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TRABALHO FÁDIA NP2

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REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO – SP
SÃO PAULO
2016
REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO - SP
INTRODUÇÃO
Até chegar às residências, a água percorre um longo caminho. E o processo não consiste somente no transporte do produto, mas na preservação do mesmo desde a fonte de abastecimento até a entrega aos clientes.
O trabalho da Sabesp começa nas represas ou poços onde é necessário ter o controle de armazenamento, condições e qualidade para envio às estações.
O tratamento da água pode ser convencional e dividido em etapas para tirar a impureza da água e deixá-la apropriada para o consumo. As fases consistem em pré-cloração, pré-alcalinização, coagulação, floculação, decantação, filtração, pós - alcalinização, desinfecção e fluoretação. Durante todo o processo, a Sabesp realiza um rígido controle, por meio de análises laboratoriais para atender os padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
Após o tratamento, a água é armazenada em reservatórios, normalmente situados em pontos mais altos para facilitar a entrega à população. Existem também estações elevatórias ou unidades de bombeamento para impulsionar a água e facilitar sua distribuição.
SUMÁRIO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DE SÃO PAULO
O que é
 Tipo de demanda 
Consumo médio por pessoa
POPULAÇÃO ABASTECIDA
Fatores que afetam o consumo
K1 e K2 adotados
SISTEMA DE CAPTAÇÃO
 Sistema de tratamento (ETA)
Conclusão
Bibliografia
– ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DE SÃO PAULO
O que é
Denomina-se sistema de abastecimento público de água, a solução coletiva mais econômica e definitiva para o abastecimento de água de uma comunidade. Esta é a solução encontrada quando uma comunidade cresce e a densidade demográfica da área aumenta. O abastecimento de água visa, fundamentalmente a:
- Controlar e prevenir doenças; 
- Implantar hábitos higiênicos na população como, por exemplo, a lavagem das mãos, o banho e a limpeza dos utensílios; 
- Facilitar a limpeza pública; 
- Facilitar as práticas esportivas; 
- Propiciar conforto e bem estar.
Sob o ponto de vista sanitário, a solução coletiva é a mais interessante, porque é muito mais fácil proteger um manancial e supervisioná-lo, do que fazer supervisão de grande número de mananciais e de sistemas. Por exemplo: um poço coletivo comparado a vários poços individuais. Os sistemas individuais são soluções precárias para os centros urbanos, (fossa com filtro, por exemplo) embora indicados para áreas rurais onde a população é dispersa.
O Sistema Cantareira
O Sistema Cantareira ou Sistema Produtor de Água Cantareira, conhecido atualmente como um dos maiores do Planeta, foi constituído em meados de 1960, como uma iniciativa do governo de São Paulo para transformar o abastecimento de água da área metropolitana paulista em um processo mais resistente.
Para tanto, várias represas foram construídas próximas às nascentes da bacia do Rio Piracicaba, com o objetivo de transplantar água deste complexo para a Bacia do Alto Tietê, produzindo assim o suficiente para prover a Grande São Paulo - 8,8 milhões de habitantes das zonas norte, central, uma fração das regiões leste e oeste -, os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, sem esquecer da porção que cobre as cidades de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.
Este Sistema abrange um espaço que compreende 2.279,5 Km², incluindo quatro cidades mineiras - Camanducaia, Extrema, Itapeva e Sapucaí-Mirim -, e 8 municípios em São Paulo - Bragança Paulista, Caieiras, Franco da Rocha, Joanópolis, Nazaré Paulista, Mairiporã, Piracaia e Vargem.
São cinco as bacias hidrográficas que compõem o Sistema Cantareira, somadas aos seis reservatórios conectados entre si por túneis subterrâneos não naturais, aos canais e bombas que perfazem uma média de 33 m3/s para o consumo de metade da população da região metropolitana de São Paulo. Este potencial hidrográfico diminui a quantidade de água produzida pelo Rio Piracicaba e por seus afluentes.
Na Bacia do Alto Tietê a contribuição vem do rio Juquery; na do Piracicaba a água flui dos reservatórios Jaguari- Jacareí, os quais em grande parte banham Minas Gerais; também o Rio Cachoeira, integrante do Sistema, está localizado em solo mineiro. Sendo assim, 45% do potencial hidrográfico procede do estado de Minas.
A Sabesp foi a responsável pela construção de represas essenciais para o fornecimento de água própria para consumo em São Paulo – Paulo de Paiva Castro e Atibainha. Suas águas fluem até a represa Paulo de Paiva Castro e então são conduzidas por tubulações até a Estação Elevatória de Santa Inês, a qual jorra seu potencial hidrográfico para o topo da Serra Cantareira e daí para a Estação de tratamento de água de Guaraú.
Mudanças drásticas no ambiente em que o Sistema Cantareira está localizado ocorreram desde que ele foi implantado. Esta área, que era um território essencialmente rural, se transformou gradualmente, à medida que os reservatórios e as estradas que cruzam a região foram edificados, subvertendo a disposição social e econômica das cidades que compõem o complexo abastecedor.
Este meio, antes preservado como um recanto natural, está cada vez mais sujeito à ação humana, como define uma expressão criada recentemente justamente para descrever o fenômeno da interferência do Homem no ambiente a sua volta – o meio antrópico.
Como funciona o abastecimento de água
Até chegar às residências, a água percorre um longo caminho. E o processo não consiste somente no transporte do produto, mas na preservação do mesmo desde a fonte de abastecimento até a entrega aos clientes.
O trabalho da Sabesp começa nas represas ou poços onde é necessário ter o controle de armazenamento, condições e qualidade para envio às estações.
O tratamento da água pode ser convencional e dividido em etapas para tirar a impureza da água e deixá-la apropriada para o consumo. As fases consistem em pré-cloração, pré-alcalinização, coagulação, floculação, decantação, filtração, pós - alcalinização, desinfecção e fluoretação. Durante todo o processo, a Sabesp realiza um rígido controle, por meio de análises laboratoriais para atender os padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
Após o tratamento, a água é armazenada em reservatórios, normalmente situados em pontos mais altos para facilitar a entrega à população. Existem também estações elevatórias ou unidades de bombeamento para impulsionar a água e facilitar sua distribuição.
Na Região Metropolitana o sistema de abastecimento é integrado, já que existem 8 grandes complexos responsáveis pela produção de 65 mil litros de água por segundo. São eles: Alto Cotia, Baixo Cotia, Alto Tietê, Cantareira, Guarapiranga, Ribeirão da Estiva, Rio Claro e Rio Grande.
Nos poços profundos, a Sabesp realiza a cloração e a fluoretação da água, um processo mais simples, porém, com os mesmos acompanhamentos para monitorar e controlar a qualidade do produto.
Cabe ressaltar que os sistemas produtores funcionam 24 horas durante 365 dias. Em algumas ocasiões, a Empresa programa manutenções preventivas para evitar a interrupção dos serviços, emergencialmente.
Nestes casos, a recuperação do fornecimento não é imediata. Isso porque é preciso reiniciar todo o processo, carregar as adutoras, redes de distribuição e equalizar a distribuição até que todos recebam a água, principalmente aqueles que moram em regiões mais distantes dos pontos de reservação.
Qual a diferença entre adutoras e redes de distribuição?
Adutoras são tubulações de grande porte, muitas vezes parecidas com os túneis do metrô e que transportam água dos mananciais às estações ou destas às reservatórios.
Já as redes de distribuição são menores e são interligadas às adutoras até os ramais residenciais.
Adutora é uma tubulação normalmente sem derivações,que liga a captação ao tratamento ou o tratamento à rede de distribuição. Segundo o seu funcionamento, pode ser:
 Por gravidade: Quando aproveita o desnível entre o ponto inicial e final da adutora. 
 Por recalque: Quando é realizada utilizando um meio elevatório qualquer.
Tipo de demanda
São os seguintes os principais usos da água:
 - Abastecimento doméstico; 
- Abastecimento industrial; 
- irrigação;
- Dessedentação de animais; 
- Agricultura; 
- Preservação da flora e da fauna;
- Recreação e lazer; 
- Harmonia Paisagística;
- Geração de energia elétrica; 
- Navegação; e
- Diluição de despejos. 
Destes usos, os quatro primeiros (abastecimento doméstico, abastecimento industrial, irrigação e possivelmente dessedentação de animais) implicam na retirada significativa de água das fontes onde se encontram (uso consuntivo). Os demais usos são considerados não consuntivos, em função da não retirada do recurso do meio original. Em termos gerais, apenas os dois primeiros usos (abastecimento doméstico e abastecimento industrial) estão freqüentemente associados a um tratamento prévio da água, face aos seus requisitos de qualidade mais exigentes. A inter-relação entre o uso da água e a qualidade requerida para a mesma é direta. Na lista de usos acima, pode-se considerar que o uso mais nobre seja representado pelo abastecimento de água doméstico (conforme apresentado na Lei 9.433/1997), o qual requer a satisfação de diversos critérios de qualidade.
A demanda de água é dividido em:
Doméstico: - bebida; cozinha; banho; lavagem de roupas e utensílios; limpeza da casa; descarga dos aparelhos sanitários; irrigação de jardins e lavagem dos veículos.
Comercial: hotéis; pensões; restaurantes; estabelecimento de ensinos particulares; postos de abastecimento de combustível; padarias e açougues.
Industrial: transformação de matéria-prima; entra na composição do produto; fins agropecuários e - clubes recreativos.
Público: fontes; irrigação de jardins públicos; limpeza pública e edifícios públicos.
Segurança: combate de incêndio.
Independente do uso da água, o desperdício nas unidades de consumo deve ser evitado, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias para redução de perdas físicas de água nas unidades de adução, tratamento, reservação, rede de distribuição e ramais prediais.
Consumo médio por pessoa
O consumo per capita de uma comunidade é obtido dividindo-se o total de seu consumo de água por dia pelo número total da população servida. A quantidade de água consumida por uma população varia conforme a existência ou não de abastecimento público, a proximidade de água do domicílio, o clima, os hábitos da população. Havendo abastecimento público, o consumo médio varia ainda com a existência de indústria e de comércio, a qualidade da água e o seu custo. Nos projetos de abastecimento público de água, o consumo per capita adotado varia de acordo com a natureza da cidade e o tamanho da população. Normalmente adota-se as seguintes estimativas de consumo:
2 - Populações abastecidas
População abastecida sem ligações domiciliares
Adota-se os seguintes consumos per capita: - abastecida somente com torneiras públicas ou chafarizes, de 30 a 50 litros/ (habitante/dia); - além de torneiras públicas e chafarizes, possuem lavanderias públicas, de 40 a 80 litros/(habitante/dia); e - abastecidas com torneiras públicas e chafarizes, lavanderias públicas e sanitário ou banheiro público, de 60 a 100 litros/(habitante/dia).
Populações abastecidas com ligações domiciliares
Consumo per capta por faixa de população
	População – no de habitantes
	Per capta – L.hab-1.d-1
	até 6.000
	De 100 a 150
	de 6.000 até 30.000 
	De 150 a 200
	de 30.000 até 100.000 
	De 200 a 250
	acima de 100.000 
	De 250 a 300
	Observação: para população flutuante, adotar o consumo de 100 L.hab-1.d-1
 Fatores que afetam o consumo
De caráter geral: Tamanho da cidade; crescimento da população; características da cidade (turística, comercial, industrial); tipos e quantidades de indústrias; clima e hábitos e situação socioeconômica da população.
Fatores específicos: Qualidade de água (sabor, odor, cor); custo da água: valor da tarifa; a disponibilidade de água; a pressão na rede de distribuição; percentual de medição da água distribuída e ocorrência de chuvas.
Crescimento da população: a experiência tem mostrado que o consumo “per capita” tende a aumentar à medida que aumenta a população da cidade. Entre os fatores determinantes desse fato destacam-se a maior demanda industrial e comercial, logicamente ocorrente, as maiores possibilidades de perdas nas extensas e, muitas vezes, obsoletas redes distribuidoras, e o uso para fins públicos, que podem assumir proporções mais amplas com a prosperidade da administração local e a preocupação em manter e ampliar o serviço de limpeza de pavimentos, edifícios, monumentos e parques.
Natureza da cidade: as cidades industriais destacam-se como as que apresentam maior consumo per capita, em consequência dos gastos elevados de água, que geralmente se verificam na maior parte das indústrias. Há entretanto, certas espécies de indústrias em que o consumo não é tão significativo (Indústria de calçados, de móveis, de confecções). Os agrupamentos tipicamente residenciais como as vilas operárias, cidades satélites de centros industriais e conjuntos habitacionais, são os que apresentam consumo mais baixo, pelo fato de não existir atividade profissional da população que acarrete uma demanda complementar à verificada nas residências.
Clima: quanto mais quente a região, maior o consumo. A umidade também exerce influência, sendo maior o consumo em zonas mais secas que nas mais úmidas. De um modo geral, os valores de consumo médio per capta oscilam de 150 L/(hab.dia) para clima semi-frio e úmido, até 300 L/(hab.dia) para clima tropical muito seco.
Influência dos Hábitos e Nível de Vida da População: os hábitos da população refletem na utilização direta ou indireta da água, tais com em banhos, lavagem de pisos, lavagem de logradouros, irrigação de jardins e de gramados públicos e particulares. Sobre a influência do nível de vida, tem-se como certo que, quanto mais elevado o estágio econômico e social da população, maior o consumo, em decorrência de um maior de utilização da água, resultante do emprego de máquinas de lavar roupa, de lavagem de automóveis e de numerosas outras aplicações que visam trazer conforto e facilidades. O aumento do consumo de água com a elevação do nível de vida, identifica-se com fenômeno que se verifica também com relação ao consumo de energia elétrica.
Medição da água distribuída: a presença de medidores de consumo nas instalações prediais é um fator que muito influencia o consumo de água. A ausência de controle impede que a taxação seja feita com base no consumo efetivo; consequentemente, desaparece o temor de que um gasto exagerado causado por desperdícios e fugas possa ocasionar contas elevadas. Em todas as cidades em que o serviço medido não foi implantado, observa-se que o consumo per capita é bem mais alto comparativamente a cidades semelhantes onde há medição, parcial ou total.
Pressão na rede: quando os aparelhos e torneiras de uma instalação predial são alimentados diretamente pela rede pública na qual reina uma pressão muito elevada, o consumo médio aumenta devido à maior vazão, mesmo com pequena abertura das válvulas e torneiras e, também, devido às maiores fugas ocorrentes na própria rede. Se alimentação for indireta, isto é, através de reservatórios domiciliares, os defeitos de registros de bóia serão mais freqüentes e ocasionarão, igualmente, perdas de água e, portanto, maior consumo. Por isso, às redes distribuidoras devem trabalhar com pressão tanto quanto possível reduzida, desde que assegure o abastecimento adequado a todos os prédios servidos.
 K1 e K2 Adotados
Variações temporais de consumo 
No sistema de abastecimento de água ocorrem variações de consumo significativas, quepodem ser anuais, mensais, diárias, horárias e instantâneas. No projeto do sistema de abastecimento de água, algumas dessas variações de consumo são levadas em consideração no cálculo do volume a ser consumido. São elas:
Variações anuais: o consumo per capita tende a aumentar com o passar do tempo e com o crescimento populacional. Em geral aceita-se um incremento de 1% ao ano no valor desta taxa.
Variações mensais: as variações climáticas (temperatura e precipitação) promovem uma variação mensal do consumo. Quanto mais quente e seco for o clima maior é o consumo verificado. O consumo médio do inverno é aproximadamente 80% da média diária anual e do verão de mais de 25% desta média.
Variações diárias: o volume distribuído num ano dividido por 365 permite conhecer a vazão média diária anual. A relação entre o maior consumo diário verificado e a vazão média diária anual fornece o coeficiente do dia de maior consumo (k1). Assim:
	k1 =
	Vazão media do dia de maior consumo
	
	Vazão media diária anual
	
	
Seu valor varia entre 1,2 e 2,0 dependendo das condições locais (o valor usualmente adotado no Brasil para k1 é 1,20). As normas para projetos adotadas em cada localidade, estado ou região estabelecem o valor do coeficiente do dia de maior consumo a ser adotado nos estudos.
Variações Horárias: ao longo do dia têm-se valores distintos de pico de vazões horária. Entretanto haverá uma determinada hora do dia em que a vazão de consumo será máxima. É utilizado o coeficiente da hora de maior consumo (k2), que é a relação entre o máximo consumo horário verificado no dia de maior consumo e o consumo médio horário do dia de maior consumo. O consumo é maior nos horários de refeições e menores no início da madrugada.
Para o traçado dessa curva é necessário que haja um medidor instalado na saída do reservatório de água para cidade, capaz de registrar ou permitir o cálculo das vazões distribuídas em cada hora. A relação entre a maior vazão horária observada num dia e a vazão média horária do mesmo dia define o coeficiente da hora de maior consumo, ou seja:
	k2 =
	maior vazao horaria do dia
	
	vazao media horaria do dia
Observações realizadas em diversas cidades mostram que seu valor também oscila bastante, podendo variar entre 1,5 e 3,0. No entanto, é usual adotar, para fins de projeto, o valor 1,5. A equação abaixo permite estimar a vazão de abastecimento considerando o consumo médio per capta com suas respectivas variações:
	Q = k k . 1 . 2
	P . q
	
	86400
Em que: 
Q = vazão média anual, em L.s-1; 
P = população da área abastecida; e 
q = consumo médio diário per capta, em L.hab-1.d-1 . 
O coeficiente k1 é utilizado no cálculo de todas as unidades do sistema, enquanto k2 é usado apenas no cálculo da rede de distribuição.
Capacidade das unidades
O diagrama apresentado na figura abaixo destaca as vazões a serem consideradas em cada uma das unidades de um sistema de abastecimento de água. Observa-se que todas elas derivam da vazão média (Q), dada por:
Diagrama do abastecimento. Em que: 
Q = vazão média, em L.s-1;
P = população da área abastecida; em hab;
q = consumo médio diário per capta, em L.hab-1.d-1;
QPROD = vazão de captação e da ETA, em L.s-1;
QAAT = vazão da adutora de água tratada, em L.s-1;
QDIST = vazão total de distribuição, em L.s-1;
t = período de funcionamento da produção, em h;
qETA = consumo de água na ETA, em %;
k1 = coeficiente do dia de maior consumo;
 k2 = coeficiente da hora de maior consumo;
Qs = vazão singular de grande consumidor, em L.s-1 .
Estimativas de população
Para o projeto do sistema de abastecimento de água, é necessário o conhecimento da população final de plano, bem como da sua evolução ao longo do tempo, para o estudo das etapas de implantação. Os principais métodos utilizados para as projeções populacionais são:
• crescimento aritmético; 
• crescimento geométrico; 
• regressão multiplicativa;
• taxa decrescente de crescimento;
• curva logística; 
• comparação gráfica entre cidades similares; 
• método da razão e correlação; 
• previsão com base nos empregos.
Além do estudo para determinação do crescimento da população há a necessidade também de que sejam desenvolvidos estudos sobre a distribuição desta população sobre a área a sanear, pois, principalmente em cidades maiores, a ocupação das áreas centrais, por exemplo, é significativamente diferenciada da ocupação nas áreas periféricas. Denomina-se população de projeto, à população total a que o sistema deverá atender considerando-se o fim do período de projeto. A determinação da população futura é essencial, pois não se deve projetar um sistema de abastecimento de água ou de coleta de esgotos para beneficiar apenas a população atual de uma cidade com tendência de crescimento contínuo. Esse procedimento, muito provavelmente, inviabilizaria o sistema logo após sua implantação por problemas de subdimensionamento. Assim se torna prioritário que os sistemas deágua ou esgotamento devam ser projetados para funcionarem com eficiência ao longo de um predeterminado número de anos após sua implantação e, por isto, é necessário que o projetista seja bastante criterioso na previsão da população de projeto.
SISTEMA DE CAPTAÇÃO 
A Região Metropolitana de São Paulo é abastecida por oito sistemas produtores de água: Cantareira; Alto Cotia; Baixo Cotia; Guarapiranga; Rio Grande; Rio Claro; Alto Tietê e Ribeirão da Estiva.
Juntos e em situação de normalidade climática eles têm a capacidade de produzir mais de 75 mil litros de água por segundo.
As interligações são feitas por adutoras que transportam água tratada aos mais de 190 reservatórios setoriais para distribuir o produto aos 20 milhõeos de moradores em 4,7 milhões de pontos de consumo.
Alto Cotia – A água vem da represa Pedro Beicht, formada pelos rios Capivari e Cotia do Peixe. A captação é feita na represa da Graça e transportada para a Estação de Tratamento Morro Grande. A produção de 1,2 mil litros de água por segundo abastece cerca de 400 mil habitantes dos municípios de Cotia, Embu, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu e Vargem Grande.
Baixo Cotia –  A água vem da Barragem do Rio Cotia, sendo tratados 900 litros por segundos para abastecer aproximadamente 361 mil moradores de Barueri, Jandira e Itapevi.
Alto Tietê – O sistema é formado pelos rios Tietê, Claro, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí, Grande, Doce, Taiaçupeba-Mirim, Taiaçupeba-Açu e Balainho. São tratados 15 mil litros de água por segundo para atender 5 milhões de pessoas da Zona Leste da capital e dos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Suzano, Mauá, Mogi das Cruzes, parte de Santo André e dois bairros de Guarulhos  (Pimentas e Bonsucesso).
Cantareira – É o maior da Região Metropolitana de São Paulo. A capacidade da estação de tratamento é de 33 mil litros de água por segundo destinados a 5,3 milhões de pessoas das Zonas Norte, Central e partes das Zonas Leste e Oeste da capital, bem como os municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, além de parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. O sistema é formado pelos rios Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Juqueri (Paiva Castro).
Guarapiranga – É o segundo maior sistema de água da Região Metropolitana, localizado nas proximidades da Serra do Mar. Sua água é proveniente da represa Guarapiranga (formada pelos rios Embu-Mirim, Embu-Guaçu, Santa Rita, Vermelho, Ribeirão Itaim, Capivari e Parelheiros) e da Represa Billings (Rio Taquacetuba). Produz 15 mil litros de água por segundo e abastece 5,6 milhões de pessoas das Zonas Sul e Sudoeste da Capital.
Ribeirão da Estiva – Capta água do Rio Ribeirão da Estiva e produz 100 litros de água por segundo. Abastece 38,1 mil pessoas dos municípios de Rio Grande da Serra. O sistema foi escolhido para receber e colocar em prática as novas tecnologias desenvolvidas pela Sabesp ou por parcerias com universidadese centros de pesquisa. O objetivo é torná-lo um centro de referência tecnológica em automação em todas as fases de produção de água.
Rio Claro – Localizado a 70 km da Capital, produz 4 mil litros por segundo. A água vem do rio Ribeirão do Campo e é tratada na Estação Casa Grande. Abastece 1,5 milhão de pessoas do bairro de Sapopemba, na Capital, e parte dos municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André. O sistema foi construído na década de 30, e foi ampliado na década de 70.
Rio Grande – É um braço da Represa Billings. Produz 5 mil litros de água por segundo e abastece 1,5 milhão de pessoas em Diadema, São Bernardo do Campo e parte de Santo André.
3.1. Sistema de tratamento (ETA)
As estações de tratamento de água (ETAs) da Sabesp funcionam como verdadeiras fábricas para produzir água potável. Das 214 estações: 28 abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, e as outras 186 fornecem água aos municípios do interior e litoral do Estado.
Atualmente, são tratados 111 mil litros de água por segundo. É um número bem expressivo, mas que ainda pode aumentar. Projetos de extensão e melhorias dos sistemas de abastecimento estão em andamento.
O processo convencional de tratamento de água é dividido em fases. Em cada uma delas existe um rígido controle de dosagem de produtos químicos e acompanhamento dos padrões de qualidade.
As etapas são: 
Pré-cloração – Primeiro, o cloro é adicionado assim que a água chega à estação. Isso facilita a retirada de matéria orgânica e metais.
Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento
 Coagulação – Nesta fase, é adicionado sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água. Assim, as partículas de sujeira ficam eletricamente desestabilizadas e mais fáceis de agregar.
 Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas.
Decantação – Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados na etapa anterior.
Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques  formados por  pedras, areia e carvão antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Pós-alcalinização – Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para evitar a corrosão ou incrustação das tubulações.
 Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor.
 Fluoretação – O flúor também é adicionado à agua. A substância ajuda a prevenir cáries.
Depois de tratada, a água é armazenada em reservatórios de distribuição para, depois, ser levada até os reservatórios de bairros, estrategicamente localizados. De lá, a água segue por tubulações maiores (adutoras) e entra nas redes de distribuição até chegar ao consumidor final.
Geralmente, o armazenamento é feito em caixas-d’água. A responsabilidade da Sabesp é levar a água até a entrada da residência, onde estão o cavalete e o hidrômetro (o relógio que registra o consumo de água).
A partir daí, o cliente deve cuidar das instalações internas e da limpeza e conservação do seu reservatório.
Qualidade da água
A Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde estabelece que a água produzida e distribuída para o consumo humano deve ser controlada. A legislação define também a quantidade mínima, a frequência em que as amostras de água devem ser coletadas e os limites permitidos.
 	Em atendimento às exigências estabelecidas, a Sabesp analisa a qualidade da água desde a origem até os pontos de consumo. Para assegurar a confiabilidade do seu produto, a empresa executa um forte trabalho nas suas 16 centrais de controle sanitário, estrategicamente instaladas pela Região Metropolitana de São Paulo, Interior e Litoral.
 	Quando as amostras da rede de distribuição apresentam resultados fora dos padrões estabelecidos, o problema é imediatamente solucionado para que a qualidade volte ao normal. Depois de todas as providências tomadas, a água passa por novos testes
Parâmetros analisados:
Cloro e cloroamoniação –  O cloro é um agente bactericida. É adicionado durante o tratamento, com o objetivo de eliminar bactérias e outros micro-organismos que podem estar presentes na água. O produto entregue ao consumidor deve conter, de acordo com o Ministério da Saúde, uma concentração mínima de 0,2 mg/l (miligramas por litro) de cloro residual.
 	Com o mesmo objetivo, algumas localidades utilizam o método de cloroamoniação no processo de desinfecção da água. De acordo com a Resolução SS nº 50 de 26/04/1995 da Secretaria de Estado da Saúde, a água destes sistemas deve conter um mínimo de 2,0 mg/l como cloro residual total.
Turbidez – É a medição da resistência da água à passagem de luz. É provocada pela presença de partículas flutuando na água. A turbidez é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto, e o valor máximo permitido de turbidez na água distribuída é de 5,0 NTU.
Cor – A cor é um dado que indica a presença substâncias dissolvidas na água. Assim como a turbidez, a cor é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto.
De acordo com a Portaria, o valor máximo permissível de cor na água distribuída é de 15,0 U.C.
pH – O pH é uma medida que determina se a água é ácida ou alcalina. É um parâmetro que deve ser acompanhado para melhorar os processos de tratamento e preservar as tubulações contra corrosões ou entupimentos. Esse fator não traz riscos sanitários e a faixa recomendada de pH na água distribuída é de 6,0 a 9,5.
Coliformes – Grupo de bactérias que normalmente vivem no intestino de animais de sangue quente. Alguns tipos ser encontrados também no meio ambiente. Nos laboratórios da Sabesp, são realizadas análises para identificar uma possível contaminação.
Flúor – O flúor é um elemento químico adicionado à água de abastecimento, pois auxilia na proteção dos dentes contra a cárie.
 	O teor de flúor na água é definido de acordo com o clima e a temperatura de cada região, pois isso afeta o consumo médio diário de água por pessoa. Para o Estado de São Paulo, o teor ideal de flúor é de 0,7 mg/l (miligramas por litro), podendo variar entre 0,6 a 0,8 mg/l. A ausência temporária ou variações da substância não tornam a água imprópria para consumo.
CONCLUSÃO
As exigências humanas quanto à qualidade da água crescem com o progresso humano e o da técnica. Justamente para evitar os perigos decorrentes da má qualidade da água, são estabelecidos padrões de potabilidade.
No Brasil os padrões de potabilidade da água para o consumo humano são estabelecidos pelo Ministério da Saúde e atualmente encontra-se em vigor a Portaria MS nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000. A água própria para o consumo humano, ou água potável, deve obedecer a certos requisitos de ordem: A água deve estar: isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais à saúde; adequada para serviços domésticos; de baixa agressividade e dureza; esteticamente agradável (baixa turbidez, cor, sabor e odor) e ausência de organismos visíveis. 
A água deve ter aspecto agradável. A medida é pessoal; deve ter gosto agradável ou ausência de gosto objetável. Não deve ter odores desagradáveis ou não ter odor objetável. A cor é determinada pela presença de substâncias em dissolução na água e não afeta sua transparência.
O corpo humano é composto de 70 % de água, que é crucial para a sobrevivência: uma pessoa consegue ficar cerca de três dias sem alimentação, mas não sobrevive sem água. Tanto a espécie humana como outras espécies do planeta estão diretamente ligadas à necessidade de consumo de água. A água é um nutriente essencial à vida. Nenhum outro nutriente tem tantas funções no organismo como a água, sendo a sua ingestão diária crucial para a saúde humana. Todos os sistemas e órgãos docorpo utilizam água.
5. Bibliografia
http://www.mananciais.org.br/site/mananciais_rmsp/cantareira
http://www.mananciais.org.br/site/documentos/mapas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Cantareira
http://site.sabesp.com.br/site/interna/subHome.aspx?secaoId=30
http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/analise/RegiaoMetropolitana.aspx?rme=24
http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/pagina.php?id=26

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