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RESENHA_Legislação e Licenciamento aplicados ao Meio Ambiente_IBF

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Rio de janeiro, 04 de fevereiro de 2020 
Disciplina: Legislação Ambiental e Licenciamento Ambiental 
Resenha: Legislação e Licenciamento aplicados ao Meio Ambiente 
 
A influência devastadora das ações humanas no meio ambiente, devido ao 
desenvolvimento econômico ao longo das últimas décadas, fez com que as 
organizações vissem a necessidade de controlar e reduzir os impactos, para isso foi 
criada a legislação ambiental, campanhas de conscientização de utilização de recursos, 
minimizando a agressão ao meio ambiente. 
A legislação ambiental brasileira está, atualmente, entre as mais completas e avançadas 
no mundo. Com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais – Lei No 9.605, de 12 de 
fevereiro de 1998 – a sociedade, órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a 
contar com mecanismos para a cobrança e punição de infratores. 
Licenciamento ambiental é o procedimento no qual o poder público, representado por 
órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação de atividades, 
que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva ou potencialmente 
poluidoras. É obrigação do empreendedor, prevista em lei, buscar o licenciamento 
ambiental junto ao órgão competente, desde as etapas iniciais de seu planejamento e 
instalação até a sua efetiva operação. Além disso, é a base estrutural do tratamento das 
questões ambientais pela empresa. É através da Licença que o empreendedor inicia eu 
contato com o órgão ambiental e passa a conhecer suas obrigações quanto ao 
adequado controle ambiental de sua atividade. A Licença possui uma lista de restrições 
ambientais que devem ser seguidas pela empresa. 
Desde 1981, de acordo com a Lei Federal 6.938/81, o Licenciamento Ambiental tornou-
se obrigatório em todo o território nacional e as atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras não podem funcionar sem o devido licenciamento. Desde então, empresas 
que funcionam sem a Licença Ambiental estão sujeitas às sanções previstas em lei, 
incluindo as punições relacionadas na Lei de Crimes Ambientais, instituída em 1998: 
advertências, multas, embargos, paralisação temporária ou definitiva das atividades. Os 
empreendimentos que são obrigatórios por lei em pedir licença ambiental estão listados 
na Resolução CONAMA 237 de 1997. 
Segundo Resolução CONAMA nº237/1997 a competência para licenciar é dos órgãos 
integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, responsável pela 
proteção e melhoria da qualidade ambiental. O licenciamento pode ser de competência 
da esfera federal, estadual ou municipal: na esfera federal, o IBAMA é o responsável 
pelo licenciamento de atividades desenvolvidas em mais de um estado e daqueles cujos 
impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais (Mar territorial, plataforma 
continental; zona econômica exclusiva, terras indígenas, unidades de conservação da 
União), ou quando são relativos a material radioativo, utilizem material nuclear, 
empreendimentos militares. Quando a atividade está localizada regionalmente, a lei 
federal atribuiu aos estados a competência de licenciamento, sendo que os estados 
podem delegar a competência para os municípios, como estabelecido pela Resolução 
CONAMA 237 de 1997, caso o empreendimento for local. 
O processo de licenciamento ambiental possui três etapas: 
• Licença Prévia (LP) – Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da 
implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Esta licença apenas aprova 
a viabilidade ambiental e estabelece as exigências técnicas (as “condicionantes”) para 
o desenvolvimento do projeto, mas não autoriza sua instalação. Nesta fase, caberá ao 
empreendedor atender ao art. 225, §1º, IV da Constituição Federal e da Resolução 
001/86 do Conama, elaborando os estudos ambientais que serão entregues ao Órgão 
Ambiental para análise e deferimento. No caso de uma obra de significativo impacto 
ambiental, na fase da licença prévia o responsável deve providenciar o Estudo e 
Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). O documento técnico-científico traz um 
diagnóstico ambiental, analisa impactos e suas medidas compensatórias. Tais estudos 
endereçados, respectivamente, para a Administração Pública e para a sociedade, 
abordam necessariamente as condições da biota, dos recursos ambientais, as questões 
paisagísticas, as questões sanitárias e o desenvolvimento socioeconômico da região; e 
visam dar publicidade e transparência ao projeto. 
• Licença Instalação (LI) – Esta aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da 
obra de implantação do projeto. É concedida depois de atendidas as condições da 
Licença Prévia. A execução do projeto deve ser feita conforme o modelo apresentado. 
Qualquer alteração na planta ou nos sistemas instalados deve ser formalmente enviada 
ao órgão licenciador para avaliação. 
• Licença de Operação (LO) – Licença que autoriza o início do funcionamento do 
empreendimento/obra, das atividades produtivas. É concedida depois que é concedida 
após vistoria para verificar se todas as exigências foram atendidas municípios, de 
acordo com a resolução CONAMA 237/97. Nas restrições da LO, estão determinados 
os métodos de controle e as condições de operação 
O prazo de validade de cada licença varia de atividade para atividade de acordo com a 
tipologia, a situação ambiental da área onde está instalada, e outros fatores. O órgão 
ambiental estabelece os prazos e os especifica na licença de acordo com os parâmetros 
estabelecidos na Resolução CONAMA 237/97 (Quadro 1): 
Quadro 1 – Prazos das licenças 
Tipo de Licença Prazo Mínimo Prazo Máximo 
Licença Prévia 
De acordo com o processo 
apresentado. 
Até 5 anos 
Licença de Instalação 
De acordo com o 
cronograma de instalação. 
Até 6 anos 
Licença de Operação 4 anos 10 anos 
 
A LP e a LI poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem 
os prazos máximos estabelecidos. N caso da LO, deve-se requerer a renovação até 120 
dias antes do término da validade dessa Licença. 
Qualquer licença pode ser cancelada, caso a fiscalização encontre algum tipo de 
irregularidade em relação a informações dos documentos exigidos para a concessão da 
licença, riscos ambientais graves ou a saúde das pessoas, alteração de algo sem que 
o órgão seja informado. 
Em caso de dano ambiental ou em não cumprimento das restrições e exigências das 
licenças, pode acarretar sanções nas esferas cível, administrativa ou penal. As sanções 
vão de reparação civil ou indenizações, advertência até prisão ou reclusão. 
O ideal para os projetos é que o processo de desenvolvimento e relação com órgão 
ambiental responsável pelo licenciamento seja realizado desde o início de modo 
transparente conciliando as atividades do empreendimento com a proteção ao meio 
ambiente.