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ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE VILA VELHA CURSO DE DIREITO DISCIPLINA DIREITO EMPRESARIAL III PROFESSORA FERNANDA BRASILEIRO DE ALMEIDA PERÍODO LETIVO 2017 02 ROTEIRO AULA TEMA: CONTRATO DE FRANQUIA ÍNDICE 1) CONCEITO 2) PARTES 3) NATUREZA JURÍDICA 4) CARACTERÍSTICAS 5) CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA – COF 6) VANTAGENS DO CONTRATO PARA AS PARTES 7) EXTINÇÃO DO VÍNCULO JURISPRUDÊNCIA CONTRATO DE FRANQUIA ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. CONTRATO DE FRANQUIA 1) CONCEITO “Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.” Artigo 2º da lei 8955/1994. ➢ Relaciona-se com outros contratos: a) cessão do uso de marca ou patente; b) distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços; c) prestação de serviços de organização empresarial, contrato este que se desdobra em três contratos específicos: c1) engineering (engenharia): franqueador orienta o franqueado em todo o processo de montagem e planejamento do seu estabelecimento e promoção dos produtos comercializados; c2) management (administração, gerência etc): franqueador orienta o franqueado no treinamento de sua equipe de funcionários e na gerência de sua atividade; c3) marketing: franqueador orienta o franqueado quanto aos procedimentos de divulgação. 2) PARTES A) Franqueador ou franchisor • titular da marca dos produtos ou serviços objeto da licença; • licencia o uso da marca permitindo que o franqueado a explore mediante comercialização dos produtos e serviços; • pode produzir o produto que será comercializado pelo franqueado OU transmitir as técnicas de fabricação dos produtos. B) Franqueado • beneficiário do uso da marca do franqueador; • funciona muitas vezes como um distribuidor dos produtos ou serviços; • empresário individual, EIRELI ou empresário coletivo; • não há relação de emprego, tampouco de consumo. C) Master-franqueado ou subfranqueador • contrato de master-franqueador estabelecido entre o franqueador e o franqueado de grande porte; • master-franqueador funciona como um franqueador; • as unidades podem ser operadas pelo master-franqueado ou pelos subranqueados que firmam contratos individuais com aquele. 3) NATUREZA JURÍDICA ➢ Divergência – duas correntes. ➢ Primeira corrente: ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. • contrato atípico, misto ou híbrido mesmo diante da Lei nº8955/94; • contrato atípico: em razão da liberdade das partes em estipular as regras; • Para Fabio Ulhoa Coelho o contrato é atípico porque a lei não esgota todos os aspectos do contrato; • contrato misto ou híbrido: porque o contrato reúne elementos de outros contratos típicos – contrato de distribuição e de prestação de serviços. ➢ Segunda corrente: • contrato típico: porque é regulamentado por lei própria, tem denominação própria e tem cláusulas mínimas (elementos mínimos e necessários à sua caracterização); • posição de Thiago Ferreira Cardoso Neves. 4) CARACTERÍSTICAS A) Subordinação empresarial • independência do franqueado; • relação de parceria; • franqueado gere e administra seu negócio sem interferência do franqueador; • seguir diretrizes para garantir qualidade da marca. B) Formalidade • contrato escrito e assinado por 2 testemunhas; • mero acordo verbal não terá validade; • o artigo 6º da Lei nº8955/94 não exige registro em cartório para validade; • LPI exige registro no INPI para produção de efeitos perante terceiros; • formalidade fase pré-contratual: fornecimento da circular de oferta de franquia (COF) ao franqueado; • manual de operação de franquia – MOF: é parte integrante do contrato – artigo 3º, XII, e da Lei. Trata da operação da franquia propriamente dita, a operacionalização do negócio. C) Onerosidade • Taxa inicial ou taxa de ingresso = é o preço da franquia propriamente dita. Quanto mais valiosa a marca, maior será a taxa de ingresso. • Royalties = remuneração periódica pelo uso de um direito. Pode ser um percentual sobre o faturamento do franqueado ou um valor fixo. 5) CIRCULAR DE OFERTA DE FRANQUIA – COF ➢ Artigos 3º e 4º da Lei nº8955/94. ➢ Documento escrito – entregue no prazo mínimo de 10 dias antes da data de assinatura do contrato ou do pré-contrato de franquia ou do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador ou pessoa por ele designada, sob pena de anulabilidade do contrato de franquia. ➢ Não é um pré-contrato. Não gera obrigação de contratar. Não gera obrigação de indenizar acaso não seja celebrado o contrato de franquia. ➢ Objetivo: prévia ciência ao candidato de todos os aspectos inerentes ao negócio. Omissão ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. de informações: rescisão do contrato + devolução das parcelas pagas + indenização por perdas e danos. ➢ Entrega obrigatória: apresentar necessariamente todos os elementos previstos no artigo 3º da Lei nº8955/94. ➢ Deve explicitar a exclusividade e a territorialidade. A territorialidade não é obrigatória, já a exclusividade sim. ➢ Não pode o franqueado explorar produto do mesmo ramo. ➢ Obrigações do franqueado e franqueador. 6) VANTAGENS DO CONTRATO PARA AS PARTES A) Para o franqueador • ampliação da rede de distribuição de produtos e serviços sem a necessidade de despender de recursos próprios; • lucra com a cessão onerosa da marca; • consegue expandir seus negócios e divulgar sua marca sem necessitar investir na construção de novos pontos de negócios. B) Para o franqueado • maiores chances de êxito na atividade empresarial mediante a exploração de uma marca de sucesso; • exercício de atividade econômica com maior segurança, estrutura e suporte; • aproveitar da “fama” do franqueador e de sua experiência administrativa e empresarial; • vantajoso ao empreendedor com pouca experiência que prefere procurar atividades que já tenham serviços especializados de organização empresarial. 7) EXTINÇÃO DO VÍNCULO ➢ Fim prazo ➢ Mútuo consenso ➢ Unilateralmente ➢ Denúncia do contrato pelo franqueador: só depois de prazo suficiente para o retorno do investimento feito pelo franqueado. Artigo 473, PU, CC. ➢ Se justa causa: dever de indenizar. JURISPRUDÊNCIA CONTRATO DE FRANQUIA AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C PERDAS E DANOS - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO.INSURGÊNCIA DOS RÉUS. 1. Incidência dos óbices das súmulas 5 e 7/STJ no tocante à tese de ilegitimidade passiva. Tribunal local que, com amparo nos elementos de convicção dos autos, entendeu pela responsabilidade solidária da franqueadora, porquanto aos olhos dos clientes se confunde com a empresa franqueada (teoria da aparência). Impossibilidade de reexame de fatos e provas,além da interpretação de cláusula contratual. 2. Não bastasse, esta Corte possui julgado no sentido de ser solidária a responsabilidade da franqueadora pelos danos decorrentes em razão da franquia. Ademais, essa interpretação vem sendo acolhida por este ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. Tribunal Superior em situações que se correspondem por compreender relações empresariais associativas entre aqueles apontados no polo passivo das respectivas demandas. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 398.786/PR, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 16/02/2016, DJe 23/02/2016) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 NÃO VERIFICADA. CONTRATO DE FRANQUIA. ANULAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS ELENCADOS NO ART. 3º DA LEI N. 8.955/1994. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. SÚMULA 284/STF. PRAZO DE ENTREGA DE DOCUMENTO. ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL DE ORIGEM, CALCADA NO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO, CONCLUINDO PELA DESINFLUÊNCIA NO INSUCESSO DO NEGÓCIO JURÍDICO. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. Não caracteriza omissão quando o tribunal adota outro fundamento que não aquele defendido pela parte. Destarte, não há que se falar em violação do art. 535, do Código de Processo Civil, pois o tribunal de origem dirimiu as questões pertinentes ao litígio, afigurando-se dispensável que venha examinar uma a uma as alegações e fundamentos expendidos pelas partes. 2. O recurso especial reclama que a argumentação erigida demonstre de plano, mediante uma concatenação lógica, o malferimento dos artigos pelo acórdão recorrido. Na espécie, a recorrente limita-se a arguir violação dos art. 3º, II, III, VIII, "a", "b", "c", IX, X, "a", XII, "a", "b", XIII, XIV e XV da Lei n. 8.955/94 sem indicar, clara e objetivamente, de que forma tais dispositivos teriam sido violados, de sorte que a alegação genérica de ofensa à lei caracteriza deficiência de fundamentação, em conformidade com o enunciado sumular nº 284 do STF. 3. O Tribunal de origem, com base nas provas carreadas aos autos, concluiu que o descumprimento por parte do franqueador da obrigação de entregar a circular de oferta de franquia - COF no prazo de dez dias, não foi a causa deteminante para o insucesso do negócio jurídico, e que o descumprimento dessa formalidade não essencial não é passível de anular o contrato depois de passado quase dois anos de exploração da atividade empresarial, de forma que a revisão do julgado demandaria inegável necessidade de reexame de provas, providência inviável de ser adotada em recurso especial, ante o óbice da Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 572.553/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 12/02/2015, DJe 19/02/2015) CONFLITO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. ROUBO. POSTO DA AGÊNCIA DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS. PEQUENO VALOR DO PREJUÍZO ECONÔMICO CAUSADO À ECT: IRRELEVÂNCIA PARA A DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. Compete à Justiça Federal o processamento de inquérito policial iniciado para apurar o delito, em tese, de roubo praticado em posto de agência dos Correios e Telégrafos - EBCT que não se enquadra como agência franqueada. 2. Nos termos da jurisprudência desta Corte, o fundamento que justifica a exclusão de danos financeiros à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos quando o furto ou roubo ocorre em agência franqueada é o fato de que, no contrato de franquia, a franqueada responsabiliza-se por eventuais perdas, danos, roubos, furtos ou destruição de bens cedidos pela franqueadora, não se configurando, portanto, real prejuízo à Empresa Pública. Precedentes: CC 116.386/RN, Rel. Ministro GILSON DIPP, Terceira Seção, julgado em 25/5/2011, DJe 7/6/2011 e CC 27.343/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, Terceira Seção, julgado em 8/8/2001, DJ 24/9/2001, p. 235. 3. A despeito do pequeno valor subtraído do caixa da EBCT (R$ 23,97 - vinte e três reais e noventa e sete centavos), o montante do prejuízo causado não constitui critério legal para a fixação de competência. 4. Conflito conhecido, para declarar a competência do Juízo da 16ª Vara Federal de Juazeiro do Norte, Seção Judiciária do Ceará, o Suscitado. (CC 143.045/CE, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/10/2015, DJe 06/11/2015) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONTRATO ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. DE ADESÃO. FRANQUIA. CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO. ABUSIVIDADE. HIPOSSUFICIÊNCIA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 7/STJ. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA. DECISÃO MANTIDA. 1. "A cláusula de eleição de foro firmada em contrato de adesão de franquia é válida, desde que não tenha sido reconhecida a hipossuficiência de uma das partes ou embaraço ao acesso da justiça. Precedentes" (AgRg no REsp 493.882/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 21/08/2012, DJe 18/09/2012). 2. O recurso especial não comporta o exame de questões que impliquem revolvimento do contexto fático-probatório dos autos a teor do que dispõe a Súmula n. 7/STJ. 3. No caso, o Tribunal de origem, com base nas provas coligidas aos autos, reconheceu a hipossuficiência da agravada e concluiu pela invalidade da cláusula de eleição de foro. Alterar tal conclusão demandaria o reexame de fatos e provas, inviável em recurso especial, a teor do disposto na mencionada súmula. 4. O conhecimento do recurso especial interposto com fundamento na alínea "c" do permissivo constitucional exige a indicação do dispositivo legal objeto de interpretação divergente, a demonstração da divergência mediante a verificação das circunstâncias que assemelhem ou identifiquem os casos confrontados e a realização do cotejo analítico entre elas, nos moldes exigidos pelos arts. 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ e 541, parágrafo único, do CPC. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 404.719/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 02/09/2014, DJe 08/09/2014) DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO ESPECIAL. FRANQUIA. RESPONSABILIDADE CIVIL PERANTE TERCEIROS. APLICAÇÃO DO CDC. INCIDÊNCIA. 1. Os contratos de franquia caracterizam-se por um vínculo associativo em que empresas distintas acordam quanto à exploração de bens intelectuais do franqueador e têm pertinência estritamente inter partes. 2. Aos olhos do consumidor, trata-se de mera intermediação ou revenda de bens ou serviços do franqueador - fornecedor no mercado de consumo, ainda que de bens imateriais. 3. Extrai-se dos arts. 14 e 18 do CDC a responsabilização solidária de todos que participem da introdução do produto ou serviço no mercado, inclusive daqueles que organizem a cadeia de fornecimento, pelos eventuais defeitos ou vícios apresentados. Precedentes. 4. Cabe às franqueadoras a organização da cadeia de franqueados do serviço, atraindo para si a responsabilidade solidária pelos danos decorrentes da inadequação dos serviços prestados em razão da franquia. 5. Recurso especial não provido. (REsp 1426578/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/06/2015, DJe 22/09/2015) TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ISSQN. SERVIÇOS POSTAIS. REPRESENTAÇÃO COMERCIAL. LEGALIDADE DA INCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO DE QUE A ATIVIDADE EXERCIDA SERIA DE FRANQUIA, E NÃO DE REPRESENTAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE NOVA INCURSÃO NO CONJUNTO PROBATÓRIO DOS AUTOS, ASSIM COMO DE NOVO EXAME DOS TERMOS DO CONTRATO. SÚMULAS 5 E 7/STJ. PRECEDENTES DO STJ. SUPOSTA VIOLAÇÃO À COISA JULGADA. INOVAÇÃO RECURSAL, EM SEDE DE REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. EXIGÊNCIA QUE SEAPLICA, INCLUSIVE, ÀS QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. A jurisprudência deste STJ é pacífica no sentido de que, nos termos da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar 56/87, a atividade de franquia postal não estava sujeita à incidência de ISS. Contudo, para que essa orientação possa ser aplicada, faz-se necessária, entre outras, uma condição óbvia: que o contrato celebrado entre as partes interessadas seja mesmo de franquia. II. Na hipótese dos autos, restou afirmado, nas instâncias ordinárias, que o contrato, bem como a atividade desenvolvida pela contratada, revelaria natureza de representação comercial, não de franquia. Ora, estabelecida essa premissa, não há de se cogitar em ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. aplicação daquela orientação, consolidada neste Tribunal. III. Impossível reexaminar o conjunto probatório dos autos e os termos do contrato, com o fito de tentar reenquadrar juridicamente a atividade exercida pela agravante, em razão das vedações sumulares 5 e 7/STJ. IV. Não merece ser conhecida alegação extemporânea de suposta violação à coisa julgada, em flagrante inovação recursal, em sede de Regimental. A uma, porque não prequestionada. A duas, porque alcançada pela preclusão. V. Aplica-se igualmente às questões de ordem pública a exigência de prequestionamento. Precedentes do STJ. VI. Agravo Regimental improvido. (AgRg no AREsp 113.743/RS, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/05/2015, DJe 12/05/2015) AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO ESTABELECIDA CONTRATO DE FRANQUIA. VALIDADE. RECONHECIMENTO DE HIPOSSUFICIÊNCIA POR ESTA CORTE. APLICAÇÃO DA SÚMULA 7/STJ. 1. A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça entende que é válida a cláusula de eleição de foro estabelecida em contrato de franquia, exceto quando reconhecida a hipossuficiência da parte ou a dificuldade de acesso à justiça. 2. A alteração dos fundamentos do acórdão recorrido acerca da hipossuficiência dos recorrentes demandaria o reexame do acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso especial, nos termos do enunciado n. 7 da Súmula do STJ. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 563.993/GO, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 17/03/2015, DJe 23/03/2015) AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 535 DO CPC. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL. CONTRATO DE FRANQUIA. AUSÊNCIA DE RELAÇÃO CONSUMERISTA. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL NÃO COMPROVADO. REVISÃO DAS CONCLUSÕES DA CORTE LOCAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULAS 05 E 07 DO STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADO. DECISÃO MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg no AREsp 256.236/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe 25/11/2014) PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT. CONTRATOS DE FRANQUIA. LICITAÇÃO REALIZADA. PERDA DO OBJETO. 1. No presente caso, discute-se a possibilidade de manutenção dos contratos de franquia em vigor, ainda que firmados sem prévia licitação, até que sejam formalizados os contratos precedidos de regular procedimento licitatório. 2. Por meio da petição protocolizada sob o número 00457838, em 17.12.2013, a recorrida informa que seu novo vínculo com a ECT, após vencer o regular procedimento licitatório, já foi firmado migrando para agência de correios franqueada e já entrou em operação. Ora, firmado contrato da recorrida com a recorrente, após regular licitação, a demanda perdeu seu objeto. 3. Recurso especial prejudicado. (REsp 1384789/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/02/2014, DJe 14/04/2014) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. DESVIRTUAMENTO. Segundo o Regional, ficou evidenciado que ocorreu fraude no contrato havido entre as reclamadas, porquanto a 5ª reclamada, franqueadora, realizava verdadeira ingerência administrativa na condução empresarial da 1ª reclamada franqueada, e que os serviços prestados visavam alcançar tão somente os interesses daquela, distanciando-se do modelo de contrato de franquia, figurando a 1ª reclamada como empresa interposta, razão pela qual concluiu pela responsabilidade ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. solidária das reclamadas. Com efeito, diante do quadro fático delineado, cujo teor é insuscetível de reexame nesta Instância superior, nos termos da Súmula n° 126/TST, para se decidir de maneira diversa, no sentido de que não houve o desvirtuamento do contrato de franquia, necessário seria o revolvimento de fatos e provas. Agravo de instrumento conhecido e não provido. ( AIRR - 10268-75.2014.5.18.0009 , Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 28/09/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/09/2016) TST SÚMULA N.º 32, que dispõe: 'CONTRATO DE FRANQUIA. INGERÊNCIA IRREGULAR DO FRANQUEADOR. DESVIRTUAMENTO. VÍNCULO DE EMPREGO. A ingerência irregular do franqueador na condução empresarial do franqueado desvirtua o contrato de franquia, inclusive no setor de telecomunicações, ensejando a formação de vínculo empregatício diretamente com o franqueador. "AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. Em tese, é inaplicável a responsabilidade subsidiária ao contrato de franquia. Isso porque a franqueada, por meio de seus próprios empregados, explora atividade de forma autônoma e independente em relação ao franqueador. Na verdade, o que ocorre é apenas a cessão do direito de uso de marca ou patente por este associado e direito de distribuição do produto, com remuneração, ou seja, haverá uma colaboração entre duas empresas. Contudo, no presente caso, o Tribunal Regional, soberano na análise do conjunto fático-probatório, registrou que o alegado contrato de franquia fora firmado somente após 2 (dois) anos da contratação do Reclamante, o que não foi negado pela Reclamada. Concluiu, ainda, com base no exercício do livre convencimento motivado (art. 131, CPC/1973), pela existência de relação de terceirização pura e simples entre as reclamadas sob o verniz de um contrato de franquia. Assim, para se chegar a conclusão diversa sobre a matéria, seria necessário o revolvimento de outros elementos probatórios, inclusive documental, o que é inviável em sede de recurso de natureza extraordinária pela incidência da Súmula n.º 126 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento." (Processo: AIRR - 210253-87.2013.5.21.0005, Relator: Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, 7.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 1.º/7/2016.) AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. DESVIRTUAMENTO. Foram preenchidos os requisitos previstos na Lei n.º 13.015/2014. No caso, o Tribunal Regional concluiu que se trata de terceirização de serviços e não de contrato de franquia, porquanto havia grande ingerência da segunda Reclamada sobre a primeira Reclamada, o que descaracteriza o referido instituto comercial. Assim, ao imputar a responsabilidade subsidiária à tomadora de serviços pela inadimplência das obrigações trabalhistas por parte da prestadora de serviços, o Regional decidiu em consonância com a Súmula n.º 331, IV, desta Corte, uma vez que aquela se beneficiou do trabalho da Reclamante. Incidência da Súmula n.º 126 do TST. Agravo de instrumentoconhecido e desprovido." (Processo: AIRR - 11200-12.2013.5.18.0005, Relator: Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 1.º/7/2016.) AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RECLAMADA. LEI N.º 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. 1 - Atendidos os requisitos do art. 896, § 1.º-A, da CLT. 2 - O Tribunal Regional, com base no conjunto fático-probatório dos autos, concluiu que o contrato firmado entre as reclamadas se caracteriza como contrato de prestação de serviços e não de franquia. 3 - Assim, atribuiu à segunda Reclamada a responsabilidade subsidiária pelo pagamento das verbas ATENÇÃO: MERO ROTEIRO RESUMIDO, QUE DEVE SER COMPLEMENTADO COM AS INFORMAÇÕES PRESTADAS EM SALA DE AULA E COM A LEITURA DA DOUTRINA. trabalhistas devidas pela primeira Reclamada. 4 - Portanto, a decisão do Regional está de acordo com o disposto na Súmula n.º 331, IV, do TST, com o seguinte teor: 'IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.' 5 - Agravo de instrumento a que se nega provimento." (Processo: AIRR - 1624-79.2014.5.17.0007, Relatora: Ministra Kátia Magalhães Arruda, 6.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/6/2016.) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. CONTRATO DE FRANQUIA. DESVIRTUAMENTO. Segundo o Regional, ficou evidenciado que ocorreu fraude no contrato havido entre as reclamadas, na medida em que a segunda Reclamada (franqueadora) realizava verdadeira ingerência administrativa na condução empresarial da primeira Reclamada (franqueada), e que os serviços prestados visavam alcançar tão somente os interesses daquela, distanciando-se do modelo de contrato de franquia, figurando a 1.ª reclamada como empresa interposta, razão pela qual concluiu pela responsabilidade solidária das reclamadas. Com efeito, diante do quadro fático delineado, cujo teor é insuscetível de reexame nesta instância superior, nos termos da Súmula 126/TST, para se decidir de maneira diversa, no sentido de que não houve o desvirtuamento do contrato de franquia, necessário seria o revolvimento de fatos e provas. Agravo de instrumento conhecido e não provido." (Processo: AIRR - 10901-14.2013.5.18.0012, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8.ª Turma, Data de Publicação: DEJT 3/6/2016.) FIM
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