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BASE DE TRABALHO NORMAS ABNT

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7 - O JUÍZO
 O juízo é o processo que conduz ao estabelecimento das relações significativas entre conceitos, objetivando alcançar uma integração significativa, que possibilite uma atitude racional frente às necessidades do momento. É afirmar uma coisa de outra dizia: Aristóteles. Ou seja, três elementos: Duas idéias e uma afirmação.
O juízo indica naturalmente afigurado Juiz, na qual a ciência do direito, hoje em dia reconhece cada vez mais como órgão elementar do direito. Mas a verdade é que sem o juízo a lei nem poderia surgir. Historicamente, o juízo é anterior a lei. A formação das leis é costume e este supõe uma sucessão de juízos.
As leis são elaboradas e precisam ser executadas, mas antes disso analisado, para isso entra o Juiz que coloca o juízo como elemento fundamental, para dar o seu parecer na analise de um processo e aplicação da lei perante este processo. O processo se divide em duas frases, que se chamam cognição: serve para conhecer, analisar, envolvendo raciocínio e o juízo lógico aquele processo, em matéria penal se alguém cometeu ou não um delito, portanto, se deve ou não ser castigado; em matéria civil, serve para entre dois litigantes dar razão a quem a tenha.
Com o processo de execução, tende-se a pôr em prática a lei, isto é, a modificar as coisas de modo que a lei quer.
A finalidade do juízo é fazer com que as leis após sua elaboração sejam cumpridas. Para se averiguar os fatos ao lado das leis coloca-se o juízo, ou seja, processos.
Cognição e execução são duas fases do processo. E esse processo se divide em processo penal e processo civil. O processo de cognição em matéria penal serve para analisar quem cometeu o delito e se vai ser ou não castigado e em matéria civil quem possui a razão. O processo de execução finaliza a lei, a põe em prática.
O juízo indica a figura do juiz, que a ciência do direito indica como órgão do direito, pois sem ele a lei não poderia servir para os fins de direito, sem o juízo a lei seria inútil. Para funcionar a lei tem que ter uma junção com o juízo das partes.
 08 - O ESTADO
 O direito emana do estado e este é uma instituição jurídica. Da mesma forma que a sociedade depende do direito para organizar-se, dai pressupõem a existência do poder político, como órgão controlador da produção jurídica e de sua aplicação.
Direito e Estado constituem um meio ou instrumento a serviço do bem-estar da coletividade. A participação do estado na vida do direito não se restringe ao controle da elaboração das regras jurídicas. Além de zelar pela manutenção da ordem social por seus dispositivos de prevenção, com seu aparelho coercitivo aplica o direito a casos concretos.
Vimos que o direito serve para ordenar a sociedade. 
Um grande erro do ser humano é acreditar que o direito nasce do estado, como se do corpo nascesse à vida. A comparação nos leva, pelo contrário, compreender que não mais do estado deriva o direito, e sim o estado do direito.
O estado, isto é, a estabilidade da sociedade, é um produto, e até o produto do direito. Os historiadores do direito, especialmente do direito romano, comprovaram este caráter político da família, depois o estado foi crescendo pouco a pouco. Sem família o estado não pode viver , um estado sem família é tão absurdo quanto um corpo humano sem células.
O direito ordena a sociedade, e essa sociedade ordenada é o Estado. Assim o direito e o Estado possuem uma íntima ligação. O Estado se origina da família, pois a família é o primeiro Estado. E assim o Estado foi desenvolvendo família, cidade, porém, esse crescimento não faz com que os primeiros Estados desapareçam. A família é o alicerce do Estado, sem a família não existiria o Estado, para compreendê-lo tem que ter consciência de sua totalidade, sua complexidade e suas complicações. Mas se possui apenas parcialmente seu conceito, entenderemos apenas algumas estruturas que fazem parte dele. Os cidadãos devem fazer parte do Estado na sua variedade e complexidade real.
 09 - A COMUNIDADE INTERNACIONAL
 Tratando de delinear o conceito de Estado, vimos que este vai se desenvolvendo no tempo a ponto de poder se assemelhar com uma planta cujo minúsculo germe fosse a família, mas que cresceu depois até chegar a obter, hoje, as dimensões de uma árvore secular. Seria coisa de estudo agora esse desenvolvimento, sobretudo com o fim de saber se sua dimensão atual corresponde á sua maturidade, ou se, pelo contrário, se pode prever, e até que limite, um futuro ulterior dele.
Uma nova razão de dúvida provém do fato de que o direito exclui a guerra. Um Estado no qual a guerra não esteja proibida não é um Estado.  Assim sendo, o chamado direito internacional, tratando-se de moderar a guerra, não a proíbe, contudo não existe uma norma deste direito de acordo com a qual o fazer guerra esteja qualificado de delito.
A conclusão que se tem de tirar, em termos simples, é de que até agora o Estado supranacional está em vias de construção. Há alguns exemplos parciais de superação do limite nacional, mas é ainda demasiadamente poucos para poder tirar deles a segurança de que essa superação está em via de se estender, e menos ainda de que se possa chegar àquele tipo supremo de Estado super nacional que seria o Estado mundial.
O chamado direito internacional, portanto não é ainda verdadeiro e próprio direito, como o é o direito interno; é um direito que se está fazendo, não um direito já feito; um feto, nem ainda um recém-nascido; por isso a experiência deste se fazer-se. O Estado Nacional é o modelo do Estado Moderno pois hoje tem Estados ultra nacionais.
Com os Estados plurinacionais surge a dúvida se a fase nacional é a última do desenvolvimento do Estado. Se o direito internacional deveria estar ligado ao Estado internacional. O direito internacional não impede ou proíbe a guerra, apenas tenta acalmá-la e assim ela não é qualificada como crime.
 10 - A JURISPRUDÊNCIA
 Justiça e direito são diferentes, mas possuem uma interdependência. Pois o direito é um meio que o homem utiliza para alcançar o fim, que é a justiça, uma condição de paz. Para se cultivar o direito, e ele crescerem, exige a presença de técnicos que são os juízes e advogados.
Comparando-se com a técnica a ciência é tardia. Assim quando o direito desenvolve, suas técnicas complicam. E é através da técnica que surge a ciência. E essa ciência é insuficiente para termos a justiça, pois é apenas um desenvolvimento da técnica. Os juristas através da exceção perceberam que a lei é insuficiente, o que levou a achar com a lei, a justiça de cada um.
Para se ter a ordem social é preciso que todos os cidadãos tenham uma cultura elementar de direito, visto que a necessidade se soluciona na insuficiência. Nem a técnica nem a ciência bastam para coordenar o direito, pois ele é um instrumento da justiça.

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