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1 JUSTIÇA RESTAURATIVA I − Noções Gerais: – Deficiências da Justiça Retributiva: II – Conceitos de Justiça Restaurativa: "É um processo através do qual as partes envolvidas num crime decidem em conjunto como lidar com os efeitos deste e com as suas consequências futuras." (Marshall, 1997). "É um processo no qual a vítima, o infrator e/ou outros indivíduos ou membros da comunidade afetados por um crime participam ativamente e em conjunto na resolução das questões resultantes daquele, com a ajuda de um terceiro imparcial." – Declaração da ONU. – Princípios Básicos sobre Justiça Restaurativa, enunciados na Resolução do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, de 13 de agosto de 2002. – ATORES DA JUSTIÇA RESTAURATIVA: JUSTIÇA RESTAURATIVA: – Constitui-se como um conjunto ordenado e sistêmico de princípios, métodos, técnicas e atividades próprias, que visa à conscientização sobre os fatores relacionais, institucionais e sociais motivadores de conflitos e violência, e por meio do qual os conflitos que geram dano, concreto ou abstrato, são solucionados de modo estruturado. (Res. 225. CNJ). 2 JUSTIÇA RESTAURATIVA – É um novo mecanismo de abordagem da justiça penal, através da qual se utiliza um processo dialógico entre as pessoas afetadas pelo crime e a comunidade, buscando a restauração da relação entre as partes, a reparação do dano causado pela infração e outras condições. III – Elementos Fundamentais dos conceitos de Justiça Restaurativa: SOCIAL ELEMENTOS PARTICIPATIVO ou DEMOCRÁTRICO REPARADOR – ELEMENTO SOCIAL: O crime é uma violação das relações entre as pessoas. Produz um mal à vítima, à sociedade e ao autor. O crime deixa de ser uma violação ao ESTADO. – ELEMENTO PARTICIPATIVO OU DEMOCRÁTICO: – necessidade do ENVOLVIMENTO ATIVO das vítimas, infratores e, eventualmente, da comunidade, nos procedimentos adotados. – atuação de um facilitador imparcial e habilitado. – ELEMENTO REPARADOR: – se preocupa com a RESTAURAÇÃO DA RELAÇÃO entre o autor do crime, a vítima e a sociedade – busca a REPARAÇÃO DO DANO 3 – procura evitar a repetição da conduta criminosa IV – ORIGEM: – Surgimento com os NAVAJOS, tribo indígena da América do Norte. – O primeiro programa de reconciliação vítima-infrator foi estabelecido em 1974 em Kitchener, Ontario-Canadá, pela comunidade Mennonite. – Nova Zelândia em 1995 − país pioneiro = na implantação de práticas restaurativas − inspiradas em costumes dos aborígenes Maoris − no sistema de justiça da infância e juventude – Experiências SIMILARES em outros países: CANADÁ – EUA − ARGENTINA – AUSTRÁLIA – AFRICA DO SUL – COLOMBIA, entre outros. V – PRESSUPOSTOS: O crime ou o ato infracional causa dano às pessoas e aos relacionamentos. Não só a vítima e o transgressor são afetados, mas, também, toda comunidade sofre as consequências do ato danoso. – PRESSUPOSTO FUNDAMENTAL: O CONSENSO dos atores (VOLUNTARIEDADE). Predisposição em participar das práticas restaurativas e de celebrar acordos. 4 – PRESSUPOSTO DECORRENTE DA VOLUNTARIEDADE: → PRESSUPOSTO DE CAUSALIDADE: VÍNCULO RELACIONAL VI – OBJETIVOS da Justiça Restaurativa: – aproximar vítima e autor / restaurar relações – empoderamento das partes – reparação dos danos – cumprir outras obrigações. VII –FORMAS: CÍRCULOS DECISÓRIOS sentencing circles FORMAS CÍRCULOS FAMILIARES ou COMUNITÁRIOS conferencing Outras Formas: Mediação – CÍRCULOS DECISÓRIOS – São reuniões com a finalidade de realizar um plano de sentença. – Participam membros da comunidade, a vítima, o infrator, advogados das partes, Ministério Público e o Juiz. 5 – CÍRCULOS FAMILIARES ou COMUNITÁRIOS – São realizadas reuniões com a vítima, o infrator, a família, amigos e pessoas importantes para ambos. – Reuniões com as pessoas que poderão contribuir às partes decidirem como administrar e superar as consequências do delito. – Vídeo exemplificativo – Comentários: – Experiências Brasileiras: – RESOLUÇÃO 225 DO CNJ → Dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário e estabelece outras providências.
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