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Plano de Aula: ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO - DUPLICATAS DIREITO EMPRESARIAL III - CCJ0028 Título ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO - DUPLICATAS Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 11 Tema ESPÉCIES DE TÍTULO DE CRÉDITO - DUPLICATAS Objetivos O aluno deverá ser capaz de compreender a dinâmica da duplicata, sua emissão, remessa, aceite e devolução, bem como os aspectos legais de sua causalidade, e compreender a aplicação dos institutos cambiais, suas diferenças e especificidades aos demais títulos. Estrutura do Conteúdo UNIDADE VI 6. Duplicatas. 6.1. Conceito. Características. 6.2 Causalidade. 6.3 Remessa e devolução da duplicata. 6.4 Aceite na Duplicata: características. 6.5 Pagamento. Protesto. 6.6 Ação de cobrança. 6.7 Duplicata de Prestação de Serviços. 6.8 Triplicata e sua eficácia executiva. 6.9 Duplicata Simulada. 6.10. Duplicata Virtual Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO: Aragominas Jardinagem e Paisagismo Ltda. EPP sacou duplicata de prestação de serviços à vista em face de Bernardo Sayão no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais). O título foi endossado antes da apresentação a pagamento para o Banco Filadélfia S.A. Na data da apresentação ao sacado, para pagamento, este solicitou prorrogação da apresentação por dois meses, o que foi aceito pelo credor. Foi firmada declaração escrita na duplicata, assinada por mandatário do endossatário com poderes especiais, concedendo a referida prorrogação. O sacado não efetuou o pagamento da duplicata na data acordada. O endossatário exigiu o pagamento do endossante, que se recusou a fazê-lo alegando que não anuiu com a prorrogação do vencimento, fato inconteste. A) Sendo certo que o endosso em favor do Banco Filadélfia é translativo e não houve aposição de cláusula sem garantia, é cabível a exceção ao pagamento apresentada? B) A anuência com a prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, firmada por mandatário com poderes especiais, poderia ser invalidada por não ter sido dada pelo próprio credor? QUESTÃO OBJETIVA 1 - (EXAME DE ORDEM UNIFICADO / FGV) Na duplicata de compra e venda, entende-se por protesto por indicações do portador aquele que é lavrado pelo tabelião de protestos A) em caso de recusa ao aceite e devolução do título ao apresentante pelo sacado, dentro do prazo legal. B) quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite e não proceder à devolução dentro do prazo legal. C) na falta de pagamento do título pelo aceitante ou pelo endossante dentro do prazo legal. D) em caso de revogação da decisão judicial que determinou a sustação do protesto. Procedimentos de Ensino Duplicata: 1)Conceito: É um título de crédito formal, que consiste em um saque fundado em crédito concedido pelo vendedor ao comprador, baseado em contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços celebrado entre ambos, cuja circulação é possível mediante endosso. É uma ordem de pagamento de pagamento do preço estipulado numa compra e venda mercantil ou na prestação de serviços. Além da duplicata comum, existem também a duplicata de prestação de serviços e a de conta de serviços. É um título de natureza vinculada, ou seja, apesar de serem autônomas as relações, o princípio da autonomia não se perfaz totalmente por estar, a duplicata, vinculada a um contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. 2) Fatura: É o documento representativo do contrato de compra e venda mercantil, de emissão obrigatória pelo comerciante, por ocasião da venda de produto ou de serviço, descrevendo o objeto do fornecimento, quantidade, qualidade e preço além de outras circunstâncias de acordo com os usos da praça. 3)Nota Fiscal - Fatura: É o documento que resultou do convênio firmado, em 1970, entre o Ministério da Fazenda e as Secretarias de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal , pelo qual a nota fiscal passa a funcionar, também, como fatura comercial contendo as informações necessárias às finalidades tributárias. 4)Requisitos Essenciais: Lei 5.474/68 (art. 2º). 5)Registro: A emissão da duplicata é facultativa. Somente será obrigatória se o comerciante operar por meio de instituição financeira. Alternativamente, poderá cobrar a fatura comercial de forma direta do comprador quando a venda for à vista. Emitindo a duplicata, esta deverá ser registrada ou escriturada em livro próprio do comerciante denominado Livro de Registro de Duplicatas. 6) Remessa e Devolução: A duplicata deverá ser apresentada ao devedor dentro de 30 dias da sua emissão. Entretanto, se a remessa for feita por instituição financeira, o prazo será de 10 dias. Quando não for à vista, o prazo para o devedor devolver a duplicata ao comerciante será de 10 dias, com o aceite ou acompanhada de documento escrito explicando os motivos da não aceitação, se este for o caso. 7) Aceite e Pagamento: O aceite é obrigatório se a mercadoria for entregue de acordo com o especificado ou o serviço prestado corretamente, nestes casos, pode haver protesto para pagamento se a pessoa não pagar o título. Motivos que podem ser alegados pelo sacado para recusar-se a pagar a duplicata: a) mercadoria não entregue; b)mercadoria entregue, porém avariada, quando o transporte corre por conta e risco do vendedor; c)defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias; d)divergências nos prazos ou preços pactuados. 8)Retenção: É permitido ao sacado reter a duplicata até a data do vencimento do título desde que haja concordância expressa do sacador, vendedor e da instituição financeira, devendo o sacado comunicar por escrito que a aceitou e que irá retê-la. Caso na data do vencimento o sacado não pagar a importância devida, poderá o sacador promover a ação executiva ou protestar o título, fundado na comunicação do sacado que aceitou o título e irá rete -lo. Esta comunicação substitui a duplicata retida, para essas finalidades. 9)Protesto e Ação de Cobrança: A duplicata poderá ser protestada por falta de aceite, por falta de devolução e por falta de pagamento. O prazo para protesto é de 30 dias a contar da data do vencimento. O protesto pode ocorrer mediante a prova de remessa ou entrega de mercadoria. Essa forma de protesto supre a falta de aceite, podendo servir de subsídio para fundamentar a ação de cobrança, pois é sabido que, de acordo com a Lei 5.474/68, a duplicata é Título Executivo Extrajudicial. A ação fundada na duplicata é a Ação de Execução, conforme o disposto no art. 585, I, CPC. 10) Prescrição: O prazo de prescrição da ação de cobrança da duplicata é de: 3 anos, contra o sacado e respectivos avalistas, contados da data do vencimento do título; 1 ano, contra endossante e seus avalistas, contado da data do protesto; 1 ano, de qualquer dos coobrigados, contra os demais exercendo o direito de regresso, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. 11) Triplicata: É a reprodução da duplicata mercantil ou da prestação de serviços em caso de perda ou extravio (Lei 5.474/68, art. 23). Caso o sacador emita uma triplicata tendo o sacado pago a duplicata, este poderá entrar com uma ação para repetição de indébito. 12) Duplicata Simulada: É aquela expedida e/ou aceita sem que, efetivamente, tenha correspondência à uma mercadoria vendida em quantidade ou qualidade ou a um serviço prestado. CONSEQUÊNCIA JURÍDICA DA EXPEDIÇÃO OU DA ACEITAÇÃO DA DUPLICATA SIMULADA: aquele que expedir ou aceitar duplicata simulada, bem como o que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas,incorrerá no crime de emissão de duplicata simulada, delito tipificado no art. 172 do Código Penal. Recursos Físicos Quadro e Pincel; data show; internet Visualização de documento físico Avaliação CASO CONCRETO: O objetivo da questão é verificar o conhecimento pelo examinando da possibilidade de reforma ou prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, seja à vista ou a prazo, e as exigências legais para este ato, bem como a aplicação dos dispositivos da duplicata de compra e venda à duplicata de prestação de serviços, por força do Art.20, § 3º, da Lei nº 5.474 /68. A) Sim, porque em caso de prorrogação do prazo de vencimento, para manter a coobrigação do endossante é preciso anuência expressa deste, o que não se verificou, com base no Art. 20, § 3º, c/c o Art. 11, parágrafo único, ambos da Lei nº 5.474 /68. B) Não, porque a declaração autorizando a prorrogação do prazo de vencimento também pode ser firmada pelo representante com poderes especiais do endossatário, com base no Art. 11, caput, da Lei nº 5.474 / 68. QUESTÃO OBJETIVA: B Considerações Adicionais
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