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REVISIONAL PARA REDUÇÃO DE ALIMENTOS

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EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMILIA REGIONAL DE NILÓPOLIS RJ
 brasileiro, casado, assistente administrativo, portador da identidade n. RJ, inscrito no CPF sob n. CEP , vem por sua advogada (doc 01)
endereço para o qual solicita que sejam enviadas todas as notificações , vem respeitosamente perante Vossa excelência, com fulcro nos artigos 13 e 15 da Lei 5.478/68; artigo 693; § Único do CPC/15 apresentar 
                   Ação revisional de Alimentos, com pedido de tutela antecipada
                                  
Em face de 
, menor, neste ato representado por sua mãe, brasileira, portadora da identidade n. , inscrita no CPF sob n. , residente a Estrada 
, pelos fatos abaixo delineados
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
O Requerente não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que são insuficientes seus rendimentos para arcar com as custas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família. 
Assim, REQUER digne-se Vossa Excelência conceder-lhe os benefícios da Justiça Gratuita. 
 DOS FATOS
O requerente está obrigado a prestar alimentos em favor do menor no valor de 68% (sessenta e oito por cento) do salário mínimo vigente e na hipótese de vínculo empregatício 20% (vinte por cento) de todas as verbas que compõem a sua remuneração, obtidas a qualquer título, excluídos os descontos compulsórios (INSS e IRPF), não podendo esse valor ser menor que o item 68% do mínimo vigente, a ser pago até o dia 15 de cada mês, conforme conciliação, no Processo da Juízo da Segunda Primeira Vara de Família Regional em , no processo de número: (doc. 02)
Acontece que o requerente na época em que foram fixados os alimentos, concordou em pagar a quantia estipulada uma vez que possuía condições econômicas de arcar com o valor da pensão alimentícia sem prejuízo do seu próprio sustento.
Todavia, a realidade fática que norteou a fixação dos alimentos encontra-se de maneira diversa, uma vez que o Requerente deixou de trabalhar como autônomo, dadas as dificuldades do mercado, passando a trabalhar com vínculo empregatício na função recepcionista, percebendo renda bruta de R$ 1.626,21 (Hum mil seiscentos e vinte e seis Reais e vinte e um centavos), conforme comprovante apenso aos autos (doc. 03).
Ademais o requerente diferentemente à época da fixação dos alimentos passou a ter outras despesas como: água, luz, alimentos e aluguel, vez que na época da ação ainda não era casado. Na constância do casamento o requerente passou a assumir novos compromissos financeiros na manutenção da casa e criação de mais um filho (doc. 04) conforme tabela abaixo contendo os principais gastos:
GASTOS
VALOR
GASTOS COM LUZ
R$ 
GASTOS COM CONDOMINIO
R$ 
ALIMENTAÇÃO
R$ 
TOTAL
R$ 
Em suma a atual situação do Requerente é muito diferente daquela da época da pactuação dos alimentos, de tal forma que hoje, para manter o pagamento dos alimentos, necessita de recorrer a empréstimos com terceiros, uma vez que seus parcos recursos são insuficientes para suprir tal obrigação, o que compromete até mesmo o sustento de seu filho menor, não subsiste , portanto, o devido equilíbrio do Binômio Possibilidade e Necessidade que existia no momento da fixação da obrigação.
Assim sendo, permanecendo o Requerente obrigado a pagar 68% (sessenta e oito por cento) do salário mínimo, devidos a título de alimentos, estaria se desconsiderando por completo a possibilidade econômico-financeira do mesmo, o que, fatalmente, acarretaria a sua, a sua inadimplência.
Diante da situação financeira atual do Requerente, a redução é única possibilidade existente para o mesmo, como participação na alimentação dos Requeridos.
Desta forma, tendo em vista que houve mudança na situação financeira e de que seu novo filho deve gozar dos mesmos recursos que os filhos já existentes , o Requerente resolveu buscar a prestação jurisdicional, para que , sejam revistos os alimentos devidos aos Requeridos de de 68% ( sessenta e oito por cento do salário mínimo), para 15% (quinze por cento) de seu salário brutos, deduzidos a previdência social e IRRF a ser descontado diretamente em folha de pagamento. 
DO DIREITO
Funda-se o pedido do Requerente na Lei n° 5.478/68, que dispõe sobre alimentos. Com efeito, assim dispõe referida lei em seus arts. 13, § 1° e 15:
“Art. 13. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções. 
§ 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será sempre processado em apartado.”
.............................................................................
“Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos interessados.”
Também o novo Código Civil Brasileiro, instituído pela Lei n° 10.406, de 2.002, com vigência a partir de 11 de janeiro de 2.003, assim dispõe o § do art. 1.694 e art. 1.699: 
        
”Art. 1694. 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
.
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.”
Assim, de acordo com a legislação vigente, a revisão do quantum está devidamente prevista na legislação. 
A decisão que estipula os alimentos tem, segundo Yussef Said Cahali, implícita a cláusula rebus sic stantibus: 
“O respectivo quantum tem como pressuposto a permanência das condições de possibilidade e necessidade que o determinara” (Dos Alimentos, 2ª ed., 2ª tiragem, RT, pág. 699).
De acordo com o estabelecido no art. 15 da Lei nº 5.478/68, onde reza que caberá revisão de alimentos quando a situação financeira dos interessados for alterada, encontra a presente ação respaldo legal, reforçado pacificamente pela doutrina:
"O que se nota é que uma relação jurídica continuativa, dá suporte material a ação de alimentos, ou seja, uma relação jurídica em que a situação fática sofre alterações com o passar dos tempos. 
Deste modo, quando se diz que "inexiste" coisa julgada material nas ações de alimentos, faz-se referência apenas ao "quantum" fixado na decisão, pois, se resultar alterada faticamente a situação das partes pode se alterar os valores da obrigação alimentar." (Dos alimentos, Yussef Said Cahali, pg. 701, in fine). 
No presente caso, impõe-se a redução da pensão alimentar a fim de haja real possibilidade do Requerente efetuar tais pagamentos sem comprometer demasiadamente seu sustento próprio. A jurisprudência também tem decidido favoravelmente à redução do valor da pensão alimentícia, quando existe modificação na situação econômica do alimentante, inferior à da época da fixação anterior:
“AÇÃO REVISIONAL - Redução liminar, ante a evidente diminuição das possibilidades econômicas do devedor - Admissibilidade - Desproporção gravosa entre os índices de correção de seu salário e da pensão devida - Aplicação da Lei nº 5.478/68 (Alimentos), art. 13, § 1º 
Sendo evidente que os alimentos devidos são excessivos, considerando-se a situação econômica do devedor, podem eles ser liminarmente reduzidos em ação revisional” (TJSP - 6ª Câm. Civil; AI nº 120.334-1-SP; rel. Des. J. L. Oliveira; j. 10.08.1989; v.u.). JB 171/197
“REVISIONAL DE ALIMENTOS – DEFICIÊNCIA NA SITUAÇÃO ECONÔMICA – POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA – ART. 400/CC.
Demonstrando o alimentante a impossibilidade do cumprimento da obrigaçãoassumida em acordo de separação judicial, ocasionada por situação econômico-financeira deficiente afetadora de sua empresa e, levando-se em conta que a ex-esposa passou a exercer trabalho remunerado, além de outros elementos de provas constantes nos autos, a ação revisional de alimentos deve ser procedente a fim de estabelecer um tratamento equânime entre as partes, porquanto deve sempre se ter em vista o binômio necessidade/possibilidade na relação alimentícia.” (TJ/SC – Ap. Cível n° 96.000512-9 – Câmara de Laguna – Ac. unân. – 1ª Câm. Cív. – Rel. Des. Carlos Prudêncio – DJSC – 26.09.96 – pág. 12). 
Quanto às provas da situação financeira do Requerente, as mesmas estão devidamente comprovadas com a documentação juntada à presente. 
DA TUTELA ANTECIPADA
O Código de Processo Civil, no art. 300, instituiu a tutela antecipada, nos termos:
” A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
O Requerente pretende ver os alimentos que oferece a seu filho, reduzidos de 68% ( sessenta e oito por cento do salário mínimo), para 15% (quinze por cento) de seu salário brutos, deduzidos a previdência social e IRRF a ser descontado diretamente em folha de pagamento. O valor será suficiente, com a participação também da genitora, que possui cargo e salários.
Pleiteia tal redução em função de não haver condições de arcar com tal encargo na sua integralidade, sem prejuízo do seu sustento e sua nova família, conforme restou provado pela prova documental que segue anexa.
As provas exigidas pelo citado artigo estão devidamente representadas pela cópia dos recibos de pagamentos e do contrato de trabalho do Requerente, onde se pode verificar a remuneração mensal líquida do mesmo, no valor de R$ 1.447,87 (Hum mil quatrocentos e quarenta e sete Reais e oitenta e sete centavos).
Diante dos fatos trazidos nesta Revisão não há meios de o Requerente continuar contribuindo com o valor anteriormente estipulado, uma vez que houve significativa mudança em suas condições econômicas, bem como constituição de nova família.  É conveniente ressaltar que a não redução dos alimentos importará em prejuízo para a nova família do Requerente, pois atualmente passam por dificuldades financeiras que certamente serão agravadas, caso continue a pagar a pensão alimentícia no valor correspondente a mais de 40% (quarenta cento) de seu salário líquido.
 A concessão da tutela antecipada faz-se necessária e conveniente ante o caráter de urgência de tal medida.  Estando presentes todos os requisitos ensejadores da redução por liminar, é justa sua determinação por Vossa Excelência. A jurisprudência assim tem se manifestado em casos idênticos:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE ALIMENTOS – PENSÃO FIXADA, EM FAVOR DA MULHER E DOS FILHOS, HÁ MAIS DE 10 ANOS – PEDIDO DE PERMANÊNCIA DE PENSIONAMENTO NEGADO – INCOMPROVAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE – DECISÃO SINGULAR MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO, EM SINTONIA MINISTERIAL.
É de manter-se decisão singular que, em revisão de alimentos, outorga tutela antecipada para reduzir pensionamento de 30% para 15% do salário do alimentante, considerando sua nova prole. A Agravante, funcionária pública, não comprovou a necessidade. Desprovimento recursal.” (Destaque do Requerente). (TJMT – AI 8.967 – Classe II – 15 – Várzea Grande – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Wandyr Clait Duarte – j. 16.12.1998).
Isto posto, e não restando outro meio ao Requerente, segue o:
Do    Pedido
Por tudo exposto, requer, nos termos do artigos 13 e 15 da lei 5.478/68, que seja a presente ação julgada totalmente procedente que de tal sorte que requer:
a) O deferimento da Gratuidade de Justiça;
b)    A Titulo de Tutela Provisória de urgência, nos moldes dos artigos 294, 297 e 300 do CPC/15; a redução da pensão alimentícia para ), para 15% (quinze por cento) de seu salário brutos, deduzidos a previdência social e IRRF a ser descontado diretamente em folha de pagamento.
c)   Que sejam citados os Requeridos pelo Correio, os menores na pessoa de sua genitora também Requerida, para comparecer na audiência do Artigo 695 do CPC/15.
d)    Ao final, não havendo acordo e com a contestação apresentada pelos requeridos, querendo, no prazo do artigo 335 do CPC/15, sob pena de revelia, sejam fixados alimentos definitivos, revisados, para cada um dos filhos do requerente, no valor de (XX, ou porcentagem) mensais, com atualização pelo (ai vc vê o índice que for melhor)
e)   A intimação do MP nos termos do artigo 698 do CPC/15, para que se manifeste no presente feito em razão de envolver interesse de incapaz.
f)   A condenação da Requerida   nas custas e honorários que Vossa Excelência fixar nos termos do artigo 85 e seguintes do CPC/15.
Protesta em provar os fatos alegados através de todos os meios de provas, admitidas em direito, em especial pela produção de provas documentais, testemunhas, pericia e inspeção judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários.
Valor da causa R$ 
Nestes termos
Pede deferimento.
 Rio de Janeiro,

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