis.
7.5 A Soberania Popular como Expressão da Lei
Havia uma grande desconfiança em relação ao poder judiciário, pois os membros não eram eleitos.
7.6 Interpretação Restritiva do Termo “Soberania Popular”
Tudo deve ter respaldo popular.
7.7 Membros Fixos e Membros Indicados
OBS: No modelo Francês, o Controle é preventivo. Antes da lei entrar em vigor, é encaminhada ao “Conseil constitutionnel” que vai analisar e afirmar se está ou não de acordo com a constituição.
8) MODELO AUSTRÍACO
8.1 Conceito
Foi criado por Hans Kelsen e se caracteriza pela constatação de que o controle de constitucionalidade, dada a sua importância, estabelecesse uma corte especificamente para exercer o controle de constitucionalidade e resolver decisões conflitantes sobre controle de constitucionalidade difusa.
8.2 Surgimento
O Tribunal Constitucional foi criado para resolver questões conflitantes sobre controle difuso. Esse tribunal é formado por juristas renomados, com sede na capital da República.
OBS: O Tribunal Constitucional pode declarar a inconstitucionalidade de lei abstratamente, ou seja, não é necessário haver uma decisão específica concreta.
8.3 Teoria de Hans Kelsen
Se a constituição é a norma base, seria mais razoável ter um tribunal específico para tratar dos assuntos da constituição.
8.4 Previsão Constitucional – 1920
A Constituição Austríaca de 1920 acolheu a teoria de Hans Kelsen.
8.5 Pirâmide Abstrata de Kelsen
					Constituição
					Normas Supralegais
					Normas Infralegais
8.6 Hierarquia das Normas
8.6.1 Norma Fundamental
A Constituição sempre deve estar no topo.
8.7 Complexidade do Controle
O Controle é muito complexo.
8.8 Tribunal Constitucional com Incumbência Exclusiva 
OBS: No Brasil, não há um tribunal com a incumbência exclusivamente constitucional.
OBS2: O Brasil tambémadota o modelo austríaco de controle de constitucionalidade.
8.9 Guardião Constitucional
O tribunal constitucional é o guardião da constituição.
OBS: Por que o nome é controle concentrado de constitucionalidade? O Controle é concentrado em um único órgão que é o tribunal constitucional.
9) ATIVISMO JUDICIAL
9.1 Conceito
É uma construção doutrinária e não está expressa na constituição. É definido como a participação mais ativa e direta do poder judiciário na vida do país. É uma ampliação da atividade judicial.
9.2 Ampliação Judicial
9.3 Conceito Relativamente Negativo
É uma intervenção mais direta na atividade política, no controle de constitucionalidade e na sociedade.
9.4 Resistência Política ao Controle de Constitucionalidade
9.5 Invasão de Competência?
Sempre depende do caso concreto e prático.
9.6 Fenômeno Prático
Não existe lei definindo sobre o ativismo judicial. Sempre dependerá do caso concreto.
*TIPOS DE CONTROLE DE COSNTITUCIONALIDADE
10) QUANTO A NATUREZA OU AO ÓRGÃO CONTROLAR
10.1 Controle Político
10.1.1 Conceito
É aquela velha doutrina que floresceu no início do surgimento do controle de constitucionalidade que diz que a lei somente pode ser anulada ou tirada de circulação por outra lei.
OBS: Apesar de o STF compor o poder judiciário, ele pratica o controle político em determinadas situações.
OBS2: O controle político, propriamente dito, é aquele controle em que o órgão que faz o controle de constitucionalidade é um órgão político, nesse caso, o poder legislativo.
10.1.2 Características
Falta de legitimidade;
Opção pelo mesmo poder que emitiu a norma.
10.1.3 Mais Comum no Século XIX e Início do XX
10.1.4 Poder Legislativo – Brasil – 1824
O Brasil adotou o controle político na constituição de 1824. Isso durou até a constituição de 1891, quando foi implantado o modelo norte-americano.
10.2 Controle Judicial
10.2.1 Conceito
É um controle em regra no Brasil e na maioria dos países do mundo. É o tipo de controle que melhor atende o princípio da divisão dos poderes.
10.2.2 Espécies
10.2.2.1 Norte-Americano
EUA possuem o controle difuso de constitucionalidade.
10.2.2.2 Europeu
Predomínio do controle concentrado de constitucionalidade.
10.3 Legitimidade
Legitimidade do poder judiciário para declarar a inconstitucionalidade de uma lei.
10.3.1 Discussão
10.3.2 Autorização do Constituinte
É necessário haver legitimidade para haver autorização do constituinte.
11) QUANTO AO MOMENTO DO EXERCÍCIO DO CONTROLE
11.1 Controle Preventivo
11.1.1 Conceito
Antes da norma entrar em vigor e produzir efeitos, ela passa por um controle de constitucionalidade prévio.
11.1.2 Vantagens
Em tese, há maior segurança jurídica, pois alguém analisou a norma, em um determinado instante, e declarou a constitucionalidade das leis.
11.1.3 Desvantagens
Tempos insuficiente para a análise das leis.
12) O BRASIL ADOTA O CONTROLE PREVENTIVO?
A Corrente majoritária afirma que o Brasil adota o controle preventivo de constitucionalidade das leis.
12.1 Legislativo
O legislativo exerce quando tem um projeto de lei e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprova ou não essa lei por uma questão de constitucionalidade.
12.2 Executivo
Entende-se que o executivo exerce o controle preventivo quando ele nega um projeto de lei por inconstitucionalidade durante o veto (Chamado de veto Político). Esse veto corresponde ao controle de constitucionalidade da lei.
OBS: Razões do veto
Contrariedade ao interesse público;
Por inconstitucionalidade do texto da lei.
12.3 Judiciário
Exerce controle preventivo de constitucionalidade das leis?
Depende de um caso concreto, mas a princípio não pode exercer este tipo de controle.
13) A CF/88 não autoriza de forma explícita o controle de constitucionalidade preventivo do judiciário
13.1_ Posição do STF quanto ao controle preventivo
O STF autoriza o Controle Preventivo somente em algumas situações, mas admite essas situações são excepcionais.
13.1.1_Impossibilidade
Em regra, o STF não permite que o Poder Judiciário exerça o controle de constitucionalidade Preventivo.
13.1.2_Possibilidade (Excepcionalidade)
O STF admite excepcionalmente esse tipo de controle. O cidadão ou uma pessoa jurídica não pode, mas excepcionalmente o deputado ou o senador pode se recusar a participar de uma discussão de um projeto de lei que está viciado constitucionalmente. É uma questão formal, ou seja, não atendeu a alguns requisitos formais, logo o Deputado ou Senador pode se recusar a participar diante dessas questões formais.
13.1.2.1_Interpretação Restritiva
Somente o Deputado ou Senador possui legitimidade para viabilizar via Mandado de Segurança impugnar a tramitação de um projeto de lei eivado de inconstitucionalidade. Nesse caso, há uma interpretação restritiva.
13.1.2.1.1_PEC “Contra” cláusulas pétreas
Uma PEC não pode suprimir a aplicação do Habeas Corpus, na qual é um direito fundamental, entretanto devido ao fato de constar no rol dos Direitos Individuais não pode haver emenda. 
Nessa hipótese a Doutrina diz o seguinte: “Não é Razoável permitir que uma PEC dessas avance e destrua direitos que a constituição sequer que seja objeto de emenda constitucional, logo não pode haver tramitação desse tipo de ato constitucional”. 
13.1.2.1.2_Mandado de Segurança→Parlamentar→PL/PEC
Exemplo: Um deputado entrou com um mandado de segurança contra um projeto de lei porque ele feria uma questão formal da tramitação desse projeto de lei. Quando esse deputado entrou com esse remédio constitucional, faltava pouco tempo para o projeto ser aprovado e a Câmara dos Deputados “correu” para aprovar esse projeto ou o tribunal demorou a dar a decisão em relação a esse Mandado de Segurança. Esse projeto de lei foi aprovado, publicado e sancionado e vira Lei. A doutrina afirma que esse mandado de segurança está em uma zona de transição: Foi proposta quando era um projeto de lei, porém não houve deferimento e foi aprovada a lei. Uma parte da Doutrina entende que esse Mandado de Segurança pode continuar, devido ao princípio da economia processual.
14)Controle Repressivo
14.1_Conceito
É o controle de constitucionalidade que acontece sobre uma norma que está produzindo efeitos e que fere o texto constitucional.
É o controle judicial de constitucionalidade da lei que se reflete/projeta sobre uma norma em vigor com a finalidade de averiguar a sua adequação a constituição.
Observação: O Controle Preventivo→ Tem por objetivo evitar que a norma seja publicada. O Controle Repressivo→ A norma já existe e já está obrigando as pessoas.
14.2_Contra qualquer ato normativo de caráter geral
Qualquer ato normativo que seja: emenda, lei ordinária, lei delegada, lei complementar, resolução, decreto legislativo, regimento de uma faculdade e etc. Tudo pode ser objeto de Controle de constitucionalidade repressivo.
14.3_Não incide prescrição
A norma inconstitucional não se resolve pela prescrição. A impugnação pode ocorrer a qualquer tempo. 
Observação: Pode ser que a decisão judicial limite alguns efeitos da própria decisão contra um ato que já está a muito tempo em vigor.
14.3.1_O decurso do tempo não convalida o ato 
O fato de estar em vigor a muito tempo não quer dizer que tudo está certo, a norma inconstitucional pode ser impugnada.
Observação: O controle de constitucionalidade repressivo é exercido pelo Poder Judiciário.
►Quanto ao modo ou forma de controle:
15) Controle incidental ou concreto
15.1)_Conceito
É aquele controle que cabe a qualquer juiz ou tribunal declarar a inconstitucionalidade de uma norma.
Exige a quem for impugnar que seja partícipe da relação jurídica, logo será uma situação concreta.
Observação: O controle de constitucionalidade Concreto ou Incidental também é chamado de Controle de constitucionalidade Difuso
15.2)_Introdução no direito brasileiro
Esse tipo de controle foi implementado em 1890 no Brasil por meio de um decreto.
15.2.1)_Decreto Nº:841/1890
O controle Difuso foi implementado no Brasil através do decreto 841/1890. Esse decretodurou apenas, talvez, um ano e alguns meses.
Esse decreto tinha como objetivo estruturar a recente república brasileira que havia sido proclamada em 1889.
15.2.2)_Constituição de 1891
A constituição de 1891 traz expressamente o controle Difuso em seu texto.
15.3)_Resistência do judiciário em implementar
Os juízes tinham receio/resistência a esse tipo de controle por anular atos normativos do poder Executivo e Legislativo.
A primeira arguição de constitucionalidade por controle de constitucionalidade Difuso ocorreu em 1895 por Ruy Barbosa.
15.4)_Características
15.4.1)_Qualquer juiz ou tribunal 
Qualquer juiz ou tribunal pode declarar a inconstitucionalidade de uma norma.
15.4.2)_Qualquer tipo de processo
Não importa o tipo de processo, sempre haverá a declaração de inconstitucionalidade desde que haja uma situação para tal.
15.4.3)_Qualquer tipo de fase
Se a norma está contrária a constituição, não será o tempo que resolverá o problema. Logo, poderá ser arguido a inconstitucionalidade de um ato normativo em qualquer fase.
15.4.4)_Situação concreta
Exige uma situação concreta e não se discute temas abstratos.
15.4.5)_Bem da vida” – Substitutividade.
15.4.5.1)_O “autor” almeja o bem da vida
Declarar a inconstitucionalidade para almejar o bem da vida.
15.4.6)_Qualquer ato normativo
15.4.7)_Qualquer momento
Poderá ser interposto sobre qualquer ato normativo em qualquer momento.
15.4.8)_Efeitos
15.4.8.1)_“Inter partes”→ Pelo menos até a decisão do STF
O efeito é ‘inter partes” que significa: entre as partes. O efeito do controle difuso sempre foi “Inter partes”, entretanto, mais recentemente, surgiu a possibilidade do STF interferir, em razão da chamada Repercussão Geral.
15.4.8.2)_Ex tunc (Regra)
A decisão de controle de constitucionalidade difuso, em regra, é retroativa. Entretanto, há decisões que a decisão de inconstitucionalidade ocorre a partir do momento ou de um momento que o STF fixar.
16) STF e o Controle Difuso:
16.1) RE (Recurso Extraordinário)
A matéria sobe ao STF por recurso através do Recurso Extraordinário quando há matéria constitucional envolvida.
Observação: Não é somente através de Recurso Extraordinário que pode haver discussão sobre matéria constitucional no STF.
16.2) STF-Jurisdição constitucional difusa originária recursal
17) Vantagens do Controle Difuso:
17.1_ Vantagens
É imponderar o cidadão e dar mais segurança jurídica para as decisões
17.2_Desvantagens
As decisões conflitantes que existem.
18)Principais atores:
 -Autor 											-Réu												-Juiz/Tribunal										-STF
19)Controle Difuso nos tribunais
19.1_Recurso para o tribunal “Ad quem”
Tribunal “Ad quem”→ Para onde o processo será encaminhado. 
Nesse tribunal, a análise dependerá da organização interna. Ao chegar na câmara, seção ou turma, é designado um relator (Encarregado de dar uma opinião sobre um processo) que faz um relatório. Ao elaborar o relatório, caso o relator note um vício de inconstitucionalidade de uma norma que está sendo discutida no processo, ele deverá redigir o voto e encaminhar a determinada turma e suscitar uma questão de ordem que deverá ser avaliada.
Enquanto que um juiz pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei, um desembargador não pode fazer isso, pois isso só vale com o entendimento de todo o tribunal
19.2_Organização externa do tribunal: Câmara, seção, turma
Cada tribunal terá a sua própria forma de se organizar.
19.3_Declaração de inconstitucionalidade
Uma norma sempre deverá ser levada a uma câmara, turma ou seção para avaliar a inconstitucionalidade.
19.4_Reserva de Plenário
19.4.1_Conceito
É o mandamento constitucional que obriga que uma questão sobre a constitucionalidade de uma norma deva ser submetida ao colegiado antes de uma decisão final. Art. 97 CF/88.
Observação: Em alguns tribunais, acima de uma determinada quantidade de magistrados, poderá ser criado um órgão especial.
Observação: Onde há a presença de órgão especial, a reserva de plenário (Questão de ordem) será resolvida por esse órgão por maioria absoluta dos seus membros.
Observação: Onde não há a presença de órgão especial, a reserva de plenário (Questão de ordem) será resolvida pelo pleno. 
Isso reforça o princípio da presunção da constitucionalidade das leis.
19.4.2_Súmula Vinculante Nº10/STF
Viola a cláusula de reserva de plenário (Transgressão) a decisão de órgão fracionário (Câmara, turma ou seção) de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta a sua incidência no todo em parte.
19.4.3_Reserva de plenário e princípio de economia processual
Quando um órgão fracionário se depara com uma questão de inconstitucionalidade, ele deverá remeter ao Pleno ou órgão especial.
20)Controle Concentrado ou Abstrato(Objetivo):
20.1_ Surgimento
Surgiu na Constituição Austríaca de 1920 na teoria de Hans Kelsen
20.2_Conceito
Ocorre quando a arguição de inconstitucionalidade é implementada perante uma única corte que pode ser exclusiva ou não para essa finalidade em que se discute abstratamente a adequação ou não de uma norma frente à constituição.
20.4_Corte constitucional
A corte constitucional está incumbida de julgar a constitucionalidade de uma norma.
20.5_Legitimidados
Qualquer pessoa física ou jurídica que tenha capacidade de ser parte e interesse processual.
20.6_Defesa da constituição
Defesa da constituição em situações abstratas
20.7_Manutenção da supremacia da constituição
20.8_Ausência de interesse concreto
Não se exige interesse concreto para arguir a inconstitucionalidade de uma norma.
20.9_Efeitos da decisão
-Erga Omnes: Oponível a todos (Vale para todos)				 -Vinculante: Obrigação de seguir algo						 -Retroativo: Em regra, os efeitos retroagem
20.10_Atuação política da corte
A corte atua politicamente. Ela deve seguir alguns requisitos formais.
21)Presunção de Constitucionalidade das leis
21.1_Conceito
As leis presumem-se estarem de acordo com a constituição.
21.2_Relevância
Obrigar a todos a cumprir a lei.
21.3_Obrigação de todos cumprirem as leis
Dar maior segurança jurídica.
21.3.1_Desobrigação excepcionalidade
A desobrigação de cumprir uma norma tem que ser uma ordem de uma autoridade que tenha esse poder. 
Observação: A única autoridade que tem o poder de não cumprir a norma é o Poder Judiciário, entretanto essa regra não é absoluta.
21.4_Dispositivos constitucionais que reforçam o princípio:
21.4.1_Princípio da Reseva de Plenário
Somente pela maioria absoluta dos seus membros ou do órgão especial, os tribunais podem declarar a inconstitucionalidade de uma norma.
21.4.2_Defesa do ato impugnado pelo “AGU”
Art. 103, § 3º da CF/88. O Advogado Geral da União defenderá o ato ou texto normativo impugnado nas ações diretas de inconstitucionalidade
21.5_Pressupostos de constitucionalidade das espécies normativas
21.5.1_Obediência a constituição
Isso é abstrato, pois é necessário analisar o mérito.
21.5.2_Adequação formal/material
Há etapas formais para a elaboração de um ato normativo e essas etapas devem ser respeitadas sob pena de inconstitucionalidade.
21.5.2.1_Competência do órgão
O órgão deve ter competência para legislar.
21.5.2.2_Etapas do processo legislativo
As etapas do processo legislativos devem ser cumpridas
21.5.3_Vícios de iniciativa
É necessário ter legitimidade para propor determinado ato normativo
22)Espécies de inconstitucionalidade:
22.1._Por ação
Esse é o tipo mais comum de inconstitucionalidade que existe.
É o ato que contraria a constituição.
Alguém que pratica um ato seja no processo legislativo ou depois, na qual resultou em uma inconstitucionalidade.
Exemplo: A criação dos Tribunais Regionais Federais.
Observação: Por ação, a inconstitucionalidade pode ser Formal e Material.
22.1.1_Inconstitucionalidade formal
Diz respeito a uma mera formalidade.
22.1.1.1_Espécies:
22.1.1.2_“Orgânica”
É a inconstitucionalidade em que o órgão que elaborou a norma não tinha autorizaçãopara tanto.
22.1.1.3_Formal propriamente dita
Ocorre quando uma etapa do processo legislativo não é respeitada.
Exemplo: Segundo a Constituição Federal de 1988, o Tribunal de Contas da União deveria ser regido através de lei complementar. Tempos depois, uma lei ordinária disciplina que o Tribunal de Contas da União deveria ser regido através de Lei ordinária. Essa lei ordinária é inconstitucional.
22.2_Inconstitucionalidade formal superveniente :
22.2.1_Conceito
Ao tempo da promulgação da norma, uma norma estava formalmente de acordo com a constituição. A alteração do parâmetro constitucional que transformaria, em tese, a norma em inconstitucional. Isso não poderia se operar porque mudou algum trâmite da norma.
O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo produzido antes da nova Constituição.
22.2.2_Manutenção da norma antiga 
É necessário haver a manutenção da norma antiga.
22.3_Inconstitucionalidade material
22.3.1_Conceito
É quando a norma, no seu conteúdo ou texto, contraria a constituição.
Observação: Diferentemente da inconstitucionalidade formal, a inconstitucionalidade material se resolve com o tempo.
22.3.2_Exemplos
Exemplo: O ensino religioso nas escolas públicas.
22.4_Inconstitucionalidade por omissão 
22.4.1_Conceito
Quando não se regulamenta uma norma e o cidadão fica impossibilitado de gozar de um direito constitucional por omissão do legislador ordinário.
22.4.2_Inovação da CF/88
Introdução no Direito Brasileiro ocorreu na Constituição Federal de 1988.
22.4.3_Origem
A inconstitucionalidade por omissão estava expressa pela primeira vez na Constituição de Portugal de 1977.
22.4.4_Finalidade
Imprimir efetividade ao direito constitucional que requer regulamentação.
22.4.5_ Baixa efetividade
Durante um período no Brasil, a inconstitucionalidade por omissão teve baixa efetividade em razão da posição conservadora do STF.
22.4.5.1_Posição antiga do STF
Posição conservadora do STF que afirmava que a inconstitucionalidade por omissão deve ser de iniciativa do poder legislativo.
22.4.5.2_Evolução jurisprudencial
22.5_Inconstitucionalidade total
Ocorre quando toda a norma é inconstitucional 
22.6_Inconstitucional parcial
Ocorre quando a inconstitucionalidade se projeta somente em uma parte da norma.
Observação: Durante o controle de constitucionalidade, o STF pode declarar que uma palavra pode ser inconstitucional. O controle de constitucionalidade é mais amplo que o veto do presidente da república.
23)Recepção:
23.1_Conceito
É o ato de recepcionar uma lei anterior a constituição e que com ela não conflita 
Instituto jurídico pelo qual uma norma continua em vigor mesmo sendo anterior a constituição porque não conflita com ela. 
23.2_Compatibilidade das normas anteriores à constituição
23.3_Pricípio de uma ordem prática
Recebimento das normas anteriores que estão de acordo com a constituição.
23.4_Não existe um ato formal para racionar a lei
Não há ato formal para que ocorra a recepção da lei.
23.5_Recepção expressa
Quando a Constituição recepciona uma lei.
23.6_Recepção de norma já revogada. Impossibilidade.
A norma revogada não pode ser recepcionada pela constituição 
24)Controle de constitucionalidade de norma anterior à constituição:
24.1_Conceito
No momento que a lei é editada que será feito o controle de constitucionalidade.
Observação: A constituição não fala nada expressamente sobre o instituto da recepção.
Observação: Quando se trata de revogação, não cabe controle de constitucionalidade, especialmente Controle concentrado.
24.2_Problemática
24.2.1_Norma anterior que não foi recepcionada
24.2.2_Instrumento a ser utilizado para declarar a inconstitucionalidade ou a inadequação com a constituição.
24.2.2.1_ADI? 
Como se trata de revogação não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade.
24.2.2.2_Controle difuso?
Cabe Controle Difuso.
24.2.2.3_ADPF?
ADPF→ Arguição de descumprimento de preceito fundamental
Se aceita que norma anterior a constituição seja objeto de ADPF.
25) Recurso Extraordinário:
25.1_Conceito
É um dos recursos que a constituição expressamente estabelece como recurso para levar um assunto até o STF.
É o recurso previsto na constituição a disposição de qualquer pessoa para que quando existir uma questão constitucional recorrer ao STF.
É o instrumento a disposição de qualquer pessoa através de advogado 	que deseje interpor recurso perante qualquer juízo ao STF, entretanto, na maioria dos casos, esse recurso é interposto perante um dos tribunais superiores ao STF para que decida sobre uma questão constitucional.
25.2_Finalidade 
Uniformizar a questão constitucional.
25.3_EC Nº45/04
Antes dessa emenda constitucional, qualquer recurso com tema esdruxulo chegava ao STF.
Essa emenda introduziu no recurso extraordinário um elemento que a modificou totalmente que é a Repercussão Geral.
Observação: Não é somente o Recurso Extraordinário que leva um tema até o STF, o Recurso Ordinário também poderá ser levado.
25.3.1_Repercussão Geral
25.3.1.1_Conceito
O STF continua como órgão incumbido de uniformizar a interpretação da norma constitucional, mas para levar algum tema ao STF é necessário demonstrar que o assunto é relevante o bastante e que vai repercutir na sociedade.
25.3.1.2_Finalidade
Dar uma uniformidade para as jurisprudências e diminuir o volume de trabalho do STF.
25.3.1.3_Recusa do tribunal em processar
Temas que não possuem tema relevante para a sociedade no todo.
25.3.1.4_ “Quórum”
O quórum para recusar o recurso extraordinário por falta de repercussão geral é de 2/3 dos membros. Art. 102, §3º, CF/88.
Conteúdo 2º Bimestre
26) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – ADI
26.1_Conceito
Instrumento previsto na Constituição Federal, no qual alguns legitimado podem, perante o STF, arguir a inconstitucionalidade de determinada norma, ou seja, impugnar junto ao STF se a norma é inconstitucional (Está contrária com a Constituição), com o objetivo da defesa da CF.
26.2_Surgimento
No Brasil, surge em 1965, com o nome de representação de inconstitucionalidade.
26.2.1_Emenda Constitucional nº 19/65
A representação de inconstitucionalidade surgiu na emenda nº 19/65.
26.2.2_“Representação contra Inconstitucionalidade”
Não era uma ação, era uma representação realizada junto ao STF.
26.3_Legitimidade
26.3.1_Conceito
Quem tem autorização para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI, junto ao STF.
26.3.2_Legitimidade Restrita
Todos os legitimados estão previstos nos incisos do art. 103 da CF, são eles:
Presidente da República;
Procurador-Geral da República;
Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
Mesa da Câmara;
Mesa do Senado;
Mesas das assembleias legislativas dos Estados e do Distrito Federal;
OAB;
Partido Político com Representação no Congresso Nacional;
Confederações Sindicais e Entidades de Classe de Âmbito Nacional.
26.3.3_Evolução da Legitimidade
“O STF varia um pouco sobre a legitimidade”
O STF realiza uma interpretação extensiva quanto aos Partidos Políticos e Confederações Sindicais e Entidades de Classe de Âmbito Nacional, haja vista que se o partido político perder sua representação no congresso, a ação direta de inconstitucionalidade não será extinta, esta seguirá para julgamento normalmente.
Ao passo em que as entidades de classe que tiverem abrangência em todo território nacional também serão legitimados para propor esta ação, por exemplo, os produtores de sal, que representam a classe em todo o território nacional.
26.3.3.1_Até 1988
O único legitimado para propor ADI era o Procurador-Geral da República. Ministério Público, na época, era um Ministério, PGR era um cargo “ad nutum”. Este fato gerou diversos problemas, pois o PGR era quem detinha o controle de constitucionalidade concentrado.
Não obstante, houve uma corrente que defendia que o PGR deveria “entrar” com a ação direta de inconstitucionalidade, mesmo que não concordasse.
26.3.3.2_Depois de 1988
Mudou drasticamente com a CF/88, uma vez que otexto constitucional, em seu artigo 103, prevê diversos legitimados para propor controle de constitucionalidade concentrado, o que antes era poder único e exclusivo do PGR.
26.3.4_ Perda Superveniente da Legitimidade
Pode acontecer com a Entidade de Classe, Partido Político e quando Estado vem a separar-se. Mesmo após propor a ação direita de inconstitucionalidade, venha o partido político perder a sua representação, não perderá sua legitimidade no processo já ajuizado, em outras palavras, este não irá ser extinto com a perda superveniente da legitimidade, o processo irá seguir normalmente.
26.3.4-A_Relação de Pertinência
Governadores de Estado e do DF, Mesas das assembleias legislativas dos Estados e do DF, Confederações Sindicais e Entidades de Classe de Âmbito Nacional, para propor ação direta de inconstitucionalidade deverão provar pertinência temática, ou seja, deverão provar que o objeto da ação tem relação com o desempenho de suas atividades, caso contrário não será aceita a ADI.
26.4_Competência
Federal: STF (Constituição Federal)
Estadual: TJ do Estado (Constituição Estadual)
OBS: Municipal – TJ (Controle de Constitucionalidade concentrado)
26.5_Objeto da ADI
Via de regra cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra qualquer norma (lei, edital, portaria, regimento interno), porém, não cabe ADI contra a própria CF.
26.5.1_Pode Variar. “Depende”
26.5.2_Ato normativo primário, de caráter geral
26.5.3_Exceções
26.5.3.1_Leis de Caráter Concreto
A lei tem que ter direção específica. Por exemplo, lei que concede pensão para ex-governador.
26.5.4_Não cabe ADI contra:
Ato secundário
Regulamento do IRPF (exceção)
Portaria
De Caráter Específico
Pode caber, depende do caso concreto, se atingir um grande número de pessoas, ou seja, tiver relevância e pertinência, caberá a ADI de caráter específico.
26.6_Causa de Pedir – “Aberta”
Se o autor na ADI pede a declaração de inconstitucionalidade, com base no art. 100 da CF, mas o STF identifica que é com base no art. 150 da CF. Desse modo, o STF não vai extinguir ou negar a ação, ele vai julgar com a ação com base no art. 150 da CF.
26.6.1_O STF não se encontra vinculado à causa de pedir
O STF não fica adstrito ao que foi argumento pela parte, em outras palavras, o STF pode realizar a interpretação que melhor lhe convier, de acordo com as suas motivações.
26.7_Fixação do Parâmetro de Controle
Para ajuizar e discutir a inconstitucionalidade da norma faz-se necessário que o “autor” estabeleça um parâmetro de contraste, ou seja, que ele se baseie em um fato, argumente e sustente de acordo com o ordenamento jurídico.
26.7.1_Constituição
A inconstitucionalidade poderá se dar contra princípio ou regra constitucional.
26.7.2_Tratado Internacional não serve como parâmetro. Divergência.
O parâmetro para se arguir a inconstitucionalidade é a Constituição, de modo que só o que está em desacordo com a constituição que pode vir a ser objeto de controle de inconstitucionalidade.
OBS: Emenda também pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade.
OBS2: Tratado internacional aprovado com rito de emenda constitucional TAMBÉM pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade.
26.8_Natureza do Elemento de Contraste
O STF não faz diferença entre natureza formal e material, ambos podem ser parâmetros para se arguir a inconstitucionalidade da norma jurídica.
26.8.1_Formal
26.8.2_Material
26.9_Não servem como parâmetro de Controle
26.9.1_Norma Constitucional já revogada
Norma constitucional já revogada não serve como parâmetro de controle, visto que a norma não está mais no mundo jurídico. Desse modo, não é e nem pode ser utilizada como parâmetro para que se realize o controle.
26.10_Processo Objetivo. Significado.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade tem características que nenhum outro tem.
Só pode ser ajuizada perante o STF;
Não tem Partes (Autor e Réu);
Não incidem os efeitos da Revelia;
Não pode ter desistência;
Não possui e nem permite intervenção de terceiros;
Não tem dilação probatória.
26.10.1_Sem Partes
Não tem autor e réu.
26.10.2_Sem revelia
Mesmo que percam prazos, não são presumidos como verdadeiros os fatos alegados pelo autor, haja vista que não existe autor na ADI. 
26.10.3_Sem desistência
O interesse é público, dessa forma, não há desistência, devem-se buscar elementos se a norma está ou não de acordo com a CF.
26.10.4_Sem intervenção de terceiros
Não há a figura do terceiro interessado. 
Não confunda com Amicus Curiae, é possível que o “amigo da corte” faça parte e exponha sua opinião perante o STF.
26.10.5_Sem “dilação probatória”. Hermenêutica tradicional
Admite-se a produção de provas, ouvir perito, juntar documentos.
26.11_Capacidade postulatória especial
Para se ajuizar ADI junto ao Supremo, não é necessário advogado, uma vez que o STF já entendeu que os legitimados Universais possuem a capacidade postulatória para ajuizar esta ação.
26.11.1_Desnecessidade de advogado na ADI
Os legitimados universais não precisam de advogado para ajuizar ADI.
26.11.1.1_Exceções
Partido Político e Entidade de Classe necessitam de advogado para ajuizar ADI. No caso dos Governadores dos Estados e do DF, estes necessitam que o Procurador do Estado ou DF assinem o documento junto com o Governador.
26.12_Efeitos da ADI antes da EC 45/04 e depois da EC 45/04
Em regra o efeito é retroativo, entretanto, cabe a modulação dos efeitos, fato este que o STF regula o momento em que vão se produzir os efeitos da ADI.
Efeito vinculante para a ADI antes da EC 45/04;
Depois da Emenda, o efeito também é vinculante, então o juiz é obrigado a cumprir a decisão do STF, se não cumprir pode haver reclamação contra o juiz.
26.13_Efeito da Decisão na ADI
26.13.1_Erga Omnes
Repercussão geral, vale para todos.
26.13.2_Retroativo
Em regra retroagem, salvo quando o STF decidir sobre a modulação dos efeitos.
26.13.2.1_Modulação dos Efeitos
STF decide em qual momento os efeitos retroagirão, podendo escolher até o dia. (Não confundir com retroativo e pro futuro).
26.13.3_Vinculante
Não há outra opção senão a de seguir o que foi julgado pelo STF.
26.13.3.1_A Partir de 1999
A ADI tinha efeito vinculante de acordo com a lei 9868/99.
26.13.3.2_A Partir de 2004
Com a Emenda Constitucional 45/04, deu-se efeito vinculante na ADI via emenda constitucional, tornando mais correto, pois a Ação Declaratória de Constitucionalidade tinha efeito vinculante de acordo com Emenda Constitucional.
26.14_Caráter Dúplice ou Ambivalente da ADI
A decisão na ADI é uma moeda com 2 (duas) faces, quando o STF não aceita a ADI, a lei é declarada como constitucional, equivalendo-se a uma Ação Declaratória de Inconstitucionalidade.
26.15_Medida Cautelar na ADI
26.15.1_Conceito
Para que possa ser julgado em medida cautelar, deve-se provar o fumus boni iuris (Fumaça do bom direito) e o periculum in mora (Perigo na demora).
26.15.2_Período Anterior a 1999
Ministro concedia liminar arbitrariamente. Assim sendo, verificou-se a necessidade de proibir que haja concessão monocrática na ADI.
26.15.2.1_Concessão Monocrática
Não pode se conceder liminar monocraticamente na ADI, salvo se o órgão estiver em recesso.
26.15.3_Impossibilidade de Efeito Retroativo
A liminar não deve ter efeito retroativo
26.15.3.1_Segurança Jurídica
26.15.3.2_Situação Excepcional
Excepcionalmente, se tiver grande relevância, pode ser declarada efeitos retroativos quando juiz monocraticamente conceder a liminar de ADI.
26.15.3.2.1_A Concessão da Liminar tem Efeito Vinculante
A decisão, mesmo em caráter liminar, tem efeito vinculante, pois os demais operadores do direito devem respeitar a decisão do STF.
26.15.4_Presunção de Inocorrência do “Periculum in Mora”
Quando uma lei está a muito tempo em vigor, não tem o perigo da demora, logo, não há razões para conceder a liminar.
26.15.5_Concessão de Liminar em Período de Recesso
Via monocrática pelo Ministro de Plantão.
26.15.6_A Concessão de Liminar faz com que a Legislação Anterior ReadquiraVigência
Exemplo: Lei de Royalties do Rio de Janeiro. Lei que distribuía o valor arrecadado entre todos os Estados, Ministro derruba esta lei, concedendo a liminar, acaba por incidir o efeito repristinatório. 
26.15.7_Conversão de Liminar em Julgamento Definitivo
O Relator pode Transformar a Liminar em julgamento definitivo, quando a turma inteira concordar, em decisão colegiada.
27) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA – ADI INTERVENTIVA
27.1_Conceito
Uma outra forma de obter intervenção, só que está é pela via do judiciário. Tem a finalidade de intervir em Estado ou Município.
27.2_Origem
Foi introduzida no direito brasileiro na CF de 1934.
27.3_Finalidade
Obter/Restaurar/Intervir no Estado ou Município, pois os poderes e mecanismos já não conseguem resolver ou não querem resolver os problemas.
27.4_Legitimação
Federal: Procurador-Geral da República (Para o professor deveria ser o AGU)
Estadual: Procurador-Geral de Justiça.
27.4.1_No Plano Federal
Procurador-Geral da República (Para o professor deveria ser o AGU)
27.4.2_No Plano Estadual
Procurador-Geral de Justiça.
27.4.3_Críticas à titularidade da Ação
Deveria ser o Advogado-Geral da União o legitimado a propor ADI-Interventiva no plano Federal. 
27.5_Competência para Julgar
Federal: STF (Estados e DF)
Estadual: TJ (Municípios)
27.6_Trata-se de qual Modalidade de Controle?
Tem características de controle concentrado e difuso, haja vista que possui um pouco dos dois.
27.7_Hipótese de Propositura da Ação
A ADI Interventiva pode ser proposta diante da transgressão aos princípios constitucionais sensíveis.
27.7.1_Princípios Constitucionais Sensíveis
Art. 34, VII da CF. Casos em que, havendo transgressão, pode resultar em julgamento de ADI Interventiva.
28) Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC
28.1_Conceito
A ADC é uma ação prevista na CF, fruto de Emenda Constitucional de Revisão (1993), que se insere no controle abstrato/concentrado de constitucionalidade e tem por objetivo a declaração de constitucionalidade de um ato normativo. Foi uma inovação da Constituição de 1988.
28.2_Pressupostos
Não estão na CF/88 os pressupostos. Só que estes são necessários para que possa realizar a ADC, são eles:
Que existam decisões contrárias e a favor da norma;
Que o tema seja relevante para provocar a decisão do STF. 
28.3_Objeto
A norma sobre a qual se tem dúvida sobre a constitucionalidade.
28.4_Finalidade
É obter do STF, a declaração de constitucionalidade com o objetivo de se afastar quaisquer dúvidas sobre a norma.
28.5_Surgimento
Surgiu com a Emenda Constitucional 03/93 (Emenda de Revisão). Trouxe bastante polêmica, uma vez que retirou poderes dos juízes, pois estes estavam realizando decisões contrárias ao governo em alguns municípios. Em outras palavras, foi uma forma de se garantir uma maior segurança jurídica, mantendo uma linha de decisão e, com isso, evitar que um juiz de um município julgasse de forma contrária ao que foi estabelecido.
28.6_Legitimação
28.6.1_Antes da EC 45/04
Com a EC 03/93, os legitimados para propor ADC eram:
Presidente da República;
Procurador-Geral da República;
Mesa da Câmara;
Mesa do Senado.
28.6.2_Depois da EC 45/04
Os mesmos legitimados da ADI, previstos no art. 103 da CF/88.
Presidente da República;
Procurador-Geral da República;
Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
Mesa da Câmara;
Mesa do Senado;
Mesas das assembleias legislativas dos Estados e do Distrito Federal;
OAB;
Partido Político com Representação no Congresso Nacional;
Confederações Sindicais e Entidades de Classe de Âmbito Nacional.
28.6.3_Críticas à Legitimidade Anteriormente à EC 45/04
28.7_Amicus Curiae (Amigo da Corte)
A lei proíbe o amicus curiae na ADC, permitindo-o somente na ADI.
Entretanto, a Jurisprudência e a doutrina têm entendido que pode ser admitido o amicus curiae na ADC, pois não é razoável afastar a figura do amigo da corte na ADC, uma vez que este apenas expõe seus conhecimentos e ajuda o STF acerca da matéria que está sendo analisada.
28.8_Competência para Julgar
Federal: STF (Constituição)
Estadual: Os Estados podem realizar ADC no âmbito Estadual, em suas constituições estaduais.
28.9_Efeitos da Decisão
28.9.1_Vinculante
Com a ADC, foi a primeira vez que criou-se o efeito vinculante
OBS: Foi criado para resolver alguns problemas, tais como os juízes de determinados municípios ficarem obrigados a julgar de acordo com o que foi decidido pelo STF, trazendo maior segurança jurídica.
28.9.2_Erga Omnes
A decisão da ADC vale para todos.
28.9.3_Ex Tunc
Os efeitos, em regra, retroagem.
OBS: Pode haver a modulação dos efeitos na ADC.
28.10_Quórum
28.10.1_Para Deliberar (08)
Mesmo da ADI – 2/3 dos Membros = 8 Ministros
Lembrando que este quórum é para começar o julgamento que está em pauta.
28.10.2_Para Decidir (06)
Maioria absoluta dos membros = 6 Ministros
Este quórum é para julgar a ADC.
28.11_Recursos
Não cabe recurso em face de ADC ou ADI, salvo Embargos de Declaração, quando a decisão gerou certa dúvida, foi omissa ou obscura. Os embargos serão propostos perante o próprio pleno do STF.
28.12_Ação Rescisória
Ação Rescisória não é recurso, é uma ação que visa rescindir a decisão judicial, de mesmo modo, ação rescisória não cabe na ADI e na ADC.
28.13_Decisão Cautelar
A lei 9868 não traz em seu texto acerca da medida cautelar em ADC. Todavia, é perfeitamente cabível e aceita, assim como funciona na ADI.
28.14_Resistência da Magistratura contra a ADC
Os juízes trouxeram os seguintes argumentos contra a ADC:
Suprime o contraditório – De forma que se declara a constitucionalidade sem ouvir nenhuma das partes;
Retira competência dos juízes;
Impede o juiz de julgar.
29) ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADPF
29.1_Conceito
É um instrumento jurídico novo, antes da CF/88 não existia a figura da ADPF.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental é uma ação de controle concentrado, de natureza cível (quando não há menção na CF), e tem o objetivo de reparar dano causado a preceito fundamental.
29.1.1_Abstrato, Aberto
29.2_Objeto
O objeto é o Preceito Fundamental. A lei 9882/99, em seu art. 1º aduz que “A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público”.
OBS: Nas palavras do professor, no fundo, na ADPF se pede uma declaração de inconstitucionalidade.
29.2.1_Restrito, em um sentido
A ADPF tem semelhança com a ADI, porém esta é mais ampla. Assim sendo, a ADPF é mais restrita porque é descumprimento de preceito fundamental, então seu objeto é mais restrito.
29.2.2_Amplo, em outro
NA ADI pode argumentar quase tudo sobre inconstitucionalidade, porém não pode se ajuizar ADI contra lei municipal e leis anteriores à CF. Por outro lado, cabe ADPF contra lei municipal e leis anteriores à CF.
29.3_”Preceito Fundamental”
29.3.1_Conceito
São compreendidos como direitos fundamentais, humanos, direitos básicos, inalienáveis (vida, segurança, liberdade, propriedade, entre outros). Por exemplo, O julgamento do STF sobre aborto de feto anencefálicos foi realizado mediante ADPF, discutindo-se o direito à vida.
29.3.2_Casos Concretos Definirão o Alcance
Dependerá do caso concreto para que se possa ajuizar a ADPF. Interna corporis, ou seja, casos em que o STF não pode decidir, que são de decisão exclusiva do poder. Exemplos: Tiririca pediu para ser permitido o uso de camisa para fora da calça, ou o vaqueiro que pediu para usar o seu chapéu dentro do plenário da Câmara.
29.4_Competência
O julgamento da ADPF é exclusivo do STF, pois só existe no plano Federal.
29.5_Legitimidade
Os mesmos legitimados da ADI e ADC, previstos no art. 103 da CF/88, são eles:
Presidente da República;
Procurador-Geral da República;
Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
Mesa da Câmara;
Mesa do Senado;
Mesas das assembleias legislativas dos Estados e doDistrito Federal;
OAB;
Partido Político com Representação no Congresso Nacional;
Confederações Sindicais e Entidades de Classe de Âmbito Nacional.
29.6_De Caráter Residual ou Subsidiário
Significa que a ADPF somente pode ser ajuizada se não houver outro remédio ou forma capaz de resolver o problema, por isso que a ADPF tem caráter residual ou subsidiário.
29.6.1_Mitigação ao princípio da Subsidiariedade
Lembrar que mitigação, âmbito jurídico, é utilizado para denotar a redução de um impacto final, reduzir o alcance ou poder de determinado princípio ou regra.
Como mencionado acima, a ADPF deve ser utilizada em caráter subsidiário, mas terá casos em que será utilizada, mesmo que não seja a melhor ação a ser utilizada. Quem vai definir quando vai ser utilizado a ADPF.
29.7_Quórum
29.7.1_Para Iniciar o Julgamento (08)
Mesmo da ADI – 2/3 dos Membros = 8 Ministros
Lembrando que este quórum é para começar o julgamento que está em pauta.
29.7.2_Para Decidir (06)
Maioria absoluta dos membros = 6 Ministros
Este quórum é para julgar a ADC.
29.8_Modulação dos Efeitos
Lembrando que a regra é que os efeitos retroagem, entretanto, cabe a modulação dos efeitos, fato este que o STF regula o momento em que vão se produzir os efeitos da ADPF, tal como acontece na ADI e ADC.
29.9_Tipos de ADPF
Preventivo – Evitar
Repressivo - Reparar
30) PRINCÍPIO DA PARCELARIDADE DO CONTROLE CONCENTRADO
30.1_Conceito
O STF pode declarar como inconstitucional uma palavra, parte da palavra, uma vírgula, parte do artigo, parágrafo, inciso, alínea. Diferente do veto que tem que ser total (vedado o veto de expressão).
31) INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
30.1_Conceito
O STF deve buscar interpretar a norma conforme a constituição, balizando-se na presunção de constitucionalidade das leis, com o objetivo de se validar a norma jurídica. Caso haja divergências entre as interpretações da norma, ou seja, os ministros divergem acerca da constitucionalidade e inconstitucionalidade, aplica-se a interpretação que declara a Constitucionalidade da norma.
32) DECLARAÇÃO PARCIAL DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM REDUÇÃO DO TEXTO
32.1_Conceito
O STF declara a inconstitucionalidade sem reduzir o texto, em outras palavras, o que dispõe o texto não vale, mas não há necessidade de se modificar o texto, retirando palavras. Exemplo: Lei que aumenta o IPTU no mesmo ano em que foi promulgada, o STF declara que o aumento se dará apenas no ano seguinte.
33) IMPRESCINDIBILIDADE DA NORMA INCONSTITUCIONAL
33.1_Conceito
O decurso do tempo não convalida a norma. A qualquer momento e tempo pode ser declarada a inconstitucionalidade.
OBS: O STF tem o entendimento que se a norma está a muito tempo em vigor, não cabe Medida Cautelar, pois não há o periculum in mora (perigo da demora).

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