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1 NORMAS TÉCNICAS PARA DESENHO 1- INTRODUÇÃO O desenho técnico não pode sujeitar-se aos gostos e caprichos de cada desenhista, pois é usado por profissionais diversos para a fabricação de um objeto específico: máquina, cadeira, casa... As normas procuram unificar os diversos elementos do Desenho Técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação. A norma brasileira de Desenho Técnico é a NB-8R. Esta norma trata de assuntos que serão estudados adiante. Apesar da seriedade com que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estuda cada norma, existem aqueles que preferem adotar padrões próprios, voltando, assim, à situação do século passado, quando cada escritório tinha convenções próprias e ninguém se entendia. 2- FORMATO E DIMENSÕES DO PAPEL Para ser criado o desenho, obviamente utilizamos uma base, que é o papel. Comumente vocês já devem ter escutado a seguinte frase de um vendedor em papelarias ou lojas similares: “Qual papel você deseja, A4 ou Ofício? A normatização dos desenhos começa pela utilização de papéis em tamanhos denominados “formatos”, que são padronizados conforme a reprodução da série alemã DIN- A. Esta é denominada “série A”. A série A tem como dimensão inicial, uma folha retangular com seus lados medindo 1189 x 841 mm que tem a área aproximada de 1 m². Este retângulo é o denominado formato A0. A partir da Olá, eu sou a Dona Norma, vamos aprender muito hoje! 2 divisão do seu lado maior ao meio, surgirá o formato seguinte. Os demais seguem da mesma forma, apresentando as medidas para toda a série: A0, A1, A2, A3, A4, A5, A6 e A7. A norma estabelece procedimentos para que as folhas sejam dobradas de forma que estas fiquem com dimensões, após dobradas, similares às dimensões de folhas tamanho A4. Esta padronização se faz necessária para arquivamento e armazenamento dos papéis, pois os arquivos e as pastas possuem dimensões padronizadas. A escolha de um desses formatos dependerá da escala (falaremos sobre este assunto na próxima aula) em que vai ser executado o desenho. 3 COMPLEMENTANDO O CONHECIMENTO O que são pranchas? Equipe, quando falamos em “prancha” logo imaginamos uma linda praia não é? Mas este termo é utilizado em arquitetura fazendo referência aos formatos. Por exemplo, quando queremos nos referir a uma folha de papel A4 podemos dizer prancha, ou seja, a prancha é a superfície onde são desenhados os projetos. Temos aqui uma prancha A1. Verifiquem que no canto inferior direito existe o carimbo ou legenda. A legenda contém informações como: título do desenho, nome do desenhista, data, escala, etc. 4 3 – LINHAS A representação dos objetos em Desenho Técnico é feita através de um conjunto de linhas que irão caracterizar as suas respectivas formas. As linhas de contorno, as partes internas, os furos, as marcações e a indicação de medidas de cada objeto em suas vistas, perspectivas ou detalhes, são padronizados segundo as normas da ABNT. Isto torna possível a linguagem universal, permitindo qualquer pessoa habilitada possa ler e interpretar o desenho técnico em qualquer parte do mundo. Segundo as normas, as linhas devem ser traçadas com o devido cuidado, para que possam ser diferenciadas em cada posição, correspondendo à uma função. Isto querer um traço mais espesso ou mais fino, contínuo ou espaçado para cada situação, conforme indicado a seguir: 3.1 TIPOS, ESPESSURAS E APLICAÇÕES: Linhas Cheias: representam as partes do objeto vistas pelo observador. Linhas Tracejadas: representam as partes do objeto que não podem ser vistas pelo observador, porque estão ocultas pelas partes que lhe ficam a frente. Constituídas de pequenos traços de comprimento uniforme. Linhas de Centro e Eixo de Simetria (traço-ponto): No desenho de qualquer objeto que tenha um eixo de simetria, como o cilindro e o cone, por exemplo, o eixo será a primeira linha a ser traçada. 5 A seguir veremos um quadro com algumas linhas e suas aplicações. Entenderemos melhor a utilização destas linhas quando estudarmos Desenho Arquitetônico, pois os exemplos ilustrarão os conceitos apresentados nesta aula. Este é o eixo de simetria que divide o objeto em duas partes iguais. Vocês já devem ter desenhado, quando crianças, este cubo, não é verdade? Já estavam utilizando o Desenho Técnico sem saber, pois as linhas tracejadas já representavam as partes invisíveis do objeto desenhado! 6 Aqui temos um exemplo de linha de ruptura. A profundidade da sapata (elemento de concreto que garante a estabilidade da edificação) não foi representada, mas existe uma linha de ruptura informando que deste ponto para baixo o apoio estrutural (sapata) continua apesar de não ser desenhado. Exemplo de linha de eixo de simetria (traço-ponto). 7 4 – COTAGEM É a indicação dos valores das dimensões de cada uma das partes, detalhes e formas do objeto representado em Desenho Técnico. Tais valores são indicados através de elementos gráficos, linhas, setas e números. As dimensões indicadas nos desenhos recebem o nome de COTA e a técnica utilizada é chamada de COTAGEM. As cotas devem ser indicadas dentro ou fora dos desenhos, para se obter sempre a maior clareza e permitir uma única interpretação. Pausa para relaxar 8 5 – SISTEMAS DE PROJEÇÕES: O conteúdo que será apresentado agora é fundamental para o entendimento do Desenho Arquitetônico, portanto, não deixem as dúvidas para depois, ao final desta aula, publiquem as questões no Fórum de Dúvidas que estará aberto. Vamos imaginar um dado, aquele mesmo que usamos para jogar. O dado que você imaginou é formado por 6 (seis) faces certo? Agora imagine que você tenha que desenhar um dos lados deste cubo visto de frente, o que seria? Linha de extensão: limita a linha de cota, sendo perpendiculares às arestas que se referem. Cota: é o valor numérico propriamente dito. Linha de Cota: traçada sempre paralela à dimensão representada. 9 Obviamente seria um quadrado com o número correspondente a vista desenhada certo? Podemos dizer que este lado representado com apenas duas dimensões (bidimensional) é uma das vistas ortográficas deste objeto. Para facilitar o entendimento, podemos imaginar que para representar a vista ortográfica devemos “carimbar” o objeto sobre uma folha de papel. Existem linhas imaginárias, chamadas projetantes, que partem do eixo de visão do observador e atingem a superfície bidimensional onde a vista é projetada, o desenho criado a partir desta projeção é o que chamamos de desenho planificado. Vamos ver mais alguns exemplos mudando o observador de posição: Chegamos ao fim da nossa segunda aula, onde aprendemos alguns conceitos de Desenho Técnico. Estes conceitos, com certeza, serão melhor entendidos durante nossas próximas aulas, onde vamos conhecer exemplos, etc. Porém, é necessário ter atenção a estas informações e relembrá-las ao longo de nosso curso. Sempre atentos equipe! Bons estudos!
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