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Conhecimentos Bancários - Seguros e Resseguros

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AULA 04 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – CEF - 2014 
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Olá pessoal!
Vamos começar a nossa quinta aula, pessoal...
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FEVEREIRO/2014 
 
 
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21. Sociedades Seguradoras
As Sociedades Seguradoras não poderão explorar qualquer outro ramo de
comércio ou indústria.
A autorização para funcionamento será concedida através de Portaria do
Ministro da Indústria e do Comércio, mediante requerimento firmado pelos
incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por intermédio da SUSEP.
Concedida a autorização para funcionamento, a Sociedade terá o prazo de
noventa dias para comprovar perante a SUSEP, o cumprimento de todas as
formalidades legais ou exigências feitas no ato da autorização.
As Sociedades Seguradoras só poderão operar em seguros para os quais
tenham a necessária autorização, segundo os planos, tarifas e normas
aprovadas pelo CNSP.
É vedado às Sociedades Seguradoras reter responsabilidades cujo valor
ultrapasse os limites técnicos, fixados pela SUSEP de acordo com as normas
aprovadas pelo CNSP, e que levarão em conta:
a) a situação econômico-financeira das Sociedades Seguradoras;
b) as condições técnicas das respectivas carteiras;
c) o resultado de suas operações com o IRB.
As Sociedades Seguradoras são obrigadas a ressegurar as responsabilidades
excedentes de seu limite técnico em cada ramo de operações e, em caso de
cosseguro, a cota que for fixada pelo CNSP. Não haverá cobertura de
resseguro para as responsabilidades assumidas pelas Sociedades Seguradoras
em desacordo com as normas e instruções em vigor.
As operações de cosseguro obedecerão a critérios fixados pelo CNSP, quanto à
obrigatoriedade e normas técnicas.
A colocação de seguro e resseguro no estrangeiro era feita exclusivamente por
intermédio do IRB. Atualmente, qualquer resseguradora instalada no País está
apta a prestar tal serviço. As reservas de garantia correspondentes aos
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seguros e resseguros efetuados no exterior ficarão integralmente retidas no
País.
As apólices, certificados e bilhetes de seguro mencionarão a responsabilidade
máxima da Sociedade Seguradora, expressa em moeda nacional, para
cobertura dos riscos neles descritos e caracterizados. Para garantia de todas as
suas obrigações, as Sociedades Seguradoras constituirão reservas técnicas,
fundos especiais e provisões.
As Sociedades Seguradoras obedecerão às normas e instruções da SUSEP
sobre operações de seguro, cosseguro, resseguro e retrocessão, bem como
lhes fornecerão dados e informações atinentes a quaisquer aspectos de suas
atividades. Os inspetores e funcionários credenciados da SUSEP terão livre
acesso às Sociedades Seguradoras, delas podendo requisitar e apreender
livros, notas técnicas e documentos, caracterizando-se como embaraço à
fiscalização, sujeito às penas da lei, qualquer dificuldade oposta a estes.
22. Resseguro
O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de
preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação
do sinistro ao segurado.
Muitas vezes, os valores envolvidos nos contratos de seguro são tão altos que
mesmo o resseguro necessita de cobertura. Nesse caso, a pulverização de
risco é feita entre resseguradoras internacionais recebendo o nome de
retrocessão. Quanto maior o valor do contrato, maior a necessidade de
envolvimento de um grupo maior de empresas. Por isso, podemos dizer que o
resseguro é uma das atividades econômicas que há mais tempo pratica a
globalização.
Além de pulverizado entre as resseguradoras, o valor do bem segurado
também pode ser dividido entre duas ou mais seguradoras. Essa operação é
chamada de cosseguro, onde são emitidas tantas apólices quantas forem as
empresas envolvidas, ou apenas uma apólice para uma das companhias,
denominada líder.
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Dicionário de Seguros da SUSEP dispõe que:
“COSSEGURO - É a operação que consiste na repartição de um
mesmo risco, de um mesmo segurado, entre duas ou mais
seguradoras, podendo ser emitidas tantas apólices quantas forem as
seguradoras ou uma única apólice, por uma das seguradoras
denominada, neste caso, Seguradora Líder, não se verificando, ainda
assim, quebra do vínculo do segurado com cada uma das
seguradoras que respondem, isoladamente, perante ele, pela parcela
de responsabilidade que assumiram.
RESSEGURO - Operação pela qual o segurador, com o fito de
diminuir sua responsabilidade na aceitação de um risco considerado
excessivo ou perigoso, cede a outro segurador uma parte da
responsabilidade e do prêmio recebido. O resseguro é um tipo de
pulverização em que o segurador transfere a outrem, total ou
parcialmente, o risco assumido, sendo, em resumo, um seguro do
seguro. No Brasil essa operação só pode ser feita com o IRB. O
ressegurador tanto pode conceder comissões à seguradora cedente,
ou retrocedente, acompanhando o padrão tarifário original, como
utilizar tarifas próprias, geralmente inferiores àquelas, nos casos de
resseguros proporcionais. No que concerne aos resseguros não
proporcionais, em que se desconsidera o exposto ao risco de forma
isolada, computando-se carteiras ou sinistralidade global, as bases
tarifárias são ajustadas por processos diferentes dos utilizados no
resseguro proporcional. A principal função do ressegurador é, por
conseguinte, a de promover a estabilidade das carteiras das cedentes
ou retrocedentes.
RETROCESSÃO - Operação feita pelo ressegurador e que consiste na
cessão de parte das responsabilidades por ele aceitas a outro, ou
outros resseguradores. Em outro enfoque: é o resseguro de um
resseguro. Os planos de retrocessão são, basicamente, da mesma
natureza dos utilizados em operações de resseguro, deles diferindo
apenas na condição dos participantes, pois enquanto o segurador
direto faz cessões em resseguro, o ressegurador faz retrocessões a
outros resseguradores. Em qualquer caso, tanto nas operações de
resseguro quanto nas de retrocessão, o ressegurador e o
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retrocessionário obrigam-se apenas com as entidades que lhes
fizeram cessões ou retrocessões, nunca com os segurados.”
23. Entidades Abertas e Fechadas de Previdência 
Complementar
Quando tratamos de previdência complementar devemos fazer a diferenciação
entre as empresas de previdência privada aberta e as empresas de previdência
privada fechada. Vamos à essa distinção inicial.
O regime de previdência complementar é operado por entidades de previdência
complementar que têm por objetivo principal instituir e executar planos de
benefícios de caráter previdenciário. Estas entidades são classificadas em
fechadas e abertas.
Dizemos que uma entidade é de Previdência Privada Fechada quando ela está
restrita a determinadas pessoas que possuem certas características. Ou seja,
quando as pessoas que podem ingressar e participar desses planos são
funcionários de uma determinada empresa que nesse caso chamamos de
patrocinadora ou filiados a uma determinada instituição que chamamos de
instituidora. Por exemplo, a VALIA é o fundo de pensão da Vale (antiga Cia
Vale do Rio Doce S.A.)e apenas pessoas ligadas à VALE tem o direito (elas
possuem direito e não obrigação) de participar desse fundo de previdência
privada fechado1. Nesse caso, chamamos a Vale S.A. de patrocinadora, uma
vez que seu funcionário efetuará o pagamento de uma parcela mensal e a
empresa complementará os recursos com vistas à aposentadoria.
Por outro lado, se a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil instituir um plano
para seus associados, a OAB não irá ajudar os participantes nas contribuições
mas a participação estará restrita a seus sócios. Nesse caso, dizemos que a
OAB é a instituidora do plano de previdência. A todos os seus sócios serão
oferecidas as vantagens de participar desse plano de previdência. Já sei que
uma pergunta que vocês devem estar se fazendo é porque alguém iria
ingressar em um plano como esse se a empresa não irá contribuir com
 
1
 Fundo de Previdência Privado Fechado é o mesmo que Fundo de Pensão. A atual legislação fala em Entidade Fechada 
de Previdência Complementar e no passado ela se referia como Fundo de Pensão. 
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nenhum tipo de recurso. Na verdade, a OAB por ser uma instituição com
inúmeros associados conseguiria negociar taxas de administração bem mais
atrativas do que os seus associados individualmente e assim, a instituidora
poderia contribuir com os associados ao criar um plano dessa envergadura.
Por outro lado, quando estamos falando de uma Entidade de Previdência
Complementar Aberta estamos nos referindo aos planos de previdência que,
em geral, são vendidos por seguradoras e oferecidos nas agências dos
Bancos Comerciais e que qualquer pessoa possui o direito de participar desde
que efetue os devidos depósitos para constituir o plano de previdência.
As entidades de previdência complementar somente poderão instituir e operar
planos de benefícios para os quais tenham autorização específica, segundo as
normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador. Os planos de benefícios
atenderão a padrões mínimos fixados pelo órgão regulador e fiscalizador, com
o objetivo de assegurar transparência, solvência, liquidez e equilíbrio
econômico-financeiro e atuarial.
A todo pretendente será disponibilizado e a todo participante entregue, quando
de sua inscrição no plano de benefícios:
I - certificado onde estarão indicados os requisitos que regulam a admissão e a
manutenção da qualidade de participante, bem como os requisitos de
elegibilidade e forma de cálculo dos benefícios;
II - cópia do regulamento atualizado do plano de benefícios e material
explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, as características
do plano;
III - cópia do contrato, no caso de plano coletivo;
IV - outros documentos que vierem a ser especificados pelo órgão regulador e
fiscalizador.
Para assegurar compromissos assumidos junto aos participantes e assistidos
de planos de benefícios, as entidades de previdência complementar poderão
contratar operações de resseguro, por iniciativa própria ou por determinação
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do órgão regulador e fiscalizador, observados o regulamento do respectivo
plano.
23.1. Entidades Fechadas de Previdência Complementar 
As entidades fechadas são aquelas acessíveis aos empregados de uma
empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores e aos
associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista
ou setorial, denominadas instituidores. Elas organizar-se-ão sob a forma de
fundação ou sociedade civil sem fins lucrativos.
Antes de tudo, é importante definirmos que participante é a pessoa física que
aderir aos planos de benefícios e assistido é o participante ou seu beneficiário
em gozo de benefício de prestação continuada.
Essas entidades dependerão de prévia e expressa autorização do órgão
regulador e fiscalizador para a constituição e o funcionamento da entidade
fechada, bem como a aplicação dos respectivos estatutos, dos regulamentos
dos planos de benefícios e suas alterações; para as operações de fusão, cisão,
incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às
entidades fechadas; para as retiradas de patrocinadores e para as
transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de
reservas entre entidades fechadas.
Os planos de benefícios das entidades fechadas deverão prever os seguintes
institutos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e
fiscalizador:
I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo
empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes da
aquisição do direito ao benefício pleno;
II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro plano,
cabendo ao órgão regulador e fiscalizador estabelecer o período de carência
para tal fim;
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III - resgate da totalidade das contribuições feitas ao plano pelo participante,
descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma regulamentada; e
IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do
patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração recebida, para
assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela
remuneração ou em outros definidos em normas regulamentares.
É importante ressaltar que não será admitida a portabilidade na inexistência de
cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador.
A portabilidade de recursos de uma entidade fechada quando efetuado para
entidade aberta, somente será admitido quando a integralidade dos recursos
financeiros correspondentes ao direito acumulado do participante for utilizada
para a contratação de renda mensal vitalícia ou por prazo determinado, cujo
prazo mínimo não poderá ser inferior ao período em que a respectiva reserva
foi constituída, limitado ao mínimo de quinze anos.
É fundamental destacarmos que a portabilidade não caracteriza resgate e que
também é vedado que os recursos financeiros correspondentes transitem pelos
participantes dos planos de benefícios, sob qualquer forma. Caso os recursos
venham a transitar na conta dos participantes, é considerada a existência de
saque.
O resultado superavitário dos planos de benefícios das entidades fechadas, ao
final do exercício, satisfeitas as exigências regulamentares relativas aos
mencionados planos, será destinado à constituição de reserva de contingência,
para garantia de benefícios, até o limite de vinte e cinco por cento do valor das
reservas matemáticas. O resultado deficitário nos planos ou nas entidades
fechadas será equacionado por patrocinadores, participantes e assistidos, na
proporção existente entre as suas contribuições, sem prejuízo de ação
regressiva contra dirigentes ou terceiros que deram causa a dano ou prejuízo à
entidade de previdência complementar.
 
 
23.2. Entidades Abertas de Previdência Complementar 
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As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades
anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter
previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamentoúnico,
acessíveis a quaisquer pessoas físicas. É importante ressaltar que as
sociedades seguradoras autorizadas a operar exclusivamente no ramo vida
poderão ser autorizadas a operar nos planos de benefícios citados acima.
Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe forem conferidas
por lei, estabelecer:
I - os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de órgãos
estatutários de entidades abertas, observado que o pretendente não poderá
ter sofrido condenação criminal transitada em julgado, penalidade
administrativa por infração da legislação da seguridade social ou como servidor
público;
II - as normas gerais de contabilidade, auditoria, atuária e estatística a serem
observadas pelas entidades abertas, inclusive quanto à padronização dos
planos de contas, balanços gerais, balancetes e outras demonstrações
financeiras, critérios sobre sua periodicidade, sobre a publicação desses
documentos e sua remessa ao órgão fiscalizador;
III - os índices de solvência e liquidez, bem como as relações patrimoniais a
serem atendidas pelas entidades abertas, observado que seu patrimônio
líquido não poderá ser inferior ao respectivo passivo não operacional; e
IV - as condições que assegurem acesso a informações e fornecimento de
dados relativos a quaisquer aspectos das atividades das entidades abertas.
Dependerão de prévia e expressa aprovação do órgão fiscalizador a
constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem como as
disposições de seus estatutos e as respectivas alterações; a comercialização
dos planos de benefícios; os atos relativos à eleição e conseqüente posse de
administradores e membros de conselhos estatutários; e as operações
relativas à transferência do controle acionário, fusão, cisão, incorporação ou
qualquer outra forma de reorganização societária.
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Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos poderá ser decretada
a intervenção na entidade de previdência complementar, desde que se
verifique, isolada ou cumulativamente:
I - irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas técnicas,
provisões e fundos, ou na sua cobertura por ativos garantidores;
II - aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma
inadequada ou em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos
competentes;
III - descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas
nos regulamentos dos planos de benefícios, convênios de adesão ou contratos
dos planos coletivos;
IV - situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e
solvência de cada um dos planos de benefícios e da entidade no conjunto de
suas atividades;
V - situação atuarial desequilibrada;
VI - outras anormalidades definidas em regulamento.
Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas poderão ser:
I - individuais, quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas; ou
II - coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previdenciários a
pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica
contratante.
O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pessoas jurídicas. O
vínculo indireto dos planos coletivos refere-se aos casos em que uma entidade
representativa de pessoas jurídicas contrate plano previdenciário coletivo para
grupos de pessoas físicas vinculadas a suas filiadas. Esses grupos de pessoas
poderão ser constituídos por uma ou mais categorias específicas de
empregados de um mesmo empregador, podendo abranger empresas
coligadas, controladas ou subsidiárias, e por membros de associações
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legalmente constituídas, de caráter profissional ou classista, e seus cônjuges
ou companheiros e dependentes econômicos. A implantação de um plano
coletivo será celebrada mediante contrato, na forma, nos critérios, nas
condições e nos requisitos mínimos a serem estabelecidos pelo órgão
regulador.
Observados os conceitos, a forma, as condições e os critérios fixados pelo
órgão regulador, é assegurado aos participantes o direito à portabilidade,
inclusive para plano de benefício de entidade fechada, e ao resgate de recursos
das reservas técnicas, provisões e fundos, total ou parcialmente, sendo
vedado, no caso de portabilidade, que os recursos financeiros transitem pelos
participantes e a transferência de recursos entre os participantes.
24. Planos de Aposentadoria e Pensão Privados 
A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para evitar
que a pessoa na aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda
Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fases. Na
primeira, o poupador acumula um capital. Durante todo esse processo, este
capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que coincide com a
aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessariamente -, é o
momento de receber os benefícios.
Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora
continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado.
Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o
capital acumulado. Quanto maior o capital, maior será o benefício.
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma
simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui chamados de benefícios,
devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é possível fazer saques
expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro poupado acabar
muito rápido.
Há tipos básicos de produtos de previdência privada no Brasil: PGBL e VGBL,
para quem for comprar agora um produto com o objetivo de obter renda futura
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- vitalícia, por prazo determinado ou na forma de um capital recebido uma
única vez.
24.1. PBGL – Plano Gerador de Benefício Livre 
A legislação não exige depósitos periódicos no caso dos PGBLs, tipo
contribuições mensais. Os depósitos podem ser feitos à medida que haja
recursos disponíveis, dentro do que for contratado com o administrador. O
participante deve verificar se tem renda para garantir o fluxo de pagamentos
acertado no contrato.
O período de contribuição para os planos depende do prazo existente entre a
decisão de poupar e a idade que o contribuinte deseja receber o benefício.
Quanto mais rápido começar um plano de previdência privada, mais fácil fica
de se formar uma poupança. Isso não é tão complicado de entender. Primeiro,
porque o volume de dinheiro que será poupado será distribuído por um número
maior de meses. Segundo, porque o efeito da parte dos juros no capital final é
maior quanto maior o tempo de contribuição. A poupança que vai garantir o
pagamento dos benefícios é formada por dois valores básicos. O primeiro
advém da soma das contribuições feitas, retirando daí todos os custos. O outro
é o rendimento obtido ao longo dos anos. Quanto maior o número de anos,
maior a contribuição do rendimento na formação do capital.
O participante do PGBL tem dois custos básicos: a taxa de carregamento sobre
as contribuições mensais e aportes e a taxa de administração. Importante
ressaltar que a taxa de carregamento é um valor que a instituição “carrega” do
seu capital e é cobrada apenas no aporte. Enquanto que a taxa de
administração é cobrada de forma anual e incidirá sobre a totalidade do
capital, ou seja, capital e rendimentos.
24.2.VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre 
O VGBL - Vida Gerador de Benefícios Livres dá ao cliente o direito de resgatar
em vida, após o período de carência, uma parte ou a totalidade do montante
aplicado, acrescido do rendimento durante esse período.
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O VGBL é bastante parecido com o PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres).
Isso porque o investidor também tem seus recursos aplicados em um FIF
exclusivo, sendo cobrada taxa de carregamento, e ainda pode optar pelo perfil
do fundo em que aportará suas reservas.
Conforme exposto, o PGBL e o VGBL são produtos com características bastante
semelhantes. A grande diferença está no tratamento fiscal. No PGBL, o
investidor conta com o incentivo fiscal concedido aos planos de previdência,
que permite ao poupador deduzir de sua base de cálculo do Imposto de Renda
contribuições feitas a estes planos, até o limite de 12% de sua renda bruta
anual. A utilização desse produto dá ao participante o direito de optar pela
tabela regressiva de tributação que poderá ir de 35% até o limite mínimo de
10%.
Já o VGBL não conta com esse incentivo, mas, em compensação, o investidor
não é tributado com base na tabela progressiva no momento do resgate ou do
recebimento do benefício, como ocorre no PGBL. Sua tributação acontece
apenas em relação ao ganho de capital - ou seja, o lucro.
Sendo assim, o VGBL torna-se um produto ideal para as pessoas que atuam na
economia informal, que estão isentas do Imposto de Renda ou que efetuam a
Declaração de Ajuste Anual de forma simplificada pois elas não podem contar
com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de previdência em geral.
Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou
coletiva (averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou
separadamente, os seguintes tipos básicos de benefício:
* RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga ao participante do plano
que sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de
aposentadoria.
* RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante, em decorrência
de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e
após cumprido o período de carência estabelecido no Plano.
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* PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na
proposta de inscrição, em decorrência da morte do Participante ocorrida
durante o período de cobertura e após cumprido o período de carência
estabelecido no Plano.
* PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez
ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da
morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido
o período de carência estabelecido no Plano.
* PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só
vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e
permanente ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido o
período de carência estabelecido no Plano.
Os planos PGBL aprovados pela SUSEP antes de 26/08/2002 são: renda
mensal vitalícia, renda mensal temporária, renda mensal vitalícia com prazo
mínimo garantido e renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado.
A renda mensal vitalícia consiste em uma renda paga vitaliciamente ao
Participante a partir da data de concessão do benefício.
A renda mensal temporária consiste na renda paga temporária e
exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o seu falecimento ou o
fim da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro.
A renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido consiste em uma renda
paga vitaliciamente ao Participante a partir da data da concessão do benefício.
Existe ainda uma garantia que é dada aos beneficiários. No momento da
inscrição, o Participante escolherá um prazo mínimo de garantia que será
indicado na Proposta de Inscrição. O prazo mínimo da garantia é contado a
partir da data do início do recebimento do benefício pelo Participante. Se
durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do
participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido, o
benefício será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na
Proposta de Inscrição, pelo período restante do prazo mínimo de garantia. No
caso de falecimento do participante, após o prazo mínimo garantido escolhido,
o Benefício ficará automaticamente cancelado sem que seja devida qualquer
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devolução, indenização ou compensação de qualquer espécie ou natureza aos
beneficiários. No caso de um dos Beneficiários falecer antes de ter sido
completado o prazo mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre
os beneficiários remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido.
Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos
sucessores legítimos do Participante, pelo prazo restante da garantia.
A renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado consiste em uma
renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do
benefício escolhida. - Ocorrendo o falecimento do participante, durante a
percepção desta renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de
inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado. Na hipótese de
falecimento do beneficiário, antes do participante e durante o período de
percepção da renda, a reversibilidade do benefício estará extinta sem direito a
compensações ou devoluções dos valores pagos. No caso do beneficiário
falecer, após já ter iniciado o recebimento da renda, o benefício estará extinto.
Para os planos PGBL aprovados após 26/08/2002, além das modalidades acima
mencionadas foi acrescida mais uma opção, a renda mensal vitalícia reversível
ao cônjuge com continuidade aos menores que consiste em uma renda paga
vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício
escolhida. Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta
renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será
revertido vitaliciamente ao cônjuge e na falta deste, reversível
temporariamente ao(s) menor(es) até que completem uma idade para
maioridade estabelecida no Regulamento e conforme o percentual de reversão
estabelecido.
25. Corretora de Seguros 
A Corretora de Seguros é a pessoa autorizada a realizar a corretagem, isto é,
analisar o risco, determinar as coberturas e as importâncias seguradas,
elaborar a proposta de seguros e de protocolar a proposta em uma
seguradora. No Brasil, nenhuma operação de seguro pode ser contratada sem
que haja um Corretor de Seguro. A Corretora de Seguros pode ser uma pessoa
física ou jurídica.
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Para que uma pessoa seja um corretor é necessário que tenha prestado o
Exame Nacional de Corretor de Seguros. Após a aprovação no exame ou no
curso específico e o recebimento do certificado, o interessado deverá entregar
determinados documentos em seu estado que, após analisados pela Federação
Nacional dos Corretores – FENACOR – será submetido à aprovação da SUSEP.
Posteriormente a SUSEP efetuará a checagem dos processos remetidos pela
FENACOR e, no caso de não haver pendências, a SUSEP emitirá aCarteira de
Habilitação do Corretor.
O registro do Corretor de Seguros de Vida e Capitalização se fará por indicação
das Sociedades Seguradoras e de Capitalização dentre os candidatos
aprovados em:
I - Exame Nacional de Habilitação Técnica - Profissional para corretores de
seguro vida e capitalização, promovido pela Funenseg, ou,
II - Provas específicas de Avaliação, por disciplina, aplicadas a participantes do
Curso de Habilitação Técnico Profissional para corretores de seguros de vida e
capitalização, realizado pela Funenseg.
Aos Corretores de Previdência aplicam-se as normas de registro e habilitação
previstas para os corretores de seguros de vida e capitalização e seu registro
se fará por indicação da Seguradora ou Entidade Aberta de Previdência
Complementar.
26. Sociedades de Capitalização 
Objetivando proporcionar auxílio financeiro aos sócios através de suas próprias
poupanças, Paul Viget, diretor de uma cooperativa de minérios da França,
idealizou, em 1850, a Capitalização. O sistema era baseado em contribuições
mensais, visando à constituição de um capital garantido, pago no final de
prazo previamente estipulado ou, antecipadamente, através de sorteio. No
início do século XX, a Capitalização tomou um grande impulso na França e de
lá se difundiu através dos países de origem latina.
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As atividades no setor de Capitalização surgiram no Brasil em 1929, tomando
grande impulso na década de 30. Em 1947, o número de companhias de
Capitalização operando no país já ascendia a dezesseis, sediadas no Rio de
Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Na década de 50, entretanto, o
processo inflacionário acelerou-se de tal forma, que o sistema de Capitalização
se tornou desinteressante para a clientela, pois o Capital inicialmente
contratado era corroído pela incessante desvalorização da moeda. Com a
instituição da correção monetária em 1964, criaram-se as premissas básicas
para o ressurgimento da Capitalização, embora esse processo só tenha
deslanchado mesmo dez anos depois, quando surgiram no Brasil muitas novas
empresas.
Consideram-se sociedades de capitalização as empresas que tiverem por
objetivo fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo
Federal, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em
cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no
mesmo plano, à pessoa que possuir um título segundo cláusulas e regras
aprovadas e mencionadas no próprio título.
O Sistema Nacional de Capitalização é composto pelo Conselho Nacional de
Seguros Privados, pela Superintendência de Seguros Privados e pelas
sociedades autorizadas a operar capitalização. Compete privativamente ao
CNSP fixar as diretrizes e normas da política de capitalização e regulamentar
as operações das sociedades do ramo, relativamente às quais exercerá
atribuições idênticas às estabelecidas para as sociedades de seguros. A SUSEP
é o órgão executor da política de capitalização traçada pelo CNSP, cabendo-lhe
fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operações das
sociedades do ramo, relativamente às quais exercerá atribuições idênticas às
estabelecidas para as sociedades de seguros.
26.1. Títulos de Capitalização 
Do ponto de vista das finanças, CAPITALIZAÇÃO é o processo de aplicação de
uma importância a uma determinada taxa de juros e de seu crescimento por
força da incorporação desses mesmos juros à quantia inicialmente aplicada. No
sentido particular do termo, CAPITALIZAÇÃO é uma combinação de economia
programada e sorteio, sendo que o conceito financeiro acima exposto aplica-se
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apenas ao componente "economia programada", cabendo ao componente
lotérico o papel de poder antecipar, a qualquer tempo, o recebimento da
quantia que se pretende economizar ou de um múltiplo dela de conformidade
com o plano. Para a venda de um título de Capitalização é necessário uma
série de formalidades que visam a garantia do consumidor. A Sociedade de
Capitalização deve submeter o seu plano ao órgão fiscalizador do Sistema
Nacional de Capitalização – SUSEP.
Plano de Capitalização – é o conjunto de elementos que dão forma ao título,
são as Condições que caracterizam um produto e os diferenciam entre si. Os
planos são representados pelas Condições Gerais, Nota Técnica Atuarial e
Material de Comercialização.
O título de capitalização é um papel do mercado mobiliário, nominativo, que
pode ser adquirido a prazo ou à vista.
A SUSEP define título de capitalização como sendo uma aplicação pela qual o
Subscritor constitui um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e
mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em
moeda corrente num prazo máximo estabelecido. O título de capitalização só
pode ser comercializado pelas Sociedades de Capitalização devidamente
autorizadas a funcionar. Eles são considerados, para todos os fins legais,
títulos de crédito.
A contratação de um título é realizada através do preenchimento e da
assinatura da proposta.
O envio (a entrega) da proposta devidamente assinada representa a
concretização da subscrição do Título, sendo proibida a cobrança de qualquer
taxa a título de inscrição.
Importante destacar que as Condições Gerais do título devem estar disponíveis
ao subscritor no ato da contratação. A disponibilização das Condições Gerais
em momento posterior ao da contratação constitui violação às normas, sendo
a Sociedade, portanto, passível de multa.
As Condições Gerais, além de determinarem os direitos e as obrigações do
Subscritor/Titular e da Sociedade de Capitalização, estabelecem também todas
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as normas referentes ao título de capitalização. Os itens que deverão constar
nas Condições Gerais são : Glossário, objetivo, natureza do título, início de
vigência, pagamentos, cancelamentos, sorteios, dentre outros.
O título de capitalização pode ser adquirido para outra pessoa. O subscritor,
que é a pessoa que adquire o título e assume o dever de efetuar os
pagamentos, pode, desde que comunique por escrito à Sociedade, a qualquer
momento, e não somente no ato da contratação, definir quem será o titular,
isto é, quem assumirá os direitos relativos ao título, tais como o resgate e o
sorteio. É claro que subscritor e titular podem ser a mesma pessoa, isto é, a
pessoa que paga o título é a que detém os direito atinentes a ele.
27. FUNDOS DE INVESTIMENTOS 
Os Fundos de Investimentos são normatizados pela Comissão de Valores
Mobiliários por meio de suas Instruções.
O Normativo padronizado para Fundos de Investimento é a Instrução 4092 e
suas modificações posteriores. No entanto, existem fundos específicos, com
características específicas que são normatizados por outro instrumento.
A regra é idêntica às leis. No Direito, temos uma Lei geral que define
determinado assunto. Se houver uma Lei específica que trata daquele mesmo
assunto, não há a necessidade de se revogar a Lei geral, mas para esse
assunto em questão deverá ser observada a Lei específica. Aqui funciona da
mesma forma. Há um instrumento geral para os Fundos de Investimento e
estes deverão ser observados. No entanto, quando houver algum instrumento
específico para algum tipo especial de fundo, este deverá ser considerado na
tratativa daquele instrumento, sobrepondo ao instrumento geral naquiloque
for diferente.
A Instrução CVM 409, de início, define o que é um fundo de investimento. Veja
a definição abaixo:
 
2
 Nesta aula, apresentarei a Instrução 409. Todos os outros tipos, quando apresentados, serão por meio da solução de 
exercícios. Seriam muitas normas e mais iria confundir e atrapalhar do que ajudar. Portanto, nas normas que os 
examinadores já tiverem cobrado em prova com algum exercício, irei resolvê-la citando o normativo. 
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“Art. 2º - O fundo de investimento é uma comunhão de recursos,
constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em
títulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos
disponíveis no mercado financeiro e de capitais, observadas as
disposições desta Instrução.”
Podemos dizer que um fundo de investimento é uma empresa (possui um CNPJ
próprio) de propriedade de seus cotistas e administrada, em geral, por uma
instituição financeira ou corretora ou distribuidora. As pessoas entregam seus
recursos para que um administrador efetue as aplicações, sempre obedecendo
aquilo que o Regulamento do Fundo determina. Portanto, é importante frisar
que os ativos adquiridos pelo Fundo com recurso dos cotistas são de
propriedade do próprio Fundo e a Instituição Financeira somente faz a
administração.
Logo, se a instituição financeira vier a falir, os ativos do Fundo não devem
fazer parte daqueles bens que serão vendidos para pagar os eventuais
prejuízos.
Sempre digo em sala, o seguinte. Imagine que você tenha um apartamento e
que deseja alugá-lo. Você poderá entregá-lo a uma corretora de imóveis, uma
imobiliária e esta receberá o aluguel e vai te repassar. Se por acaso, essa
imobiliária falir, seu apartamento será devolvido a você.
De forma análoga, funciona o fundo. Se a instituição que administra o fundo
quebrar, o fundo será retirado daquela instituição (com todos os seus ativos) e
entregue a outra instituição para que essa segunda faça a administração dos
ativos.
Exatamente por isso que os ativos de um fundo de investimento NÃO são
protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
Existem vários fundos que possuem regulamentação específica própria. São
eles:
• Fundos de Investimento em Participações;
• Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em
Participações;
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• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios;
• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios no Âmbito do Programa
de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social;
• Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em
Direitos Creditórios;
• Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional;
• Fundos Mútuos de Privatização – FGTS;
• Fundos Mútuos de Privatização – FGTS – Carteira Livre;
• Fundos de Investimento em Empresas Emergentes;
• Fundos de Índice, com Cotas Negociáveis em Bolsa de Valores ou
Mercado de Balcão Organizado;
• Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes - Capital
Estrangeiro;
• Fundos de Conversão;
• Fundos de Investimento Imobiliário;
• Fundo de Privatização - Capital Estrangeiro;
• Fundos Mútuos de Ações Incentivadas; e
• Fundos de Investimento Cultural e Artístico.
Desses fundos que possuem regulamentação específica, quatro se destacam
pois possuem uma captação bastante significativa nos últimos períodos. São
eles: Fundos de Investimento em Participações; Fundos de Investimento em
Cotas de Fundos de Investimento em Participações; Fundos de Investimento
em Direitos Creditórios; e Fundos de Investimento Imobiliário.
A denominação que as instituições podem dar a um Fundo de Investimento é
normatizada pela CVM. Quando uma instituição financeira cria um fundo, ele
recebe um nome. Parte deste nome é obrigatório e parte é nome fantasia.
Por exemplo, o Banco do Brasil tem o BB Renda Fixa LP 50 mil. Uma parcela
desta nomenclatura é obrigatória e informa como o fundo é classificado em
relação à composição de seu patrimônio.
Ou seja, esse é um Fundo de Renda Fixa. Outra parcela da nomenclatura é
optativa e diz que esse é um fundo LP, ou seja, um fundo de Longo Prazo. Essa
classificação mostra que o fundo tem um tratamento tributário de longo prazo,
ou seja, a tributação é feita por alíquota decrescente que varia de 22,5% a
15% conforme o prazo em que o recurso fica aplicado.
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Se o fundo for de Curto Prazo, ele teá uma alíquota fixa de 20% de Imposto de
Renda, mas também terá um prazo médio menor e, portanto, será menos
arriscado.
Além disto, a instituição pode inventar qualquer outra nomenclatura para o
Fundo. Esta parte seria o nome fantasia do Fundo. No entanto, nenhuma
informação que seja passada nesta nomenclatura poderá ser falsa. Essas são
as regras básicas acerca da nomenclatura, conforme disposto na Instrução
CVM 409.
Observe trechos importantes da Instrução CVM 409 acerca desse assunto:
“Art. 4° - Da denominação do fundo constará a expressão "Fundo de
Investimento", acrescida da referência à classe de fundo, segundo a
classificação estabelecida na seção II do Capítulo VIII.
§ 1º À denominação do fundo não poderão ser acrescidos termos ou
expressões que induzam interpretação indevida quanto a seus
objetivos, sua política de investimento, ou seu público alvo.
§ 2º Poderão ser acrescidas à denominação do fundo, expressões que
indiquem o eventual tratamento tributário específico a que estejam
sujeitos o fundo ou seus cotistas.
Art. 923 - Os fundos de investimento e os fundos de investimento em
cotas, conforme a composição de seu patrimônio, classificam-se em:
• Fundo de Curto Prazo;
• Fundo Referenciado;
• Fundo de Renda Fixa;
• Fundo de Ações;
• Fundo Cambial;
• Fundo de Dívida Externa; e
• Fundo Multimercado.
 
3
 Esse é o artigo da seção II do Capítulo VIII que o artigo 4º cita. 
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Parágrafo único. Os fundos classificados como "Referenciado", "Renda
Fixa", "Cambial", "Dívida Externa" e "Multimercado" poderão ser
adicionalmente classificados como "Longo Prazo" quando o prazo
médio de sua carteira supere 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias
e seja composta por títulos privados ou públicos federais, pré-fixados
ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, a índices de
preço ou à variação cambial, ou, ainda, por operações
compromissadas lastreadas nos títulos públicos federais referidos
neste parágrafo, sempre observado o disposto no § 3º do art. 91.
Art. 93 - Os fundos classificados como "Curto Prazo" deverão aplicar
seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou privados
pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou
títulos indexados a índices de preços, com prazo máximo a decorrer
de 375 (trezentos e setenta e cinco) dias, e prazo médio da carteira
do fundo inferior a 60 (sessenta) dias, sendo permitida a utilização de
derivativos somente para proteção da carteira e a realização de
operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.”
Os fundos podem ser divididos em duas grandes classes: fundo abertos e
fundos fechados.
Os fundos abertos são aqueles em que os seuscotistas podem solicitar o
resgate dos recursos aportados a qualquer momento. Em geral, quando
aplicamos nos Bancos estamos acostumados com esse tipo de fundo, um fundo
no qual podemos solicitar o resgate dos recursos e a instituição efetua
prontamente.
Por outro lado, os fundos fechados são aqueles em que os cotistas só podem
resgatar os recursos quando houver o fim do fundo. Explico melhor. Existem
fundos que são, por exemplo, destinados para a compra/construção de
imóveis. Como sabemos, imóveis são bens bem menos líquidos do que os
títulos, ações, valores mobiliários em geral. Dessa forma, os fundos
imobiliários são fundos fechados. Quando ele se inicia, os investidores são
convidados a aportar recursos, a comprar cotas. No entanto, como esses
recursos são colocados em bens bastante ilíquidos, os investidores só podem
sacar os seus recursos no fim deste fundo, que pode ter 5 anos, 7 anos e este
prazo deve ser determinado em regulamento.
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Vocês devem estar querendo saber se alguém que coloca dinheiro em um
fundo fechado é obrigado a ficar com os recursos durante todo esse período. A
resposta é, talvez. Esses fundos podem ser listados na Bolsa de Valores como
as ações e, caso sejam, os investidores podem aliená-los de forma análoga
como fazem com as ações. As cotas dos fundos são vendidas, negociadas na
Bolsa.
Qual a vantagem?? Nos fundos de investimento imobiliário – FII, por exemplo,
não há pagamento de imposto de renda pessoa física para os rendimentos.
Existem vários tipos de fundos fechados. Alguns fundos são obrigatoriamente
fechados, mas em outros, cabe à instituição administradora definir, no
Regulamento, qual a característica do fundo.
É importante observar que enquanto é lícita a alienação de um fundo fechado,
exatamente pelo fato de não poder haver o saque, não pode existir alienação
de fundo aberto. Na verdade, o fundo aberto deverá ter o saque do recurso
efetuado.
Veja o que a Instrução 409 diz a respeito desse assunto:
“Art. 5º - O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio
aberto, em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a
qualquer tempo, ou fechado, em que as cotas somente são
resgatadas ao término do prazo de duração do fundo.
Art. 12 - A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou
transferência, salvo por decisão judicial, execução de garantia ou
sucessão universal.
§ 1º A cota de fundo fechado pode ser transferida, mediante termo
de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário,
ou através de bolsa de valores ou entidade de balcão organizado em
que as cotas do fundo sejam admitidas à negociação.
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§ 2º A transferência de titularidade das cotas de fundo fechado fica
condicionada à verificação pelo administrador do atendimento das
formalidades estabelecidas no regulamento e na presente Instrução.”
Um fundo, antes de funcionar, deverá ser registrado na CVM. Ou seja, deverá
ocorrer o registro prévio do fundo, PRÉVIO. No entanto, o simples fato de
enviar os documentos solicitando a autorização para funcionamento do fundo,
faz com que a autorização seja concedida.
“Art. 7º - O funcionamento do fundo depende do prévio registro 
na CVM, o qual será procedido através do envio, pelo administrador,
dos documentos previstos no art. 8º, através do Sistema de Envio de
Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de
computadores, e considerar-se-á automaticamente concedido na data
constante do respectivo protocolo de envio. (grifo meu)
Art. 8º - O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes
documentos e informações:
• regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições
desta Instrução;
• os dados relativos ao registro do regulamento em cartório de
títulos e documentos;
• prospecto, elaborado em conformidade com disposto na Seção
V, Capítulo III, ressalvado o disposto nos art. 110, inciso II;
• declaração do administrador do fundo de que firmou os
contratos mencionados no art. 57, se for o caso, e de que os
mesmos se encontram à disposição da CVM;
• nome do auditor independente;
• inscrição do fundo no CNPJ; e
• formulário padronizado com as informações básicas do fundo,
conforme modelo disponível na página da CVM na rede mundial
de computadores, devidamente preenchido.”
A CVM cancelará o registro dos fundos abertos que, após 90 dias de sua
abertura, mantiverem o patrimônio líquido médio diário inferior a
R$300.000,00 pelo prazo de 90 dias consecutivos.
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A CVM cancelará o registro dos fundos fechados quando não for subscrito o
número mínimo de cotas representativas do seu patrimônio inicial, no prazo de
180 (cento e oitenta) dias. Nesse caso específico dos fundos fechados, se a
CVM receber uma solicitação fundamentada poderá prorrogar o registro do
fundo, uma única vez e por prazo não superior a 180 dias.
O valor das cotas será dado pelo patrimônio líquido do fundo dividido pelo
número de cotas. A precificação dos ativos será feita com base nos preços de
fechamento. Entretanto, a regra diz que não há a necessidade de marcar a
mercado os ativos, podendo, portanto, carregá-los pela curva.
Calma, calma, calma, não vá ao fórum me perguntar...vou explicar o que é
isso...
Marcar a mercado um ativo é precificá-lo por seu preço verdadeiro. Ou seja,
verificar qual foi o preço de fechamento e dizer que aquele valor é o preço do
ativo para calcular o patrimônio líquido.
Carregar pela curva seria, por exemplo, comprar um título que paga uma taxa
de 12% ao ano e que vence daqui 800 dias. Logo, se você ficar com esse título
por todo o tempo receberá o equivalente a 12% ao ano por 800 dias. Mas se
você negociá-lo antes do prazo poderá ganhar mais do que 12% se a taxa de
juros desse título cair e menos de 12% se subir. Portanto, quando carregamos
pela curva estamos dando como preço do título amanhã, o preço dele hoje
mais o proporcional de 12% ao ano para um dia.
Outro fato importante é que se o fundo passar a ter um patrimônio líquido
negativo, os cotistas deverão responder por essa perda. Ou seja, se você
aplicar seus recursos em um fundo e esse fundo efetuar aplicações erradas e
for necessário o aporte de recursos para saldar os prejuízos, você pode ser
chamado a integralizar mais recursos. No entanto, isso somente é possível se o
administrador e o gestor tiverem cumprido a política de investimentos e a
política de concentração que consta no regulamento do fundo.
Sobre a precificação das cotas a Instrução diz:
“Art. 10 - As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu
patrimônio, e serão escriturais e nominativas.
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§ 1º O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do
patrimônio líquido pelo número de cotas do fundo, apurados, ambos,
no encerramento do dia, assim entendido, para os efeitos desta
Instrução, o horário de fechamento dos mercados em que o fundo
atue.
§ 2º As cotas do fundo conferirão iguais direitos e obrigações aos
cotistas.”
O regulamento do fundo pode prever um prazo de carência para resgate, com
ou sem rendimento. Em geral, tal fato ocorre em fundos que possuem
estratégias bem definidas e que necessitam de um tempopara escolher o
melhor momento para desfazer a estratégia. Por exemplo, um fundo pode
solicitar que o saque seja programado com 30, 60 e 904 dias de antecedência.
O administrador de um fundo pode, a qualquer momento, suspender novas
aplicações dos clientes. Isso, em geral, ocorre quando o fundo tem uma
estratégia e que o grande volume de aplicações pode dificultar a manutenção
desta com os ganhos obtidos. Logo, o administrador passa a não aceitar novos
recursos, nem dos cotistas existentes nem de possíveis novos cotistas. O
assunto é tratado da seguinte forma na Instrução CVM 409:
“Art. 17 - É facultado ao administrador suspender, a qualquer
momento, novas aplicações no fundo, desde que tal suspensão se
aplique indistintamente a novos investidores e cotistas atuais.
§ 1º A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não
impede a reabertura posterior do fundo para aplicações.
§ 2º O administrador deve comunicar imediatamente aos
intermediários sobre a eventual existência de fundos que não estejam
admitindo captação.
§ 3º O fundo deve permanecer fechado para aplicações enquanto
perdurar o período de suspensão de resgates.”
 
4
 Eu, particularmente, já vi esses prazos de carência para fundos. No entanto, a Instrução diz que pode haver carência 
mas não define prazo nem máximo nem mínimo para a carência. 
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Com relação a subscrição e distribuição de cotas, a Instrução informa:
“Art. 19 - A distribuição de cotas de fundo aberto independe de 
prévio registro na CVM e será realizada por instituições
intermediárias integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários. (grifo meu)
Art. 20 - A distribuição de cotas de fundo fechado depende de 
prévio registro na CVM, na forma da Seção II deste Capítulo, e
somente poderá ser realizada por instituições integrantes do sistema
de distribuição de valores mobiliários. (grifo meu)
Art. 39 - O prospecto deve conter todas as informações relevantes
para o investidor relativas à política de investimento do fundo e aos
riscos envolvidos.
§ 1º O prospecto atualizado deve estar à disposição dos investidores
potenciais durante o período de distribuição, nos locais em que esta
for realizada, em número suficiente de exemplares.
§ 2º O administrador do fundo deverá encaminhar à CVM, em meio
eletrônico através do Sistema de Envio de Documentos disponível na
página da CVM na rede mundial de computadores, no prazo de 1
(um) dia útil, quaisquer alterações realizadas no prospecto, as quais
serão colocadas à disposição para consulta pública.”
A respeito do Regulamento do Fundo, alguns itens são obrigatórios. São eles:
“Art. 41 - O regulamento deve, obrigatoriamente, dispor sobre:
• qualificação do administrador do fundo;
• quando for o caso, referência à qualificação do gestor da
carteira do fundo;
• qualificação do custodiante;
• espécie do fundo, se aberto ou fechado;
• prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
• política de investimento, de forma a caracterizar a classe do
fundo;
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• taxa de administração, fixa e expressa em percentual anual do
patrimônio líquido (base 252 dias);
• taxa de performance, de ingresso e de saída;
• demais despesas do fundo;
• condições para a aplicação e o resgate de cotas;
• distribuição de resultados;
• público alvo;
• referência ao estabelecimento de intervalo para a atualização
do valor da cota, quando for o caso;
• exercício social do fundo;
• política de divulgação de informações a interessados, inclusive
as relativas à composição de carteira;
• política relativa ao exercício de direito do voto do fundo, pelo
administrador ou por seus representantes legalmente
constituídos, em assembléias gerais das companhias nas quais
o fundo detenha participação; e
• informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus
cotistas.”
Cabe ressaltar ainda que os Fundos deverão ter Assembléia Geral que será
convocada pelo Administrador, com no mínimo, dez dias de antecedência e
cada investidor terá o número de votos idêntico ao número das cotas que
possui.
O Administrador deve contratar obrigatoriamente uma auditoria independente
para auditor o fundo de investimento e além disso, terá o direito de efetuar
outras contratações que julgue necessárias. Quando uma instituição efetua a
compra de ativos financeiros para seus fundos, em geral, eles colocam os
recursos em um fundo e os fundos que nós temos acesso compram desse
fundo. Em geral, é assim que funciona. Entretanto, a regra determina que haja
uma identificação precisa do fundo que está adquirindo o ativo.
O Regulamento do Fundo deverá estabelecer a taxa de administração a ser
cobrada e o valor da taxa de performance, caso exista. Duas explicações são
importantes nesse caso. A taxa de administração deverá incidir sobre o
principal e rendimento e, não apenas sobre o rendimento como a grande
maioria pensa.
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Sobre a Administração do Fundo, a Instrução dispõe que:
“Art. 56 - A administração do fundo compreende o conjunto de
serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à
manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio
administrador ou por terceiros por ele contratados, por escrito, em
nome do fundo.
§ 1º Além do serviço obrigatório de auditoria independente (art. 84),
o administrador poderá contratar, em nome do fundo, com terceiros
devidamente habilitados e autorizados, os seguintes serviços, com a
exclusão de quaisquer outros não listados:
• a gestão da carteira do fundo;
• a consultoria de investimentos;
• as atividades de tesouraria, de controle e processamento dos
títulos e valores mobiliários;
• a distribuição de cotas;
• a escrituração da emissão e resgate de cotas;
• custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos
financeiros; e
• classificação de risco por agência especializada constituída no
País.
Art. 60 - As ordens de compra e venda de títulos e valores mobiliários
e outros ativos disponíveis no âmbito do mercado financeiro e de
capitais devem sempre ser expedidas com a identificação precisa do
fundo de investimento em nome do qual elas devem ser executadas.
Parágrafo único. Quando uma mesma pessoa jurídica administrar
diversos fundos, será admitido o grupamento de ordens, desde que o
administrador tenha implantado sistema que possibilite o rateio,
entre os fundos, das compras e vendas feitas, através de critérios
eqüitativos e preestabelecidos, devendo o registro de tal repartição
ser mantido à disposição da CVM pelo período mínimo de 5 (cinco)
anos.
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Art. 61 - O regulamento deve dispor sobre a taxa de administração,
que remunerará todos os serviços indicados nos incisos I a V do § 1º
do art. 56, podendo haver remuneração baseada no resultado do
fundo (taxa de performance) nos termos desta Instrução, bem como
taxa de ingresso e saída.”
A taxa de performance é uma remuneração adicional que o administrador
poderá ter direito caso venha a obter uma rentabilidade acima de um patamar
previamente estabelecido. Suponha que uma empresa administre um fundo de
ações. Se a rentabilidade superaro rendimento do IBOVESPA, o administrador
poderá auferir parte do lucro que supera o IBOVESPA. Essa parcela que ele irá
cobrar é a taxa de performance. Imagine que o IBOVESPA tenha rendido 10%
em um período e que o fundo tenha rendido 14% nesse mesmo período. Se a
taxa de performance for de 25%, caberá ao administrador receber 1% do
patrimônio líquido do fundo. Com relação à taxa de performance, a Instrução
dispõe que:
“Art. 62 - O regulamento poderá estabelecer a cobrança da taxa de
performance, ressalvada a vedação de que tratam os arts. 93, 94 e
95.
§ 1º A cobrança da taxa de performance deve atender aos seguintes
critérios:
• vinculação a um parâmetro de referência compatível com a
política de investimento do fundo e com os títulos que
efetivamente a componham;
• vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais
inferiores a 100% do parâmetro de referência;
• cobrança por período, no mínimo, semestral; e
• cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa
de administração.
§ 2º Ressalvado o disposto no parágrafo 4º deste artigo, é vedada a
cobrança de taxa de performance quando o valor da cota do fundo for
inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada.
§ 3º É permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual
do cotista que aplicar recursos no fundo posteriormente à data da
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última cobrança, exclusivamente nos casos em que o valor da cota
adquirida for inferior ao valor da mesma na data da última cobrança
de performance efetuada.
§ 4º Os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados
podem cobrar taxa de performance de acordo com o que dispuser o
seu regulamento, estando dispensados de observar o disposto neste
artigo.”
Com relação à administração, a Instrução determina:
Art. 66 - O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser
substituídos nas hipóteses de:
• descredenciamento para o exercício da atividade de administração
de carteira, por decisão da CVM;
• renúncia; ou
• destituição, por deliberação da assembléia geral.”
A CVM obriga que os administradores enviem para a sua base de dados,
diariamente, o valor da quota do fundo em até dois dias úteis depois. Além
disso, até o dia dez do mês subseqüente, o administrador deverá enviar os
dados de toda a sua carteira. No entanto, esses dados serão mantidos em
segredo no site da Instituição, pelo prazo de 90 dias. Tal fato é importante
com o intuito de manter segredo sobre a estratégia utilizada pelo
administrador.
A respeito da divulgação dos dados do fundo, a Instrução CVM determina:
“Art. 68 - O administrador do fundo está obrigado a:
divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do
fundo aberto;
• remeter mensalmente aos cotistas extrato de conta contendo:
• nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
• nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
• nome do cotista;
• saldo e valor das cotas no início e no final do período e a
movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
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• rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês
anterior e o última dia útil do mês de referência do extrato;
• data de emissão do extrato da conta; e
• o telefone, o correio eletrônico e o endereço para
correspondência.
• disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à
composição da carteira, no mínimo nos termos do art. 71 no
tocante a peridiocidade, prazo e teor das informações, de forma
equânime entre todos os cotistas.
Art. 71 - O administrador deve remeter, através do Sistema de Envio
de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de
computadores, os seguintes documentos, conforme modelos
disponíveis na referida página:
• informe diário, no prazo de 2 (dois) dias úteis;
• mensalmente, até 10 (dez) dias após o encerramento do mês a
que se referirem:
• balancete;
• demonstrativo da composição e diversificação de carteira; e
• perfil mensal.
• anualmente, no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir do
encerramento do exercício a que se referirem, as demonstrações
contábeis acompanhadas do parecer do auditor independente.
• formulário padronizado com as informações básicas do fundo,
sempre que houver alteração do regulamento, no prazo de 15
(quinze) dias, contados da assembléia que deliberar a alteração.
§ 1º O prazo de retificação das informações é de 3 (três) dias úteis,
contados do fim do prazo estabelecido para a apresentação dos
documentos.”
A Instrução 409 tenta separar aqueles investidores que possuem algum tipo de
entendimento maior sobre o mercado. É claro que isso não é algo simples,
criar uma regra, em poucas linhas, que consegue separar aqueles que
entendem daqueles que não entendem sobre o mercado.
Isso é importante porque dessa forma, os administradores conseguem criar
fundos mais arriscados e que serão “comprados” apenas por investidores que
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possuem algum tipo de compreensão maior do mercado e tal fato poderá dar
uma maior estabilidade ao fundo, principalmente em momentos de queda no
mercado.
Entretanto, a CVM definiu que são considerados qualificados os investidores
que tiverem mais de R$300.000,00 aplicados e que se declararem qualificados.
É óbvio que o fato de a pessoa ter mais do que esse valor em recursos no
mercado não faz com que ela tenha compreensão do mesmo e nem que as
pessoas que não possuam não entendam do mercado. Mas essa foi a regra
utilizada para tentar fazer esse tipo de separação entre os investidores.
Sobre investidores qualificados, a Instrução informa:
“Art. 108 - Pode ser constituído fundo de investimento destinado,
exclusivamente, a investidores qualificados.
Art. 109 - Para efeito do disposto no artigo anterior, são considerados
investidores qualificados:
• instituições financeiras;
• companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
• entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
• pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros
em valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e que,
adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado mediante termo próprio, de acordo com o Anexo I;
• fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores
qualificados; e
• administradores de carteira e consultores de valores mobiliários
autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios.
§ 1º Poderão ser admitidos, como cotistas de um fundo para
investidores qualificados, os empregados e/ou sócios das instituições
administradoras ou gestoras deste fundo, expressamente autorizados
pelo diretor responsável da instituição perante a CVM.
§ 2º É permitida a permanência, em fundos para investidores
qualificados, de cotistas que não se enquadrem nos incisos deste
artigo, desde que tais cotistas tenham ingressado até a data de
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vigência desta Instrução e em concordância com os critérios de
admissão e permanência anteriormente vigentes.
§ 3º Os requisitos a que se refere o "caput" deverão ser verificados,
pelo administrador ou pelo intermediário, no ato de cada aplicação
em fundo de investimento de que o investidornão seja cotista, sendo
certo que a perda da condição de investidor qualificado não implica a
exclusão do cotista do fundo de investimentos.”
Existem fundos de investimentos que são feitos com o intuito de adquirir cotas
de outros fundos. Esses fundos possuem algumas poucas regras adicionais e
são chamados de Fundo de Investimento em cotas de Fundos de
Investimentos.
Sobre os Fundos de Investimento em cotas de Fundos de Investimentos,
dispõe que:
“Art. 112 - O fundo de investimento em cotas de fundos de
investimento deverá manter, no mínimo, 95% (noventa e cinco por
cento) de seu patrimônio investido em cotas de fundos de
investimento de uma mesma classe, exceto os fundos de
investimento em cotas classificados como "Multimercado", que podem
investir em cotas de fundos de classes distintas.
§ 1º Os restantes 5% (cinco por cento) do patrimônio do fundo
poderão ser mantidos em depósitos à vista ou aplicados em:
• títulos públicos federais;
• títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
• operações compromissadas, de acordo com a regulação específica
do Conselho Monetário Nacional - CMN.
§ 2º Deverá constar da denominação do fundo a expressão "Fundo de
Investimento em Cotas de Fundos de Investimento" acrescida da
classe dos fundos investidos de acordo com regulamentação
específica.
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§ 3º Os percentuais referidos neste artigo deverão ser cumpridos
diariamente, com base no patrimônio líquido do fundo do dia
imediatamente anterior.”
Há um especial interesse sobre os fundos, principalmente se você puder definir
qual o investimento que determinado fundo possuirá e isso se deve a aspectos
tributários.
Sempre que você efetuar um investimento e precisar trocar esse investimento
ou sacar seus recursos, você deverá pagar o imposto. Para isto serve um
Fundo Exclusivo. Se você compra uma ação da VALE e no dia seguinte ela sobe
e você deseja trocar essas ações por ações da PETROBRÁS, você deverá
vender as ações da VALE e comprar as ações da PETROBRÁS. Caso esteja
operando por conta própria, será apurado o lucro e cobrado um imposto de
15% sobre o lucro. Se essa operação ocorrer dentro de um Fundo qualquer, a
mesma pessoa não precisará pagar o imposto pois não foi efetuada a retirada,
o saque do fundo. Para isso, pessoas mais abastadas costumam construir
Fundos Exclusivos pois podem definir os critérios de aplicação dos recursos.
Sobre Fundos Exclusivos, a Instrução CVM 409, determina:
“Art. 116 - Os fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles
constituídos para receber aplicações exclusivamente de um único
cotista.
§ 1º Somente investidores qualificados poderão ser cotistas de
fundos exclusivos.
§ 2º Os fundos classificados como "Previdenciários" são os fundos
exclusivos constituídos para receber aplicações exclusivamente de
Fundos de Investimentos e Fundos de Aposentadoria Programada
Individual – FAPI, planos de previdência complementar aberta, de
seguros de vida com cobertura por sobrevivência e de entidades
fechadas de previdência privada.”
 
 
 
 
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28. Clubes de Investimento 
 
O Clube de Investimento é um condomínio formado por pessoas físicas5 com
o objetivo de aplicar seus recursos em títulos e valores mobiliários. Devem
estar vinculados a um Banco de Investimento, Corretora ou Distribuidora.
Estes agentes serão os administradores do Clube.
O Clube de Investimento possui CNPJ próprio, tem em sua nomenclatura,
obrigatoriamente, o termo “Clube de Investimento”, deverá registrar na Bolsa
de Valores, previamente, seu estatuto por meio da instituição a que estiver
vinculado.
Há a possibilidade de se aplicar no mercado de Derivativos utilizando-se de um
Clube de Investimento. No entanto, existem restrições para essas aplicações.
A vantagem de se aplicar em um Clube de Investimento é,
preponderantemente, tributária.
Quando você efetua uma aplicação direta na Bolsa, se houver uma alienação
mensal superior a R$ 20.000,00 no mercado de ações ou de qualquer valor no
mercado de derivativos, deverão ser apurados os lucros obtidos e pago um
Imposto de Renda com alíquota de 15% sobre o lucro. Se for utilizado um
Clube de Investimentos, o pagamento do Imposto de Renda ocorrerá apenas
no saque dos recursos.
Sendo assim, seu gestor6 poderá realocar as aplicações nos mais diferentes
ativos sem que haja um pagamento de imposto sobre o lucro obtido na
operação anterior.
Se você abrir uma conta em uma corretora e comprar ações da VALE5 por R$
40,00 e, posteriormente, vendê-las por R$ 49,90 poderá ter que pagar
imposto. Poderá porque se o valor arrecadado com as vendas das ações,
naquele mês, for inferior a R$ 20.000,00, não será devido nenhum imposto a
 
5
 Pessoas jurídicas não podem participar de Clubes de Investimento. 
6
 Gestor de um Clube é, geralmente, um dos cotista e é a pessoa responsável por dar as ordens de compra e venda de 
ativos. Enquanto isso, administrador é o agente responsável perante o fisco e são aqueles agentes aos quais os Clubes 
estão vinculados (corretoras, distribuidoras ou bancos de investimento). 
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menos que sejam operações Day-trade7. Se o valor superar R$ 20.000,00 será
paga a alíquota de 15% sobre o lucro total.
Caso a mesma operação seja veiculada em um Clube de Investimento, o
gestor poderá vender as ações da VALE5 com lucro e, posteriormente, comprar
qualquer outro ativo sem que seja necessário efetuar o pagamento de Imposto
de Renda. Essa pagamento será feito apenas quando algum dos cotistas
solicitar o resgate de suas cotas e na alíquota de 15% sobre o lucro obtido
desde que efetuou o aporte de recursos.
Eram admitidas até 150 pessoas em um Clube de Investimento. No entanto,
como esses veículos possuem regras bem mais simples e baratas do que os
Fundos de Investimento, vários administradores estavam montando seus
Clubes, sendo seus gestores e alienando cotas. Com isso, a CVM optou por
reduzir esse número para, no máximo, 50 pessoas. Entretanto, se um Clube de
Investimento for integrado exclusivamente por empregados ou servidores de
uma mesma empresa, não precisará observar o limite máximo de 50 cotistas.
Haverá, anualmente, uma Assembléia Geral convocada pelo Administrador do
Clube em que serão discutidos aspectos relevantes ao Clube de Investimento.
Poderão ser gestores, isoladamente ou em conjunto, entidade integrante do
sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários, pessoas físicas ou
jurídicas, contratadas pelo Clube ou representante dos condôminos.
O Clube de Investimento deverá fornecer à Bolsa de Valores em que seja
registrado, pelo menos, as seguintes informações:
• o número de participantes, bem como o de adesões e retiradas ocorridas
em cada mês;
• valor do patrimônio líquido e da cota, ao final de cada mês8;
• tipo de administração da carteira;
• distribuição das aplicações - ações, debêntures conversíveis em ações,
mercado a futuro, de opções, a termo e outros valores.
 
7
 Operações em que a compra e a venda dos ativos ocorrem no mesmo dia. 
8
 Observe que as informações do Clube são enviadas à Bolsa mensalmente, enquanto que nos Fundos há o envio diário, 
mesmo que com dois dias de atraso, no máximo. 
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