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A IGREJA CATOLICA E A DITADURA MILITAR NO BRASIL

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A IGREJA CATOLICA E A DITADURA MILITAR NO BRASIL
Durante todo o período de vigência do regime militar entre (1964 e 1985), foi considerado momentos mais dramáticos quando se refere ao desrespeito contra os direitos do cidadão, momentos esse que após assumirem o poder do Pais por meio de golpe de Estado, os militares implantaram no Brasil, um regime totalmente ditador, onde grupos de movimentos trabalhistas e de oposição ao regime, eram reprimidos de forma agressiva e desumana, todo o povo Brasileiro foram submetido ao terror, com torturas praticadas a todo instante em diversos lugares do Pais para extraírem confissões de suspeitos, no meio de toda essa fase que a igreja assumiu um papel super importante e de destaque na luta contra a repressão, a tortura e na defesa dos direitos humanos no Brasil, transformando a mais importante instituição de oposição a ditadura militar.
As diretrizes pastorais no Brasil teve muita mudança, pois teve seu período que antecedeu o momento do golpe, onde a igreja teve seu papel na sociedade Brasileira, onde teve mudanças, pois o Brasil se encontrava em momento de modernização e em desenvolvimento, estávamos se tornando uma nação predominantemente urbana e industrializada, momento em que a igreja católica passou a enfrentar a perda de adeptos e a crise de vocação, com perda da influencia na sociedade com as inúmeras outras crenças religiosas, principalmente os protestantes e os da umbanda, enquanto o sacerdócio deixava de ser atrativo para os jovens, fazendo com que a igreja passasse a se ajustar com as mudanças que estavam ocorrendo na época, décadas de 1950 á 1960, vivenciando uma fase de estimulantes experiências pastorais, forçando a instituição eclesiástica a se envolver com vários setores, segmentos e classes sociais, fazendo com que a igreja criasse várias organizações e entidades, com a visão de se aproximar dos trabalhadores urbanos foi criado a (JOC- Juventude Operaria Católica), a (ACO- Ação Católica Operaria), para com os estudantes através da (JEC- Juventude Estudantil Católica), a (JUC- Juventude Universitária Católica), e as classes populares em seu todo, foram criados entidades como a ( CEBs- Comunidade Eclesiástica de Base), após os anos seguintes foram criados a ( CLP- Comissão de Justiça e Paz), a (CIMI- Conselho Indigenista Missionário) e a (CPT- Comissão Pastoral da Terra).
Concilio Vaticano 2° entre 1962 e 1965, fase essa que o processo de modernização que vivia o povo Brasileiro, era um fenômeno mundial, produzindo profundas transformações na ordem social, onde o Papa João 23 decidiu convocar o Concilio Vaticano 2° para discutir com a igreja seu papel eclesiástico em um mundo marcado por profundas transformações econômicas, sociais e políticas, e durante esse encontro os conselhos papais e as constituições pastorais, mudaram o rumo do catolicismo mundial, principalmente em países em desenvolvimento, como era o Brasil, se tornando importantes e marcantes tais mudanças, pois a igreja durante séculos foi uma instituição arcaica e conservadora, mas se modernizou e aproximando das classes populares e se empenhando na promoção de justiça e defesa dos direitos humanos.
O conflito entre a Igreja e o Estado Militar ocorreu após o golpe em 1964, com as autoridades da igreja apoiando a intervenção militar no Brasil, acreditando que o Presidente João Goulart fosse uma ameaça ao pais, devido a suas inclinações supostas esquerdistas e revolucionarias, conforme os anos se passando ficou cada vez mais claro que os militares jamais iria transferir o poder para o povo, se tornando um Governo repressivo e ameaçador, com prisões, torturas e assassinatos, a medida que a igreja ampliava sua inserção aos segmentos sociais, principalmente as classes sociais, e aos poucos as autoridades dentro da igreja passaram a tomar uma postura diferente em relação ao Governo militar, se opondo as torturas e repressão, atraindo assim outros grupos que também estavam sendo vitimas de repressão policial.
A Comissão Justiça e Paz de São Paulo, essa comissão foi de supra importância dentro da igreja e das mais importantes e influentes autoridades eclesiásticas, se destacando com a forma que abraçaram a causa em defesa dos direitos humanos, comissão essa que através de muitas lutas como de dom Helder Câmara, bispo de Olinda e recife no Nordeste e no Sudeste o Cardeal arcebispo de São Paulo dom Evaristo Arns, no ano de 1972 foi criado a Comissão Justiça e Paz de São Paulo(CJP-SP), nos anos de violência e repressão, as vitimas recorriam a igreja de São Paulo, a procura de ajuda e auxilio.
A CJP-SP com seu trabalho humanitário, prestou auxilio e assistência as vitimas de torturas e prisões políticas, denunciando publicamente as torturas cometidas pelo regime militar, sendo composta por vários voluntários, onde teve como representantes, Hélio Bicudo, Dalmo de Abreu Dallari, Fabio Comparato, Mario Simas, José Carlos Dias, Jose Gregori, Margarida Genevois, Luiz Antonio Alves de Sousa, Wagner Rossi e Iris Aire.
A Luta contra a repressão e a tortura
Durante o período de maior repressão policial entre os anos de 1972 e 1975, os membros da CJP-SP se empenharam a dedicar auxilio jurídico as pessoas que tinham sido presas, torturadas ou estavam desaparecidas por motivos políticos, passando a atuar em varias outras áreas mais adiante, por patrocínio da CJP-SP, foram realizados e publicado as primeiras pesquisas socioeconômica com obra pioneira com titulo de São Paulo: crescimento e pobreza, mobilizando vários renomados pesquisadores para avaliar a vida dos povos pobres de São Paulo , e outra obra foi o livro’ Meu Depoimento sobre o Esquadrão Da morte’, autoria de Helio Bicudo, relatando a violência contra os cidadão de bem e comuns no Brasil.
Nos anos seguintes conforme a ditadura foi se exaurindo e os militares com a abertura política e redemocratização do país, a CJP-SP se uniu a vários movimentos sociais, patrocinando varias campanhas em defesa ao retorno da democracia, onde teve como destaque as campanhas: Contra o Terrorismo no Estado em 1980, a Revolução da lei de Segurança Nacional em 1983 e pelas Diretas já em 1984.
O legado da igreja católica
Ap[os o Brasil se redemocratizar, ocorreram varias Organizações não Governamentais as (ONGs), em vários setores e áreas em defesa dos direitos humanos, mas as gerações mais jovens que nasceram após a democracia, desconhecem o fato de que a igreja Católica foi a primeira gestadora em defesa dos direitos humanos, as Comissões de Justiça e Paz, podem ser consideradas as pioneiras em experiências na atuação em defesa dos direitos humanos.
Bibiografia
Renato Cancian, cientista social, mestre em sociologia-política e doutorando em ciências sociais.
Livro- Igreja Católica e Ditadura Militar no Brasil

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