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DUPLICATA

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Prévia do material em texto

A duplicata 
 
Introdução 
 
 Tem origem remota no art. 219 do Código Comercial 
 
 Lei 5.474/1968 (regulação atual) 
 
 Título nacional bastante útil à atividade empresarial 
 
 É um título causal 
 
 Não representa a venda ou serviço 
 
 Não é cópia da fatura 
 
 Impróprio porque não documenta, em princípio, a concessão de 
 um crédito, mas uma operação de compra e venda. 
2 
3 
 
 
“... é título de crédito formal, impróprio, causal, à ordem, extraído 
por vendedor, ou prestador de serviços que visa a documentar o 
saque fundado sobre o crédito decorrente de compra e venda 
mercantil ou prestação de serviços, assimilada aos títulos 
cambiários por lei, e que tem como seu pressuposto a extração da 
fatura”. (ROSA JÚNIOR, Luiz Emygdio da. Títulos de crédito. 4. ed. 
Rio de Janeiro: Renovar, 2006, p. 673.) 
 
“A duplicata é um título de crédito causal e à ordem, que pode ser 
criada no ato da extração da fatura, para circulação como efeito 
comercial, decorrente da compra e venda mercantil ou da 
prestação de serviços, não sendo admitida outra espécie de título 
de crédito para documentar o saque do vendedor ou prestador de 
serviços pela importância faturada ao comprovar ou ao beneficiário 
dos serviços.” (COSTA, Wille Duarte, Títulos de Crédito, 4ª ed. Del 
Rey, 2008, pág. 383) 
4 
 
 
“Além disso, Pontes de Miranda destaca a natureza 
cambiariforme do título pela ausência de abstração na 
criação do mesmo, isto é, a duplicata não é propriamente um 
título cambiário em sua essência, mas assume a forma de 
tais títulos, sofrendo a incidência dos princípios de direito 
cambiário.” (Tomazetti, Marlon, Curso de direito empresarial: 
Títulos de crédito, v. 2 – 8. ed. rev. e atual. – São Paulo : Atlas, 
2017, pág. 359) 
 
5 
 
LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE 1968. 
 
 
Dispõe sobre as Duplicatas, e dá outras providências. 
 
 
 Art. 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil 
entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo 
não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou 
despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva 
fatura para apresentação ao comprador. (acessório ao contrato 
de compra e venda) 
 
 § 1º A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, 
quando convier ao vendedor, indicará somente os números e 
valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, 
despachos ou entregas das mercadorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A fatura 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
A forma da DUPLICATA 
 
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma 
duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida 
qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do 
vendedor pela importância faturada ao comprador. 
 § 1º A duplicata conterá: 
 I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número 
de ordem; 
 II - o número da fatura; 
 III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à 
vista; 
 IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador; 
 V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; 
 VI - a praça de pagamento; 
 VII - a cláusula à ordem; 
 VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da 
obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite 
cambial; 
 IX - a assinatura do emitente. 
7 
A duplicata 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
A duplicata 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
A(vendedor) B(comprador) 
 
 A(vendedor) __ D __ E __ F 
 
 
 
 R M N 
 
 S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 A (sacador)(vendedor/credor) B (sacado)(comprador) 
 
 A (tomador)(vendedor/credor) 
12 
 § 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de 
uma fatura. 
 
 § 3º Nos casos de venda para pagamento em parcelas, 
poderá ser emitida duplicata única, em que se discriminarão 
tôdas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, 
uma para cada prestação distinguindo-se a numeração a que se 
refere o item I do § 1º dêste artigo, pelo acréscimo de letra do 
alfabeto, em seqüência. 
 
 
 
 Art. 25 Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que 
couber, os dispositivos da legislação sôbre emissão, circulação 
e pagamento das Letras de Câmbio. 
 
Remessa da duplicata 
 
Da Remessa e da Devolução da Duplicata 
 
 Art. 6º A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo 
vendedor ou por seus representantes, por intermédio de instituições 
financeiras, procuradores ou, correspondentes que se incumbam de 
apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar depois de assinada de 
seu estabelecimento, podendo os intermediários devolvê-la, ou 
conservá-la em seu poder até o momento do resgate, segundo as 
instruções de quem lhes cometeu o encargo. 
 
 § 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, 
contado da data de sua emissão. (saque) 
 
 § 2º Se a remessa fôr feita por intermédio de representantes 
instituições financeiras, procuradores ou correspondentes êstes 
deverão apresentar o título, ao comprador dentro de 10 (dez) dias, 
contados da data de seu recebimento na praça de pagamento. 
13 
Aceitação e Recusa 
 
 
 
 Art. 7º A duplicata, quando não fôr à vista, deverá ser devolvida 
pelo comprador (sacado) ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) 
dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada 
(aceite) ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as 
razões da falta do aceite. 
 
 § 1º - Havendo expressa concordância da instituição financeira 
cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder até a data 
do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o 
aceite e a retenção. 
 
 § 2º - A comunicação de que trata o parágrafo anterior substituirá, 
quando necessário, no ato do protesto ou na execução judicial, a 
duplicata a que se refere. 
 
14 
15 
 
 Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a 
duplicata por motivo de: 
 
 I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não 
expedidas ou não entregues por sua conta e risco; 
 
 II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na 
quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; 
 
 III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
 
 
 
INÉRCIA – OMISSÃO 
Pagamento da Duplicata 
 
 
 
 Art. 9º É lícito ao comprador resgatar a duplicata antes de 
aceitá-la ou antes da data do vencimento. 
 
 § 1º - A prova do pagamento é o recibo, passado pelo legítimo 
portador ou por seu representante com podêres especiais, no verso do 
próprio título ou em documento, em separado, com referência 
expressa à duplicata. 
 
 § 2º - Constituirá, igualmente, prova de pagamento, total ou 
parcial, da duplicata, a liquidação de cheque, a favor do 
estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso, que seu valor 
se destina a amortização ou liquidação da duplicata nêle caracterizada. 
16 
17 
 
 Art. 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado 
(garantido) por aval, sendo o avalista equiparado àquele cujo 
nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma 
lançar a sua; fora dêsses casos, ao comprador. (sacado) 
 
 Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento 
do título produzirá os mesmos efeitos que o prestado 
anteriormente àquela ocorrência. 
Protesto da Duplicata 
 
 
 Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou 
pagamento. 
 
 § 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será 
tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, 
ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do 
título. 
 
 § 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por 
falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por 
faltade pagamento. 
 
 § 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. 
 
 § 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular 
e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, 
perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. 
18 
Processo para cobrança da Duplicata 
 
 
 Art. 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será 
efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos 
executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de 
Processo Civil ,quando se tratar: 
 
 I - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; (real) 
 
 II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, 
cumulativamente: (fictício, por presunção) 
 
 a) haja sido protestada; 
 b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da 
entrega e recebimento da mercadoria; e 
 c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no 
prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta 
Lei. 
19 
20 
21 
 
 § 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos 
avalistas caberá o processo de execução referido neste artigo, 
quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto. (ação 
indireta ou de regresso) 
 
 § 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a 
execução de duplicata ou triplicata não aceita e não devolvida, 
desde que haja sido protestada mediante indicações do credor 
ou do apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas 
as condições do inciso II deste artigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
A(sacador) B(aceitante – real ou por ficção – Art. 15, I e II) 
 
 A(endossante – § 1º, art. 15) __ F 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 Art. 16 - Aplica-se o procedimento ordinário previsto 
no Código de Processo Civil à ação do credor contra o devedor, 
por duplicata ou triplicata que não preencha os requisitos do 
art. 15, incisos I e II, e §§ 1º e 2º, bem como à ação para ilidir as 
razões invocadas pelo devedor para o não aceite do título, nos 
casos previstos no art. 8º. 
 
 Art. 17 - O foro competente para a cobrança judicial da 
duplicata ou da triplicata é o da praça de pagamento constante 
do título, ou outra de domicílio do comprador e, no caso de ação 
regressiva, a dos sacadores, dos endossantes e respectivos 
avalistas. 
Prescrição 
 
 
 Art. 18 - A pretensão à execução da duplicata prescreve: 
 
 I - contra o sacado (aceitante?) e respectivos avalistas, em 3(três) 
anos, contados da data do vencimento do título; (direta) 
 
 II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da 
data do protesto; (regressiva ou indireta) 
 
 III - de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, 
contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. 
 
 § 1º - A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra 
todos os coobrigados, sem observância da ordem em que figurem no 
título. (solidariedade) 
 
 § 2º - Os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo 
aceite e pelo pagamento. 
24 
25 
 
 
 Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o 
vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos 
e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades 
daquela. 
 
 Art. 24. Da duplicata poderão constar outras 
indicações, desde que não alterem sua feição 
característica. 
 
 Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no 
que couber, os dispositivos da legislação sôbre emissão, 
circulação e pagamento das Letras de Câmbio. (LUG) 
 
DUPLICATA MERCANTIL É TÍTULO ABSTRATO; NEGÓCIO 
JURÍDICO SUBJACENTE, SIMULTÂNEO OU SOBREJACENTE. 
 
“A duplicata mercantil é titulo abstrato. A abstração, que é um dos seus 
caracteres, deriva da lei, e não da vontade dos figurantes. Quando um 
tribunal diz que, estando a duplicata mercantil ligada a contrato 
subjacente, perde o caráter de dívida certa e líquida, e só por processo 
competente, não-cambiário, pode ser verificada a certeza e liquidez da 
obrigação, incorre em heresia jurídica. Tais heresias jurídicas são 
emcontradiças ainda em juizes que se crêem a par dos princípios de 
direito cambiário. O titulo é abstrato, ou não é abstrato. O titulo é certo e 
líquido, ou não no é. A duplicata mercantil surge a ‘duplicar” fatura; mas 
há momento em que a sua abstração se patenteia, com tôdas as 
consequências da teoria dos negócios jurídicos abstratos. A duplicata 
mercantil, a que se refere um contrato, não perde o seu caráter de título 
abstrato, porque êsse caráter independe da vontade privada. A 
abstração dá ao título um bastar-se por si, que não têm as outras 
vinculações não-abstratas. Junto à formalidade, fá-lo não atingível pelas 
provas fora dêle e fá-lo independente de fatos ou circunstâncias. 
 
26 
27 
 Até o aceite, ou até o endosso pelo criador do titulo, não há 
relação jurídica oriunda da duplicata mercantil, como titulo 
cambiariforme; ela apenas duplica a fatura, que é o documento, 
unilateral mas bilateralizável, da compra-e-venda. Lá está até o aceite, 
ou antes do aceite, prova, reproduzida, do contrato de compra-e-
venda, que entrou no mundo jurídico, e nêle jaz. Também antes do 
aceite da letra de câmbio, nenhuma relação jurídica existe entre 
sacador e sacado, que seja cambiária; pode existir outra relação 
jurídica, inclusive cambiária. A relação jurídica cambiariforme, nas 
duplicatas mercantis, surge, com o aceite, entre o vendedor-subscritor 
e o comprador-aceitante, ou entre aquêle e o primeiro endossatário. A 
diferença está, portanto, em que a abstração da letra de câmbio é 
aparente, peculiar à sua forma; ao passo que a abstração da duplicata 
mercantil somente se pode dar por esvaziamento, com o endosso, ou 
com o aceite, a despeito da aparência de concreção. A letra de câmbio 
já vai ôca, abstrata, para o tomador, ou o aceitante; a duplicata 
mercantil, não: parte cheia, concreta, mas esvaziável.” (Pontes de 
Miranda, Tratado de Direito Privado, Tomo XXXVI, pág 17) 
28 
DIREITO CIVIL E CAMBIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE 
CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. DUPLICATA DESPROVIDA DE CAUSA 
RECEBIDA POR ENDOSSO TRANSLATIVO. PROTESTO. RESPONSABILIDADE DO 
ENDOSSATÁRIO. 1. Para efeito do art. 543-C do CPC: O endossatário que recebe, 
por endosso translativo, título de crédito contendo vício formal, sendo inexistente 
a causa para conferir lastro a emissão de duplicata, responde pelos danos 
causados diante de protesto indevido, ressalvado seu direito de regresso contra os 
endossantes e avalistas. 2. Recurso especial não provido. (Resp. 1213256/RS, Rel. 
Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 28/09/2011, DJe 
14/11/2011) 
 
 
 
 
“Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que 
recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco 
ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e 
avalistas.“ - Súmula n. 475/STJ. 
 
 
29 
AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - RESPONSABILIDADE CIVIL - 
DUPLICATA - PROTESTO INDEVIDO - ENDOSSO - AUSÊNCIA DE OMISSÕES NO ACÓRDÃO - 
DANOS MORAIS CARACTERIZADOS - LEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - 
REEXAME DO QUADRO PROBATÓRIO - IMPOSSIBILIDADE QUANTUM INDENIZATÓRIO - 
RAZOABILIDADE - SÚMULA 7/STJ - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA - IMPROVIMENTO. 1.- A 
jurisprudência desta Corte é pacífica ao proclamar que, tratando-se de duplicata irregular, 
desprovida de causa ou não aceita, hipótese observada no caso em tela, deve o Agravante 
responder por eventuais danos que tenha causado, em virtude desse protesto, pois, ao 
encaminhar a protesto título endossado, assume o risco sobre eventuais danos que possam ser 
causados ao sacado. Assim, não há que se falar em exercício regular de direito. 2.- Incide, àespécie, o óbice da Súmula 475 desta Corte, in verbis: "responde pelos danos decorrentes de 
protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo 
vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os 
endossantes e avalistas". 3.- A convicção a que chegou o Tribunal a quo quanto à existência de 
dano moral indenizável, decorreu da análise das circunstâncias fáticas peculiares à causa, cujo 
reexame é vedado em âmbito de Recurso Especial, a teor do enunciado 7 da Súmula desta 
Corte. 4.- A intervenção do STJ, Corte de caráter nacional, destinada a firmar interpretação geral 
do Direito Federal para todo o país e não para a revisão de questões de interesse individual, no 
caso de questionamento do valor fixado para o dano moral, somente é admissível quando o 
valor fixado pelo Tribunal de origem, cumprindo o duplo grau de jurisdição, se mostre 
teratólogico, por irrisório ou abusivo. 5.- Inocorrência de teratologia no caso concreto, em que 
foi fixado o valor de indenização em R$ 10.000,00 (dez mil reais), devido pelo ora Agravante à 
autora, a título de danos morais decorrentes de protesto indevido de título de crédito. 6.- O 
Agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual 
se mantém por seus próprios fundamentos. 7.- Agravo Regimental improvido. (AgRg. no AREsp 
336.285/SC, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 06/08/2013, DJe 
28/08/2013) 
30 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO COMERCIAL. TÍTULOS DE CRÉDITO. AÇÃO ANULATÓRIA 
DE DUPLICATAS MERCANTIS. AUSÊNCIA DE ENTREGA DAS MERCADORIAS. NEGÓCIO 
JURÍDICO SUBJACENTE DESFEITO. IRRELEVÂNCIA EM RELAÇÃO A ENDOSSATÁRIOS 
DE BOA-FÉ. DUPLICATA ACEITA. PEDIDO RECONVENCIONAL JULGADO PROCEDENTE. 
RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA EXTENSÃO, PROVIDO. 1. A 
causalidade da duplicata reside apenas na sua origem, mercê do fato de somente poder 
ser emitida para a documentação de crédito nascido de venda mercantil ou de 
prestação de serviços. Porém, a duplicata mercantil é título de crédito, na sua 
generalidade, como qualquer outro, estando sujeita às regras de direito cambial, nos 
termos do art. 25 da Lei nº 5.474/68, ressaindo daí, notadamente, os princípios da 
cartularidade, abstração, autonomia das obrigações cambiais e inoponibilidade das 
exceções pessoais a terceiros de boa-fé. 2. A compra e venda é contrato de natureza 
consensual, de sorte que a entrega do bem vendido não se relaciona com a esfera de 
existência do negócio jurídico, mas tão somente com o seu adimplemento. Vale dizer, o 
que dá lastro à duplicata de compra e venda mercantil, como título de crédito apto à 
circulação, é apenas a existência do negócio jurídico subjacente, e não o seu 
adimplemento. 3. Com efeito, a ausência de entrega da mercadoria não vicia a duplicata 
no que diz respeito a sua existência regular, de sorte que, uma vez aceita, o sacado 
(aceitante) vincula-se ao título como devedor principal e a ausência de entrega da 
mercadoria somente pode ser oponível ao sacador, como exceção pessoal, mas não a 
endossatários de boa-fé. Há de ser ressalvado, no caso, apenas o direito de regresso da 
autora-reconvinda (aceitante), em face da ré (endossante), diante do desfazimento do 
negócio jurídico subjacente. 4. Recurso especial parcialmente conhecido e, na extensão, 
provido. (Resp. 261.170/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 
04/08/2009, DJe. 17/08/2009) 
 
 
31 
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE 
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. INSTALAÇÃO DE 
HIDRÔMETROS. MUNICÍPIO DE TOCANTINS. DUPLICATA: ART. 373, II, 
CPC. ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DE IRREGULARIDADE NO DÉBITO 
EXECUTADO OU PAGAMENTO. RECURSO NÃO PROVIDO. - A duplicata é 
título formal e causal, que circula pelo endosso, e sem abstração, pois 
dela se indaga a origem. A lei exige provisão decorrente da efetiva 
entrega da mercadoria ou prestação de serviço. - Cuidando-se de 
duplicata sem aceite, o credor cuidou de anexar aos autos a nota fiscal e 
o instrumento de protesto, estando patenteado, portanto, o direito da 
embargada. - Cabe ao devedor, nos termos do art. 373, II, do CPC, a prova 
quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito 
do credor, mister do qual não se desincumbiu a contento. - Não tendo o 
devedor comprovado a existência de qualquer irregularidade no débito 
executado ou que tenha efetuado o pagamento, seu pedido deve ser 
julgado improcedente. (TJMG - Apelação Cível 1.0000.20.043831-5/001, 
Relator(a): Des.(a) Wander Marotta , 5ª Câmara Cível, julgamento em 
21/05/2020, publicação da súmula em 22/05/2020) 
 
 
 
32 
Direito Comercial. Duplicata mercantil. Protesto por indicação de 
boletos bancários. Inadmissibilidade. I – A retenção da duplicata 
remetida para aceite é conditio sine qua non exigida pelo art. 13, § 1.º da 
Lei n.º 5.474/68 a fim de que haja protesto por indicação, não sendo 
admissível protesto por indicação de boletos bancários. II – Recurso não 
conhecido (STJ. REsp 827.856-SC, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, DJ 
17.09.2007, p. 295) 
 
 
 
33 
EMENTA: EMBARGOS À EXECUÇÃO - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - 
DUPLICATA VIRTUAL - FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO - 
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA E CARÊNCIA DE AÇÃO - REJEIÇÃO - 
NOTA FISCAL - AUSÊNCIA ASSINATURA DO RECEBEDOR - ENTREGA DO 
COMBUSTÍVEL - COMPROVAÇÃO - OBRIGAÇÃO DE PAGAR A DÍVIDA. 
Considerando que o apelante era o responsável pela aeronave e que as notas 
fiscais foram emitidas em seu nome, não há que se falar em ilegitimidade 
passiva. A duplicata, regulamentada pela Lei nº 5.474/68, é um título de 
crédito causal, decorrente da compra e venda mercantil ou da prestação de 
serviços e, nos termos do art. 784, I, do CPC/15, constitui título executivo 
extrajudicial, desde que contenha o aceite ou, em sua falta, seja protestada e 
acompanhada da respectiva nota fiscal e comprovante de entrega e 
recebimento de mercadoria. A jurisprudência do STJ admite que o boleto 
bancário acompanhado do instrumento de protesto por indicação e da nota 
fiscal de prestação de serviços devidamente assinada são documentos hábeis 
a embasar a execução. Provado por meio das notas fiscais e do comprovante 
de entrega das mercadorias a compra de gasolina de aviação, apta a lastrear a 
emissão das duplicatas enviadas a protesto, impõe-se reconhecer a 
exigibilidade e liquidez dos títulos apresentados. (TJMG - Apelação Cível 
1.0145.14.053146-1/003, Relator(a): Des.(a) Sérgio André da Fonseca Xavier , 18ª 
Câmara Cível, julgamento em 17/03/2020, publicação da súmula em 
17/03/2020) 
 
 
34 
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE EXECUÇÃO - BOLETO 
BANCÁRIO - ACOMPANHADO DO COMPROVANTE DA PRESTAÇÃO 
DO SERVIÇO E DA FATURA DETALHADA - TÍTULO EXECUTIVO 
EXTRAJUDICIAL VÁLIDO - LEGITIMIDADE PASSIVA - DEMONSTRADA 
- ERRO MATERIAL NO TÍTULO - DECISÃO MANTIDA. 1. Nos termos 
dos art. 13 e 15 da Lei 5.474/68 é permitido o protesto de duplicata 
virtual por mera indicação, de forma que a exibição da duplicata, em 
si, não é imprescindível para o ajuizamento da execução judicial. 2. Os 
boletos de cobrança bancária, devidamente acompanhados dos 
instrumentos de protesto por indicação e dos comprovantes da 
prestação dos serviços suprem a ausência física do título cambiário e 
constituem títulos executivos extrajudiciais, passíveis, portanto, de 
execução. 3. A existência de erro material no termo de compromisso 
firmado pelo recorrente não é capaz de, por si só, configurar a sua 
ilegitimidade passiva no feito executivo. (TJMG - Agravo de 
Instrumento-Cv 1.0433.15.023861-9/001, Relator(a): Des.(a) Afrânio 
Vilela, 2ª Câmara Cível, julgamento em 29/05/2018, publicação da 
súmula em 08/06/2018) 
 
 
35 
APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO - REJEIÇÃO - AUSÊNCIA DE 
TITULO EXECUTIVO VÁLIDO - INOCORRÊNCIA - BOLETOS BANCÁRIOS 
ACOMPANHADOS DE NOTAS FISCAIS ELETRÔNICAS, COMPROVANTES 
DERECEBIMENTO DE MERCADORIAS E PROTESTO DOS TÍTULOS 
INADIMPLIDOS - EXCESSO DE EXECUÇÃO - PROVA - DESCUMPRIMENTO 
DO ART. 739-A, § 5º DO CPC/73 - EMENDA DA INICIAL - 
IMPOSSIBILIDADE. Nos termos do art. 614, I do CPC/73, cumpre ao credor, 
ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição 
inicial com o título executivo extrajudicial (art. 798, I, "a" do CPC/15). O art. 
15, II, da Lei federal n. 5.474, de 1968, estabelece que a cobrança de 
duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo 
aplicável aos títulos executivos extrajudiciais de que cogita o Livro II do 
CPC quando se tratar de duplicata ou triplicata não aceita, contando que 
haja sido protestada; esteja acompanhada de documento hábil 
comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e, ainda, que o 
sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas 
condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º da referida lei. A 
execução proposta com base em boletos bancários acompanhados de 
notas fiscais e comprovantes de entrega de mercadorias, além do 
comprovante do protesto dos títulos inadimplidos é válida, impondo-se a 
rejeição dos embargos de devedor. (segue) 
36 
Fundados os embargos em excesso de execução, a parte embargante 
deve indicar, na petição inicial, o valor que entende correto, apresentando 
memória de cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não 
conhecimento desse fundamento (art. 739-A, § 5º do CPC/73; art. 917, §§ 3º 
e 4º do CPC/15). A explícita e peremptória prescrição de não se conhecer 
do fundamento ou de rejeitar liminarmente os embargos à execução 
firmados em genéricas impugnações de excesso - sem apontar 
motivadamente, mediante memória de cálculo, o valor que se estima 
correto - não pode submeter-se à determinação de emenda da inicial, 
pena de mitigar e, até mesmo, de elidir o propósito maior de celeridade e 
efetividade do processo executivo. Recurso não provido. (TJMG - 
Apelação Cível 1.0105.15.028858-4/001, Relator(a): Des.(a) Manoel dos Reis 
Morais , 10ª Câmara Cível, julgamento em 03/04/2018, publicação da 
súmula em 13/04/2018) 
 
 
 
37 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - 
DUPLICATA - ARTIGOS 8º, PARÁGRAFO ÚNICO, 21, §3º, DA LEI 9.492/97, 
244 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, 15, §2º, DA LEI 5474/68 - 
PREQUESTIONAMENTO - AUSÊNCIA - INCIDÊNCIA DA SÚMULA 
282/STF - PROTESTO DE BOLETOS BANCÁRIOS - IMPOSSIBILIDADE - 
ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA 
CORTE SUPERIOR - RECURSO IMPROVIDO (AgRg no Ag 1.269.503/SC, 
Rel. Ministro Massami Uyeda, Terceira Turma, julgado em 13/11/2012, 
DJe 28/11/2012) 
 
 
38 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE 
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DUPLICATA VIRTUAL. PROTESTO POR INDICAÇÃO. 
POSSIBILIDADE. BOLETO BANCÁRIO ACOMPANHADO DO COMPROVANTE 
DE RECEBIMENTO DAS MERCADORIAS. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC/73. 
ALEGAÇÃO GENÉRICA. SÚMULA 284/STF. DESNECESSIDADE DE EXIBIÇÃO 
JUDICIAL DO TÍTULO DE CRÉDITO ORIGINAL. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO 
INTERNO NÃO PROVIDO. 1. É deficiente a fundamentação do recurso especial 
em que a alegação de ofensa ao art. 535 do CPC/73 se faz de forma genérica, 
sem a demonstração exata das matérias sobre as quais o acórdão se fez 
omisso. Aplicação, por analogia, da Súmula 284/STF. 2. Nos termos da 
jurisprudência desta eg. Corte, "As duplicatas virtuais - emitidas e recebidas 
por meio magnético ou de gravação eletrônica - podem ser protestadas por 
mera indicação, de modo que a exibição do título não é imprescindível para o 
ajuizamento da execução judicial. Lei 9.492/97." (REsp 1.024.691/PR, Rel. 
Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe de 12/04/2011). 3. A 
apresentação do boleto bancário, acompanhado do instrumento de protesto e 
das notas fiscais e respectivos comprovantes de entrega de mercadoria, supre 
a ausência física do título cambiário, autorizando o ajuizamento da ação 
executiva. Precedentes. 4. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no 
AREsp 1322266/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em 
23/04/2019, DJe 22/05/2019) 
 
 
39 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. DIVERGÊNCIA 
DEMONSTRADA. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DUPLICATA VIRTUAL. 
PROTESTO POR INDICAÇÃO. BOLETO BANCÁRIO ACOMPANHADO DO 
INSTRUMENTO DE PROTESTO, DAS NOTAS FISCAIS E RESPECTIVOS 
COMPROVANTES DE ENTREGA DAS MERCADORIAS. EXECUTIVIDADE 
RECONHECIDA. 1. Os acórdãos confrontados, em face de mesma situação fática, 
apresentam solução jurídica diversa para a questão da exequibilidade da duplicata 
virtual, com base em boleto bancário, acompanhado do instrumento de protesto 
por indicação e das notas fiscais e respectivos comprovantes de entrega de 
mercadorias, o que enseja o conhecimento dos embargos de divergência. 2. 
Embora a norma do art. 13, § 1º, da Lei 5.474/68 permita o protesto por indicação 
nas hipóteses em que houver a retenção da duplicata enviada para aceite, o 
alcance desse dispositivo deve ser ampliado para harmonizar-se também com o 
instituto da duplicata virtual, conforme previsão constante dos arts. 8º e 22 da Lei 
9.492/97. 3. A indicação a protesto das duplicatas mercantis por meio magnético ou 
de gravação eletrônica de dados encontra amparo no artigo 8º, parágrafo único, da 
Lei 9.492/97. O art. 22 do mesmo Diploma Legal, a seu turno, dispensa a transcrição 
literal do título quando o Tabelião de Protesto mantém em arquivo gravação 
eletrônica da imagem, cópia reprográfica ou micrográfica do título ou documento 
da dívida. 4. Quanto à possibilidade de protesto por indicação da duplicata virtual, 
deve-se considerar que o art. 13, § 1º, da Lei 5.474/68 admite, essencialmente, é o 
protesto da duplicata com dispensa de sua apresentação física, mediante simples 
indicação de seus elementos ao cartório de protesto. segue 
40 
Daí, é possível chegar-se à conclusão de que é admissível não somente o protesto 
por indicação na hipótese de retenção do título pelo devedor, quando 
encaminhado para aceite, como expressamente previsto no referido artigo, mas 
também na de duplicata virtual amparada em documento suficiente. 5. Reforça o 
entendimento acima a norma do § 2º do art. 15 da Lei 5.474/68, que cuida de 
executividade da duplicata não aceita e não devolvida pelo devedor, isto é, ausente 
o documento físico, autorizando sua cobrança judicial pelo processo executivo 
quando esta haja sido protestada mediante indicação do credor, esteja 
acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da 
mercadoria e o sacado não tenha recusado o aceite pelos motivos constantes dos 
arts. 7º e 8º da Lei. 6. No caso dos autos, foi efetuado o protesto por indicação, 
estando o instrumento acompanhado das notas fiscais referentes às mercadorias 
comercializadas e dos comprovantes de entrega e recebimento das mercadorias 
devidamente assinados, não havendo manifestação do devedor à vista do 
documento de cobrança, ficando atendidas, suficientemente, as exigências legais 
para se reconhecer a executividade das duplicatas protestadas por indicação. 7. O 
protesto de duplicata virtual por indicação apoiada em apresentação do boleto, das 
notas fiscais referentes às mercadorias comercializadas e dos comprovantes de 
entrega e recebimento das mercadorias devidamente assinados não descuida das 
garantias devidas ao sacado e ao sacador. 8. Embargos de divergência conhecidos 
e desprovidos. (EREsp 1024691/PR, Rel. Ministro Raul Araújo, Segunda Seção, 
julgado em 22/08/2012, DJe 29/10/2012) 
41 
Falência. Extração de triplicatas. Inépcia da inicial. Pagamento parcial. 
Valor do débito. Precedentes da Corte. 1. A obrigatoriedade da extração 
de triplicatas alcança os casos de perda ou extravio dos títulos, embora a 
jurisprudência admita possível a extração havendo retenção. No caso, 
não havendo nem perda nem extravio, não era obrigatória a extração de 
triplicatas. 2. Não é inepta a inicial que pede a citação para que venha a 
empresa apresentar defesa oudepositar a importância devida. 3. O 
pagamento parcial foi afastado pelo Acórdão recorrido com base na 
prova dos autos (Súmula nº 07 da Corte). 4. Não cuidando o Acórdão 
recorrido nem do índice de correção nem do percentual de juros, 
ausente o recurso de embargos de declaração, não é possível 
reexaminar os cálculos no patamar do especial. 5. Recurso especial não 
conhecido. (REsp 174.221/SP, Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes 
Direito, Terceira Turma, julgado em 08/02/2000, DJ 27/03/2000, p. 94) 
 
42 
FALÊNCIA - DUPLICATA MERCANTIL - COMPROVAÇÃO - REMESSA 
PARA ACEITE - PROTESTO DE BOLETOS BANCÁRIOS - 
IMPOSSIBILIDADE - EXTRAÇÃO DE TRIPLICATAS FORA DAS HIPÓTESES 
LEGAIS. I - Para amparar o pedido de falência, é inservível a apresentação 
de triplicatas imotivadamente emitidas, eis que não comprovados a 
perda, o extravio ou a retenção do título pelo sacado. II - A retenção da 
duplicata remetida para aceite é condição para o protesto por indicação, 
inadmissível o protesto de boletos bancários. Recurso não conhecido. 
(REsp 369.808/DF, Rel. Ministro Castro Filho, Terceira Turma, julgado em 
21/05/2002, DJ 24/06/2002, p. 299) 
43 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - EMBARGOS À 
EXECUÇÃO - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PARCIAL 
PROVIMENTO AO APELO PARA REDUZIR OS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS FIXADOS PELA CORTE LOCAL. INSURGÊNCIA DO 
AUTOR. 1. Verificada a existência de duplicata física, a comprovação de 
que o título foi remetido para aceite e injustificadamente retido pelo 
sacado é pressuposto necessário à extração do protesto por indicação. 
Precedentes. 2. Sendo o protesto por indicação nulo, um dos requisitos 
para cobrança judicial das duplicatas por meio do processo de execução 
deixou de ser preenchido (art. 15, II, "a", da Lei 5.474/68), razão pela qual o 
aresto recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência desta 
Corte. 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg. no Resp. 1488127/SC, Rel. 
Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 18/06/2015, DJe 
25/06/2015) 
44 
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE 
APONTAMENTO A PROTESTO. PROTESTO POR INDICAÇÃO. BOLETO 
BANCÁRIO. PROVA DA RETENÇÃO INJUSTIFICADA DAS DUPLICATAS 
REMETIDAS AO SACADO PARA ACEITE. LEGITIMIDADE PASSIVA DO 
ENDOSSATÁRIO. AÇÃO DE COBRANÇA VEICULADA EM RECONVENÇÃO. 
ADMISSIBILIDADE. I - Nos termos da jurisprudência desta Corte, a 
comprovação de que a duplicata foi remetida para aceite e injustificadamente 
retida pelo sacado é pressuposto necessário à extração do protesto por 
indicação. II - Nesses termos não é de se admitir o protesto por indicação dos 
boletos bancários relativos à venda mercantil quando não haja prova de que 
as duplicatas correspondentes tenham sido injustificadamente retidas. III - 
Aquele que recebe os títulos por endosso-mandato não tem legitimidade 
para figurar no pólo passivo da ação em que se discute, essencialmente, a 
validade dos títulos. IV - Assim, a instituição financeira que recebe título de 
crédito por endosso-mandato não possui legitimidade passiva para 
responder à ação de sustação ou cancelamento de protesto fundada na 
nulidade do título. V - Na ação em que se visa a impedir o protesto de título é 
cabível a apresentação de reconvenção com o objetivo de cobrar esses 
mesmos títulos. Identidade da relação jurídica subjacente. VI - Recurso 
Especial provido em parte. (Resp. 953.192/SC, Rel. Ministro Sidnei Beneti, 
Terceira Turma, julgado em 07/12/2010, DJe 17/12/2010) 
45 
AÇÃO ANULATÓRIA DE DUPLICATA. SUSTAÇÃO DE PROTESTO. 
ÔNUS DA PROVA. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. 
PRECLUSÃO.- Se o litigante não se insurgiu, em tempo próprio, 
através do competente recurso de agravo, contra a decisão 
interlocutória que determinou a conclusão dos autos para o 
julgamento antecipado da lide, não poderá, em sede de apelação, 
argüir cerceamento de defesa, na medida em que ocorreu a 
preclusão do seu direito à produção de provas.- É do sacado de 
duplicata devidamente aceita o ônus de provar eventuais vícios 
ou defeitos nas mercadorias adquiridas, sob pena de prevalência 
das cambiais formalmente perfeitas. (TJMG - Apelação 
Cível 2.0000.00.339832-3/000, Relator(a): Des.(a) Silas Vieira , 
Relator(a) para o acórdão: Des.(a), julgamento em 28/08/2001, 
publicação da súmula em 22/09/2001) 
 
 
 
46 
APELAÇÃO CÍVEL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. 
CDC. INAPLICABILIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULO 
EXTRAJUDICIAL. DUPLICATAS ACEITAS E NÃO PAGAS. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO. TRIPLO DAS CUSTAS. 
ART. 4º, §1º, Lei nº 1.060/50. Em regra, não se aplica o CDC às 
relações travadas entre pessoas jurídicas, em especial na 
hipótese em que se comprova que o contrato seria para o 
fomento de produção agrícola. As duplicatas aceitas e não pagas 
são suficientes para comprovar a relação contratual entre as 
partes e qual delas seria credora ou devedora. Deve ser reduzido 
o valor arbitrado a título de honorários advocatícios quando o 
valor discrepa da equidade exigida pelo §4º do art. 20 do 
CPC. (TJMG - Apelação Cível 1.0172.09.022549-8/001, Relator(a): 
Des.(a) Pedro Aleixo, 16ª Câmara Cível, julgamento em 
10/06/2014, publicação da súmula em 27/06/2014) 
 
 
 
47 
APELAÇAO CIVEL. AÇÃO CAUTELAR E PRINCIPAL. CAUTELAR DE 
SUSTAÇÃO DE PROTESTO E PRINCIPAL DECLARATÓRIA DE NULIDADE 
DE TÍTULO DE CRÉDITO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS. LITISCONSÓRCIO SIMPLES. REVELIA. IMPOSSIBILIDADE DE 
APLICAÇÃO DE SEUS EFEITOS AO RÉU QUE CONTESTA A AÇÃO. 
DUPLICATA SEM ACEITE. COMPROVAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. 
ENDOSSO TRASLATIVO. COMUNICAÇÃO PRÉVIA. PROTESTO POR 
FALTA DE PAGAMENTO. VALIDADE. - A duplicata é um título de crédito 
causal, visto que, a princípio, não é dotada de autonomia e abstração e 
encontra-se conectada à sua causa debendi, podendo-se desvincular do 
negócio originário quando seu devedor a aceita e, via de consequência, 
concorda com as informações nele contidas, bem com a pagar a quantia 
cobrada. - O aceite não é condição essencial para a exigibilidade da 
duplicata, já que este título pode circular sem que o sacado tenha nele 
aposto sua assinatura, mas só será considerado título passível de 
execução se, comprovado o negócio jurídico, o credor protestar o título e 
não houver recusa justificada do devedor. (...) - É direito do credor levar a 
protesto título emitido regularmente e não pago. (TJMG - Apelação 
Cível 1.0672.10.009803-3/001, Relator(a): Des.(a) Leite Praça , 17ª Câmara 
Cível, julgamento em 22/03/2012, publicação da súmula em 03/04/2012) 
 
 
 
48 
Execução. Duplicata sem aceite. A cobrança de duplicata não aceita e 
protestada só torna necessária a comprovação da entrega e recebimento 
da mercadoria em relação ao sacado, devedor do vendedor, e não 
quanto ao sacador, endossantes e respectivos avalistas. O endossatário 
de duplicata sem aceite, desacompanhada de prova de entrega da 
mercadoria, não pode executá-la contra o sacado, mas pode fazê-lo 
contra o endossante e o avalista. Precedente citado: REsp 168.288-SP, DJ 
24/5/1999 (REsp 250.568-MS, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, j. 
19.10.2000, (Informativo 75/2000). 
 
 
 
Duplicata Escritural – Lei 13.775/2018 
49 
50 
 
 
 
 Art. 2º A duplicata de que trata a Lei nº 5.474, de 18 de julho 
de 1968, pode ser emitida sob a forma escritural, para circulação 
como efeito comercial, observadas as disposições desta Lei. 
 
 
 Art. 3º A emissão de duplicata sob a forma escritural far-se-
á mediante lançamento em sistema eletrônico de escrituração 
gerido por quaisquer das entidades que exerçam a atividade de 
escrituração de duplicatas escriturais. 
51 
 
 § 1º As entidades de que trata o caput deste artigo deverão ser 
autorizadas por órgão ou entidade da administração federal direta ou 
indireta a exercer a atividade de escrituração de duplicatas. 
 
 § 2º No caso da escrituração de que trata o caput deste artigo, 
feita por Central Nacional de Registro de Títulos e Documentos, após 
autorizada a exercer a atividadeprevista no caput deste artigo, nos termos 
do § 1º deste artigo, a referida escrituração caberá ao oficial de registro do 
domicílio do emissor da duplicata. 
 
 § 3º Se o oficial de registro não estiver integrado ao sistema 
central, a competência de que trata o § 2º deste artigo será transferida 
para a Capital da respectiva entidade federativa. 
 
 § 4º O valor total dos emolumentos cobrados pela central 
nacional de que trata o § 2º deste artigo para a prática dos atos descritos 
nesta Lei será fixado pelos Estados e pelo Distrito Federal, observado o 
valor máximo de R$ 1,00 (um real) por duplicata. 
52 
Circular BCB 4.016/2020 
 
Art. 2º Para fins do disposto nesta Circular, consideram-se: 
 
I - escriturador: entidade autorizada a realizar a atividade de escrituração de duplicatas escriturais por meio do 
sistema eletrônico de escrituração de que trata a Lei nº 13.775, de 20 de dezembro de 2018 ; 
 
II - instituição liquidante: instituição financeira ou de pagamento contratada pelo escriturador, para atuar nas 
etapas de arrecadação e de direcionamento de que trata o art. 9º; 
 
III - operações de desconto de duplicatas escriturais: operações de transferência definitiva de duplicatas 
escriturais ou de unidades de duplicatas, com ou sem coobrigação, por meio de endosso, cessão ou outro 
instrumento contratual; 
 
IV - operações de crédito garantidas por duplicatas escriturais: operações de crédito, inclusive concessão de 
limite de crédito não cancelável incondicional e unilateralmente pela instituição financeira, cujas garantias 
incluem duplicatas escriturais ou unidades de duplicatas, transferidas à instituição financeira por meio de cessão 
fiduciária, penhor ou outro instrumento de garantia; 
 
V - negociação de duplicatas escriturais: operações de desconto de duplicatas escriturais e as operações de 
crédito garantidas por esse ativo; 
 
VI - unidade de duplicatas: ativo financeiro composto por duplicatas escriturais emitidas ou que vierem a ser 
emitidas, caracterizadas pelo(a) mesmo(a): 
a) número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) 
do sacador; 
b) número de inscrição no CNPJ ou no CPF do sacado da duplicata; e 
c) data de vencimento; e 
 
VII - agenda de duplicatas: conjunto de unidades de duplicatas caracterizadas pelo mesmo: 
a) número de inscrição no CNPJ ou no CPF do sacador; e 
b) número de inscrição no CNPJ ou no CPF do sacado. 
53 
 Art. 4º Deverá ocorrer no sistema eletrônico de que trata o art. 3º 
desta Lei, relativamente à duplicata emitida sob a forma escritural, a 
escrituração, no mínimo, dos seguintes aspectos: 
 
I — apresentação, aceite, devolução e formalização da prova do 
pagamento; 
 
II — controle e transferência da titularidade; (circulação - endosso) 
 
III — prática de atos cambiais sob a forma escritural, tais como endosso e 
aval; 
 
IV — inclusão de indicações, informações ou de declarações referentes à 
operação com base na qual a duplicata foi emitida (causa/origem) ou ao 
próprio título; e 
 
V — inclusão de informações a respeito de ônus e gravames constituídos 
sobre as duplicatas. (garantia fiduciária, penhor) 
54 
 Circular 4016/2020 
 
 Art. 3º O sistema eletrônico de escrituração de duplicatas escriturais deve propiciar, 
no mínimo, a oferta dos seguintes serviços referentes às duplicatas por meio dele escrituradas: 
 
I - emitir a duplicata escritural por ordem do sacador; 
II - apresentar as duplicatas escriturais aos sacados, inclusive na forma de que trata o art. 6º, 
possibilitando a coleta do aceite, sua recusa com os respectivos motivos e a prática de outros 
atos cambiais; 
III - controlar os pagamentos referentes às duplicatas escriturais na forma estabelecida na 
Seção II deste Capítulo; 
IV - controlar e realizar a transferência da titularidade da duplicata escritural; 
V - realizar o registro ou o depósito centralizado da duplicata escritural em sistema de registro 
ou de depósito centralizado operado por entidade registradora ou depositário central autorizado 
pelo Banco Central do Brasil a exercer essas atividades, bem como incluir em seu sistema 
informações acerca de gravames e ônus constituídos sobre esses títulos nessas infraestruturas; 
VI - possibilitar a inserção de informações, de indicações e de declarações referentes às 
operações realizadas com as duplicatas escriturais; 
VII - emitir extratos e disponibilizar as informações armazenadas sobre as duplicatas escriturais; 
e 
VIII - interoperar com outros sistemas eletrônicos de escrituração de duplicatas escriturais, 
conforme o disposto no art. 19. 
 
 Parágrafo único. O escriturador deve associar a duplicata escritural à Nota Fiscal 
eletrônica ou a outro documento fiscal eletrônico correspondente, por ocasião da emissão de 
algum desses documentos fiscais. 
 
55 
 
 § 1º O gestor do sistema eletrônico de escrituração deverá realizar 
as comunicações dos atos de que trata o caput deste artigo ao devedor e 
aos demais interessados. 
 
 § 2º O órgão ou entidade da administração federal de que trata o 
§ 1º do art. 3º desta Lei poderá definir a forma e os procedimentos que 
deverão ser observados para a realização das comunicações previstas no 
§ 1º deste artigo. 
 
 § 3º O sistema eletrônico de escrituração de que trata o caput 
deste artigo disporá de mecanismos que permitam ao sacador e ao 
sacado comprovarem, por quaisquer meios de prova admitidos em direito, 
a entrega e o recebimento das mercadorias ou a prestação do serviço, 
devendo a apresentação das provas ser efetuada em meio eletrônico. 
 
 § 4º Os endossantes e avalistas indicados pelo apresentante ou 
credor como garantidores do cumprimento da obrigação constarão como 
tal dos extratos de que trata o art. 6º desta Lei. 
56 
 Art. 5º Constituirá prova de pagamento, total ou parcial, da 
duplicata emitida sob a forma escritural a liquidação do pagamento 
em favor do legítimo credor, utilizando-se qualquer meio de 
pagamento existente no âmbito do Sistema de Pagamentos 
Brasileiro. 
 
 Parágrafo único. A prova de pagamento de que trata o 
caput deste artigo deverá ser informada no sistema eletrônico de 
escrituração previsto no art. 3º desta Lei, com referência expressa à 
duplicata amortizada ou liquidada. 
57 
 Art. 6º Os gestores dos sistemas eletrônicos de escrituração de que trata o 
art. 3º desta Lei ou os depositários centrais, na hipótese de a duplicata emitida sob a 
forma escritural ter sido depositada de acordo com a Lei nº 12.810, de 15 de maio de 
2013, expedirão, a pedido de qualquer solicitante, extrato do registro eletrônico da 
duplicata. 
 
 § 1º Deverão constar do extrato expedido, no mínimo: 
 
I — a data da emissão e as informações referentes ao sistema eletrônico de 
escrituração no âmbito do qual a duplicata foi emitida; 
 
II — os elementos necessários à identificação da duplicata, nos termos do art. 2º da 
Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968; 
 
III — a cláusula de inegociabilidade; e 
 
IV — as informações acerca dos ônus e gravames. 
 
 § 2º O extrato de que trata o caput deste artigo pode ser emitido em forma 
eletrônica, observados requisitos de segurança que garantam a autenticidade do 
documento. 
58 
 Art. 7º A duplicata emitida sob a forma escritural e o extrato 
de que trata o art. 6º desta Lei são títulos executivos extrajudiciais, 
devendo-se observar, para sua cobrança judicial, o disposto no art. 
15 da Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968. 
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 Art. 10. São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais 
que vedam, limitam ou oneram, de forma direta ou indireta, a 
emissão ou a circulação de duplicatas emitidas sob a forma 
cartular ou escritural. 
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 Art. 12. Às duplicatas escriturais são aplicáveis, de forma 
subsidiária, as disposições da Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968. 
 
 § 1º A apresentação (remessa) da duplicata escritural será 
efetuada por meio eletrônico, observados os prazos determinados pelo 
órgão ou entidade da administração federal de que tratao § 1º do art. 3º 
desta Lei ou, na ausência dessa determinação, o prazo de 2 (dois) dias 
úteis contados de sua emissão. 
 
 § 2º O devedor poderá, por meio eletrônico, recusar, no prazo (10 
dias – recusa), nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º da 
Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968, a duplicata escritural apresentada ou, 
no mesmo prazo acrescido de sua metade, aceitá-la. (prazo para aceite – 
15 dias) 
 
 § 3º Para fins de protesto, a praça de pagamento das duplicatas 
escriturais de que trata o inciso VI do § 1º do art. 2º da Lei nº 5.474, de 18 
de julho de 1968, deverá coincidir com o domicílio do devedor, segundo a 
regra geral do § 1º do art. 75 e do art. 327 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro 
de 2002 (Código Civil), salvo convenção expressa entre as partes que 
demonstre a concordância inequívoca do devedor.

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