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acumulação tríplice de cargo DIREITO ADM II

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Cumulação tríplice de cargo
Cumulação tríplice de cargo
Cumulação tríplice de cargo
INTRODUÇÃO
Acerca do acúmulo de cargos, a Constituição da República dispõe: Art. 37. (...). (...) XVI — é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI1 : a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; XVII — a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (...) 
Observe-se, ainda, que em nenhum momento a Constituição autorizou o acúmulo de três cargos, empregos e/ou funções remuneradas pelo Poder Público, ainda que exista compatibilidade de horários. 
Desse modo, é inadmissível a acumulação remunerada de três ou mais cargos e empregos, ainda que todos sejam passíveis de dupla acumulação, ou mesmo que um deles provenha de aposentadoria. 
Neste caso, a Jurisprudência dos Tribunais é sólida, no sentido de que não há hipótese legal que permita a acumulação remunerada de três cargos públicos, ou seja, o servidor não pode receber três vezes pelos cofres públicos, quando duas vezes já constituem regra de exceção.
CONSTITUCIONAL - ADMINISTRATIVO - RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA - ACUMULAÇÃO DE CARGOS - MÉDICA - AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. 1 - A teor do art. 37, XVI da CF, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto as espécies elencadas no referido artigo, inadmitindo-se, todavia, qualquer hipótese de tríplice acumulação. 2 - Inexistência de direito adquirido, por violação de texto e autolimitação expressa da Constituição Federal. 3 - Recurso que se nega provimento.
(STJ - RMS: 9971 CE 1998/0046335-6, Relator: Ministro JORGE SCARTEZZINI, Data de Julgamento: 16/09/1999, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: --> DJ 14/02/2000 p. 50).
Ora, se não é possível acumular três cargos, nem com um ou dois deles em inatividade, mormente não será possível acumular três cargos em atividade. Esse entendimento vem sendo acatado pela jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, como se segue: Não há, no Direito Constitucional positivo, norma alguma que reconheça ao servidor público direito de acumular ou receber proventos, oriundos de três cargos públicos, independente da natureza do vínculo, se na atividade, ou não. (TJMG. Apelação. Cível n. 1.0024.03.025404-9/001, Relator: Desembargador Nepomuceno Silva; Data do julgamento: 02/02/2006; Data da publicação: 14/03/2006) 
Tal interpretação deve prevalecer mesmo se o servidor estiver afastado do serviço público para cumprimento de mandato sindical, vez que quando afastado, o servidor não rompe seu vínculo com a administração e, consequentemente, continua percebendo sua remuneração, de modo a incidir na regra geral da proibição de acumular. Portanto, o afastamento para cumprimento de mandato sindical não revista do tribunal de contas DO ESTADO de minas gerais outubro | novembro | dezembro 2009 | v. 73 — n. 4 — ano XXVII revista do tribunal de contas DO ESTADO de minas gerais outubro | novembro | dezembro 2009 |.
JULGADO 
A Servidora, Vanessa França Bastos, ao ser admitida, em 12/08/2010, no cargo de médico do Ministério da Saúde, no regime de 20 horas semanais, já mantinha três vínculos de médico com as seguintes empresas: Facility Saúde Ltda., no regime de 24 horas semanais; Meier Medical Center S/C Ltda., no regime de 24 horas semanais; e Unidade Neonatal Lagoa Ltda., no regime de 12 horas semanais.
Em que pese o artigo 37, inciso XVI, da Constituição Federal não tratar de empregos na iniciativa privada, não se pode contemporizar com o acúmulo de cargo público com três empregos em empresas privadas, o que, evidentemente, resulta em grave prejuízo ao interesse público.
Além disso, o inciso XVIII do artigo 117 da Lei nº 8.112/90, abaixo transcrito, veda ao servidor desempenhar quaisquer atividades incompatíveis com o exercício do cargo e com o horário de trabalho. Nesse contexto, impossível considerar que o regime de 80 horas semanais, desenvolvido pela interessada, esteja a salvo desta restrição:
“Art. 117. Ao servidor é proibido
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;” (destaques acrescidos)
Quanto a Vinícius Ayupe Mota, admitido no Ministério da Saúde em 05/08/2010, no cargo de médico, no regime de 20 horas semanais, consta do sistema Rais que ele acumula com a presente admissão dois cargos de médico na Prefeitura Municipal de Itaguai: o primeiro, no regime de 19 horas semanais e o segundo, no regime de 44 horas semanais.
O acúmulo de três cargos públicos (dois municipais e um federal) não encontra guarita na alínea c, inciso XVI do artigo 37 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 34/2001, que permite a acumulação de apenas dois cargos/empregos de profissionais de saúde, desde que os horários sejam compatíveis. Nesse ponto, impossível vislumbrar compatibilidade de horários no regime de trabalho do interessado de 83 horas semanais.
Pelo exposto, este representante do Ministério Público manifesta-se pela ilegalidade e recusa de registro dos atos em favor de Vanessa França Bastos e de Vinícius Ayupe Mota, ressalvado o direito de opção por dois vínculos, desde que presente a compatibilidade de horários.
Ementa
ADMISSÕES. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ACUMULAÇÃO DE CARGO PÚBLICO COM EMPREGOS NA INICIATIVA PRIVADA. INCOMPATIBILIDADE DE HORÁRIO. ACUMULAÇÃO DE TRÊS CARGOS PÚBLICOS. VEDAÇÃO LEGAL E CONSTITUCIONAL. ILEGALIDADE DE DOIS ATOS. NEGATIVA DE REGISTRO. LEGALIDADE DOS DEMAIS ATOS. REGISTRO.
- A jurisprudência do TCU é pacífica no sentido da ilegalidade de jornadas de trabalho superiores a sessenta horas por semana (acórdãos 533/2003, 2.047/2004, 2.860/2004, 155/2005, 933/2005, 2.133/2005, 544/2006, todos da 1ª Câmara).
- Viola o princípio da legalidade e da moralidade administrativa a acumulação do cargo público de médico do Ministério da Saúde, no regime de vinte horas semanais, com o exercício de outros três empregos na iniciativa privada, totalizando oitenta horas de expediente semanais.
- Ofende, também, a Constituição Federal a acumulação de três cargos públicos de médico, com o exercício de oitenta e três horas de expediente.
- A possibilidade constitucional de dupla acumulação de cargos, no caso de médicos, não prescinde da compatibilidade de horários, plenamente exigível pelo administrador público competente
- ACUMULAÇÃO DE CARGOS. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. SE O MEDICO JA POSSUIA DOIS CARGOS PUBLICOS, NÃO PODE PRETENDER DIREITOS PERTINENTES A TERCEIRA RELAÇÃO DE EMPREGO.(STF - AI-AgR: 98438 SP, Relator: CARLOS MADEIRA, Data de Julgamento: 19/12/1985, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJ 19-12-1985 PP-23627 EMENT VOL-01405-03 PP-00582).
CONCLUSÃO
Em face do exposto, respondo à consulta nos seguintes termos: 1 — A regra é a proibição de acumular, salvo nas hipóteses expressamente elencadas pela Constituição, que permitem, no máximo, o acúmulo de dois cargos, empregos ou funções, na administração direta e indireta, federal, estadual, distrital e municipal. 2 — É impossível o acúmulo tríplice, ainda que haja compatibilidade de horários e mesmo que o servidor esteja afastado de um ou dois cargos para exercício de mandato sindical, vez que, quando afastado para o cumprimento de tal mandato, o servidor não rompe seu vínculo com a administração e, via de consequência, continua percebendo a sua remuneração, de modo a incidir na regra geral da proibição de acumular.
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