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ALUNA: ÁGATHA CASSANDRA ALVES SANTOS
MATRÍCULA: 201501142861
DISCIPLINA: PRÁTICA SIMULADA I
PLANO DE AULA 4
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Marta Maranhão, todos residentes e domiciliados em Nova Friburgo/RJ, procuraram seu escritório, a fim de que promova medida judicial para resguardo de seus interesses, pois seus pais, Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam -lhe um de seus imóveis , neste caso, representado por um sitio situado na rua Bromélia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 (duzentos mil reais), através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, sem que os demais filhos se manifestassem sobe o referido ato jurídico.
Os alienantes e ao adquirente residem na cidade de Nova Friburgo /RJ 
Esclarecem ainda, que não concordam com a mencionada venda, visto que, o valor de mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era de R$350.000,00. 
Elaborar a peça processual cabível, para invalidar a venda do imóvel e por consequência para resguardar os direitos de seus clientes.
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__ DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO –RJ
JOAQUIM MARANHÃO, ANTÔNIO MARANHÃO E MARTA MARANHÃO, irmãos, brasileiros, estados civis ignorados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo -RJ, inscritos no registro geral sob os correspondentes números:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas N.º___________, vêm, muito respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, com registro na ordem dos advogados do Brasil sob o nº: XXX- XX-CE, P ROPOR, EM LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO UNIT ÁRIO, PELO RITO COMUM, AÇÃO REAL ANUL ATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPR A E VENDA CUMULADO COM PEDIDO DE CANCEL AMENTO DE REGISTRO DE 
ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL ATINGIDO, em face de MANUEL MARANHÃO e FLORINDA MARANHÃO, pais dos autores, brasileiros, casados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo -RJ, identificados sob os respectivos números de registro geral de pessoas físicas ignorados, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR: 
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I. DAS PRELIMINARES
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
Requer os Autores, nos termos da lei nº 1.060 de 1950, e do artigo 98 e seguintes do CPC, que lhes sejam deferidos os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista em que os mesmos não podem arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios se m o prejuízo do sustento próprio e de suas famílias. Nesse sentido:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. (CPC)
I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO 
É competente o presente foro para a propositura desta ação anulatória, haja vista o cerne do caso em tela tratar-se de discursão acerca da efetiva validade de negócio jurídico de com pra e venda, e com isso, resta -se nítido tratar-se de direito pessoal, podendo, pois , a presente demanda ser postulada no domicílio dos réus, conforme dicção do artigo 46, caput, do CPC/15. Nesses termos:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. (CPC)
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II. DOS FATOS
Ocorre que os Réus Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, pais dos Autores, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam -lhe um de seus imóveis, no caso em tela, um sitio situado na Rua Bromélia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., por preço certo e ajustado em R$200.000,00 (duzentos mil reais), venda consagrada através de Escritura de Compra e Venda lavrada n o dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da d e Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente. O negócio jurídico fora celebrado sem a expressa anuência d os demais filhos acerca do referido contrato de compra e venda. É o que se tem de mais imperioso a relatar. Passa -se agora à análise do mérito da questão.
III. DO MÉRITO
III. I. DA ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre a sua passividade de anulação, por inequívoco convencimento de que ocorrera a venda do imóvel sem o consentimento expresso dos demais descendentes, havendo, pois a possibilidade de anulação nos termos do artigo 496 do CC e jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça. Veja-se.
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. (CC) 
RECURSO ESPECI AL Nº 9 53. 46 1 - SC (2007/ 0114207 -8) (f)
RELATOR: MINISTRO SIDNEI BENETI
RECORRENTE: PATRICK SANTOS GOMES
ADVOGADO: ALEX SANDRO SOMMARIVA
RECORRIDO: ARLEY GOMES E OUTRO
ADVOGADO: CRISTIAN ESMERALDINO FERREIRA
EMENTA
DIREITO CIVIL.VENDA DE ASCENDENTE A DESCENDENTE SEM ANUÊNCIA DOS DEMAIS. ANULABILIDADE. REQUISITOS DA ANULAÇÃO PRESENTES 
1.- . Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário, a alienação feita por ascendente à descendente é, desde o regime originário do Código Civil de 1916 (art. 1132), ato jurídico anulável. Tal orientação veio a se consolidar de modo expresso no novo Código Civil (CC /2002, art.496). 
2.- Além da iniciativa da parte interessada, para a invalidação desse ato de alienação é necessário : a) fato da venda ; b) relação de ascendência e descendência entre vendedor e comprador; c )falta de consentimento de outros descendentes (CC/ 1916, art. . 1132), d) a configuração de simulação , consistente em doação disfarçada (R Es p 476 5 57 /PR , Re l. Mi n. NANCY ANDRIGHI, 3ª T., DJ 22 .3 .2 0 04) ou , alternativamente, e ) a demonstração de prejuízo (EREsp 661 85 8/ PR , 2ª Seção, Re l. Min. FERNNDO GONÇALVES, Dj e 19 .1 2. 20 08; REsp 75 21 49/ A L, Re l. Min . RAUL ARAÚJO, 4 ª T., 2. 10. 20 10) .
3.- . No caso concreto estão presentes todos os requisitos para a anulação do ato.
4.- Desnecessidade do acionamento de todos os herdeiros ou citação destes para o processo, ante a não anuência irretorquível de dois deles para com a alienação realizada por avô a neto. 
5.- Alegação de nulidade afastada, pretensão ente decorrente de julgamento antecipado da lide, quando haveria alegação de não simulação de venda, mas , sim, de efetiva ocorrência de pagamento de valores a título de transferência de sociedades e de pagamentos decorrentes de obrigações morais e econômicas , à ausência de comprovação e, mesmo, de alegação crível da existência desses débitos, salientando-se a não especificidade de fatos antagônicos aos da inicial na contestação ( CPC, art. . 302), de modo que válido o julgamento antecipado da lide. 
6.- Decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina subsistente, Recurso Especial improvido. (Grifos nossos).
Deste modo, por todo exposto, requer os Autores, a declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido.
III. II. DO CANCELAMENTO DO REGISTRO DA ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL 
Conforme se demonstrou no tópico anterior, um a vez julgado pelo ínclito Magistrado a nulidade do contratode compra e venda firmado no caso ora sob análise, deve-se ater-se , em ato contínuo, acerca da carência de cancelamento do registro da escritura pública que se deu na data de 20 de setembro de 2015, em consonância ao dispõe o artigo 250, inciso I, da Lei de registros 
Públicos (lei nº 6015/73), devendo regressar a propriedade do bem imóvel em questão aos antigos donos.
IV. DOS PEDIDOS
 Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade do negócio jurídico celebrado, requer, desde logo, os Autores:
I. A declaração de anulação do contrato de compra e venda do imóvel aqui discutido, nos termos do artigo 496 do CC;
I
II. O cancelamento do registro da escritura pública, tendo em vista a patente ilegalidade do ato originário, devendo, pois, ocorrer a expedição 
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 de ofício à autoridade competente para que haja a 
efetiva regressão do direito de propriedade a os antigos donos do imóvel;
I
III. Protestar em provar o alegado por todos os 
meios de provas em direito admitidos, estando já 
em poder de certidões de nascimento, cópia da 
escritura pública do imóvel;
IV. Deixar expresso a NÃO POSSIBILIDADE para audiência de mediação e conciliação;
V. Honorários advocatícios em 20% sobre o valor 
da causa. 
VI. O deferimento do pedido de justiça gratuita, 
visto que os mesmos são pobres no sentido jurídico do termo. 
Dar-se-á o valor da causa em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 27 de março de 2017.
MAXSUEL GOMES
OAB/CE XX.XXX-X

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