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10S - DIP - Direito Internacional Privado

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Direito Internacional Privado
Prof. Manuel Nabais da Furriela
1. Considerações Iniciais:
	1.1. Contato: manuel_furriela@hotmail.com / Facebook: Manuel Furriela II
Direito Internacional Privado.
1. Partes:
	São:
	a) Pessoas naturais (pessoas físicas): são os particulares por natureza;
	b) Pessoas jurídicas de direito privado: as empresas (não podem ser as públicas) e ONG’s.
2. Conceito de Direito Internacional Privado:
	É o ramo do direito que regulamenta as questões jurídicas dos particulares com elemento de conexão externo.
	Por exemplo: contrato celebrado entre uma empresa brasileira domiciliada no Brasil com uma empresa alemã, domiciliada na Alemanha. O elemento de conexão é o domicílio.
3. Elemento de conexão:
	É o fator determinador da nacionalização da relação jurídica entre particulares. E também auxiliará na resolução dos maiores problemas de Direito Internacional Privado: a fixação da competência territorial e a lei aplicável ao caso concreto.
	3.1 Da Pessoa Natural
		3.1.1 Nacionalidade: é o vínculo de uma pessoa com o Estado seguindo regras de concessão determinadas pelo Estado concedente.
		a) Tipos: 
		a.1) Originária: geralmente é decorrente do local do nascimento.
a.2) Derivada: adquirida posteriormente. Ex.: naturalização, dupla nacionalidade.
		b) Formas de determinação:
b.1) “jus solis”: nacionalidade determinada pelo território, geralmente aplicada pelos Estados do Novo Mundo, ou seja, que foram colonizados.
	
b.2) “jus sanguinis”: determinação da nacionalidade pela ascendência, geralmente pelos Estados do Velho Mundo, por exemplo, a Europa.
	O Brasil adota o critério misto, tanto “jus solis” quanto “jus sanguinis”.
3.1.2 Naturalização
a) Definição: é a opção por uma outra nacionalidade seguindo um procedimento que difere de um estado para o outro, o qual no caso do Brasil tem suas principais regras, previstas no art. 12, da CF e no Estatuto do Estrangeiro.
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.  
Classicamente, a naturalização determina a perda da nacionalidade originária em favor de outra. A nova nacionalidade será derivada.
OBS.: se a razão que levou o pedido da naturalização for por força das circunstâncias e não por vontade própria do solicitante, a nacionalidade brasileira poderá ser mantida.
Exemplo: exigência para permanência em Estado estrangeiro; exigência do empregador; necessidade de utilização de serviços de saúde.
No Brasil, apesar de não ser a característica da naturalização, ocorre cumulação.
Há um regime especial para os Portugueses residentes no Brasil, os quais não precisam se naturalizar para terem direitos de naturalizados. Pode m votar, se candidatar a determinados cargos na política. As regras estão previstas na CF/88 e no Tratado da Amizade (1970).
3.1.3 Cidadania: direitos e obrigações, principalmente direitos civis, políticos.
3.1.4 Dupla nacionalidade: acúmulo de nacionalidade não necessariamente duas, podendo ser mais de duas.
a) Critério: atender exigências daquele que concede. Alguns Estados não aceitam que seu cidadão tenha outras nacionalidades, mesmo que de forma cumulativa. Ex.: China.
Trata-se de um serviço consular e não da embaixada. As exigências dos consulados são diferentes, no entanto, há um fator em comum: a ascendência (admitido diferentes graus de parentescos dependendo do consulado).
Há pontos inconvenientes na dupla nacionalidade: declaração de imposto de renda (para evitar bitributação), visitar o país uma vez por ano.
3.1.5 Apátrida: é aquele que não tem nacionalidade. Pode ter acontecido de ter perdido a nacionalidade.
A nacionalidade originária não é cassável, diferente da nacionalidade derivada que pode ser cassada, mas há várias regras;
Alguns Estados cassam a nacionalidade originária, apesar da proibição internacional. 
Ex.: extinção do estado; cassação da nacionalidade derivada.
A ONU tem uma missão especial para a busca de uma nacionalidade de quem a perdeu. Geralmente, readquire-se a nacionalidade originária.
	3.2 Da Pessoa Jurídica:
3.2.1 Sentido: com a globalização esse sentido diminuiu. Cada vez menos os Estados querem diferenciar a empresa nacional da estrangeira. Também, o Brasil alterou sua legislação. Em 1995, ocorreu a Emenda à Constituição acabando com a diferença entre as empresas.
		3.2.2 Formas de determinação: 
a) sócios: nacionalidade dos sócios determina a da pessoa jurídica. Dependendo da nacionalidade (país) dos sócios. Não é um bom critério.
Ex.: um restaurante formado por um Português e um Japonês no Brasil, a empresa teria nacionalidade portuguesa, japonesa, brasileira ou todas juntas? Por isso não é um bom critério.
b) Local onde exerce sua principal atividade econômica: Não é um bom critério.
	Ex.: na época da crise econômica, o mercado brasileiro sustentou muitas empresas estrangeiras, por exemplo, GM. No entanto, a empresa continuou americana, não se tornou brasileira.
	c) De onde partem as principais decisões da empresa, ou seja, hierarquicamente superior: é um critério mais aceitável.
	Ex.: Volkswagen com grande participação no Brasil, não é uma empresa brasileira, é uma empresa alemã. Apesar de aqui serem tomadas decisões importantes, na Alemanha é de onde partem as principais decisões.
	3.3 Domicílio
	A lei aplicável e o foro competente são as principais dúvidas quando se trata de Direito Internacional.
		3.3.1 Conceito/Ideia: é o local onde uma pessoa natural responde por suas obrigações. Pode ocorrer de uma pessoa ter mais de um domicílio em um Estado ou ter domicílio em mais de um Estado.
		3.3.2 Formas de determinação: 
a) local onde a pessoa se estabelece com ânimo definitivo;
b) local onde exerça suas principais atividades.
		3.3.3 Conflito: entre domicílios internacionais. Sendo domiciliado em mais de um país.
		Há 3 tipos de domicílios: legal, judicial e voluntário. O domicílio legal é determinado pela lei (por exemplo, servidor público, militar, preso). O domicílio judicial é determinado por ordem judicial. E o domicílio voluntário é determinado pela livre escolha.
		Havendo conflito:
		a) entre domicílio voluntário e o domicílio legal, prevalece o domicílio legal;
		b) entre domicílio voluntário e o domicílio judicial, prevalece o domicílio 	judicial.
		c) entre o local onde exerça suas principais atividades e atividades secundárias, prevalece o local das principais atividades;
	Em caso de nômade, por exemplo, os circenses, será considerado domicílio o local onde ocorreu o fato.
4. Uniformização do Direito
	4.1 Ideia: é a coincidência de semelhanças entre o direito em estados distintos ou até mesmo atuação proposital para que se encontrem semelhanças ou identidade completa.
	4.2 Formas:
	a) Direito uniforme: alguns Estados em virtude de fatores históricos ou influência doutrinária possuem grande semelhança em suas normas e no Direito em geral. 
	Por exemplo, o Brasil e Portugal são semelhantes em razão da colonização. A semelhança não é proposital.
	b) Direito uniformizado: de forma proposital alguns Estados acertam entre si que terão para certas áreas normas idênticas. 
	Por exemplo, a relação entre Brasil e Itália, Brasil e Japão.
	c) Direito internacional privado uniformizado: trata-se da uniformização de suas normas de direito internacional privado entre Estados. 
	Por exemplo, LINDB que trata de sucessões, herdeiros, obrigações. 
	d) Direito comparado: éa análise do direito de outro Estado objetivando a construção de conceitos doutrinários, o auxílio na elaboração de decisões, a elaboração de normas no Brasil baseadas nas normas do exterior.
5. Conceitos norteadores da aplicação do direito estrangeiro no Brasil:
	Os três primeiros conceitos são baseados no art. 17 da LINDB e são considerados os limitadores da aplicação do direito estrangeiro no Brasil.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
	a) Ordem pública: desdobra-se em dois conceitos:
		a.1) A ordem pública engloba a ordem jurídica;
		Exemplo: casamento poligâmico árabe não se homologa aqui, pois fere a 	ordem pública, no que tange à ordem jurídica.
		a.2) É a forma como uma sociedade se organiza.
	b) Soberania nacional: vista de duas formas:
		b.1 internamente: é o poder de um Estado sobre seus cidadãos e sobre o seu 	território.
		b.2 Externamente: é a autoafirmação de um Estado, demonstrada pela 	independência em relação aos demais Estados.
	c) Bons costumes:
	Este conceito é visto como retrógrado pela população em geral.
	Demonstra quais hábitos a sociedade aceita. São as práticas, bons hábitos, aceitas e assim reconhecidas pela cultura brasileira.
	Exemplo: topless na Europa se faz em praça pública; no Brasil não é costume nem mesmo em praias.
	d) Fraude à lei:
	É a utilização de forma ardilosa da norma de um Estado que seja mais benéfica em relação à de outro Estado, transparecendo legalidade, para que não se descubra a verdadeira má-fé de seu beneficiário.
	Exemplo: quando da vigência do CC de 1916, casava-se no Uruguai por lá se permitir o casamento de maiores de 18 anos, o que no Brasil era para maiores de 21 anos. Portanto, apesar de tudo certo na forma, o objetivo era fraudar a lei brasileira.
	e) Qualificações:
	Trata-se de determinação do ramo de direito aplicável a certo caso.
	f) Questão prévia:
	Trata-se de decisão que tem de ser tomada em uma questão prejudicial, antes de se decidir a questão principal, ou seja, uma pendência.
	Exemplo: após a morte de homem casado e com filhos, mulher se apresenta com criança que alega ser filho dele. Antes, a questão principal era abrir o inventário, agora, apresenta-se uma questão prévia, que é a investigação de paternidade.
6. Homologação de sentença estrangeira no Brasil:
	6.1 Conceito:
	É a validação, no Brasil, de decisão judicante proferida no exterior, ou seja, sua nacionalização, objetivando sua execução, o seu cumprimento no Brasil.
	6.2 Tipos:
		a) Direta: o juiz brasileiro decide, no Brasil, aplicando a lei de outro país;
		b) Indireta: decide-se no exterior e traz-se no Brasil para homologação.
	6.3 Observação:
	A competência foi deslocada do STF par o STJ, por força da EC 45.
	6.4 Decisões não judicantes: 
		1ª fase				2ª fase
						
			Citação Produção Provas 	Sentença
		 (Interlocutória) (Interlocutória)
			Decisões não judicantes	 Decisão judicante
		a) Ideia: é uma decisão que não resolve uma questão jurídica, como, por exemplo, uma instrutória ou interlocutória (citação, intimação, produção de provas etc). Não coloca fim ao processo. Não decide o mérito.
		O instrumento para esse tipo de decisão é a carta rogatória, que é o instrumento processual para o cumprimento de atos no exterior.
		Obs.: carta precatória utiliza-se para cumprimento de atos em outras comarcas dentro do país, para cumprimento de atos não judicantes. E a carta de ordem, utilizada para que decisão de instância superior seja cumprida pela instância inferior.
		b) Procedimento: a carta rogatória deverá ser instruída com cópia da decisão devidamente traduzida e demais documentos necessários ao convencimento do juiz recebedor, a qual será analisada pelo STJ.
		O STJ analisará a competência do juízo originário, o cumprimento das formalidade de instrução, se fere o art. 17 da LINDB.
LINDB, Art. 17.  As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
		Em caso de ferir o art. 17, a decisão não será cumprida no país. Vício insanável.
		Se estiver tudo em ordem, determinará a oitiva da parte interessada (empresa brasileira) sobre o instrumento. 
		A parte brasileira poderá se defender do cumprimento da carta rogatória. Na defesa poderá ser alegado defeito de instrumentalização (falta de documentos, procedimento, tradução). Vício sanável.
		Se o vício for sanável pode ser reapresentada. Se ferir o art. 17 da LINDB não poderá ser cumprida e não poderá ser reapresentada.
		Ao final, o Ministro do STJ decidirá pelo cumprimento ou não, cabendo recurso de agravo regimental.
		c) “Exequatur”: é o nome da decisão do STJ de determinação da execução (é o “cite-se”).
	6.5 Decisões judicantes: 
		a) Ideia: são as decisões que resolvem o problema jurídico. Decidem um litígio. 
		Exemplos de decisões judicantes: sentença, acórdão, arbitragem.
		b) Procedimento: a homologação de decisão judicante no Brasil ocorre através de uma ação judicial movida no STJ. A ação judicial é a homologação de sentença estrangeira
c) Objetivo: convencimento do STJ para homologar a sentença estrangeira tornando-a exequível ou executável.
d) Sistema envolvido: processual e internacional.
e) Revisão de mérito pelo STJ? 
	- Total: não revisa tudo.
	- Parcial: não revisa parcialmente.
- Reciprocidade diplomática: são tratados que o Brasil firmou de cooperação judiciária para facilitar homologação com outros países.
- Reciprocidade de fato: é aquela que demonstra através de precedentes que o outro Estado homologa nossas decisões, dessa forma faremos o mesmo.
	- Delibação: não revisam o mérito.
	6.6 Resolução nº 9, do STJ:
Parte interessada é a autora da ação de homologação, ou seja, a que quer fazer com que a decisão seja cumprida no Brasil.
		Observa-se os requisitos da petição inicial, previsto no art. 282, do CPC.
		Cópia autêntica é a que passa pelo Consulado Brasileiro.
Art. 3º A homologação de sentença estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações constantes da lei processual, e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados.
Art. 4º A sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil sem a prévia homologação pelo Superior Tribunal de Justiça ou por seu Presidente.
		Provimentos não-judiciais, por exemplo, a arbitragem.
§1º Serão homologados os provimentos não-judiciais que, pela lei brasileira, teriam natureza de sentença.
Não há necessidade das decisões estrangeiras serem homologadas por inteiro. Se uma parte da decisão ferir o art. 17 da LINDB não será homologada, podendo outra parte que não fere o art. 17 da LINDB ser homologada.
§2º As decisões estrangeiras podem ser homologadas parcialmente.
§3º Admite-se tutela de urgência nos procedimentos de homologação de sentenças estrangeiras.
Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira:
No inciso I, o STJ analisará se o juízo era competente para análise do caso. Se as decisões forem proferidas por juiz incompetente é nula. 
I - haver sido proferida por autoridade competente;
No inciso II, verifica-se se o processo transcorreu adequadamente. Se tiver vícios, a sentença estrangeira não é homologada pelo STJ.
II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia.;
No inciso III, o STJ analisa se a sentença estrangeira transitou em julgado. A decisão proferidano exterior para ser homologada no Brasil deve estar em fase de execução.
III - ter transitado em julgado; e
		No inciso IV, fala-se em procedimento.
IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.
		Art. 6º combinado com o art. 17 da LINDB.
Art. 6º Não será homologada sentença estrangeira ou concedido exequatur a carta rogatória que ofendam a soberania ou a ordem pública.
		Art. 8º trata do processo de homologação.
Art. 8º A parte interessada será citada para, no prazo de 15 (quinze) dias, contestar o pedido de homologação de sentença estrangeira ou intimada para impugnar a carta rogatória.
Parágrafo único. A medida solicitada por carta rogatória poderá ser realizada sem ouvir a parte interessada quando sua intimação prévia puder resultar na ineficácia da cooperação internacional.
No art. 9º, alega o vício formal, por exemplo, autenticidade de documento.
Art. 9º Na homologação de sentença estrangeira e na carta rogatória, a defesa somente poderá versar sobre autenticidade dos documentos, inteligência da decisão e observância dos requisitos desta Resolução.
Art. 11 Das decisões do Presidente na homologação de sentença estrangeira e nas cartas rogatórias cabe agravo regimental.
		No art. 12, será expedida carta de ordem ao Juiz Federal.
Art. 12 A sentença estrangeira homologada será executada por carta de sentença, no Juízo Federal competente.
	6.7 Arbitragem (Lei nº 9.307/96):
	É um procedimento distinto do judiciário. A decisão arbitral proferida no exterior deve ser homologada no Brasil.
	As partes devem expressamente convencioná-la, ou seja, é uma opção a utilização da arbitragem, devendo ser documentado.
		6.7.1 Constituição:
a) Cláusula arbitral: são disposições de um contrato determinando que em caso de desavença serão resolvidas por arbitragem.
	
b) Convenção de arbitragem: as partes firmam contrato de arbitragem, podendo ser firmado durante o litígio.
6.7.1 Vantagens:
a) Especialidade da decisão: chance da questão discutida ser tecnicamente melhor julgada.
b) Celeridade. Paga-se mais, no entanto, é mais célere que o Poder Judiciário.
c) Sigilo
d) Irrecorrível.
e) Define a câmara de arbitragem não havendo discussão de competência. Altamente recomendável para contratos internacionais, pois resolve a competência e a lei aplicável.
		6.7.2 Lei 9.307/96:
No caso do Brasil, as decisões arbitrais se tornaram eficazes com a lei própria de 1996 e com a derrubada das medidas que discutiam sua constitucionalidade.
A lei de 1996 deu a decisão arbitral a mesma força de sentença, impedindo a rediscussão no Poder Judiciário.
A utilização da arbitragem, conforme art. 1º, é válido somente para os direitos patrimoniais disponíveis.
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
As regras de homologação de sentença arbitral são as mesmas que as da sentença, bem como, devem ser observados os arts. 1º e 34 a 40 da Lei nº 9.307/96.
O capítulo VI (arts. 34 a 40) dispõe do reconhecimento e execução de sentenças arbitrais estrangeiras.
Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será reconhecida ou executada no Brasil de conformidade com os tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na sua ausência, estritamente de acordo com os termos desta Lei.
Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do território nacional.
Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à homologação do Supremo Tribunal Federal. Superior Tribunal de Justiça
Os arts. 483 e 484 do CPC tratam da homologação de sentença estrangeira.
Art. 36. Aplica-se à homologação para reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, no que couber, o disposto nos arts. 483 e 484 do Código de Processo Civil.
Art. 37. A homologação de sentença arbitral estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações da lei processual, conforme o art. 282 do Código de Processo Civil, e ser instruída, necessariamente, com:
I - o original da sentença arbitral ou uma cópia devidamente certificada, autenticada pelo consulado brasileiro e acompanhada de tradução oficial;
O inciso II trata da prova de que as partes livremente optaram pela utilização da arbitragem.
II - o original da convenção de arbitragem ou cópia devidamente certificada, acompanhada de tradução oficial.
O art. 38 trata dos possíveis argumentos trazidos pela defesa para que seja negada a homologação.
Art. 38. Somente poderá ser negada a homologação para o reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, quando o réu demonstrar que:
		Na hipótese do inciso I, a decisão é nula.
I - as partes na convenção de arbitragem eram incapazes;
II - a convenção de arbitragem não era válida segundo a lei à qual as partes a submeteram, ou, na falta de indicação, em virtude da lei do país onde a sentença arbitral foi proferida;
III - não foi notificado da designação do árbitro ou do procedimento de arbitragem, ou tenha sido violado o princípio do contraditório, impossibilitando a ampla defesa;
No inciso IV, as partes podem estipular limites das questões que serão submetidas à arbitragem.
IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos limites da convenção de arbitragem, e não foi possível separar a parte excedente daquela submetida à arbitragem;
V - a instituição da arbitragem não está de acordo com o compromisso arbitral ou cláusula compromissória;
VI - a sentença arbitral não se tenha, ainda, tornado obrigatória para as partes, tenha sido anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por órgão judicial do país onde a sentença arbitral for prolatada.
Art. 39. Também será denegada a homologação para o reconhecimento ou execução da sentença arbitral estrangeira, se o Supremo Tribunal Federal constatar que:
I - segundo a lei brasileira, o objeto do litígio não é suscetível de ser resolvido por arbitragem;
Inciso II combinado com o art. 17 da LINDB.
II - a decisão ofende a ordem pública nacional.
Parágrafo único. Não será considerada ofensa à ordem pública nacional a efetivação da citação da parte residente ou domiciliada no Brasil, nos moldes da convenção de arbitragem ou da lei processual do país onde se realizou a arbitragem, admitindo-se, inclusive, a citação postal com prova inequívoca de recebimento, desde que assegure à parte brasileira tempo hábil para o exercício do direito de defesa.
Art. 40. A denegação da homologação para reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira por vícios formais, não obsta que a parte interessada renove o pedido, uma vez sanados os vícios apresentados.
7. Condição jurídica do estrangeiro
	7.1 Ideia: é o estudo da entrada, estada e saída da compulsória de estrangeiros do Brasil.
	7.2 Entrada
		a) Documentos: passaporte que é o documento para viagens internacionais emitido pelo seu Estado, atestados de idoneidade moral, de saúde, vacinação.
		b) Visto: autorização consular para entrada em certo território.
			b.1) Tipos: turismo, trabalho, negócios, diplomático, oficial.
		Com relação ao visto, o Brasil adota o princípio da reciprocidade, se exigem dos brasileiros, será exigido para o outro.
	OBS.: Embaixada x Consulado. Embaixada é que aquela é a representação política e uma de um estado no outro, em regra, as embaixadas ficam na capital, enquanto o Consulado objetiva prestar serviços aos seus cidadãos no exterior, por exemplo, serviços cartoriais.
	7.3 Saída compulsória: é obrigatória.
		a) Extradição: um estado que tenha jurisdição sobre um indivíduo e contra ele há uma condenação penal requererá ao outro Estadoonde ele se encontre que o extradite.
		O Brasil não extraditará por crimes políticos ou de opinião, para cumprimento de pena superior ao do nosso ordenamento jurídico, crimes prescritos, refugiados e asilados, brasileiro nato.
		As principais regras sobre extradição estão em tratados firmados entre o Brasil e outros Estados.
		Por exemplo, caso do Ronald Biggs, Salvatore Cacciola, Abadia.
		b) Deportação: um estrangeiro tenta ingressar irregularmente no território de outro Estado (imigrante ilegal) ou lá estando se torna irregular, podendo ser deportado (visto ilegal, visto deturpado, que é o visto para uma determinada finalidade e utiliza-se para outra, por exemplo, quando se tem visto de estudante e começa a trabalhar). 
		c) Expulsão: um estrangeiro regular no território nacional, mas que se torna elemento nocivo aos interesses nacionais poderá ser expulso. 
		Exemplo, jornalista correspondente do NY Times ao falar sobre o então presidente Lula e sobre as mulheres brasileiras.
		d) Banimento: é a expulsão do próprio nacional. É a mesma coisa que a expulsão. No entanto, é proibida pela CF, sendo considerado um tipo de pena.
		e) “Expulsão”: é a modalidade prevista pelo TPI para convocação de estrangeiro para julgamento. Parece extradição, no entanto, não é o Estado que solicita, mas o TPI.
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