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A INDUSTRIALIZACAO BRASILEIRA notas

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ECO 448 – ECONOMIA BRASILEIRA Notas de Aula
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
1880-1900 – Final do Império e início da República – República Velha
1914 – 1918 – Primeira Guerra Mundial – no fim da guerra a Europa encontrava-se arrasada – surge a nova potencia mundial: os Estados Unidos
Os anos 1930 – A Revolução de 30
TRANSFORMAÇÕES OCORRIDAS NO BRASIL (1930 – 1982)
ECONÔMICAS
POLÍTICAS
SOCIAIS
O País passa :
De Sociedades Agrária e Mercantil
Para Sociedade Industrial e Capitalista 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
Café – grande fonte das reservas-ouro – ou seja – principal fonte de captação de recursos do exterior – exportações
CRISE ECONÔMICA MUNDIAL DE 1929
Quebra da bolsa de Nova York – devido à superprodução da economia Norte americana
Desde 1910 – o café vinha sendo produzido em excesso – crise de 29 – perda de seu maior mercado consumidor – brutal queda nos preços
REVOLUÇÃO DOS ANOS 1930
Esgotamento da política “café-com-leite” – aliança entre São Paulo e Minas Gerais
Classe média começa a reagir aos privilégios da classe dominante.
Período 1930 – 
Divisor de águas na história da formação social brasileira
Inicia-se uma ruptura entre a BURGUESIA INDUSTRIAL (nascente, de origem estrangeira – imigrantes) e o LATIFÚNDIO CAFEEIRO MERCANTIL
( RUPTURA QUE IRÁ DOMINAR O PROCESSO ECONÔMICO E POLÍTICO BRASILEIRO ATÉ 1964
CARACTERÍSTICAS – cenário do período anterior:
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�
Industrialização do final do século XIX 
Industrialização periférica
Subordinada ao modelo primário-exportador
Limitado às indústrias de bens de consumo não-durável. �
MODELO PRIMÁRIO-EXPORTADOR (1808 ATÉ 1930)
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Brasil – se inseriu (de forma retardatária) no capitalismo industrial triunfante na Europa.
Pequena dimensão do mercado interno
Insuficiente base tecnológica
Poder – nas mãos da burguesia latifundiária.
FATOS DECISIVOS QUE MUDAM A HISTÓRIA DO BRASIL EM 1930:
O capitalismo internacional entra em crise (Crise de 1929 e a Depressão dos anos 1930)
A Revolução de 1930 – alija do poder a burguesia agrário-exportadora ( pacto populista ( pacto político mais favorável à industrialização. 
DESENVOLVIMENTO:
“O Desenvolvimento, portanto, é um processo de transformação global. Seu resultado mais importante, todavia, ou pelo menos o mais direto, é o crescimento do padrão de vida da população (...) No processo de desenvolvimento, o aspecto econômico é preponderante.”
Desenvolvimento ( melhoria nos padrões de vida da população ( aumento do bem-estar, aumento do padrão de vida.
Desenvolvimento ( uma vez iniciado (...) “tende a gerar-se a si mesmo de forma necessária, mas também a encontrar dentro de suas próprias fronteiras, especial mente em seu mercado interno, seus próprios fatores dinâmicos”.
Desenvolvimento ( transformações simultâneas nas áreas:
Econômica
Social
Política
1930 – MARCA O INÍCIO DA REVOLUÇÃO NACIONAL BRASILEIRA.
Até então o Brasil fora um país tipicamente semicolonial.
FATOS QUE COLABORAM PARA ESSA REVOLUÇÃO:
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Crise violenta que se abate sobre o café (
(portanto, sobre o nosso comércio exterior).
( característica da economia semicolonial ( grande maioria da população trabalha no campo.
( não conta com mercado interno
( importamos manufaturas &
 exportamos produtos primários
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A PARTIR DE 1930:
O mercado interno tem a oportunidade de se expandir.
Rápida modificação da estrutura do mercado externo ( no campo das importações ( o surto industrial que se verifica na economia brasileira permite realizar rápida substituição de importações.
Dependência de nossa economia em relação à exportação diminui. A idéia agora é produzir para consumir ao contrário do período anterior, em que predominava a idéia de produzir para exportar.
Desenvolvimento industrial (a rápida industrialização é a causa dominante das modificações ocorridas nesse período e o mercado interno é seu efeito fundamental).
Verifica-se uma redistribuição da renda nacional e seu extraordinário crescimento.
O país deixa de ser basicamente agrário,
Além da agricultura e do comércio surgem mais dois setores (geradores de renda nacional):
Indústria e Estado.
TRANSFORMAÇÃO BÁSICA NO PLANO SOCIAL
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ESTRUTURA SOCIAL NA REPÚBLICA VELHA
Na Sociedade Colonial: 
a divisão do trabalho ainda é primária , nossa estrutura social apresentava duas classes:
a dirigente: dos senhores de terra – ligada ao comércio exportador de café e importador de produtos manufaturados.
a dominada: subproletariado rural – que vivia em condições miseráveis.
Encontrava-se uma pequena classe média vivendo nas cidades ( (parasitária) ( apoiada fundalmentalmente no emprego público.
A PARTIR DE 1930 TRANSFORMA-SE A ESTRUTURA SOCIAL:
Surgem duas novas classes:
a da burguesia industrial
a do proletariado urbano
A classe média se expande rapidamente ( ainda, em grande parte, é ligada ao funcionalismo público parasitário.
O PAPEL DO ESTADO SE ALTERA:
Deixa de ser mero instrumento da classe dirigente (abandona o papel passivo),
Passa a participar de forma ativa no desenvolvimento nacional – e participa como principal elemento desse processo – 
O funcionalismo deixa de ser parasitário
A classe média – surgem novos campos de trabalho na indústria e nas atividades que se desenvolvem a partir do (e devido ao) processo de industrialização.
Também boa parte do sub-proletariado rural ascende à categoria de proletariado rural.
CARACTERÍSTICA POLÍTICA DO BRASIL SEMICOLONIAL ( domínio de uma pequena oligarquia dos senhores de terra ( tem na organização estatal e no capitalismo internacional ( o principal instrumento (o Estado) de acesso ao poder (domínio) e a maior razão de sua existência.
( resulta no DOMÍNIO POLÍTICO do PROPRIETÁRIO DE TERRA.
( produz para exportar
( benefício direto do capitalismo internacional (que apóia a oligarquia dominante).
( nosso sistema de PRODUÇÃO e de COMÉRCIO interessava diretamente às nações industrializadas ( vantagens na troca de produtos industrializados por produtos primários.
( COM A REVOLUÇÃO DE 1930 A OLIGARQUIA PERDE O PODER E ENTRA EM DECADÊNCIA
Seguem-se os governos:
GETÚLIO VARGAS (1930-1934 - Governo provisório e 1934-1937 – Primeiro governo constitucional e 1937-1945 – Estado Novo)
EURICO GASPAR DUTRA (1946-1951)
GETÚLIO VARGAS (1951 – 1954)
JUSCELINO KUBITSCHECK (1956 – 1961)
A PARTIR DE 1930: surgem duas correntes
De um lado, lutando por uma volta ao antigo regime:
Agricultura latifundiária do café;
Alto comércio ligado ao café (direta ou indiretamente ligado ao capitalismo internacional);
Classe média parasitária ligada por laços econômicos e sociais à antiga classe dominante.
De outro lado: O GOVERNO
Parte das classes de oposição ao antigo poder aliam-se ao Governo;
Surgem outros grupos de apoio como a classe industrial;
A classe proletária;
Uma nova classe média.
GETÚLIO VARGAS – Líder populista típico.
TRANSFORMAÇÕES NO PLANO CULTURAL:
“Tomamos consciência de nós mesmos”
 
A partir dessa conscientização vemo-nos diante do problema básico de nossa cultura: “o profundo complexo de inferioridade colonial que a avassala. Julgavamo-nos racial e intelectualmente inferiores aos povos industrializados, sem a mesma capacidade de trabalho, de iniciativa e de êxito, derivando daí três alienações básicas da nossa formação: a alienação cultural, a alienação institucional, a alienação econômica”.
O GOVERNO GETÚLIO VARGAS
Anos 1930 – é nesta década que o Brasil entra propriamente na fase de sua REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
( rompimento das bases agrárias , tradicionaise de caráter basicamente colonial.
Antecedentes históricos bem definidos:
Desenvolvimento da cultura do café – a cafeicultura – meados do séc. XIX
Diferenças do ciclo do café e dos ciclos do açúcar e do ouro ( estes últimos ocorrem em plena época colonial, não há preocupação em investir os lucros em outra atividade produtiva.
Cultura do café – começa a ser usado em grande escala o trabalho assalariado ( da cultura da cana-de-açúcar – usou predominantemente a mão-de-obra escrava.
Cultura do café – insere o trabalho assalariado 
( irá permitir a formação de um mercado interno 
( desenvolve-se o comércio interno
( começam a surgir as condições básicas para a instalação de uma indústria nacional voltada para o mercado interno.
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IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL ( o surgimento de um mercado interno (mesmo que este seja pouco desenvolvido).
A industrialização brasileira só seria possível na medida em que este mercado interno existisse.
CAUSAS BÁSICAS DO SURGIMENTO DO MERCADO INTERNO:
( Expansão da cultura e das exportações de café,
( Expansão do trabalho assalariado.
( imigração maciça ocorrida no Brasil (meados do século XIX) – eram imigrantes muito ambiciosos e que traziam algum conhecimento técnico.
ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA:
O desenvolvimento da indústria têxtil (a partir de 1850),
A instalação de um sistema de transporte ferroviário (para exportação de produtos agrícolas)
Aparelhamento da infra-estrutura econômica em geral no país (além das ferrovias tem-se os portos, usinas hidrelétricas, sistemas de comunicação, etc.).
Primeira Guerra Mundial – possibilitaria um extraordinário desenvolvimento da indústria nascente – pela dificuldade de obter os produtos do exterior.
ANTECEDENTES NO PLANO POLÍTICO:
Surgimento de uma classe média mais atuante (últimas três décadas do séc. XIX).
Constituição do Exército Nacional
Proclamação da República
Revoluções dos anos 1920 – que abalaram a Primeira República e resultaram na Revolução de 1930.
INÍCIO DOS ANOS 1930 – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
Ocorre devido a conjugação de dois fatores principais:
1) REVOLUÇÃO DE 1930
2) Oportunidade econômica para investimentos industriais (proporcionada paradoxalmente pela depressão econômica)
1) REVOLUÇÃO DE 1930 ( importância extraordinária ((( devido à retirada do poder da oligarquia agrário-comercial brasileira.
REVOLUÇÃO DE 1930 – foi uma revolução da classe média.
O Governo que se instaurou a partir de 1930 se identificava com os ideais da renovação da política e da economia brasileira.
OPOSITORES AO SISTEMA – aristocracia e classes médias tradicionais
GOVERNO - vê-se obrigado a buscar apoio nas novas classes que emergiam:
No proletariado urbano – a que atendeu com extensa legislação trabalhista
Férias
Jornada de trabalho de 8 horas
Trabalho da mulher e do menor
1930 – criação do Ministério do Trabalho
regulamentação das relações de trabalho
nova legislação sindical – os sindicatos passam a ser regulados pelo ESTADO.
Na nova classe média – à qual continuou a beneficiar com empregos públicos.
Na classe emergente dos empresários industriais – o Governo adotou uma política nitidamente industrializante.
1937-1945 – Vargas inaugurou no país o REGIME DITATORIAL (ditadura declarada).
1940 – criação do SALÁRIO MÍNIMO.
MARCO HISTÓRICO: início da construção, no fim dos anos 1930, da Usina Siderúrgica de Volta Redonda.
( A Revolução de 1930 é uma peça essencial, estabelecendo as condições políticas necessárias para a industrialização da economia brasileira, ou seja, a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA.
( SEGUNDO FATOR A CONTRIBUIR PARA A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA:
Surgimento inesperado e paradoxal de uma imensa oportunidade de investimentos industriais devido à depressão mundial dos anos 1930.
Fatores Fundamentais:
De um lado, a procura interna manteve-se relativamente constante, apesar da crise econômica mundial que afeta diretamente nossas exportações.
De outro lado, os preços dos artigos manufaturados elevaram-se verticalmente, enquanto o poder aquisitivo externo do país reduziu-se e o poder aquisitivo interno se manteve.
Explicação para ocorrência dessas condições:
Segundo Celso Furtado, quando veio a crise operou-se o mecanismo clássico de defesa da economia – taxa de câmbio – mas embora se tenha operado, essa medida não foi suficiente.
Com a crise mundial – cai dramaticamente o preço do café ( desvalorizou-se a moeda ( queda no valor externo da moeda (falência no sistema de conversibilidade).
Apesar da crise, não houve redução na produção de café.
( SOLUÇÃO ENCONTRADA: compra pelo Governo e destruição dos excedentes de café ( ( investimento improdutivo
OBJETIVO: DEFENDER A ECONOMIA CAFEEIRA ( resultava na manutenção do nível do emprego na economia exportadora e nos setores produtivos ligados ao mercado interno.
( mantendo-se o nível do emprego, mantinha-se o nível da procura agregada – ainda que, esta última, não fosse a intenção da política adotada pelo Governo.
( ESTADO (( PRINCIPAL AGENTE DA TRANSFORMAÇÃO.
Tornava-se proibitiva a importação de artigos manufaturados de consumo ( grande oportunidade para realização de investimentos altamente lucrativos no setor industrial.
Investimentos iniciais ( indústrias de bens de consumo (que exigiam equipamentos simples).
Exemplos: 
Indústria alimentícia
Indústria de artigos de higiene e limpeza
Perfumaria
Indústria farmacêutica
Indústria metalúrgica ligeira
ERA VARGAS (1930-1945) ( há um “processo de substituição de importações”.
O estado de São Paulo consolida-se como palco da concentração industrial.
Período 1940-1945
Novo conjunto de estímulos à indústria brasileira a partir de 1940
Fato fundamental da época: Segunda Guerra Mundial ( segundo Pereira (1985) não impulsionou o desenvolvimento industrial brasileiro.
	( a política do governo foi idêntica a do período anterior.
	( taxa de câmbio fixa – mantida como forma de proteção ao setor cafeeiro 
 (mantinha sua renda em moeda nacional).
	( aliavam-se os interesses dos fazendeiros e dos industriais ligados ao mercado interno pois mantendo-se a renda do setor cafeeiro, mantinha-se a procura dos produtos internos.
Segunda Guerra Mundial ( estimulou a economia dos EUA.
Países desenvolvidos (conseqüências da guerra) ( queda das exportações de manufaturados de consumo como também de equipamentos industriais.
No Brasil ( ocorreu uma redução no ritmo de seu desenvolvimento industrial durante a guerra.
( causa básica ( a dependência quase total da importação de equipamentos ( nossa indústria de bens de capital era incipiente.
( a expansão da indústria brasileira ficou limitada à utilização plena da capacidade instalada.
	Ex: gigantesco crescimento da indústria têxtil – setor tradicional da indústria brasileira, que vinha trabalhando conforme sua capacidade instalada e que passou a operar plenamente.
Política do Governo Dutra
( Optou pela política liberal (laissez faire) – coube ao mercado regular a dinâmica do desenvolvimento.
(Facilitou a importação de todos os tipos de bens (principalmente os de consumo) o que leva ao esgotamento das reservas (( em um país que exportava produtos agrícolas e matérias-primas e importava manufaturas, essas diretrizes mostraram-se prejudiciais à economia.
( Há necessidade de se emitir papel–moeda.
( A partir de 1947-51 - o governo introduziu controles cambiais em que se privilegiava a importação de máquinas e equipamentos para a indústria.
Governo Vargas – volta da política econômica nacionalista
Novas prioridades:
importações de equipamentos e matérias-primas foram facilitadas,
importação de bens de consumo – dependerão de licenças de importação e, agora,esse tipo de bem tem baixa prioridade.
Características da industrialização brasileira no pós-30:
Transformação do Estado em investidor industrial – em indústrias pesadas
Ex: Companhia Siderúrgica Nacional (1941),
 Companhia Vale do Rio doce (1942),
 Companhia Nacional de Álcalis (1943),
 Fábrica Nacional de Motores (FNM),
 Usinas Hidrelétricas – CHESF (1945). 
Postura nacionalista.
Apesar da implantação de indústrias pesadas pelo Estado, a economia brasileira dependia da importação de máquinas e equipamentos.
Período 1946-55:
Devido à grande elevação dos preços do café, melhoram as relações de troca.
( grande importância na aceleração da industrialização brasileira, facilitando a importação de equipamentos.
Política cambial – Criada a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) – 1945.
PERÍODO 1946-55 (especialmente 1947-53)
O sistema cambial brasileiro é transformado em um poderoso estímulo à industrialização.
(Instrução 70 – SUMOC – sistema + flexível de leilões de câmbio com várias categorias de importação).
( mantinha barreira cambial à importação de produtos manufaturados de consumo.
( assegurava condições para importação de máquinas e equipamentos e de matérias-primas ( para esses produtos a taxa de câmbio era relativamente baixa.
( a medida que o câmbio era controlado pelo governo melhoram as relações de troca.
GOVERNO – “CONFISCO CAMBIAL” – redistribuição da renda nacional em favor do Governo e do Setor Industrial que formam o setor moderno da economia em oposição ao setor tradicional – exportador, constituído pela aristocracia cafeicultora.
( Os 10 anos imediatamente após a Guerra – representam um período de desenvolvimento industrial brasileiro, entretanto, esse crescimento não ocorreu de forma homogênea, isto é, não ocorreu em todos os setores da indústria.
( Fim da Guerra – a indústria (leve) de bens de consumo estava instalada no Brasil. A partir dessa época inicia-se o desenvolvimento da indústria de bens de consumo mais complexa – ex: a indústria de eletrodomésticos.
( É dado também um impulso às indústrias de base e de bens de produção.
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SETORES
TRADICIONAIS
NOVOS SETORES
Indústria Têxtil e de Alimentos
( a produção abaixo da média
Indústria Metalúrgica e Indústria Química
Grande ( da produção( 172% e 608% respectivamente
1953 – fundada a PETROBRÁS
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Indústria de BENS DE PRODUÇÃO
( da produção da produção da indústria de bens de capital em 147%.
Produção de bens de capital no Brasil em 1954 corresponde a 47% do total, passando, em 1954 para 72,9%.
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PERÍODO 1956-60 – GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHECK
( 1956-1961 – Consolidação do Desenvolvimento Industrial
Para viabilizar esse processo a opção do Governo foi:
desenvolver o setor industrial de bens de consumo duráveis.
favorecer a livre participação do capital estrangeiro no país.
Ameaças ao desenvolvimento (após o período de grande desenvolvimento) ( 
Processo Inflacionário:
1939 a 1953 – taxa média de inflação – 11% ao ano.
1954 – taxa média de inflação – 26,2% ao ano.
Deterioração da relação de trocas do Brasil (de 1954 –60) ( diminuição de 25% nas relações de troca.
Crise da infra-estrutura econômica do país
Os investimentos em infra-estrutura não acompanharam o desenvolvimento acelerado do período anterior
Apresentam-se pontos de estrangulamento:
Transporte ferroviário
Navegação
Setor de energia – as empresas estrangeiras dominavam 80% da produção.
Setor Siderúrgico – aquém das necessidades do país.
Queda da taxa de crescimento do PIB real - (1956) – cai para 1,9% ao ano devido a reduzida safra de café.
PERÍODO 1956-61 - a economia volta a crescer. Consolida-se e encerra-se a primeira fase da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA.
Taxa anual de crescimento do PIB real ( sobe para 6% ao ano.
Crescimento da produção industrial ( apresenta uma taxa média de 11% ao ano.
Auge do crescimento – ano de 1961.
Ocorrem transformações fundamentais na economia do ponto de vista econômico, político e social.
TRANSFORMAÇÃO ESTRUTURAL BÁSICA ( CRESCIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA MANUFATUREIRA NO PIB.
1950 = 20%
1955 = 22,6%
1960 = 27,5%
FENÔMENO ECONÔMICO FUNDAMENTAL ( a implantação da indústria de bens de consumo duráveis no Brasil - indústria automobilística.
( economia de divisas
( efeitos externos
( efeitos internos diretos 
	( crescimento das oportunidades de emprego e investimento para 
( a indústria de autopeças
( a indústria de base
( o setor de comercialização dos veículos produzidos. 
O que provoca todo esse desenvolvimento?
( a política econômica do governo Juscelino Kubitscheck.
Pela primeira vez no Brasil ocorrem ações deliberadas e efetivas voltadas para o desenvolvimento industrial.
A ação do Governo é explicada por:
Forças políticas que o elegeram ( nacionalistas, industriais e intervencionistas moderados ( o governo teria uma atitude a favor do desenvolvimento industrial brasileiro.
A personalidade do Sr. Juscelino Kubitscheck ( senso de oportunidade histórica. Otimismo ilimitado ( negação ao complexo de inferioridade colonial (particularmente aos povos de origem anglo-saxã).
Duas linhas mestras norteavam o programa de governo:
A industrialização forçada (a todo vapor);
O otimismo e a confiança nas potencialidades do país e a confiança no seu povo.
Equipe de técnicos que compunha o governo
( influência do pensamento econômico da COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA (CEPAL).
PLANO DE METAS – constituído de 31 metas – experiência de planejamento econômico integral
( O estado teria interferência em tudo (em quê, onde, como os capitais públicos e privados seriam aplicados).
Objetivos de curto-prazo: acelerar o desenvolvimento
Objetivos de médio prazo: elevar o nível de vida da população.
Explicação básica do extraordinário desenvolvimento do país no período:
O estímulo proporcionado à industrialização – criando condições favoráveis aos investimentos privados nacionais e estrangeiros e o crescimento dos investimentos governamentais.
Instalação das indústrias: automobilística, naval e mecânica pesada.
Grande afluxo de capitais estrangeiros no período ( o governo Federal favoreceu a entrada de capitais estrangeiros diretos. 
A situação internacional mostrava-se favorável à atração desses capitais – os EUA buscavam novas fontes para investir seus capitais após a recuperação européia do pós-Segunda Guerra Mundial.
FIM DO PERÍODO 1956-61
BRASIL ( estava auto-suficiente na produção de bens de consumo leves e pesados,
 ( havia feito enormes progressos no campo da indústria de base e na de
 equipamentos industriais.
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QUAL O EFEITO DOS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS SOBRE A ECONOMIA DE UM PAÍS?
Se os investimentos estrangeiros:
( se concentrarem em setores cujos efeitos multiplicadores são baixos;
( se não gerarem efeitos multiplicadores sobre a indústria nacional;
( se não existir mão-de-obra nacional qualificada para ocupar os empregos gerados;
( se o Governo não investir os impostos que recebem em atividades que propiciem o desenvolvimento;
( se for realizado em setores onde não há necessidade de grandes capitais para se organizar uma empresa eficiente. 
( se forem realizados em um país com certo grau de desenvolvimento;
( que possua um mercado interno;
( em setores em que o capital (nacional) realmente é escasso;
( gera economias externas.
NO BRASIL
( A partir dos anos 1950 (especialmente na segunda metade da década) ( 
Surgimento de empresas nacionais
Barreiras cambiais e tarifárias à entradade produtos manufaturados estrangeiros
((( o capital internacional viu-se “obrigado” a realizar grandes investimentos industriais no Brasil (visando a manutenção do mercado brasileiro). 
CARACTERÍSITICAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO
PERÍODO 1930–1960 – Transformou-se a estrutura econômica, política e social do país.
( PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA
CARACTERÍSITICAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO
 Corrente Estruturalista
 Corrente Monetarista
CARACTERÍSITICAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO
Crise de 1929
+
Revolução de 1930
Papel decisivo na história do Brasil
PRODUÇÃO & EXPORTAÇÃO DE CAFÉ
BURGUESIA MERCANTIL
(especulativa e dependente do Estado).
DOMÍNIO DO CAPITAL MERCANTIL
OLIGARQUIA AGRÁRIO – COMERCIAL BRASILEIRA
(quatro séculos de poder)
Inicialmente dominava o país em conjugação com os interesses comerciais portugueses.
A partir da independência – passa a exercer o domínio em conjugação com os interesses comerciais dos países industrializados (especialmente a Inglaterra).
(De 1929 a 1934)
Devido à ( exportações de café ( ( preços do café ( ( vertical no poder aquisitivo externo ao mesmo tempo em que se mantinha o poder aquisitivo interno, graças à política de defesa do café ( RESULTADO: ( de aproximadamente 50% nos preços dos produtos manufaturados importados.
Os preços internos não só não haviam subido, como haviam caído ( 7%.
Suicídio de Getúlio Vargas ( 24 de agosto de 1954
( investimentos e
( lucratividade
Transportes
Energia
Indústria de base
Alimentação
31 metas ( 4 setores-chave
TRIPÉ DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
SETOR PRODUTIVO DE BENS DE CONSUMO CORRENTES
SETOR PRODUTIVO DE BENS DE PRODUÇÃO OU INDÚSTRIAS DE BASE
SETOR PRODUTIVO DE BENS DE CONSUMO DURÁVEIS
Criado na República Velha
Implantado na
Era Vargas
Inaugurado no Período JK
O capital estrangeiro era obtido via empréstimo ao Governo (participação mais restrita na economia brasileira)
Incentivado o investimento direto do capital estrangeiro 
Empresas multinacionais diretamente instaladas no país
 O investimento estrangeiro terá efeitos negativos sobre a economia
 do país e, conseqüentemente, sobre o seu desenvolvimento.
 O investimento estrangeiro terá efeitos positivos sobre a economia
 do país.
INDUSTRIALIZAÇÃO
Entre 1930-61 ( o setor dinâmico do desenvolvimento econômico brasileiro foi a indústria.
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
A industrialização ocorreu aproveitando-se o mercado interno já existente para produtos industriais importados que eram substituídos por produtos fabricados no país.
LIMITAÇÃO À CAPACIDADE DE IMPORTAR
Resultou de fatores diversos:
( nos anos 30 ( a depressão mundial,
 ( queda nas exportações brasileiras,
 ( deterioração das relações de troca 
 provocada pela queda do preço 
 internacional do café.
( nos anos 40 ( a Segunda Guerra Mundial limitou
 nossa capacidade de importar,
 ( a partir do fim da guerra – 
 incapacidade do Brasil de aumentar 
 suas importações.
( de 1947 a 54(melhoram as nossas relações de
 troca,
 ( crescente endividamento externo.
( A pressão sobre nossa capacidade de importar constituiu-se em um dos fatores
 básicos que criaram oportunidades de investimentos industriais no Brasil.
SURGIMENTO DE UMA CLASSE DE EMPRESÁRIOS INDUSTRIAIS NO BRASIL
A revolução industrial brasileira foi realizada basicamente por empresários imigrantes, ou por filhos e netos de imigrantes, originários da classe média.
Empresários:
50% eram imigrantes (eles mesmos ou filhos ou netos),
16% eram brasileiros (filhos e netos de brasileiros).
ALTA RELAÇÃO MARGINAL PRODUTO-CAPITAL
O investimento no Brasil foi realizado em setores de rentabilidade maior e mais rápida, nos quais um investimento relativamente pequeno permitia, diretamente ou através de economias externas, um grande crescimento do produto (concentração de investimentos na indústria manufatureira). 
ESTATIZAÇÃO
Participação crescente do Governo no produto e no investimento nacional.
Decorrência do próprio processo de desenvolvimento.
Definição e execução da política econômica (a partir de 1956).
INFLAÇÃO
Brasil: país subdesenvolvido passando por rapidíssimo crescimento ( a inflação constituiu-se em uma válvula de escape para o desenvolvimento do país na medida em que possibilitou o financiamento do aumento das despesas governamentais.
URBANIZAÇÃO
Fenômeno que surge como uma constante dentro do processo de desenvolvimento econômico do país.
AUMENTO DA TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
À medida que se elevam os padrões de consumo, melhoram as condições de higiene, estende-se o âmbito da medicina preventiva.
DISTRIBUIÇÃO DESIQUILIBRADA DA RENDA
Manteve-se o desequilíbrio regional ( Norte e nordeste ( rendas mais baixas
Centro Sul ( rendas mais altas
AUMENTO DOS SALÁRIOS e do CONSUMO TOTAL
( DOS SALÁRIOS REAIS (entre 1947 e 60)
Na RENDA
( da participação dos assalariados (de 56% para 65%).
( da participação dos profissionais liberais (de 26% para 18%).
( participação do grupo capitalista – lucros, juros, aluguéis – ( de 18 para 20%).
( DO CONSUMO TOTAL (entre 1950 e 60)
( do consumo público (( 5,5% aa)
( do consumo privado (( 2,5% aa).
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A leitura do livro é indispensável

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