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TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE PROF. LUIZ FILIPE LIMA EVOLUÇÃO CONSTITUCIONAL DO DIREITO AMBIENTAL 1. Constituição imperial de 1824: Não fez qualquer referência à matéria ambiental, prevendo no entanto, a proibição de indústrias contrárias à saúde do cidadão. 2. A primeira Constituição Republicana, de 1891, atribuía competência legislativa à União para legislar sobre suas minas e terras. 3. A Constituição de 1934 tratou da proteção às belezas naturais, ao patrimônio histórico, artístico e cultural, dentre outros assuntos. 4. As Constituições de 1937 e de 1946 mantiveram a preocupação com a proteção às belezas naturais, ao patrimônio histórico, artístico e cultural, dentre outros assuntos, cuidando ainda de outros temas, tais como: riquezas do subsolo, águas, florestas, caça, pesca. 5. A Constituição de 1967 em nada inovou, a não ser por atribuir à União a competência para legislar sobre normas gerais de defesa da saúde, sobre jazidas, florestas, caça, pesca e águas. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. Todos: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Todos: Pronome indefinido – serve para aumentar a abrangência da norma, faz do direito ao meio ambiente um direito difuso. Meio Ambiente Ecologicamente equilibrado: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Remete-nos à noção de equilíbrio ecológico que não significa inalterabilidade das condições naturais. Remete-nos à ideia de estabilidade de forças opostas, uma estabilidade, um autocontrole. Bem de uso comum do povo: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. É aquele que pode ser desfrutado por toda e qualquer pessoa dentro dos limites legais. Pessoa de direito público e de direito privado. É o bem de fruição coletiva. Essencial à qualidade de vida: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Não dá para pensarmos em sadia qualidade de vida, sem pensarmos em equilíbrio dos recursos ambientais. Impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Poder Público: Esferas administrativas, legislativas e judiciais. Coletividade: Audiências Públicas, denúncias, ou por meio de associações, impetrando ações civis públicas, ou diretamente por intermédio de iniciativa popular, na ação popular de defesa ambiental. Para as presentes e futuras gerações: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Sustentabilidade Demonstra o caráter intergeracional desse direito. “Incumbe ao Poder Público: ... V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados...” COMPETÊNCIA: Conceito: Capacidade de emitir decisões dentro de um campo específico Tipos de competência: Legislativa e Material COMPETÊNCIA Legislativa: DA UNIÃO: (Art. 22, IV, XII, XIV, XXVI da CF) A União pode legislar sobre: água, energias, jazidas, minas e outros recursos minerais, populações indígenas, atividades nucleares de qualquer natureza. Por meio da competência concorrente, a União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem legislar sobre: direito urbanístico, florestas, caça, pesca, fauna, conservação, defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico e responsabilidade por dano ao meio ambiente. (Art. 24 da CF) COMPETÊNCIA Material: Conceito: É aquela ligada com a prática de atos administrativos/Execução. DA UNIÃO: (Art. 21 da CF) Compete à União elaborar planos de ordenação do território e de desenvolvimento socioeconômico, instituir o sistema nacional de recursos hídricos, instituir as diretrizes de desenvolvimento urbano, incluindo a habitação, o saneamento básico e os transportes urbanos, explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem. Por meio da competência comum, exercida pela União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, verifica-se que esta se refere a proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; impedir a destruição desses bens; promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; proteger o meio ambiente, combater a poluição em qualquer de suas formas; preservar as florestas, a flora e a fauna; registrar, acompanhar e fiscalizar a concessão de direitos de recursos hídricos e minerais em seus territórios. (Art. 23 da CF)
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