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RADIOTERAPIA MÉTODOS

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Radioterapia
Fabíola Ester
Stefânia M. Vizaccro
Gilberto Carvalho
Disciplina: Física Médica
5° Semestre
Radioterapia
Radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível nas células normais vizinhas.
As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de DNA. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.
Radioterapia
Radioterapia é o uso terapêutico de radiação para o tratamento de alguma enfermidade. Existem 2 modalidades clínicas utilizadas:
Braquiterapia, em que fontes radioativas na forma de aplicadores especiais - agulhas, sementes ou fios - são colocadas em contato direto com o local onde se deseja empregar a radiação. Exemplos comuns são os implantes utilizados no tratamento dos tumores ginecológicos e da próstata, entre outros;
Teleterapia, ou radioterapia com feixe externo, que é a modalidade mais difundida. A fonte irradiante se posiciona externamente ao paciente, a certa distância dele, podendo-se utilizar de diversas máquinas, como o gerador convencional de raios-X, a unidade de Co-60 e, mais comumente, os aceleradores lineares.
Braquiterapia
A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna na qual um material radioativo é inserido dentro ou próxima ao órgão a ser tratado. Para isso são utilizados fontes radioativas específicas, pequenas e de diferentes formas por meio de guias denominadas cateteres ou sondas.
Taxa de Dose
A taxa de dose em braquiterapia refere-se ao nível ou “intensidade” com que a radiação é fornecida ao meio circundante, e é expressa em Grays por hora (Gy/h).
A braquiterapia de baixa taxa de dose (LDR, low-dose rate) implica a implantação de fontes de radiação que emitam a uma taxa de até 2 Gy/h. A braquiterapia de baixa taxa de dose é habitualmente utilizada para cancros da cavidade oral, orofaringe, sarcomas, e cancro da próstata;
A braquiterapia com taxa de dose média (MDR, medium-dose rate) é caracterizada por uma taxa média de fornecimento da dose, entre os 2 Gy/h e os 12 Gy/h;
A braquiterapia de alta taxa de dose (HDR, high-dose rate) ocorre quando a taxa de fornecimento da dose excede os 12 Gy/h. As aplicações mais comuns da braquiterapia de alta taxa de dose são em tumores do colo do útero, esófago, pulmões, mama e próstata. 
Fontes de Radiação
Fontes de radiação normalmente utilizadas (radionuclídeos) para braquiterapia
Tipos de Braquiterapia
Intracavitária: realizada por meio da colocação de material radioativo no interior do órgão ou cavidade, muito utilizada no tratamento dos tumores ginecológicos.
Endoluminal: a fonte de radiação é posicionada no interior de um órgão tubular como brônquio pulmonar ou esôfago, através de um cateter, para liberar altas doses de radiação, por um curto período.
Intersticial: o material radioativo é introduzido na área comprometida pela doença, geralmente por meio de cirurgia. O material pode permanecer por tempo limitado (implante temporário) ou ser mantido indefinidamente (implante permanente).
Procedimento
Equipamento de Braquiterapia
	A técnica mais empregada hoje no Brasil é a braquiterapia por alta taxa de dose com pós-carregamento automático com irídio-192. Esse tipo de equipamento tem um cabo de mais de 100 cm de comprimento e cerca de 1 mm de diâmetro, em cuja ponta é colocada uma pequena fonte de irídio-192, com 3,5 mm de comprimento, e menos de 1 mm de diâmetro.
	Enquanto não está em posição de irradiação, a fonte permanece dentro de um cofre de segurança. Quando acionado por um computador, um motor movimenta o cabo, fazendo com que a fonte saia do equipamento por um dos canais de tratamento. A cada canal pode ser conectado um tubo guia que conecta o equipamento ao aplicador, já colocado no paciente. A fonte se movimenta a posições pré-estabelecidas e lá permanece por um tempo calculado pelo Sistema de Planejamento. Uma vez terminado o tempo estabelecido para todas as posições desse canal, a fonte retorna ao cofre de segurança e sai por outro canal, indo a outro aplicador.
Telecobaltoterapia
Utiliza radiação proveniente de um isótopo, o Cobalto-60. Este é produzido artificialmente pelo bombardeamento do isótopo Cobalto 59 por nêutrons em um reator atômico. O Cobalto 60 é encapsulado e colocado na cabeça do aparelho de telecobaltoterapia, emitindo raios gama. Uma abertura controlável na cápsula permite a passagem da radiação até o paciente.
Cobalto-60
Criado artificialmente em reatores nucleares;
Meia-vida: 5,27 anos;
Emissor de raios gama;
Energia média: 1,25 Mev;
Taxa de Dose:50 – 300 Gy/min.
Equipamento
Gantry - Trata-se do corpo do aparelho, possui liberdade de movimentos e realiza giro em torno do próprio eixo em 360º; 
Cabeçote ou braço - peça construída em chumbo fundido, pesando aproximadamente 150 kg, onde estão localizadas o dispositivo de movimentação da fonte e o colimador;
Colimador - sistema composto de blocos móveis confeccionados em 
 chumbo, urânio ou tungstênio, responsável pela delimitação do campo 
 divergente de radiações. 
 Uma fonte de cobalto-60 de teleterapia deve ser troca da pelo menos a cada 8 anos. Entretanto, deve ser dito que aparelhos de cobalto -60 necessitam de menos manutenção que os aceleradores lineares. 
Mesa - é o dispositivo onde o paciente é acomodado. É rígida e plana e possui liberdade de movimentos podendo se movimentar para cima e para baixo, para a esquerda e direita, no sentido longitudinal (caudal e cefálico) além de girar 270º em torno de seu eixo; 
Acelerador Linear
É um equipamento eletroeletrônico que emite radiação artificialmente 
 produzida, pela aceleração de elétrons, que ao se interagir com um alvo, 
 geralmente de tungstênio, produz raios-X. 
Quanto mais alta a energia do aparelho, medida em MeV (milhões de elétrons - volt) maior a profundidade de penetração nos tecidos. 
O cobalto e os aceleradores lineares são denominados de aparelhos de megavoltagem. 
Podem funcionar de maneira estática ou girarem durante o tratamento. 
São colocados em salas com proteções especiais. O paciente é posicionado na mesa de tratamento e o aparelho é operado fora da sala. 
Um circuito interno de TV permite monitorar o paciente durante todo o 
 tratamento.
Aceleradores lineares de elétrons com energia entre 5 e 30 MeV (operando na faixa de RF de 2 a 4 GHz) são as principais máquinas para radioterapia nos dias atuais (existindo aproximadamente 5000 destes no mundo em 2008, sendo os principais fabricantes Varian, Siemens, General Electric, Mitsubishi e Toshiba);
Um eficiente acondicionamento do acelerador e dos sistemas de transporte do feixe de elétrons permitiram a construção de aceleradores lineares muito compactos (1 a 2 m). Além disso são máquinas eficientes e confiáveis, o que foi um fator decisivo para a sua aceitação em aplicações clínicas
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