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RESUMO DA MATÉRIA COM BASE NO QUESTIONÁRIO II 1. CONSTIPAÇÃO A constipação se caracteriza por defecações difíceis ou infrequentes, fezes duras ou pela sensação de que o reto continua preenchido por fezes mesmo após a defecação (evacuação incompleta). A constipação pode ser aguda ou crônica. A constipação aguda tem início de forma abrupta e perceptível. A constipação crônica pode começar de forma silenciosa e persistir por meses ou anos. Parâmetros normais preveem de 1 a 3 evacuações diárias por 2 a 3 vezes na semana. Defecar menos frequentemente não indica, necessariamente, que existem problemas, a menos que ocorram alterações substanciais relativas aos padrões anteriores. O mesmo vale para a cor, o tamanho e a consistência das fezes. As pessoas frequentemente culpam a constipação por muitos sintomas (como desconforto abdominal, náusea, fadiga e falta de apetite) que, na verdade, resultam de outros distúrbios (como síndrome do intestino irritável (SII) e depressão). As causas mais comuns da constipação incluem: • alterações na dieta (como menor ingestão de líquidos, dieta pobre em fibras e/ou alimentos favoráveis à constipação); • medicamentos que desaceleram o intestino; • defecação desordenada; • abuso de laxantes. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 1 • A constipação se caracteriza por defecações difíceis ou infrequentes, fezes duras ou um sentimento de que o reto não está totalmente vazio após a defecação (evacuação incompleta). • Complicações de constipação incluem: hemorroidas, prolapso retal, fissura anal e doença diverticular. 2. DISBIOSE Sabe-se que o organismo possui uma série de bactérias e fungos conhecidos popularmente como flora bacteriana (termo científico: microbiota bacteriana), que apresentam uma relação harmônica com nosso organismo, visto que nem todos são patógenos. Quando ocorre qualquer tipo de desequilíbrio dessa microbiota bacteriana, ocasionando o aumento de bactérias patogênicas, tem- se o que conhecemos pelo nome de disbiose, a qual pode afetar a capacidade de absorção dos nutrientes e causar diretamente situaç.es de carência nutricional, sobretudo de vitaminas. Quando o indivíduo apresenta os sintomas típicos de disbiose, como náuseas, que podem ser constantes ou momentâneas, diarreia, eructação, conhecido por arroto, refluxo, cansaço constante, dor de cabeça, distensão abdominal, flatulência, e constipação intestinal, o gastroenterologista, clínico ou coloproctologista, pode solicitar alguns exames que facilitam o reconhecimento do problema, como a coleta de ou exame específico para a disbiose. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 2 • A disbiose tem sido associada ao aumento da incidência de sepse e morte. • O uso indiscriminado de antibióticos e anti-inflamatórios contribui para a disbiose. • A disbiose provoca um quadro clínico marcado por gases, diarreia e constipação. 3. CIRROSE HEPÁTICA A cirrose hepática é caracterizada por subversão difusa da arquitetura hepática normal por nódulos de hepatócitos em regeneração circundados por tecido conjuntivo. É o estágio final comum de uma grande variedade de doenças de causas diversas, sobretudo alcoolismo, hepatites virais (sendo hepatites B e C as mais comuns) e autoimunes, além de processos de natureza metabólica e vascular. Outras etiologias incluem doença biliar e sobrecarga de ferro. A cirrose, como estágio final da doença hepática crônica, é definida por três características morfológicas principais: fibrose em ponte dos septos, nódulos parenquimatosos e desorganização da arquitetura de todo o fígado. Sua origem depende da inter-relação de três elementos fundamentais: necrose hepatocelular, proliferação de componentes do tecido conjuntivo (fibrose e neoformação de vasos) e regeneração hepatocitária. A cirrose é desencadeada por agress.es hepatocelulares de grande porte, como as causadas por mecanismos imunitários, vírus hepatotrópicos ou agentes químicos (por exemplo, álcool). A extensão das lesões leva ao comprometimento da arquitetura hepática, resulta em fibrose iniciada por colapso da trama reticulínica, e, depois, por neoformação de colágeno. A associação de cirrose hepática com nódulos de regeneração é clássica. Quando sintomáticos, apresentam manifestações clínicas inespecíficas: anorexia, perda de peso, fraqueza, e, na doença avançada, sinais e sintomas de insuficiência hepática. Insuficiência hepática incipiente ou franca pode se desenvolver geralmente precipitada por uma carga metabólica superposta ao fígado, em geral decorrente de infecção sistêmica ou hemorragia gastrointestinal. A perda da função hepática afeta o organismo de diversas maneiras, sendo problemas comuns ou complicaç.es causadas pela cirrose: edema e ascite, sangramentos, icterícia, prurido, toxinas no sangue ou cérebro, sensibilidade a medicamentos, hipertensão portal, varizes de esôfago e problemas em outros órgãos, por exemplo, insuficiência renal. Seu dano hepático geralmente é pouco reversível, mas o tratamento pode interromper a progressão da doença e reduzir suas complicações. O tratamento dependerá da causa e das complicações presentes. A cirrose causada por álcool, por exemplo, é tratada pela cessação do seu consumo, já o tratamento de cirrose decorrente de hepatites envolve medicamentos usados para o tratamento específico destas, como o interferon para as hepatites virais e corticoides para a hepatite autoimune. Ou seja, tudo dependerá da causa subjacente. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 3 • A cirrose hepática é caracterizada pela substituição difusa da estrutura hepática normal por nódulos de estrutura anormal circundados por fibrose. • A cirrose hepática é o estágio final de um processo lesivo para os hepatócitos. Pode ser ocasionada por diversos fatores, como viral, medicamentoso, entre outros. 4. COLESTASE A colestase é condição patológica resultante da redução da síntese dos ácidos biliares ou da interrupção do fluxo biliar para o intestino, com fluxo retrógrado ou refluxo de todos os componentes da bile para a corrente sanguínea, levando à retenção e/ou ao acúmulo de pigmento biliar e de outras substâncias excretadas na bile no parênquima hepático. É comum tanto na colestase obstrutiva quanto na não obstrutiva. Tal interrupção pode ser consequência da obstrução extra-hepática ou intra-hepática de canais biliares ou ducto hepático comum, bloqueios da secreção de bile pelos hepatócitos, por atresia, cálculos ou tumores. Trata-se da principal manifestação da doença hepatobiliar, no recém-nascido (RN), especialmente nos prematuros. A predisposição à colestase (hipercoleremia fisiológica) é maior, tendo como causa a imaturidade hepática relacionada ao metabolismo dos ácidos biliares, baixa capacidade de síntese de ácidos biliares hepatotóxicos, da redução de ácidos biliares decorrentes da síntese diminuída e da ausência de reabsorção pelo íleo. O total diário de secreção de bile é cerca de 600 mL, fenômeno osmótico que varia de acordo com a quantidade da secreção ativa de solutos, principalmente sais biliares, na luz dos canalículos biliares, seguido de atração osmótica de água. Os íons inorgânicos, em especial, o sólido e a água, passam para a bile por meio de difusão através de junções íntimas que podem permitir o refluxo da bile para dentro do hepatócito na colestase. Os pacientes diagnosticados com colestase apresentam icterícia, prurido, xantomas cutâneos (acúmulo de colesterol nas dobras e áreas de atrito da pele), má absorção intestinal com deficiências nutricionais das vitaminas lipossolúveis A, D ou K, colúria, hipocolia ou acolia fecal; essa última geralmente em atresia biliar extra- hepática. O diagnóstico das suas várias causas é demasiadamente complexo, vez que são inúmeras as possíveis etiologias a serem investigadas, e a pesquisa de cada uma delas pode ser umprocesso demorado; o ideal é que haja diagnóstico precoce e imediata conduta terapêutica para a resolução do problema e/ou para minimizar os agravos. A definição diagnóstica é realizada mediante exames laboratoriais, exames de imagem, e muitas vezes biópsia hepática; é um procedimento invasivo que não constitui o método padrão para o diagnóstico pré-operatório de uma doença hepática, principalmente quando realizado em crianças. A obstrução da árvore biliar, seja intra-hepática, seja extra-hepática, causa distensão dos ductos biliares pela bile antes do ponto da lesão. A obstrução extra-hepática é frequentemente sujeita à intervenção cirúrgica, no entanto a colestase procedente da obstrução da árvore intrabiliar ou de insuficiência secretora hepatocelular não recebe vantagem com a cirurgia, a não ser que ela seja de transplante, mas, em caso de intervenção cirúrgica, a condição do paciente pode se agravar. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 4 • A colestase é uma deficiência de formação de bílis e/ou fluxo biliar. • As causas extra-hepáticas incluem cálculo no duto biliar, estreitamento (estenose) de um duto biliar. • A obstrução da árvore biliar, seja intra-hepática, seja extra- hepática, causa distensão dos ductos biliares pela bile antes do ponto da lesão. • Alguns distúrbios colestáticos são observados apenas em determinadas circunstâncias, por exemplo, na gravidez. • A colestase é a síndrome resultante do deficiente fluxo de bile para o duodeno e classicamente é dividida em extra-hepática e intra-hepática. 5. ICTERÍCIA A icterícia é definida como coloração amarelada da pele, das mucosas e dos fluídos corporais, devido ao aumento dos níveis plasmáticos de bilirrubina no organismo (hiperbilirrubinemia). Deve-se levar em conta que essa condição de amarelamento da pele e das mucosas pode ser ocasionada por outros fatores, como a fotoativação de carotenos ou o uso de medicamentos específicos, como antimaláricos. Os níveis de bilirrubina necessários para desenvolver icterícia variam de acordo com a cor da pele de cada indivíduo; em pessoas claras ela é clinicamente detectada quando a concentração sérica de bilirrubina total é em torno de 2,5 mg/dL a 3 mg/dL, uma vez que o valor normal varia de 0,3 a 1,0 mg/dL. No período neonatal, são outros os níveis de bilirrubina para diagnóstico de icterícia, que é um dos problemas mais frequentes desta fase; a hiperbilirrubinemia é definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior que 1,3 a 1,5 mg/dL, ou de bilirrubina direta (BD) superior a 1,5 mg/dL, desde que ela represente mais do que 10% do valor de bilirrubina total (BT). A detecção da icterícia possui importante valor semiológico, pois é resultado de distúrbio de um ou mais níveis da via metabólica da bilirrubina, que é o produto final da degradação do heme. A maior parte da produção de bilirrubina diária (0,2 a 0,3 g), ou seja, 85%, deriva da decomposição de eritrócitos, principalmente no baço, no fígado e na medula óssea. A parte restante (15%) origina- se da destruição prematura de precursores dos eritrócitos na medula óssea por eritropoese ineficaz e do metabolismo do heme ou de hepatoproteínas hepáticas, a principal molécula na qual o ferro (Fe++) está presente. A quebra do grupo heme com a liberação do ferro e a quebra dos anéis da porfirina, os quais formam a proteína biliverdina, que sofre oxigenação, constituem a bilirrubina. A bilirrubina originada nesse último processo, fora do fígado, é insolúvel em soluç.es aquosas e pH fisiológico, assim requer ligação à albumina sérica para ser transportada. A bilirrubina não conjugada (BNC) ou indireta surge nos casos de hemólise, sobrecarregando as vias metabólicas pela grande quantidade de bilirrubina formada. Isto ocorre nas anemias hemolíticas, destacando a eritroblastose fetal, que leva ao risco de kernicterus (complicação da icterícia neonatal que provoca les.es cerebrais no RN). A BNC pode ainda derivar da destruição de precursores anormais de eritrócito, chamado eritropoese ineficaz. Também é encontrada nos fluidos corpóreos de acordo com seu conteúdo de proteína, o que explica sua maior concentração em exsudatos do que em transudatos, e liga-se reversivelmente à albumina para ser transportada no plasma. O fígado possui papel central no metabolismo da bilirrubina, sendo responsável por sua captação, conjugação e excreção, momento no qual a BNC é captada pelos hepatócitos, que adicionam duas moléculas de ácido glicurônico à bilirrubina por molécula, tornando- a hidrossolúvel; em seguida torna-se bilirrubina conjugada (BC) ou direta, que será secretada pelos hepatócitos para o interior dos canalículos biliares. A BC, ou direta, é polar e não absorvida no intestino delgado, mas, no íleo e no cólon, é hidrolisada por enzimas bacterianas (β- glicuronidases), formando os urobilinogênios, que, por sua vez, são incolores; estes são oxidados a compostos corados, chamados urobilinas, que dão cor às fezes. Parte das urobilinas são reabsorvidas pelo intestino (ciclo entero- hepático) e excretadas na urina, dando-lhe a coloração amarela. A excreção da bilirrubina é manifestação clínica de inúmeras doenças hepáticas e não hepáticas, podendo ser o primeiro ou o único sintoma de hepatopatias. Devido a tais fatores, é de suma importância que o paciente seja examinado em ambiente com luz natural, vez que ela favorece a escolha correta do procedimento que deve ser realizado, principalmente nos locais em que a icterícia é frequentemente evidenciada, como conjuntiva ocular, esclera, pele, língua e outras regi.es que possuem elastina, devido à grande afinidade da bilirrubina e capacidade de o pigmento biliar se alojar nos tecidos. Alguns fluidos como urina, lágrima, suor, sêmen e leite podem apresentar coloração amarela em estágios avançados pelo acúmulo de bilirrubina conjugada, que refluem para a corrente sanguínea por obstrução mecânica das vias biliares, resultando na sua incapacidade de chegar ao intestino para ser excretada. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 5 • A produção excessiva de bilirrubinas pode ocorre nas anemias hemolíticas. • A conjugação prejudicada aparece nas icterícias fisiológicas do recém-nascido. • Pode ocorrer icterícia nas deficiências genéticas da atividade de UGT1A1 (síndrome de Crigler-Najjar I e II). • Na excreção hepatocelular reduzida pode ocorrer na deficiência de transportadores na membrana canalicular. • Ocorre icterícia na síndrome de Gilbert pela hiperbilirrubinemia. 6. ACALASIA A acalásia primária é causada pela falha dos neurônios inibitórios esofágicos distais e é, por definição, idiopática. Em suma, a liberação de óxido nítrico e polipeptídeos intestinais vasoativos dos neurônios inibitórios, junto à interrupção da sinalização colinérgica normal levam a um aumento do tônus do esfíncter esofágico inferior (EEI) como resultado do relaxamento prejudicado do músculo liso, uma causa importante da obstrução esofágica. A acalásia secundária pode surgir na doença de Chagas. Nesses casos, a injeção de neurotoxina botulínica (Botox®), para inibir os neurônios colinérgicos do EEI, também pode ser efetiva. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 6 • Acalasia é um distúrbio de motilidade esofágica congênito. • Na acalasia ocorre o peristaltismo esofágico defeituoso e falta o relaxamento do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição. • Os sintomas costumam ser disfagia de progressão lenta, em geral tanto para sólidos quanto para líquidos, e regurgitação de alimento não digerido. • A doença de Chagas destrói os gânglios autonômicos e pode resultar em acalasia. • A acalasia se dá pela perda de gânglios do plexo mioentérico do esôfago, resultando em denervação do músculo esofágico. 7. DOENÇA DE CROHN A doença de Crohn pode atingir qualquer parte do tratogastrointestinal, porém é comum uma maior manifestação no íleo, sobretudo na porção terminal e no ceco. A lesão inicial dessa patologia normalmente surge como uma úlcera aftosa que evolui a uma situação de úlcera serpentiforme. Normalmente os sintomas iniciais envolvem quadros de diarreias leves, dores abdominais e febre leve a moderada. Pode haver como complicação anemia carencial do tipo ferropriva, podendo evoluir como hipoalbuminemia, deficiência de proteínas séricas e má absorção de vitaminas, sobretudo de B12. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 7 • É uma patologia inflamatória crônica da mucosa intestinal. • A DC é um processo inflamatório crônico afetando qualquer área do trato digestivo. Pode ocorrer estreitamento (estenose), em especial no intestino delgado. 8. HIPERTENSÃO PORTAL O aumento da resistência ao fluxo sanguíneo portal pode se desenvolver em uma variedade de circunstâncias, que se dividem em causas pré-hepáticas, intra-hepáticas e pós-hepáticas. As principais condiç.es pré-hepáticas consistem em trombose obstrutiva, estreitamento da veia porta antes da ramificação no interior do fígado ou esplenomegalia maciça com aumento do fluxo sanguíneo venoso esplênico. Na esplenomegalia ocorre o aumento significativo do baço, causando uma sensação de desconforto no quadrante superior esquerdo e, por meio da pressão no estômago, provoca desconforto depois da alimentação, além de aumentar o risco de rompimento do órgão após trauma. Pode ter manifestaç.es consequentes ao hiperesplenismo, como leucopenia, trombocitopenia e anemia, e ser responsável por queixas relacionadas a anemia e sangramentos. O hiperesplenismo é atualmente conceituado como a associação de esplenomegalia, anemia, plaquetopenia e leucopenia com hiperplasia da medula óssea para compensar a pancitopenia do sangue periférico. As principais causas de esplenomegalia são: doenças hematológicas como leucemias agudas, leucemias crônicas, doenças mieloproliferativas crônicas, linfomas, mieloma múltiplo, doenças congestivas como obstrução da veia esplênica, trombose da veia porta, hipertensão porta (sobretudo por esquistossomose e cirrose hepática), hemocromatose, insuficiências cardíaca congestiva, doenças infecciosas como tuberculose, septicemia, brucelose, mononucleose infecciosa, hepatites, malária, paracoccidioidomicose, hidatidose, hiperplasias funcionais como anemia hemolítica, esferocitose, doenças de depósito, sarcoidose, lúpus e artrite reumatoide. Na esplenomegalia congestiva há a obstrução crônica do fluxo de saída venosa, gerando uma forma de dilatação esplênica. A obstrução venosa pode ser motivada por desordens intra-hepáticas que retardam a drenagem da veia porta ou originar-se a partir de doenças extra-hepáticas (cirrose hepática, insuficiência cardíaca congestiva e fibrose hepática da esquistossomose mansônica), que prejudicam diretamente as veias porta e esplênica. Todas essas desordens resultam em hipertensão das veias porta ou esplênica. A cirrose é a principal causa da esplenomegalia congestiva. A fibrose hepática em “haste de chumbo” na esquistossomose ocasiona particularmente uma esplenomegalia congestiva grave, enquanto a cicatrização fibrosa difusa na cirrose alcoólica e na cirrose pigmentar provoca, ainda, dilatação profunda. Outras formas de cirrose têm menor envolvimento. Diferentemente de outros órgãos do sistema hemolinfopoiético, a abordagem do baço por biópsia para a confirmação da doença é difícil pelos riscos de ruptura e hemorragia. Dessa forma, em esplenomegalias sem causa conhecida, quase sempre é necessária a esplenectomia para o diagnóstico definitivo da patologia DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 8 • Resulta principalmente do aumento na resistência ao fluxo de sangue na veia porta. • Pode-se dizer que a HP representa a complicação de várias doenças. • A HP pode ocorrer por complicações da cirrose. • Ocorre o aumento da resistência portal. 9. HIPERCORTISOLISMO E DOENÇA DE CUSHING O hipercortisolismo subclínico (HSC) ou a secreção autônoma de cortisol, como preferido por outros (4), é definido como uma hipersecreção autônoma de cortisol por um nódulo adrenal, sem manifestações fenotípicas claras da síndrome de Cushing (SC) (4,6). 1 A síndrome de Cushing (SC) determina um conjunto de sinais e sintomas tipicamente encontrados em pacientes que sofrem uma prolongada 1 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59397#:~:text=O%20hipercortisolismo%20subcl%C3%ADni co%20(HSC)%20ou,)%20(4%2C6). exposição a quantidades excessivas de glicocorticoides e está associada a elevadas taxas de morbimortalidades. Descrita pela primeira vez em 1912 pelo neurocirurgião e patologista Harvey Cushing, a partir do caso de um paciente com manifestações típicas de hipercortisolismo causado por um adenoma de hipófise, tal síndrome possui diferentes etiologias, sendo a mais frequente a iatrogênica, também chamada de SC exógena, que ocorre devido à terapia prolongada com glicocorticoides. Por outro lado, suas outras etiologias possuem em comum a hiperprodução crônica de cortisol, sendo, por isso, chamada de SC endógena. Também chamado de hipercortisolismo, o excesso de cortisol pode ser gerado por diferentes mecanismos patológicos que estejam atuando em qualquer um dos elementos que compõem o ciclo de produção do cortisol ou até mesmo por elementos que estão fora dele, como no caso da secreção ectópica do ACTH por diferentes tumores, sendo mais comum no carcinoma pulmonar de células pequenas. Os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes com SC são resultado do hipercortisolismo, logo, as manifestações clínicas apresentadas podem variar, principalmente de acordo com a duração e a intensidade deste. Devido as suas diferentes etiologias, a síndrome de Cushing pode ocorrer em qualquer faixa etária e pelo mesmo motivo, assim, seu diagnóstico deve envolver a investigação e identificação da patologia de base, a fim de tratar a condição primária e, consequentemente, tratar a síndrome. A SC endógena costuma ser dividida em dois grupos, de acordo com os níveis de ACTH circulante: síndrome de Cushing ACTH-dependente e a síndrome de Cushing ACTH-independente. A primeira representa 70% dos casos de SC endógena e é causada por patologias que propiciam o aumento da secreção do hormônio adrenocorticotrófico, como o adenoma hipofisário secretor de ACTH, da secreção ectópica de ACTH, como já foi mencionado, ou do hormônio liberador de corticotrofina (CRH). Já a SC ACTH-independente corresponde, em média, a 30% dos casos de síndrome de Cushing endógena e cursa sem o excesso de ACTH, sendo as duas principais etiologias os adenomas e os carcinomas adrenais produtores de cortisol. 2 Não encontrei esses assunto no livro texto então busquei explicações na internet. 2 https://www.sanarmed.com/sindrome-de-cushing-entendendo-os-sinais-e-sintomas-colunistas DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 9 • As manifestações do hipercortisolismo incluem hipertensão, distribuição anormal de gordura, pele fina sensível a hematomas, fraqueza muscular, osteoporose, hirsutismo e disfunção gonadal. • Hipercortisolismo trata-se da consequência fisiológica da interrupção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. • A homeostase fisiológica dos corticotróficos é ajustada por fatores hipotalâmicos estimulatórios e inibitórios e pelo ciclo de feedback negativo dos glicocorticoides das glândulas suprarrenais. 10. HIPOPITUITARISMO/PAN- HIPOPITUITARISMO/HIPOTIREOIDISMO O hipopituitarismo corresponde a uma secreção menor dos hormônios produzidos pela hipófise e que podem resultar em doenças tanto no nível hipotalâmico quanto hipofisário. Sabe-se que a grande maioria dos casos que acarretam diminuição na função decorre de processos lesivos, destrutivos da adenoipófise, no entanto inúmeros outros mecanismos foramassociados, como tumores, les.es cerebrais causadas por traumas ou cirurgias, necrose isquêmica, entre outras. As manifestaç.es clínicas podem variar a depender dos hormônios que estiverem em concentraç.es diminutas. As crianças que apresentarem deficiência poderão apresentar retardo no crescimento, devido à falta de hormônio do crescimento. A deficiência de LH e FSH podem acarretar em amenorreia e infertilidade feminina e nos homens impotência e ausência de pelos pubianos. A ausência ou concentração diminuída de TSH e de ACTH podem resultar em hipotireodismo e hipoadrenalismo. A ausência de prolactina acarreta problemas com a amamentação, ou seja, lactação no período pós-neonatal. O hipertireoidismo é caracterizado pela elevação sanguínea de T3 e T4 livres, indicando um hiperfuncionamento da tireoide. Inúmeras doenças podem estar associadas com o hipertireoidismo, entre estas podem-se destacar a doença de Graves e o bócio multinodular. Pacientes tirotóxicos, normalmente apresentam pele macia, quente e avermelhada promovida pela vasodilatação e pelo aumento do fluxo sanguíneo, com sudorese aumentada e perda de peso, apesar da ingesta por vezes excessiva de alimentos. Também podem apresentar tremores e palpitaç.es, dificuldade de concentração, hipertensão sistólica, taquicardia, amenorreia. Entre as complicaç.es possíveis, incluem-se o desgaste muscular, a atrofia e paralisia, a perda visual, a insuficiência cardíaca e arritmias e o hipoparatireoidismo após a remoção cirúrgica da tireoide. O hipotireoidismo é causado por qualquer alteração estrutural ou funcional que interfira na produção de níveis adequados do hormônio tireoidiano. As principais causas associadas são a tireoidite de Hashimoto, doença autoimune, a deficiência de iodo, a disgenesia tireoidiana e a falência hipofisária. O hipotireoidismo associado à tireoidite de Hashimoto é considerado sua forma mais comum; neste caso, anticorpos circulantes, sobretudo anticromossomais, antiperoxidase tireoidiana e antitireoglobulina, são produzidos e direcionados contra a tireoide normalmente associando-se ao aparecimento do bócio. É comum na tireoidite de Hashimoto notar o aumento indolor da tireoide, bastante comum em mulheres na meia-idade. Entre os principais sinais e sintomas do hipotireoidismo, destacam-se fraqueza, fadiga, sinais da presença de mixedema, como pele áspera, seca, descamativa, sem elasticidade, rouquidão, anorexia, distensão abdominal e nistagmo. DICAS ALEATÓRIAS DA QUESTÃO 10 • A deficiência na produção ou na ação de qualquer um dos hormônios da adenohipófise é denominada hipopituitarismo. Quando ocorre deficiência de mais de um hormônio, denominamos pan-hipopituitarismo. • O hipotireoidismo está associado à tireoidite de hashimoto. • O hipopituiterismo resulta na deficiência de hormônio de crescimento (DGH)
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