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Hanseníase: Sinais, Sintomas e Tratamento

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Hanseníase
É uma doença infectocontagiosa, crônica, granulomatosa e de evolução lenta, causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen)
Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade).
Sistema Imunológico;  Notificação compulsória e investigação obrigatória.
SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS:
lesões de pele com alteração de sensibilidade ✓ Manchas pigmentares ou discrômicas - Placa Infiltração 				✓ Nódulo
SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS:
 ✓ lesões nos nervos periféricos; 			✓ Dor e espessamento dos nervos periféricos; ✓ Perda de sensibilidade - olhos, mãos, pés; 	✓ Perda de força muscular - pálpebras, membros superiores e inferiores;
Classificação Operacional
Paucibacilares (PB) – casos com até cinco lesões 
Multibacilares (MB) - aqueles com mais de cinco lesões  
O seu diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico
Formas Clínicas
Formas Paucibacilares (não contagiosa) 1. Hanseníase Indeterminada 2. HanseníaseTuberculóide
Formas Multibacilares (contagiosas) 1. HanseníaseVirchowiana 2. Hanseníase Dimorfa
✓Forma inicial da doença ✓Uma ou várias manchas hipocrômicas ✓Área hipoestésica – térmica* ✓Não há espessamento neural nem deformidades 	✓Duração – 1 a 5 anos ✓Fase ideal para o tratamento ✓Diagnóstico difícil ✓Alterações clínico-laboratoriais inespecíficas✓Evolução
Hanseníase Tuberculoide
✓Mancha com pápulas eritematosas 	✓Placa eritematosa 	✓Lesões isoladas, bem delimitadas 	✓Nítida alteração da sensibilidade térmica
✓Hanseníase tuberculoide da infância ✓Crianças de 1 – 4 anos ✓Contactantes de doentes MB ✓Áreas expostas – face*✓Forma “benigna” 	✓Tendência à cura espontânea
Hanseníase Multibacilar
✓ Dimorfa (HD) ✓ Lesões pré-foveolares (eritematosas, planas com o centro claro) ✓ Lesões foveolares (eritremopigmentares, de tonalidade ferruginosa ou pardacenta) ✓ Alteração de sensibilidade ✓ Baciloscopia: ✓ positiva (bacilos globais ou raros bacilos) ✓ negativa
Hanseníase Virchowiana
✓Evolução em pacientes com baixa resistência específica ao bacilo de Hansen ✓Infiltração das manchas ✓Perda dos seus limites ✓Pápulas, placas, nódulos, infiltrações ✓Infiltrações ✓Orelhas ✓Sobrancelhas – madarose ✓ Facies leonina ✓Mãos e pés
Hanseníase Virchowiana
✓Acometimento de outros órgãos e sistemas ✓Olhos ✓Nariz ✓Infiltração ✓Congestão e coriza ✓Perfuração de septo ✓Laringe
Diagnóstico Clínico Exame dermatoneurológico
Teste de sensibilidade térmica = tubo ensaio ou algodão com éter Teste de sensibilidade dolorosa = alfinete Teste de sensibilidade tátil = algodão, caneta, monofilamento Exame de troncos nervosos periféricos
Diagnóstico laboratorial
Exame baciloscópico – a baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico) - exame complementar;
A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões;
O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de hansen.
TRATAMENTO
HANSENÍASE TEM CURA E DEVE SER TRATADA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE. Etapas do tratamento:
Tratamento quimioterápico específico (PQT); ◦ Acompanhamento: tratamento das intercorrências e complicações; ◦ Prevenção e tratamento das incapacidades.
Hanseníase - Tratamento PQT PAUCIBACILAR
Mensal supervisionado: (1º. Dia) ✓Rifampicina 600mg ✓Dapsona 100 mg Diário auto-administrado: (2º. ao 28º. Dia) ✓Dapsona 100 mg Duração: 6 blister - 6 a 9 meses
Hanseníase - Tratamento PQT MULTIBACILAR Mensal supervisionado: (1º. Dia) ✓Rifampicina 600mg ✓Dapsona 100 mg ✓Clofazimina 300 mg Diário auto-administrado: (2º. ao 28º. Dia) ✓Dapsona 100 mg ✓Clofazimina 50 mg Duração: ✓12 blister - 12 a 18 meses
TRATAMENTO
Casos multibacilares com numerosas lesões e/ou extensas áreas de infiltração cutânea poderão apresentar uma regressão mais lenta das lesões.
A maioria destes doentes continuará melhorando após a conclusão das 12 doses supervisionadas.
É possível, no entanto, que alguns desses casos, necessitem doses adicionais de PQT -MB a critério médico.
Tratamento PQT
Forma virchowiana e infiltrada da hanseníase após 12 meses de tratamento
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A principal diferença entre a hanseníase e outras doenças dermatológicas é que as lesões de pele da hanseníase sempre apresentam alteração da sensibilidade
RATAMENTO Situações especiais:
Gestação e hanseníase: o tratamento pode ser realizado durante a gestação e a lactação;
Aids e hanseníase: o tratamento PQT não interfere no tratamento da AIDS.
ESTRIAS
ACNE
LIPODISTROFIA
ROSÁCEA
EFEITOS COLATERAIS DA CORTICOTERAPIA PROLONGADA
TRATAMENTO Acompanhamento:
Recidiva:desenvolvimento de novos sintomas e sinais da doença após o tratamento correto – baixa ocorrência – menos que 5% dos casos;
Reação hansênica: estado de reação do hospedeiro com exacerbação das lesões clínicas pré-existentes, ocorrendo em quase 50% dos casos tratados.
REAÇÕES HANSÊNICAS
✓Mudança repentina na atividade da doença ✓Mudanças no estado imunológico do paciente ✓Principal causa de danos neurais e incapacidades ✓ Geralmente secundárias ao início da PQT ✓ Podem ocorrer espontaneamente ✓ Fator mais importante associado:gravidez/parto ✓ Outros fatores: ✓infecção intercorrente ✓anemia ✓stress mental/físico ✓cirurgias ✓ Necessitam de pronta intervenção
REAÇÕES HANSÊNICAS Sinais e Sintomas:
✓Antigas lesões que se tornam avermelhadas e/ou aumentam de tamanho ✓Aparecimento de nódulos avermelhados e dolorosos ✓Os nervos periféricos tornam-se dolorosos e espessados ✓Sinais de dano neural, como perda de sensibilidade e fraqueza muscular ✓Febre e mal-estar ✓Edema nas mãos e pés.
ESTADOS REACIONAIS
Reação tipo 1 ou reversa: ◦ Surgimento de novas lesões, infiltrações e edema das lesões antigas, bem como neurite;
Reação tipo 2: ◦ Eritema nodoso hansênico (ENH): nódulos vermelhos dolorosos, febre, dores articulares, mal estar geral.
TALIDOMIDA - EFEITOS COLATERAIS
✓Teratogenicidade ✓Neuropatia periférica ✓Sonolência ✓Constipação intestinal ✓Diminuição da libido
REAÇÕES HANSÊNICAS
✓Diagnóstico correto da reação ✓Escolha adequada da droga ✓Orientação adequada ao paciente ✓Relação equipe - paciente ✓Desmame bem programado ✓Acompanhamento rigoroso ✓Profissionais comprometidos
Prevenção de Incapacidades em Hanseníase significa medidas visando evitar a ocorrência de danos físicos, emocionais, espirituais e socioeconômicos. No caso de danos já existentes, a prevenção significa medidas, visando evitar as complicações.
Aparelho visual
Madarose superciliar (sobrancelha);  Madarose ciliar;  Triquíase (crescimento dos cílios em direção à córnea);
Redução ou fechamento das pálpebras (lagoftalmo)  Inversão da margem palpebral (entrópio);  Eversão da margem palpebral (ectrópio).
Membros Superiores
Início – garra nos quarto e quinto dedos;  Avançada – segundo e terceiro dedos.
Sinal de Froment
Pinçar um objeto contra resistência – falange distal do polegar entra em flexão.
Palpação
• No diagnóstico da hanseníase; 
• No decorrer do tratamento, em intervalos de três meses; 
• Mensalmente, durante neurites e reações, ou quando houver suspeita destas, durante e após o tratamento; 
• Na apresentação de queixas (ficar alerta às neuropatias silenciosas,quando não há queixas); • Na alta.
Diagnóstico oportuno e preciso, com aconselhamento profissional de suporte
Tratamento disponível gratuitamente e de fácil utilização
Intervenções relacionadas à prevenção de incapacidades realizadas de forma adequada
Encaminhamentos, devido a complicações ou para reabilitação, realizados conforme a necessidade
Vacinação BCG
Aplicada nos contatos intradomiciliares;  Depende da história vacinal: * se o contato não possui cicatriz vacinal de BCG, deverá ser prescrita uma dose de vacina. * caso possua uma cicatriz de BCG, deverá ser prescrita uma dose adicional. * Caso possua duas cicatrizes vacinais, não deverá receber nenhuma dose da vacina.
Vigilância dos Contatos
Exame dermatoneurológico das pessoas que resida ou tenha residido nos últimos 5 anos

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