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APS ANATOMIA SISTEMA MUSCULAR

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
BIOMEDICINA
ANATOMIA:
SISTEMA MUSCULAR
GOIÂNIA
2017/2
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
BIOMEDICINA
ANGELIANE BARBOSA DE ALBUQUERQUE D45GFA-9
CAMILLA SANTOS DE OLIVEIRA GOMES N2064D-5 
CARLOS HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS D42973-6
ESTER SILVA DE OLIVEIRA D2851C-0
JORDANNA CORREIA DE OLIVEIRA D3187D-7
JOVANNA MARIA CAMPOS RODRIGUES D26BGC-7
LAYLA CAMPOS SILVA D285DC-8
MAGDA LESSA VIEIRA D47248-8
MARIANNE DIENIFFER SILVA N1676J-3
MELISSA MACIEL FERREIRA DOS SANTOS E ASSIS N18644-5
MIRIAN FERREIRA SILVA N1779D-1
NATÁLYA RODRIGUES RIBEIRO N2153E-5
ANATOMIA:
SISTEMA MUSCULAR
Trabalho de Atividade Prática Supervisionada – APS, produzido pelos alunos do Curso de Biomedicina 2º Período.
Orientadora: Professora Mestre Thaís Bandeira Riesco
GOIÂNIA
2017/2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ……………………………………………………………... 
APRESENTAÇÃO ..………………………………………………………... 
 1 
 1.1 
 1.2 
 2 
 2.1 
 3 Componentes de uma fibra muscular
 3.1 
 3.2 
 4 
5
6
7
8
CONCLUSÃO……………………………………………………………… REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA………………...………………………. 
INTRODUÇÃO
TECIDO MUSCULAR
Em organismos multicelulares, algumas células são especializadas em possibilitar movimento de tecidos e órgãos. Essa células podem funcionar como unidades contráteis isoladas. As células musculares são contráteis e bastante alongadas, sendo por que motivo chamadas de fibras musculares. Elas possuem grandes quantidades de filamentos citoplasmáticos (proteicos), dispostos de forma organizada no citoplasma e unidas por ligações intermoleculares, responsáveis pela contração (BURKITT, 1994).
As células contráteis são formadas basicamente por duas proteínas, a actina e a miosina, com interação de outros tipos de proteínas contráteis, mas a contração dos músculos, sua modulação e algumas importantes alterações estruturais são determinadas pelo arranjo e disposição das moléculas de actina e miosina nestas células. Bastante diferentes de outros tipos celulares, as células musculares apresentam algumas particularidades, como nomes específicos, tais como: para a sua membrana plasmática que denominamos sarcolema, o citoplasma que é chamado de sarcoplasma excetuando se as miofibrilas, o retículo endoplasmático chamado de retículo sarcoplasmático e as mitocôndrias de sarcossomas (BURKITT, 1994).
Neste trabalho, vamos expor conceitos sobre a sistema muscular, fibras musculares, e enfatizando sua organização e como funciona a hipertrofia muscular.
A ORIGEM DO TECIDO MUSCULAR
As células musculares têm origem mesodermida, formato alongado e graças a presença de filamentos de proteínas (chamados de miofibrilas ou miofilamentos) no citoplasma, as mesmas consegue se contrair. Sendo que, os filamentos são compostos por diversos tipos de proteínas, sendo encontrados em maior quantidade a miosina e a actina. Na fase embrionária, as células musculares estriadas esqueléticas são formadas pela fusão de mioblastos. Isso produz um miotubo que amadurece e se transforma em uma célula muscular longa. Uma célula muscular estriada esquelética pode chegar a ter vários centímetros (KIERSZENBAUM, 2008).
2. CONCEITOS
•	A fibra muscular nada mais é do que a célula muscular (que é uma célula multinucleada);
•	As miofibrilas são importantes para contração;
•	União de várias fibras musculares formam um feixe muscular;
•	Cada fibra muscular é envolta por um tecido conjuntivo chamado de endomísio, por onde os capilares penetram (esses capilares devem ser flexíveis, para conseguirem aguentar a contração e o relaxamento do tecido);
•	Envolvendo um conjunto de fibras musculares tem o perimísio, que é um tecido conjuntivo mais frouxo;
•	Envolvendo vários feixes têm o epimísio, que é um tecido conjuntivo denso e rico em fibras colágenas (KIERSZENBAUM, 2008).
3. CARACTERÍSTICAS DO TECIDO MUSCULAR 
A principal característica do tecido muscular é a contratilidade. Por causa dela, esse tecido é capaz de fornecer a habilidade de locomoção aos seres vivos (KIERSZENBAUM, 2008).
3.1 AS 4 PROPRIEDADES FUNCIONAIS 
Há três tipos de tecido muscular com diferenças ao nível da sua estrutura e funcionalidade, são eles: tecido muscular estriado esquelético, tecido muscular estriado cardíaco e tecido muscular liso (ALVES, 2013).
O tecido muscular estriado esquelético tem ação voluntária, enquanto os outros dois é involuntária. Há uma quantidade muito grande de mitocôndrias no tecido muscular, isso porque as células desse tecido gastam muita energia (KIERSZENBAUM, 2008).
Quanto às características funcionais dos músculos, pode-se dizer que o músculo esquelético é muito resistente e pode ser alongado e encurtado em velocidades diferenciadas sem que ocorram grandes danos ao tecido. O desempenho das fibras em situações de velocidade e carga variáveis é determinado por quatro propriedades do tecido muscular esquelético:
Irritabilidade: capacidade de responder à estimulação. Em um músculo a estimulação é feita por um neurotransmissor químico. Como um tecido excitável, o músculo esquelético pode ser recrutado rapidamente com significante controle sobre os quais e quantas fibras musculares serão estimuladas para um movimento;
Contratilidade: capacidade de um músculo para encurtar-se quando o tecido muscular recebe estimulação suficiente. Alguns músculos podem encurtar-se até 50 a 70% do seu comprimento de repouso. A média para todos os músculos é de 57% do comprimento de repouso. A distância que o músculo se encurta é geralmente limitada pelas restrições físicas do corpo;
Elasticidade: capacidade da fibra muscular para retornar ao seu comprimento de repouso depois que a força de alongamento do músculo é removida;
Extensibilidade: capacidade do músculo para alongar-se além do comprimento de repouso (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2013).
3.2 Três tipos de fibras:
Fibra vermelha: unidade motora de contração lenta. Possui muita mitocôndria e são resistentes à fadiga, por isso são apropriadas para a atividade muscular prolongada;
Fibra branca: unidade motora de contração rápida. São grandes e possuem menos mitocôndrias. Elas contraem rapidamente e, em geral, são responsáveis pelos movimentos;
Fibra intermediária: características tanto da fibra vermelha, quanto da branca;
Possuem estriações transversais. As estriações é dada pelos sarcômeros (miofilamentos dispostos em sarcômeros). Existem variações de tamanho de diâmetro entre as fibras, tanto que existem músculos mais hipertrofiado do que outros. A hipertrofia é dada pelo número e tamanho das fibras (KIERSZENBAUM, 2008).
4. CONTRAÇÃO MÚSCULO ESTRIADO
Os tecidos musculares esqueléticos possuem sarcômeros, o liso não. Esses sarcômeros que dão o aspecto de estriação do tecido. Ele fica dentro de duas estruturas chamadas de disco Z (KIERSZENBAUM, 2008).
A contração é feita pela interação da miosina com a actina. O sítio de ligação entre a miosina e a actina fica coberto pelo complexo tropomiosina – troponina. Quando ocorre o estímulo nervoso, à liberação de íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Esses íons, então, se liga à troponina e modifica a sua conformação. Isso faz com que ocorra o deslocamento da cabeça da miosina, que agora pode se associar à actina, que antes estava coberta pelo complexo tropomiosina – troponina.A ligação da miosina com a actina gasta ATP, porque muda a conformação da proteína que vai fazer com que ocorra o deslizamento dos filamentos de actina sobre os filamentos de miosina. O cálcio é liberado pelo estímulo nervoso, que chega ao retículo por meio de sinais conduzidos pelos túbulos T (ocorre uma despolarização de membranas e aí o sinal é conduzido pela região das tríades (túbulos T) (KIERSZENBAUM, 2008).
Em relação ao estímulo nervoso, é importante explicar que o sinal de excitação para a contração é gerado pela acetilcolina (transmissor químico liberado por uma terminação nervosa em resposta a um potencial de ação). A acetilcolina difunde – se para o interior de um estreito espaço, denominado junção neuromuscular (entre a fibra muscular e a terminação nervosa). O potencial de ação propaga – se do sarcolema até os túbulos T, os quais transportam o sinal de excitação até o interior da célula muscular. Os íons cálcio são liberados no interior do citossol para ativar a contração muscular, quando o potencial de ação atingir o túbulo T (KIERSZENBAUM, 2008).
 5. COMPONENTES DA FIBRA MUSCULAR
Cada fibra muscular é recoberta por uma membrana plasmática denominada sarcolema, cujas essas extensões em forma de Túneis, denominadas sistemas de túbulos transversais (sistema T), atravessam uma fibra muscular de um lado a outro, ou seja, transversalmente. Os núcleos múltiplos se localiza na periferia da fibra, próximo ao sarcolema. O citoplasma da fibra muscular é denominado sarcoplasma, contém muitas mitocôndrias que produzem grande quantidade de ATP durante a contração muscular (TORTORA et al., 2006). 
Estendendo-se por todo sarcoplasma, está o retículo sarcoplasmático, uma rede de túbulos envolvidos por membrana e preenchidos por fluidos (similares ao retículo endoplasmático liso), que armazena os íons cálcio necessários à contração muscular. Também no sarcoplasma se encontram numerosos moléculas de mioglobina, um pigmento avermelhado semelhante à hemoglobina do sangue. Além da cor característica que empresta ao músculo esquelético, a mioglobina armazena o oxigênio até que o mesmo seja necessário para a mitocôndria gerar ATP (TORTORA et al., 2006). 
Outro componente de uma fibra muscular se estendem a todo o comprimento, de forma cilíndrica e são denominadas miofibrilas. Cada estrutura desta, por sua vez, (Figura 1) consiste em dois tipos de filamentos protéicos que são filamentos delgados e filamentos espessos que não se estendem por todo o comprimento de uma fibra muscular (TORTORA et al., 2006). 
 
FIGURA 2. Microestrutura do músculo esquelético.
FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo.
Esses filamentos de forma sobrepostas (Figura 2) em formas específicas são chamados de sarcômeros, que são as unidades funcionais básicas das fibras musculares estriadas (TORTORA et al., 2006). 
FIGURA 1. Filamento de actina.
FONTE: http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo.
Os sarcômeros são separados um do outro por zonas sinuosas em forma de ziguezague, de material denso denominado discos Z (linhas Z) Dentro de cada sarcômero, (Figura 3) há uma área escura (banda A), que se estende por todo o comprimento dos filamentos espessos. Encontra-se uma estreita zona H (banda H) no centro de cada banda A, que contém os filamentos espessos. Em ambas as extremidades da banda A, os filamentos delgados e espessos se sobrepõem. Uma área de cor mais clara em cada lado da banda A, denominados Banda I, é composta de filamentos delgados. Cada banda I estende-se em dois sarcômeros, sendo dividida em meio por um disco Z as alternância das cores de uma banda para a outra dá à fibra muscular o seu aspecto estriados (TORTORA et al., 2006). 
FIGURA 3. Miofibrila dividida em zonas
FONTE:http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. 
Nós filamentos espessos há miosinas, que são proteínas. Os filamentos delgados são ancorados nos discos Z. Seu principal componente é a proteína e actina, existem outros dois tipos de tropomiosina e a troponina, que juntas recobrem os sítios de ligação de miosina e actina, nas fibras musculares são componentes que são responsáveis pelo o relaxamento da musculatura (TORTORA et al., 2006). 
FIGURA 4. Exemplo de Filamentos finos e espessos
FONTE:http://studylibpt.com/doc/1395691/tipos-de-fibra-muscular-arquivo. 
6. Como os músculos são capazes de abaixar e levantar peso lentamente
Há dois tipos principais de células muscular branca e vermelha. Elas receberam esse nome a partir da cor que elas assumem quando são especialmente tratadas para exame sob o microscópio. As células musculares tipo II são as brancas contêm muitos filamentos de actina e de miosina. As células musculares vermelhas contêm relativamente pouco desses filamentos mas, por outro lado, tem mais componentes que fornecem energia (WIRHED, 2002).
Essas condições resultam em células brancas fortes e rápidas que cansam rapidamente e células vermelhas que são caracterizada primeiramente por sua endurance. Ambas as fibras vermelhas e brancas estão contidas no mesmo músculo. A composição de um músculo é determinada por genes mas pode, em parte, ser modificada por treinamento específico. Diferentes eventos esportivos exigem tipos de força diferente, assim como os atletas e treinadores devem escolher o exercício com cuidado. O levantamento de peso depende dos músculos fortes e rápidos. O treinamento de levantamento de peso, contudo, envolve poucos exercícios que são designados para resistência dinâmica. Tem sido mostrado que o treinamento de endurance puro reduz consideravelmente a força e a velocidade dos músculos usados (WIRHED, 2002).
Os conceitos “séries” e “repetições” são muitas vezes usados em descrição de desenvolvimento e força. Uma série contém um determinado exercício que é repetido um determinado número de vezes. Uma série pode, por exemplo, consistir de seis repetições consecutivas ( várias investigações científicas indicam que o aumento mais rápido na força é adquirido com seis repetições). Várias repetições com cargas de trabalho leves promovem resistência muscular. Poucas repetições com uma carga de trabalho mais intensa desenvolvem força máxima (WIRHED, 2002).
Os músculos do ombro dão fixação, produzem movimentos da cintura escapular e controlam as relações escapuloumerais ( MAXWELL, 2005).
Existem três grupos de músculos na região do ombro: músculos que conectam a escápula ao úmero, músculos que conectam o tronco ao úmero é músculos que conectam a cintura escapular ao tronco, pescoço e crânio. O úmero se conecta com o tronco por um anel ósseo ou cintura, chamado cintura escapular é anteriormente a clavícula. A clavícula se liga a escápula através da articulação acromioclavicular , que se liga à extremidade lateral da clavícula ao acrômio. A escápula pode mover-se para cima quando o braço se eleva ou para baixo quando o braço retorna para sua posição neutra, e movimento de adução e abdução. A clavícula se liga ao manúbrio do esterno, pode se mover para cima ,para baixo , para frente e para trás ( MAXWELL, 2005).
As articulações acromioclavicular e externa clavicular leva o ombro a realizar movimento de grande amplitude , porém se lesada alguma estrutura, compromete todo o movimento do membro superior. A articulação glenoumeral é uma articulação do tipo bola e soquete que liga o osso do braço ( úmero) na cavidade glenóide da escápula. A cabeça do úmero é mantida na cavidade glenóide contra as forças de gravidade e sustentada principalmente pelos músculos supra espinhal. Este tipo de articulação oferece maior amplitude e potencial de movimento entre todas as articulações do corpo. A razão para frouxidão e excessiva amplitude de movimento permitida por está articulação é a constituição estrutural, onde a cápsula articular é frouxa e o suporte ligamentar é limitado. ( MAXWELL, 2005).
Os ligamentos coracoumeral e o glenoumeral medial suporta e sustenta o braço quando está relaxado,e oferecem suporte aos movimentos de abdução, rotação externa e extensão. Ao realizar o movimento de abdução o músculo subescapular e o ligamento glenoumeral inferior tencionam para suportar a articulação. O músculo deltóide gera cerca de metade da força muscular para elevação do braço, seja em abdução ou em flexão. Na região posterior do ombro, a articulação é reforçada pela cápsula, lábio da glenóide, e fibras dos músculos redondo menor e infra espinhosa que se unem à cápsula. A porção inferior é minimamente reforçada pela cápsula e cabeça longa do músculo tríceps braquial. O ombro pode mover-se por 180° de flexão, 60°de extensão, 180°de abdução, 75°de adução, 90° de rotação , interna e externa ( MAXWELL, 2005).
Para que ocorra um movimento eficiente e cadenciado do membro superior, é necessário um intercâmbio entre diversas articulações e segmentos. Os movimentos da mão se tornam muito mais efetivos pelo o posicionamento correto da mão pelo o cotovelo, articulação do ombro e cintura escapular. Os movimentos do antebraço também ocorrem em combinação com os movimentos da mão e do ombro ( MAXWELL, 2005).
O cotovelo (Figura 5 ) é formado pelos os seguintes ossos: úmero, ulna e rádio, e possui três articulações: úmero-radial, úmero-ulnar e rádio ulnar. O cotovelo tem função assistir o ombro na aplicação de força e colocar a mão na posição apropriada. O cotovelo é vulnerável à lesão como resultado de queda ou de uso repetitivo. A amplitude do movimento de flexão do cotovelo é de aproximadamente 145º, a extensão pode chegar 10º , a pronação máxima é de 70º e a supinação 85º ( MAXWELL, 2005).
Existem 24 músculos passando pela articulação do cotovelo, e são classificados como flexores, extensores, pronadores e supinadores. O grupo muscular é flexor é considerável mais forte que o extensor ( MAXWELL, 2005).
A articulação umeroulnar é entre a ulna e o úmero, e é a contribuinte principal para os movimentos de flexão e extensão do antebraço. A articulação radioumeral liga os ossos rádio e úmero e também participa dos movimentos de flexão e extensão. A articulação radioulnar liga o rádio e a ulna e participa do movimentos de prono supinação do antebraço. Os ligamentos colateral medial e colateral lateral suportam a articulação do cotovelo e restringe as sobrecargas em valgo ou em varo ( MAXWELL, 2005).
FIGURA 5. Ossos do cotovelo em 90º de flexão
FONTE:https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-articular/diartroses/cotovelo/
 
 O punho é formado pelo osso rádio e oito ossos do carpo, que formam a articulação rádio-cárpica, permitindo ao punho os movimentos de flexão, extensão, adução, abdução e circundução. Movimentos repetitivos realizados com o punho podem levar a compressão de nervos. A mão é um órgão de preensão e movimentos finos. A compressão do nervo mediano causa a síndrome do túnel do carpo, muito comum em digitadores e pessoas que realizam funções que movimentam em excesso e punho. Depois das lesões ocupacionais mais frenqüentes relatadas pelos profissionais. O assoalho e os lados do túnel do carpo são formados pelos ossos do carpo, e o teto é formado pelo ligamento transverso. Dentro do túnel estão os tendões flexores do punho leva à inflamação dos tendões flexores do punho, comprimindo o nervo mediano. O nervo mediano inerva a região lateral da mão, especificamente a região tênar. A compressão deste nervo pode causar dor, atrofia dos músculos têneares e formigamentos na parte radial da mão. Recomenda-se, para evitar a síndrome, que punho seja mantido em posição neutra durante a realização de tarefas no local de trabalho ( MAXWELL, 2005).
 
Figura 6 - Ossos do punho e da Mão.
https://www.Maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036-4.pdf
Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula muscular se contrai. O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre os grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a largura da banda H ( MAXWELL, 2005).
 
7. Organização das Fibras Musculares
As células musculares podem organizar três tipos diferentes de tecido (Figura 7). O primeiro é o músculo liso, o qual possui células fusiformes e contração involuntária, com um único núcleo alongado e sem estriações transversais. O segundo é o músculo estriado esquelético, o qual é formado por células longas, multinucleadas e de contração voluntária, seus núcleos se localizam na periferia da célula, apresenta-se com estriações transversais. Por fim o músculo estriado cardíaco, o qual apresenta células também longas, podendo ser bifurcadas, mono ou binucleadas e de contração involuntária e rítmica. As células se apresentam com estriações transversais e discos intercalares, o que ultraestruturalmente são elementos do complexo juncional (UNIGRANRIO, 2015).
 
Figura 7 - Organização da fibra muscular..
FONTE: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php
O aspecto estriado das fibras musculares estriadas, se dá pela organização ultraestrutural dos miofilamentos e proteínas de ligação na unidade morfofuncional destas células, o sarcômero. O sarcômero é delimitado por duas linhas Z e partindo destas linhas observamos filamentos de finos (actina) e entre estes encontramos os filamentos espessos (miosina). O processo de contração muscular se dá pelo tracionamento dos filamentos de miosina em relação aos de actina, encurtando desta maneira o sarcômero. Durante o relaxamento, observamos o movimento inverso havendo então o restabelecimento do tamanho do sarcômero em repouso. As células musculares lisas não possuem essa organização sarcomérica, logo seu mecanismo de contração é diferenciado (UNIGRANRIO, 2015).
7.1 COMPOSIÇÃO MUSCULAR
Sarcolema: É a membrana plasmática da fibra muscular;
Sarcoplasma: É o citoplasma onde as miofibrilas ficam suspensas no interior da fibra muscular;
Retículo Sarcoplasmático: Local de armazenamentos e liberação de cálcio, tem organização especial de fundamental importância para o controle da contração muscular;
Sarcômero: É a porção da miofibra entre dois discos Z sucessivos;
Túbulos T: Invaginação da membrana da fibra muscular,local de propagação do potencial de ação;fazem contato com as cisternas laterais do retículo sarcoplasmático;
Tríade: É a união do túbulo T com duas cisternas laterais.
(UNIGRANRIO, 2015).
8. HIPERTROFIA
A adaptação do organismo ao estímulo de sobrecarga tensional é a síntese de proteína contrátil miofibrilar,sendo este o mecanismo mais importante para hipertrofia do músculo esquelético. A resposta metabólica ao treinamento também contribui para a hipertrofia da fibra muscular principalmente devido ao estímulo para o aumento do volume e número das mitocôndrias e ao acúmulo de glicogênio e água. Com isso, observa-se um aumento da resistência, aeróbia ou anaeróbia,dependendo do tipo de esforço envolvido no treinamento. A qualidade do glicogênio carrega quase três gramas de água, compreende-se o grande aumento do conteúdo de água intracelular resultante desse processo. Por razões diversas, a sobrecarga metabólica anaeróbia associa-se com maior grau de hipertrofia muscular do que a aeróbia. As mitocôndrias e a vascularização aumentam a sobrecarga metabólica anaeróbia em função da ativação paralela do metabolismo aeróbio (TAVARES, 2016).
À capacidade do músculo esquelético de se adaptar às demandas funcionais que o organismos impõe damos o nome de “plasticidade muscular”. Esse mecanismo de adaptação das proteínas componentes dos miofilamentos obedece a imposições hormonais e do exercício, Um exemplo simples é a adaptação da densidade muscular que ocorre com um homem praticante de musculação. Com a prática contínua de levantamento de peso, observa-se um aumento de densidade muscular (TAVARES, 2016).
 Ao contrário, um músculo que perde inervação, ouque é mantido imobilizado, pode sofrer o processo chamado de hipertrofia ou atrofia muscular, que se caracteriza pela perda da massa muscular(diminuição do conteúdo protéico da célula muscular) (TAVARES, 2016).
O peso utilizado deve ser controlado em todos os exercícios. Para evitar o traumatismo ortopédico das estruturas articulares, nenhum movimento rápido ou impetuoso deve ser feito durante os exercícios. Os pesos maiores podem prejudicar o esqueleto e as estruturas articulares em desenvolvimento (PETERSON et. al., 2001).
 Os programas de treinamentos de força devem começar com exercícios que trabalham músculos maiores e, em seguida, passar para os que utilizam músculos menores. A maior parte dos exercícios de treinamento de força é planejada para desenvolver os músculos maiores. Se você interromper um exercício porque um músculo grande, você compromete os possíveis ganhos relativos ao músculo maior (PETERSON et. al., 2001).
 
Há dois tipos principais de células musculares: branca e vermelha . Elas receberam seus nomes a partir da cor que assumem quando são especialmente tratadas para exame sob microscópio. As células musculares rápidas (tipo II) na são as células brancas, e as células musculares lentas (tipo I) são as vermelhas. As células musculares brancas contêm muitos filamentos de actina e de miosina. As células musculares vermelhas contém relativamente poucos desses filamentos mas, por outro lado, tem mais componentes que fornecem energia. Essas condições resultam em células brancas fortes e rápidas que cansam rapidamente; Ambas as fibras vermelha e brancas estão contidas no mesmo músculo. A composição de um músculo é determinada por genes, mas pode, em parte, ´ser modificada` por treinamento específico. Diferentes eventos esportivos exigem tipos de força diferentes, assim os atletas e treinadores devem escolher os exercícios com cuidado. O levantamento de peso depende dos músculos fortes e rápidos. O treinamento de levantamento de peso, contudo, envolve poucos exercícios que são designados para resistência dinâmica. (PETERSON et. al., 2001).
BIBLIOGRAFIA
ALVES, J.V. O Músculo Estriado Esquelético Strength Conditioning Science:Propriedades, Função e Arquitetura Muscular. São Paulo.p. 42. 2013.
BURKITT, H. George; WHEATER, Paul R.; YOUNG, Barbara; HEATH, John W. Histologia funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. 409p. 
KIERSZENBAUM, A. Histologia e Biologia Celular: Uma introdução à patologia. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora. 2008. p. 199 a 222.
MAXWELL. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036_4.PDF>Acesso em 29 outubro de 2017.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2008.
PORTAL DA EDUCAÇÃO. Músculos. Características Funcionais. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/musculos-caracteristicas-funcionais/34268>Acesso em 30 outubro de 2017.
PUTZ, R.; PABST, R. Sobotta, Atlas de Anatomia Humana. Vol. 1 e 2. 22 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
TAVARES, MARCOS. Hipertrofia Muscular. Disponivel em <http://www.uff.br/WebQuest/pdf/musc.htm>Acesso em 28 de outrubro de 2017.
TORTORA. Gerard. REYNOLD. Sandra. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6° ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
UNIGRANRIO. Atlas de Morfologia Comparada. Disponivel em <http://www2.unigranrio.br/altas-mofologia-comparada/interna6.html>Acesso em 26 de outubro de 2017.
WIRHED, R. F. L. Tit. Athletic Ability: and the Anatomy of Motion. 2ª edição brasileira. São Paulo. Editora Manole Ltda, 2002.

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