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Disfunções Hepáticas e Afecções Biliares

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Aula 7- Disfunções Hepáticas e afecções biliares: hepatite, 
colecistite e colelitíase.
01. Em relação às hepatites, desenvolva os itens abaixo:
A). Quais os principais sinais e sintomas
R: Febre; Fraqueza; Mal-estar; Dor abdominal; Enjoo/náuseas; Vômitos; Perda de apetite; Urina escura (cor de café); Icterícia (olhos e pele amarelados); Fezes esbranquiçadas (como massa de vidraceiro).
B). Quais os tipos de hepatite e sua forma de transmissão
R: Vírus A e E: contágio fecal-oral, geralmente associado a condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos;
Vírus B, C e D: transmissão sanguínea/parenteral por práticas sexuais desprotegidas, compartilhamento ou acidentes envolvendo seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que pérfurocortantes; e transmissão vertical, durante o parto e a amamentação.
C) Aspectos sobre a evolução da doença de acordo com o tipo:
R: Evolução: varia conforme o tipo de vírus
Vírus A e E: apresentam apenas formas agudas de hepatite, não possuindo potencial para formas crônicas. Após a infecção, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus do organismo; Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses, podendo evoluir para quadros mais sérios; As hepatites são doenças de notificação compulsória e a detecção do vírus para confirmação diagnóstica, no caso das hepatites B e C, é realizada num intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue;
02. Explique como se dão as principais alterações decorrentes dos problemas hepáticos:
a) Hepatomegalia: Geralmente indica a existência de uma hepatopatia; -Normalmente é assintomática, entretanto, quando o aumento de volume é acentuado, pode causar desconforto abdominal ou sensação de plenitude; -Ao exame físico: o fígado pode tornar-se sensível ou perceptível à palpação; -A textura à palpação pode variar: -Hepatite aguda, infiltração gordurosa, congestão sanguínea ou obstrução inicial das vias biliares –> o fígado normalmente é macio; Cirrose -> o fígado é firme e irregular
-Nódulos bem definidos normalmente sugere um câncer.
b) Ascite: Ascite (também conhecida como "barriga d´água" ou hidroperitônio) é o nome dado ao acúmulo de líquido no interior do abdome. Esse líquido pode ter diversas composições, como linfa (no caso da ascite quilosa, causada por obstrução das vias linfáticas), bile (principalmente como complicação da retirada cirúrgica da vesícula biliar), suco pancreático (na pancreatite aguda com fístula), urina (no caso de perfuração das vias urinárias) e outras. Mas, no contexto de doença do fígado com hipertensão portal (cirrose, esquistossomose, Síndrome de Budd-Chiari e outras), a ascite é o extravasamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal, principalmente através do peritônio, provocado por uma somatória de fatores.
c) Hipertensão porta hepática: É definida como uma pressão sanguínea anormalmente elevada na veia porta, vaso de grande calibre que transporta o sangue oriundo de todo o intestino, do baço, do pâncreas e da vesícula biliar ao fígado; Dois fatores podem aumentar a pressão nos vasos sanguíneos do sistema portal: o volume de sangue que flui através deles e o aumento da resistência à passagem do sangue através do fígado. Nos países ocidentais, a causa mais frequente de hipertensão portal é o aumento da resistência da circulação sanguínea provocada pela cirrose; nos países em desenvolvimento, a principal causa é a esquistossomose.
Esta condição conduz ao desenvolvimento de vasos colaterais que ligam o sistema portal à circulação geral, sem passar pelo fígado, logo, as substâncias não são processadas e caem diretamente na circulação sanguínea; Os vasos colaterais desenvolvem-se em pontos específicos, sendo o mais importante os da porção inferior do esôfago -> congestão vascular -> varizes esofágicas -> congestão e com tendência a produzir hemorragias, por vezes graves.
Outras manifestações: esplenomegalia, ascite, encefalopatia hepática, risco de peritonite de origem bacteriana e síndrome hepatorenal.
d) Cirrose: É o resultado de um processo crônico de destruição das células hepáticas, que ocorre de maneira difusa, com formação de cicatrizes e nódulos levando à necrose do órgão; É considerada uma doença terminal do fígado. Apesar de não ser um câncer, esta condição pode predispor ao aparecimento de tumores hepáticos, como o hepatocarcinoma, e de tumores das vias biliares, como o colangiocarcinoma; Todo portador de cirrose deve fazer exames periódicos para detectar precocemente as complicações dessa doença. Costuma ser considerada uma doença de alcoólatras, no entanto todas as condições que levam a uma inflamação crônica do fígado (alcoólicas ou não) podem resultar nessa patologia; infelizmente, em cerca de 30% dos cirróticos, a causa da doença não é estabelecida; A possibilidade de o álcool causar cirrose depende do tempo de uso, da quantidade ingerida e da predisposição genética. Outros fatores que podem levar à cirrose são: -Hepatites B e C. –Doenças metabólicas. –Distúrbios biliares ou vasculares. –Insuficiência congênita dos ductos intrahepáticos. –Intoxicações por drogas ou produtos químicos. –Esteatohepatite não alcoólica. –Hepatites autoimunes, etc. –Há ainda uma cirrose dita criptogênica, de causa desconhecida. –Todas as diferentes causas conduzem ao mesmo processo final.
-Na fase inicial, a ausência de sinais ou sintomas dificultam o diagnóstico precoce. Com a evolução da doença, há uma falência hepática progressiva que pode levar a consequências em outros órgãos;
-Quando os sinais e sintomas aparecem, o prognóstico já costuma ser severo e as implicações gerais para a saúde do paciente são comprometedoras;
-Em fases mais avançadas da doença, o fígado apresenta-se endurecido e aumentado ao exame físico e outros sinais e sintomas vão aparecendo, tais como: desnutrição, hematomas, aranhas vasculares na pele, sangramentos gengivais, icterícia, ascite, hemorragias digestivas, encéfalopatia e, por fim, coma.
Dados indiretos, função hepática e exames de imagem (US, TC, RNM) e a colangiografia endoscópica ajudam a definir o diagnóstico. A biópsia hepática certifica o diangnóstico; -Não há uma cura específica para a cirrose hepática dada a irreversibilidade das lesões -> pode-se letificar a progressão da doença; - Quando é possível afastar o agente causal (álcool, vírus, etc.), pode ocorrer algum grau de melhoria; - O tratamento definitivo consiste no transplante de fígado.
03. Explique o como se dá a encefalopatia hepática e quais os principais sinais e 
sintomas.
R: Também chamada de encefalopatia do sistema porta ou coma hepático é uma perturbação pelo qual a função cerebral se deteriora devido ao aumento de substâncias tóxicas no sangue, as quais o fígado deveria ter eliminado em situação normal; Na encefalopatia hepática, isto não acontece devido a uma redução da função hepática. Além desta condição, cita-se também a circulação colateral; Independente da causa, a consequência é a mesma: as substâncias tóxicas podem chegar ao cérebro e afetar o seu funcionamento. A pesar de não se conhecer exatamente quais substâncias que podem ser tóxicas para o cérebro, mas parece que a elevada concentração no sangue de produtos procedentes do metabolismo proteico, como por exemplo o amoníaco, tem papel importante na encefalopatia hepática; Em pacientes hepatopatas crônicos, a encefalopatia se desencadeia, em geral, devido a: infecção aguda, excesso de bebidas alcoólicas, ingestão excessiva de proteínas, hemorragia no tubo digestivo, uso de certos medicamentos (alguns sedativos, analgésicos e diuréticos); Quando se suprime a causa desencadeadora, a encefalopatia pode desaparecer.
Os sintomas são o resultado de uma função cerebral alterada, especialmente uma incapacidade de permanecer consciente: - Nas primeiras etapas: pequenasmudanças no pensamento lógico, na personalidade e no comportamento; mudança de humor e alteração do juízo; - À medida que a doença avança: sonolência, confusão, movimento e fala letificados, desorientação frequente; agitação e excitação (pouco habitual); frequentes convulsões e coma ; - Os sintomas compreendem: respiração com odor adocicado; ao estender os braços, o paciente não consegue manter as mãos imóveis, apresentando um tremor notório; - EEG revela ondas cerebrais anormais; análises de sangue mostram concentrações anormalmente altas de amoníaco.
04. Em relação à colelitíase, responda:
a) Como se dá o desenvolvimento da doença: 
b) quais os principais sinais e sintomas
c) quais as principais complicações
05. Descreva sobre a colecistite: fisiopatologia, fatores de risco e sinais e sintomas.
Qual o sinal clínico que pode evidenciar esta condição?

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