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contrato de franquia

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ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
 
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VILA VELHA 
CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA DIREITO EMPRESARIAL III 
PROFESSORA FERNANDA BRASILEIRO DE ALMEIDA 
PERÍODO LETIVO 2017 02 
 
 
 
ROTEIRO AULA TEMA: 
CONTRATO DE FRANQUIA 
 
 
 
 
ÍNDICE 
1) CONCEITO 
2) PARTES 
3) NATUREZA JURÍDICA 
4) CARACTERÍSTICAS 
5) CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA – COF 
6) VANTAGENS DO CONTRATO PARA AS PARTES 
7) EXTINÇÃO DO VÍNCULO 
JURISPRUDÊNCIA CONTRATO DE FRANQUIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
CONTRATO DE FRANQUIA 
 
1) CONCEITO 
 
“Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso 
da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos 
ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e 
administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, 
mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo 
empregatício.” Artigo 2º da lei 8955/1994. 
 
➢ Relaciona-se com outros contratos: 
a) cessão do uso de marca ou patente; 
b) distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços; 
c) prestação de serviços de organização empresarial, contrato este que se desdobra em três 
contratos específicos: 
c1) engineering (engenharia): franqueador orienta o franqueado em todo o processo de 
montagem e planejamento do seu estabelecimento e promoção dos produtos comercializados; 
c2) management (administração, gerência etc): franqueador orienta o franqueado no 
treinamento de sua equipe de funcionários e na gerência de sua atividade; 
c3) marketing: franqueador orienta o franqueado quanto aos procedimentos de divulgação. 
 
2) PARTES 
 
A) Franqueador ou franchisor 
• titular da marca dos produtos ou serviços objeto da licença; 
• licencia o uso da marca permitindo que o franqueado a explore mediante comercialização 
dos produtos e serviços; 
• pode produzir o produto que será comercializado pelo franqueado OU transmitir as 
técnicas de fabricação dos produtos. 
 
B) Franqueado 
• beneficiário do uso da marca do franqueador; 
• funciona muitas vezes como um distribuidor dos produtos ou serviços; 
• empresário individual, EIRELI ou empresário coletivo; 
• não há relação de emprego, tampouco de consumo. 
 
C) Master-franqueado ou subfranqueador 
• contrato de master-franqueador estabelecido entre o franqueador e o franqueado de 
grande porte; 
• master-franqueador funciona como um franqueador; 
• as unidades podem ser operadas pelo master-franqueado ou pelos subranqueados que 
firmam contratos individuais com aquele. 
 
3) NATUREZA JURÍDICA 
 
➢ Divergência – duas correntes. 
 
➢ Primeira corrente: 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
• contrato atípico, misto ou híbrido mesmo diante da Lei nº8955/94; 
• contrato atípico: em razão da liberdade das partes em estipular as regras; 
• Para Fabio Ulhoa Coelho o contrato é atípico porque a lei não esgota todos os aspectos do 
contrato; 
• contrato misto ou híbrido: porque o contrato reúne elementos de outros contratos 
típicos – contrato de distribuição e de prestação de serviços. 
 
➢ Segunda corrente: 
• contrato típico: porque é regulamentado por lei própria, tem denominação própria e tem 
cláusulas mínimas (elementos mínimos e necessários à sua caracterização); 
• posição de Thiago Ferreira Cardoso Neves. 
 
4) CARACTERÍSTICAS 
 
A) Subordinação empresarial 
• independência do franqueado; 
• relação de parceria; 
• franqueado gere e administra seu negócio sem interferência do franqueador; 
• seguir diretrizes para garantir qualidade da marca. 
 
B) Formalidade 
• contrato escrito e assinado por 2 testemunhas; 
• mero acordo verbal não terá validade; 
• o artigo 6º da Lei nº8955/94 não exige registro em cartório para validade; 
• LPI exige registro no INPI para produção de efeitos perante terceiros; 
• formalidade fase pré-contratual: fornecimento da circular de oferta de franquia (COF) ao 
franqueado; 
• manual de operação de franquia – MOF: é parte integrante do contrato – artigo 3º, XII, e da 
Lei. Trata da operação da franquia propriamente dita, a operacionalização do negócio. 
 
C) Onerosidade 
• Taxa inicial ou taxa de ingresso = é o preço da franquia propriamente dita. Quanto mais 
valiosa a marca, maior será a taxa de ingresso. 
• Royalties = remuneração periódica pelo uso de um direito. Pode ser um percentual sobre o 
faturamento do franqueado ou um valor fixo. 
 
5) CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA – COF 
➢ Artigos 3º e 4º da Lei nº8955/94. 
 
➢ Documento escrito – entregue no prazo mínimo de 10 dias antes da data de assinatura do 
contrato ou do pré-contrato de franquia ou do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo 
franqueado ao franqueador ou pessoa por ele designada, sob pena de anulabilidade do 
contrato de franquia. 
 
➢ Não é um pré-contrato. Não gera obrigação de contratar. Não gera obrigação de indenizar 
acaso não seja celebrado o contrato de franquia. 
 
➢ Objetivo: prévia ciência ao candidato de todos os aspectos inerentes ao negócio. Omissão 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
de informações: rescisão do contrato + devolução das parcelas pagas + indenização por 
perdas e danos. 
 
➢ Entrega obrigatória: apresentar necessariamente todos os elementos previstos no artigo 3º 
da Lei nº8955/94. 
 
➢ Deve explicitar a exclusividade e a territorialidade. A territorialidade não é obrigatória, já a 
exclusividade sim. 
 
➢ Não pode o franqueado explorar produto do mesmo ramo. 
 
➢ Obrigações do franqueado e franqueador. 
 
6) VANTAGENS DO CONTRATO PARA AS PARTES 
 
A) Para o franqueador 
• ampliação da rede de distribuição de produtos e serviços sem a necessidade de despender 
de recursos próprios; 
• lucra com a cessão onerosa da marca; 
• consegue expandir seus negócios e divulgar sua marca sem necessitar investir na 
construção de novos pontos de negócios. 
 
B) Para o franqueado 
• maiores chances de êxito na atividade empresarial mediante a exploração de uma marca de 
sucesso; 
• exercício de atividade econômica com maior segurança, estrutura e suporte; 
• aproveitar da “fama” do franqueador e de sua experiência administrativa e empresarial; 
• vantajoso ao empreendedor com pouca experiência que prefere procurar atividades que já 
tenham serviços especializados de organização empresarial. 
 
7) EXTINÇÃO DO VÍNCULO 
➢ Fim prazo 
➢ Mútuo consenso 
➢ Unilateralmente 
➢ Denúncia do contrato pelo franqueador: só depois de prazo suficiente para o retorno do 
investimento feito pelo franqueado. Artigo 473, PU, CC. 
➢ Se justa causa: dever de indenizar. 
 
 
JURISPRUDÊNCIA CONTRATO DE FRANQUIA 
 
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL 
C/C PERDAS E DANOS - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO 
RECLAMO.INSURGÊNCIA DOS RÉUS. 1. Incidência dos óbices das súmulas 5 e 7/STJ no tocante à 
tese de ilegitimidade passiva. Tribunal local que, com amparo nos elementos de convicção dos 
autos, entendeu pela responsabilidade solidária da franqueadora, porquanto aos olhos dos 
clientes se confunde com a empresa franqueada (teoria da aparência). Impossibilidade de 
reexame de fatos e provas,além da interpretação de cláusula contratual. 2. Não bastasse, esta 
Corte possui julgado no sentido de ser solidária a responsabilidade da franqueadora pelos danos 
decorrentes em razão da franquia. Ademais, essa interpretação vem sendo acolhida por este 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
Tribunal Superior em situações que se correspondem por compreender relações empresariais 
associativas entre aqueles apontados no polo passivo das respectivas demandas. Precedentes. 3. 
Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 398.786/PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, 
QUARTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe 23/02/2016) 
 
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 NÃO 
VERIFICADA. CONTRATO DE FRANQUIA. ANULAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS 
ELENCADOS NO ART. 3º DA LEI N. 8.955/1994. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. SÚMULA 284/STF. 
PRAZO DE ENTREGA DE DOCUMENTO. ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL DE ORIGEM, 
CALCADA NO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO, CONCLUINDO PELA DESINFLUÊNCIA NO 
INSUCESSO DO NEGÓCIO JURÍDICO. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. Não caracteriza omissão 
quando o tribunal adota outro fundamento que não aquele defendido pela parte. Destarte, não 
há que se falar em violação do art. 535, do Código de Processo Civil, pois o tribunal de origem 
dirimiu as questões pertinentes ao litígio, afigurando-se dispensável que venha examinar uma a 
uma as alegações e fundamentos expendidos pelas partes. 2. O recurso especial reclama que a 
argumentação erigida demonstre de plano, mediante uma concatenação lógica, o malferimento 
dos artigos pelo acórdão recorrido. Na espécie, a recorrente limita-se a arguir violação dos art. 
3º, II, III, VIII, "a", "b", "c", IX, X, "a", XII, "a", "b", XIII, XIV e XV da Lei n. 8.955/94 sem indicar, 
clara e objetivamente, de que forma tais dispositivos teriam sido violados, de sorte que a 
alegação genérica de ofensa à lei caracteriza deficiência de fundamentação, em conformidade 
com o enunciado sumular nº 284 do STF. 3. O Tribunal de origem, com base nas provas 
carreadas aos autos, concluiu que o descumprimento por parte do franqueador da 
obrigação de entregar a circular de oferta de franquia - COF no prazo de dez dias, não foi a 
causa deteminante para o insucesso do negócio jurídico, e que o descumprimento dessa 
formalidade não essencial não é passível de anular o contrato depois de passado quase 
dois anos de exploração da atividade empresarial, de forma que a revisão do julgado 
demandaria inegável necessidade de reexame de provas, providência inviável de ser adotada em 
recurso especial, ante o óbice da Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no 
AREsp 572.553/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 
12/02/2015, DJe 19/02/2015) 
 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. ROUBO. POSTO DA AGÊNCIA DOS 
CORREIOS E TELÉGRAFOS. PEQUENO VALOR DO PREJUÍZO ECONÔMICO CAUSADO À ECT: 
IRRELEVÂNCIA PARA A DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
1. Compete à Justiça Federal o processamento de inquérito policial iniciado para apurar o delito, 
em tese, de roubo praticado em posto de agência dos Correios e Telégrafos - EBCT que não se 
enquadra como agência franqueada. 2. Nos termos da jurisprudência desta Corte, o fundamento 
que justifica a exclusão de danos financeiros à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
quando o furto ou roubo ocorre em agência franqueada é o fato de que, no contrato de franquia, 
a franqueada responsabiliza-se por eventuais perdas, danos, roubos, furtos ou destruição de 
bens cedidos pela franqueadora, não se configurando, portanto, real prejuízo à Empresa Pública. 
Precedentes: CC 116.386/RN, Rel. Ministro GILSON DIPP, Terceira Seção, julgado em 25/5/2011, 
DJe 7/6/2011 e CC 27.343/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, Terceira Seção, julgado em 
8/8/2001, DJ 24/9/2001, p. 235. 3. A despeito do pequeno valor subtraído do caixa da EBCT (R$ 
23,97 - vinte e três reais e noventa e sete centavos), o montante do prejuízo causado não 
constitui critério legal para a fixação de competência. 4. Conflito conhecido, para declarar a 
competência do Juízo da 16ª Vara Federal de Juazeiro do Norte, Seção Judiciária do Ceará, o 
Suscitado. (CC 143.045/CE, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, 
julgado em 28/10/2015, DJe 06/11/2015) 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONTRATO 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
DE ADESÃO. FRANQUIA. CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO. ABUSIVIDADE. 
HIPOSSUFICIÊNCIA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7/STJ. 
DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA. DECISÃO MANTIDA. 1. 
"A cláusula de eleição de foro firmada em contrato de adesão de franquia é válida, desde 
que não tenha sido reconhecida a hipossuficiência de uma das partes ou embaraço ao 
acesso da justiça. Precedentes" (AgRg no REsp 493.882/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, 
QUARTA TURMA, julgado em 21/08/2012, DJe 18/09/2012). 2. O recurso especial não 
comporta o exame de questões que impliquem revolvimento do contexto fático-probatório dos 
autos a teor do que dispõe a Súmula n. 7/STJ. 3. No caso, o Tribunal de origem, com base nas 
provas coligidas aos autos, reconheceu a hipossuficiência da agravada e concluiu pela 
invalidade da cláusula de eleição de foro. Alterar tal conclusão demandaria o reexame de 
fatos e provas, inviável em recurso especial, a teor do disposto na mencionada súmula. 4. O 
conhecimento do recurso especial interposto com fundamento na alínea "c" do permissivo 
constitucional exige a indicação do dispositivo legal objeto de interpretação divergente, a 
demonstração da divergência mediante a verificação das circunstâncias que assemelhem ou 
identifiquem os casos confrontados e a realização do cotejo analítico entre elas, nos moldes 
exigidos pelos arts. 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e 541, parágrafo único, do CPC. 5. Agravo regimental 
a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 404.719/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS 
FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 02/09/2014, DJe 08/09/2014) 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO ESPECIAL. FRANQUIA. RESPONSABILIDADE CIVIL 
PERANTE TERCEIROS. APLICAÇÃO DO CDC. INCIDÊNCIA. 1. Os contratos de franquia 
caracterizam-se por um vínculo associativo em que empresas distintas acordam quanto à 
exploração de bens intelectuais do franqueador e têm pertinência estritamente inter 
partes. 2. Aos olhos do consumidor, trata-se de mera intermediação ou revenda de bens 
ou serviços do franqueador - fornecedor no mercado de consumo, ainda que de bens 
imateriais. 3. Extrai-se dos arts. 14 e 18 do CDC a responsabilização solidária de todos que 
participem da introdução do produto ou serviço no mercado, inclusive daqueles que 
organizem a cadeia de fornecimento, pelos eventuais defeitos ou vícios apresentados. 
Precedentes. 4. Cabe às franqueadoras a organização da cadeia de franqueados do 
serviço, atraindo para si a responsabilidade solidária pelos danos decorrentes da 
inadequação dos serviços prestados em razão da franquia. 5. Recurso especial não provido. 
(REsp 1426578/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 
23/06/2015, DJe 22/09/2015) 
 
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ISSQN. SERVIÇOS POSTAIS. REPRESENTAÇÃO 
COMERCIAL. LEGALIDADE DA INCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO DE QUE A ATIVIDADE EXERCIDA 
SERIA DE FRANQUIA, E NÃO DE REPRESENTAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE NOVA INCURSÃO 
NO CONJUNTO PROBATÓRIO DOS AUTOS, ASSIM COMO DE NOVO EXAME DOS TERMOS DO 
CONTRATO. SÚMULAS 5 E 7/STJ. PRECEDENTES DO STJ. SUPOSTA VIOLAÇÃO À COISA 
JULGADA. INOVAÇÃO RECURSAL, EM SEDE DE REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. EXIGÊNCIA QUE SEAPLICA, INCLUSIVE, ÀS 
QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. A 
jurisprudência deste STJ é pacífica no sentido de que, nos termos da Lista de Serviços anexa à Lei 
Complementar 56/87, a atividade de franquia postal não estava sujeita à incidência de ISS. 
Contudo, para que essa orientação possa ser aplicada, faz-se necessária, entre outras, uma 
condição óbvia: que o contrato celebrado entre as partes interessadas seja mesmo de franquia. 
II. Na hipótese dos autos, restou afirmado, nas instâncias ordinárias, que o contrato, bem 
como a atividade desenvolvida pela contratada, revelaria natureza de representação 
comercial, não de franquia. Ora, estabelecida essa premissa, não há de se cogitar em 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
aplicação daquela orientação, consolidada neste Tribunal. III. Impossível reexaminar o 
conjunto probatório dos autos e os termos do contrato, com o fito de tentar reenquadrar 
juridicamente a atividade exercida pela agravante, em razão das vedações sumulares 5 e 7/STJ. 
IV. Não merece ser conhecida alegação extemporânea de suposta violação à coisa julgada, em 
flagrante inovação recursal, em sede de Regimental. A uma, porque não prequestionada. A duas, 
porque alcançada pela preclusão. V. Aplica-se igualmente às questões de ordem pública a 
exigência de prequestionamento. Precedentes do STJ. VI. Agravo Regimental improvido. (AgRg 
no AREsp 113.743/RS, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
05/05/2015, DJe 12/05/2015) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO 
ESTABELECIDA CONTRATO DE FRANQUIA. VALIDADE. RECONHECIMENTO DE 
HIPOSSUFICIÊNCIA POR ESTA CORTE. APLICAÇÃO DA SÚMULA 7/STJ. 1. A jurisprudência 
deste Superior Tribunal de Justiça entende que é válida a cláusula de eleição de foro 
estabelecida em contrato de franquia, exceto quando reconhecida a hipossuficiência da 
parte ou a dificuldade de acesso à justiça. 2. A alteração dos fundamentos do acórdão 
recorrido acerca da hipossuficiência dos recorrentes demandaria o reexame do acervo 
fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso especial, nos termos do enunciado n. 7 
da Súmula do STJ. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 563.993/GO, 
Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 17/03/2015, DJe 
23/03/2015) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO 
ART. 535 DO CPC. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. CONTRATO DE FRANQUIA. AUSÊNCIA 
DE RELAÇÃO CONSUMERISTA. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL NÃO COMPROVADO. 
REVISÃO DAS CONCLUSÕES DA CORTE LOCAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULAS 05 E 
07 DO STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADO. DECISÃO MANTIDA POR SEUS 
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg no AREsp 256.236/SP, 
Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe 
25/11/2014) 
 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS 
- ECT. CONTRATOS DE FRANQUIA. LICITAÇÃO REALIZADA. PERDA DO OBJETO. 1. No 
presente caso, discute-se a possibilidade de manutenção dos contratos de franquia em 
vigor, ainda que firmados sem prévia licitação, até que sejam formalizados os contratos 
precedidos de regular procedimento licitatório. 2. Por meio da petição protocolizada sob o 
número 00457838, em 17.12.2013, a recorrida informa que seu novo vínculo com a ECT, 
após vencer o regular procedimento licitatório, já foi firmado migrando para agência de 
correios franqueada e já entrou em operação. Ora, firmado contrato da recorrida com a 
recorrente, após regular licitação, a demanda perdeu seu objeto. 3. Recurso especial prejudicado. 
(REsp 1384789/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
18/02/2014, DJe 14/04/2014) 
 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. 
CONTRATO DE FRANQUIA. DESVIRTUAMENTO. Segundo o Regional, ficou evidenciado que 
ocorreu fraude no contrato havido entre as reclamadas, porquanto a 5ª reclamada, 
franqueadora, realizava verdadeira ingerência administrativa na condução empresarial 
da 1ª reclamada franqueada, e que os serviços prestados visavam alcançar tão somente os 
interesses daquela, distanciando-se do modelo de contrato de franquia, figurando a 1ª 
reclamada como empresa interposta, razão pela qual concluiu pela responsabilidade 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
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solidária das reclamadas. Com efeito, diante do quadro fático delineado, cujo teor é 
insuscetível de reexame nesta Instância superior, nos termos da Súmula n° 126/TST, para se 
decidir de maneira diversa, no sentido de que não houve o desvirtuamento do contrato de 
franquia, necessário seria o revolvimento de fatos e provas. Agravo de instrumento conhecido e 
não provido. ( AIRR - 10268-75.2014.5.18.0009 , Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, Data de 
Julgamento: 28/09/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/09/2016) 
 
TST SÚMULA N.º 32, que dispõe: 'CONTRATO DE FRANQUIA. INGERÊNCIA IRREGULAR DO 
FRANQUEADOR. DESVIRTUAMENTO. VÍNCULO DE EMPREGO. A ingerência irregular do 
franqueador na condução empresarial do franqueado desvirtua o contrato de franquia, 
inclusive no setor de telecomunicações, ensejando a formação de vínculo empregatício 
diretamente com o franqueador. 
 
"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA 
ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. 
CONTRATO DE FRANQUIA. Em tese, é inaplicável a responsabilidade subsidiária ao 
contrato de franquia. Isso porque a franqueada, por meio de seus próprios empregados, 
explora atividade de forma autônoma e independente em relação ao franqueador. Na 
verdade, o que ocorre é apenas a cessão do direito de uso de marca ou patente por este 
associado e direito de distribuição do produto, com remuneração, ou seja, haverá uma 
colaboração entre duas empresas. Contudo, no presente caso, o Tribunal Regional, soberano 
na análise do conjunto fático-probatório, registrou que o alegado contrato 
de franquia fora firmado somente após 2 (dois) anos da contratação do Reclamante, o que 
não foi negado pela Reclamada. Concluiu, ainda, com base no exercício do livre 
convencimento motivado (art. 131, CPC/1973), pela existência de relação de terceirização 
pura e simples entre as reclamadas sob o verniz de um contrato de franquia. Assim, para se 
chegar a conclusão diversa sobre a matéria, seria necessário o revolvimento de outros elementos 
probatórios, inclusive documental, o que é inviável em sede de recurso de natureza 
extraordinária pela incidência da Súmula n.º 126 do TST. Agravo de instrumento a que se nega 
provimento." (Processo: AIRR - 210253-87.2013.5.21.0005, Relator: Ministro Cláudio 
Mascarenhas Brandão, 7.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 1.º/7/2016.) 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 
13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. 
DESVIRTUAMENTO. Foram preenchidos os requisitos previstos na Lei n.º 13.015/2014. No 
caso, o Tribunal Regional concluiu que se trata de terceirização de serviços e não de 
contrato de franquia, porquanto havia grande ingerência da segunda Reclamada sobre a 
primeira Reclamada, o que descaracteriza o referido instituto comercial. Assim, ao 
imputar a responsabilidade subsidiária à tomadora de serviços pela inadimplência das 
obrigações trabalhistas por parte da prestadora de serviços, o Regional decidiu em 
consonância com a Súmula n.º 331, IV, desta Corte, uma vez que aquela se beneficiou do 
trabalho da Reclamante. Incidência da Súmula n.º 126 do TST. Agravo de instrumentoconhecido e desprovido." (Processo: AIRR - 11200-12.2013.5.18.0005, Relator: Ministro 
Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 1.º/7/2016.) 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI N.º 
13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. 1 - Atendidos 
os requisitos do art. 896, § 1.º-A, da CLT. 2 - O Tribunal Regional, com base no conjunto 
fático-probatório dos autos, concluiu que o contrato firmado entre as reclamadas se 
caracteriza como contrato de prestação de serviços e não de franquia. 3 - Assim, atribuiu 
à segunda Reclamada a responsabilidade subsidiária pelo pagamento das verbas 
ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, 
QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES 
PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. 
 
 
trabalhistas devidas pela primeira Reclamada. 4 - Portanto, a decisão do Regional está de 
acordo com o disposto na Súmula n.º 331, IV, do TST, com o seguinte teor: 'IV - O 
inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica 
a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, 
desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo 
judicial.' 5 - Agravo de instrumento a que se nega provimento." (Processo: AIRR - 
1624-79.2014.5.17.0007, Relatora: Ministra Kátia Magalhães Arruda, 6.ª Turma, Data de 
Publicação: DEJT 17/6/2016.) 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. 
CONTRATO DE FRANQUIA. DESVIRTUAMENTO. Segundo o Regional, ficou evidenciado que 
ocorreu fraude no contrato havido entre as reclamadas, na medida em que a segunda 
Reclamada (franqueadora) realizava verdadeira ingerência administrativa na condução 
empresarial da primeira Reclamada (franqueada), e que os serviços prestados visavam 
alcançar tão somente os interesses daquela, distanciando-se do modelo de contrato 
de franquia, figurando a 1.ª reclamada como empresa interposta, razão pela qual concluiu 
pela responsabilidade solidária das reclamadas. Com efeito, diante do quadro fático 
delineado, cujo teor é insuscetível de reexame nesta instância superior, nos termos da Súmula 
126/TST, para se decidir de maneira diversa, no sentido de que não houve o desvirtuamento do 
contrato de franquia, necessário seria o revolvimento de fatos e provas. Agravo de instrumento 
conhecido e não provido." (Processo: AIRR - 10901-14.2013.5.18.0012, Relatora Ministra: Dora 
Maria da Costa, 8.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 3/6/2016.) 
 
 
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