Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MÓDULO 8 – Escoamento em Canais Abertos Características Gerais dos Escoamentos em Canal Aberto Classificação do escoamento em canal aberto é classificado (Figura 1): uniforme (EU): profundidade do escoamento não varia ao longo do canal (dy/dx = 0). não uniforme, ou variado: profundidade varia com a distância ao longo do canal (dy/dx ≠ 0). Escoamentos não uniformes são classificados como escoamentos com variação rápida (EVR) se a profundidade do escoamento varia consideravelmente numa distância relativamente pequena (dy/dx ~ 1). variação gradual (EVG) são aqueles em que a profundidade do escoamento varia pouco ao longo do canal (dy/dx << 1). Figura 1 - Classificação dos escoamentos em canal aberto (Fox, 2010) Os escoamentos em canal aberto, dependendo das várias condições envolvidas, podem ser laminares, de transição ou turbulentos (Reynolds). hρVRR e V é a velocidade média do escoamento Rh é o raio hidráulico do canal laminar se Re < 500, transição se 500 < Re < 12500 turbulento se Re > 12500 Os escoamentos em canal aberto sempre apresentam uma superfície livre. Esta superfície pode ser alterada de uma configuração não perturbada (relativamente plana) e formar ondas que se deslocam através da superfície com uma velocidade que depende do seu tamanho (peso, comprimento) e das propriedades do canal (profundidade, velocidade do escoamento etc.). As características de um escoamento em canal aberto dependem muito de como o fluido se movimenta e como uma onda típica se desloca em relação ao fluido. O parâmetro adimensional que descreve este comportamento é o número de Froude. gL Fr V L é um comprimento característico do escoamento Ondas Superficiais A característica principal dos escoamentos que apresentam uma superfície livre (como nos escoamentos em canais abertos) é a oportunidade da superfície distorcer em várias formas. A superfície de um lago ou do oceano raramente é "lisa como um espelho". Normalmente, estas superfícies apresentam formas distorcidas e que se alteram ao longo do tempo. Estas alterações estão associadas às ondas superficiais que podem ser altas, baixas, longas (a distância entre as cristas das ondas é grande) e curtas. Figura 2 (a) Produção de uma onda simples num canal visto por um observador estacionário. (b) Onda vista por um observador que se desloca com velocidade igual a da onda. (Fox, 2010) A expressão da velocidade da onda gyc Figura 3 Velocidade da onda em função do comprimento da onda (Fox, 2010) Uma análise mais avançada das ondas superficiais senoidais de pequena amplitude mostra que a velocidade da onda varia em função do comprimento de onda e da profundidade do escoamento. ygy c 2 tanh 2 Nos casos onde a profundidade da água é muito maior do que o comprimento de onda (y>>λ, como no oceano), a velocidade da onda é independente de y e é dada por 2 gy c Isto ocorre porque tanh(2πy/λ) → 1 quando y/λ → ∞. De outro lado, se a camada de fluido é fina (y << λ, como sempre ocorre em canais abertos), a velocidade da onda é dada por c = (gy)1/2. Estes dois casos limites estão mostrados na Fig. 3. Considerações Energéticas Admitindo o perfil de velocidade uniforme em qualquer seção transversal do canal, a equação da energia para este escoamento apresenta a seguinte forma: Lhzz 2 2 22 1 2 11 2g vP 2g vP hL é a perda de carga devida aos efeitos viscosos. Figura 4 Canal aberto típico (Fox, 2010) Bibliografia Fox, R.W., Pritchard, P.J; McDonald, A.T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, LTC, 2010
Compartilhar