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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP EDUCAÇÃO FÍSICA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO ANTONIA ITHALANAIANE OLIVEIRA DA SILVA – RA 2800801071 CIRO COUTINHO DE ASSIS – RA 2846250265 DAVÍ ARAGÃO PEREIRA – RA 1796252219 ÍTALO JOSÉ DOS REIS BARROS – RA 1715271941 MARIA DO LIVRAMENTO ALVES ARAGÃO – RA 2846250188 MARIA INAYARA SANTOS CARVALHO – RA 1648321017 TUTORA: TADEU SANTOS OLIVEIRA CAMOCIM 2015 INTRODUÇÃO A atividade do desafio profissional foi uma oportunidade para se apropriar de conhecimentos sobre a história da educação brasileira e principalmente sobre a feminização do magistério, bem como os desafios que a profissão exige. Os passos dessa atividade foram uma forma de se inserir no universo da docência, se familiarizar com todos os problemas que a atividade exige. Se por um lado sobram problemas a serem enfrentados pelos profissionais da educação por outro a profissão desperta o sonho de muitos jovens idealistas que vem na profissão uma forma de mudar o mundo. Até para os mais céticos, não existe outra saída que não a educação para um povo se desenvolver. É possível constatar isso através das nações ricas. Em todas elas a educação é de altíssimo nível. Por isso é de fundamental importância que a educação e principalmente os professores sejam valorizados. DESENVOLVIMENTO Para a realização do desafio, ou seja, realizar cada passo foi necessário um trabalho de pesquisa sobre a educação brasileira, com foco no papel feminino. As entrevistas com as professoras ajudaram a formar um quadro do que é a atividade docente nos dias atuais, dos desafios que aguardam os futuros profissionais. No terceiro passo, falou-se sobre as expectativas de abraçar a docência e a reflexão no quarto passo, sobre a pesquisa realizada. Passo I Dentre as Ordens religiosas existentes, a de maior importância foi a Companhia de Jesus, criada por Inácio de Loyola em 1540. Os primeiros padres inacianos chegaram ao Brasil em 1549. Esta data é tida como marco do início da história da educação no Brasil. A Companhia de Jesus se organizou entre a atividade educacional tida como a principal, voltada para a catequização dos índios, e os serviços religiosos voltados para os colonos. Para cumprir tal missão a companhia recebia subsídio do Estado. Junto com o governador geral Tomé de Souza, chegou o Padre Manoel da Nóbrega responsável pela companhia provincial no período de 1549 a 1553. O padre foi quem apresentou a primeira política educacional voltada para a construção de “recolhimentos” para meninos indígenas, onde lhes era ensinado à doutrina cristã, os bons costumes, as primeiras letras. Os mais hábeis aprendiam o latim, os outros nativos que não se destacavam para este aprendizado, eram direcionados para o ensino profissional agrícola ou manufatureiro. Com o tempo a proposta foi desautorizada pela ordem, o que resultou na dissolução desta estrutura em favor dos colégios, mas sem o ensino profissional e, sem a presença dos índios. Os estabelecimentos de ensino da Companhia de Jesus seguiam normas padronizadas, sistematizadas na Ratio Studiorum. O primeiro colégio jesuíta no Brasil foi fundado na Bahia em 1550. Em 1553 passou a funcionar o curso de Humanidades. E em 1572 os cursos de Artes e Teologia. Toda esta organização perdurou até 17593, quando os padres jesuítas foram expulsos do reino português e do Brasil. Ao longo destes duzentos anos de atividade, a ordem de Inácio chegou a dirigir 578 colégios, 150 seminários e 728 casas de ensino no mundo. Desde o início da colonização, Estado e igreja, confundiam suas atribuições. A Igreja sempre esteve presente no cotidiano da sociedade com funções que iam desde catequizar e civilizar os índios, até instaurar todo o sistema de ensino, além de outras funções. Segundo Gonçalves, além de educadores e missionários, os jesuítas fizeram sentir sua presença no Brasil através de várias outras funções que exerceram durante todo o período colonial, como conselheiros das principais autoridades administrativas, como construtores das maiores bibliotecas da colônia, como exploradores de sertões, como linguistas, historiadores, antropólogos, botânicos, farmacêuticos, médicos, arquitetos e artesãos dos mais diversos tipos. Com a expulsão dos jesuítas, o Alvará Régio de 1759 que extinguiu as Escolas Jesuítas também estabelece a Reforma dos estudos menores, criando, assim, a rede de Aulas Régias para o Reino e colônias. A tônica da Reforma está na subordinação do estudo da Língua Latina pela Língua Portuguesa, ou seja, os alunos só passavam para o ensino do latim depois de dominar as operações básicas de ler, escrever e contar (em português). Isto porque o Estado necessitava, para o seu quadro de funcionários, de trabalhadores que soubessem ler e escrever em português e dominassem os cálculos, pois era o domínio da língua portuguesa que iria possibilitar a ampliação das relações comerciais, o que corresponderia à acumulação de capital ambicionada pelo Estado. Já no que diz respeito à passagem para os Estudos Maiores, esta só ocorria após requeridos os conhecimentos que fundamentavam a religião cristã e as obrigações civis, o que vinha reforçar que a laicidade do ensino na Reforma foi parcial. A rede de Aulas Régias foi um esforço da coroa para suprir o vazio deixado pelos jesuítas. Assim, o ensino passou a ser ministrado em aulas e escolas régias por mestres nomeados pelos bispos, em geral mestres e capelães de engenho foram os responsáveis pela educação. As despesas geradas pela reforma fizeram com que os professores fossem obrigados a cobrar taxas de remuneração de serviços públicos aos pais dos alunos até 1772, quando se criou um imposto específico para financiar a Reforma, o Subsídio Literário. O Subsídio Literário, além de suprir o ensino, também serviu para financiar a ciência, como nos casos da construção de botica, fábricas de ferro e outras. Como a Reforma de 1759 abarcou apenas o ensino das Humanidades, o ensino voltado às Ciências ficou para as Reformas das Universidades de 1772, onde foi integrado o curso de Filosofia. A presença do príncipe Regente, D. João, por 12 anos, trouxe sensíveis mudanças no quadro das instituições educacionais da época. A principal delas foi sem dúvida, a criação dos primeiros cursos superiores (não teológicos) na Colônia. Embora organizados na base de aulas avulsas, esses cursos tinham um sentido profissional prático. Dentre as escolas superiores, distinguiram-se a Academia Real da Marinha e a Academia Real Militar, esta mais tarde transformadaem Escola Central e Escola Militar de Aplicação, que tiveram a incumbência de formar engenheiros civis e preparar a carreira das armas. Os cursos médico- cirúrgicos da Bahia e do Rio de Janeiro foram as células das primeiras Faculdades de Medicina. O Gabinete de Química organizado na Corte e o Curso de Agricultura criado na Bahia, em 1812, foram duas tentativas para a Colônia opções diferentes em matéria de educação superior. Os rumos dados à educação no Brasil durante o período colonial foram com políticas que sempre estiveram permeadas pelos interesses da igreja e da coroa portuguesa. Com a vinda da família real para o Brasil foi outorgada a 1ª Constituição Imperial em 1824, na qual, o maior destaque na educação se efetiva com o Ato Adicional à Constituição, o qual confere às províncias a responsabilidade de promover e organizar o ensino primário e secundário. A primeira Lei de Instrução Pública do Brasil, de 1827, deixava claro que as mulheres carecem tanto mais de instrução, porquanto são elas que dão a primeira educação aos seus filhos, a partir saí se começou a aceitar a educação escolarizada das meninas, para aprimorar seu caráter e evitar que ultrapassassem os limites impostos pela sociedade. As famílias mais abastadas contratavam preceptoras, professoras particulares vindas da Europa que deveriam prepará‐las para o casamento e ensinar, além da leitura e escrita, boas maneiras, prendas domésticas, música (geralmente piano) e francês. Outro discurso de caráter liberal toma corpo na segunda metade do século XIX, mais precisamente a partir dos anos 1870, veicular notícias de outras partes do mundo, principalmente França, Bélgica, sobre a nova visão que se observava nesses países, com relação à atuação da mulher em papéis antes exercidos por homens. A escola primária, inicialmente vedada às mulheres, a partir da Constituição e da referida legislação de 1827, foi aberta ao ingresso das mesmas, instituindo-se, a partir de então, a possibilidade de acesso à docência pelo sexo feminino. Desse modo, ao longo do século, as mulheres foram, gradativamente, ocupando os espaços educativos das escolas primárias, enquanto os homens eram encaminhados para setores mais valorizados pela sociedade, dentro do próprio sistema educativo. Por serem dóceis e submissas, as mulheres serviriam aos objetivos propostos para a instrução primária, cabendo assinalar ainda a utilização dessa mão-de-obra como forma do Estado baixar os custos com a educação. Nos anos finais do século XIX, a docência feminina, no Brasil, foi aos poucos tomando lugar na educação. As escolas normais brasileiras registraram um aumento considerável no número de matrículas de mulheres, bem como evidenciaram, ao mesmo tempo, o abandono das salas de aula pelos homens, fato que pode ser relacionado à crescente necessidade de mão de obra na indústria que despontava no país. Segundo Marília Pinto de Carvalho a hegemonia das mulheres na carreira docente, nas primeiras décadas do século XX no Brasil, está associada às características consideradas femininas com o ensino primário. Ganhou força o discurso ideológico da docência como missão feminina de formar as gerações futuras, pois estava aliada à maternidade e domesticidade. Estava justificada a saída do espaço privado do lar e entrada no espaço público da escola, com a aceitação e autorização social e as bênçãos da igreja católica. Abria‐se, assim, o caminho para a popularidade do magistério feminino como profissão que possibilitava, simultaneamente, o exercício da maternidade e do ofício. O que vale ressaltar é que olhando o caminho percorrido pela mulher na história da educação brasileira e os contornos em que foi se construindo a profissão docente, nos entrelaçamentos com a luta feminina, tem-se a clareza que tanto a luta da mulher como a da profissão docente continuam entrelaçadas e cada vez mais necessárias e atuais. Passo II Professora Tereza Maria de Sousa Mendes (57 anos), professora de Língua Portuguesa. Lecionou em escolas da rede estadual. P1- Quando você se decidiu pela profissão, qual era sua expectativa? Tereza Maria- Eu tinha muitos ideais. Esperava contribuir para a formação de jovens que soubessem reivindicar seus direitos e buscassem através dos estudos, melhorar de vida. P2- O que lhe levou a escolher a profissão? A vocação ou a necessidade de um emprego? Tereza Maria- A vocação. Eu venho de uma família de professores, minha mãe, duas tias. Desde a infância escola foi meu universo, e o meu sonho era ser professora. P3- Na época em você começou a lecionar o professor era mais valorizado? Tereza Maria- O professor nunca foi valorizado, mas comparando o professor da minha época com os de hoje, posso tranquilamente dizer que sim, pelos simples fato de que o acesso ao conhecimento não era tão fácil como é hoje. P4- Em sua atuação em sala de aula você enfrentou situações de conflito com aluno ou mesmo entre alunos? Tereza Maria- Não, felizmente não. Nos últimos anos em lecionei os alunos já estavam mais agitados em sala, mas nunca tive problemas para manter um bom relacionamento com os mesmos, tampouco presenciei brigas na sala. P5- Analisando a situação atual enfrentada pelos docentes, principalmente da rede pública de ensino, como a desvalorização salarial e as péssimas condições de trabalho, você ainda escolheria ser professora? Tereza Maria- Sim, eu amo o magistério. Apesar dos desafios que teria de encarar eu ainda optaria pela docência. Professora Luzia Teixeira Rocha (62 anos), professora de História. Atuou na rede pública e privada de ensino e está aposentada há catorze anos. P1- O que lhe motivou a escolher a profissão? Luzia Teixeira- Como sou de uma cidadezinha, as opções de emprego eram poucas e logo que conclui o pedagógico surgiu uma vaga em uma escola do município, eu então assumi uma sala de 4ª série, hoje 5ºano, e gostei da experiência, a partir daí, só parei quando me aposentei. P2- Qual a sua formação? Luzia Teixeira- Sou formada em História pela Universidade Vale do Acaraú –UVA, mas só comecei o curso após cinco anos de magistério. P3- Você começou a ensinar em período no qual os alunos ainda respeitavam os professores, e se aposentou em 2001, quando a realidade de sala de aula já estava bastante mudada. Foram difíceis os últimos anos? Luzia Teixeira- Sim, principalmente nas salas de 7ª e 8ª séries referentes hoje a 8º e 9ºanos que eram adolescentes e havia uns trabalhosos num sentido de não quererem fazer os exercícios. Violência em sala de aula, felizmente eu não presenciei. P4- Como você observa a situação dos professores que estão em sala de aula atualmente? Luzia Teixeira- Com muita tristeza, além do baixo salário, as condições de trabalho enfrentadas por tantos professores são terríveis, alunos drogados, membros de gangues, não é de se surpreender que muitos desistam da profissão. P5- Para você os programas de formação preparam um professor para atuar em salas de aulas com a realidade do nosso país? Luzia Teixeira- Não. É necessário adaptar os programas de formação às necessidades das decisões dos próprios docentes. Professora Rita de Cássia da Cruz (51 anos), professora de matemática. Atuou na rede pública estadual de ensino. Está aposentada há dois anos. P1- Você acredita que a violência na escola é um problemasocial? Rita de Cássia- Sim, é. As famílias hoje estão mais desestruturadas, muitas crianças têm pais usuários de drogas, mães prostitutas, e presenciam cenas de violência doméstica. É natural que levem esse aprendizado para a escola. P2- Você chegou a vivenciar quadros de violência em sala de aula? Já foi alvo de alguma ofensa por parte de algum aluno? Rita de Cássia- Por diversas vezes tive que intervir para por fim em brigas entre alunos e também já sofri várias ofensas de alunos. É uma situação corriqueira nas salas de adolescentes. P3- Alguma vez você pensou em desistir da profissão? Rita de Cássia- Sim, principalmente nos últimos anos, mas como já estava perto de aposentar, buscava forças e continuava a luta, mas contando os dias para encerrar meus dias de magistério. P4- Ao longo do tempo muitas mudanças ocorreram quanto à atuação do docente e às condições de trabalho e não para melhor. Você acha que é possível reverter essa situação? Rita de Cássia- Não, o que pode ainda ser feito é para a situação não piorar, como se investir mais na educação, pagar melhor o professor e capacitar os futuros docentes de modo que eles adquiram senso de realidade escolar e se conscientizem do contexto em que irão atuar. P5- Que conselho daria para quem planeja seguir a carreira docente? Rita de Cássia- Sinceramente que procurasse uma outra profissão. O salário é ruim, as condições de trabalho péssimas, e o salário da aposentadoria mal dá para sobreviver. Passo III A meu ver a profissão de professor juntamente com a de médico são as mais dignas da humanidade, não quero, contudo dizer que as demais profissões não têm importância. Não compreendo como pode ser tão valorizado o professor nesse país e que tão pouco seja investido em educação, assim como também não compreendo que o pouco de verbas destinadas à mesma, não seja fiscalizada e esse recurso tenha outro destino que não a educação. Sempre desejei ser professor pela importância que esse profissional tem, e para justificar essa importância basta que se diga que todas as demais profissões passaram por um docente. A educação é capaz de mudar uma sociedade, todos os países desenvolvidos têm educação de boa qualidade e gratuita. Ser professor atualmente é enfrentar desafios, mas não há desafio maior que ser brasileiro. Sabe-se que o contexto atual não favorece essa escolha, mas todas as pessoas têm ideais e o meu é viver da docência, aprender a conviver com situações inusitadas na sala de aula, com dificuldades apresentadas pelos alunos desde a diversidade de gêneros até com a violência, já que esta está em todos os setores da sociedade. Passo IV A sensação de desafio diante da nova realidade é consenso entre muitos professores entrevistados, seja devido à mudança na estrutura familiar que afeta diretamente os alunos que chegam às escolas com maiores necessidades e dificuldades, devido à falta de apoio familiar, seja pelo avanço tecnológico que revolucionou o acesso a informação e mudou o perfil do aluno, seja pela violência tão presente nas escolas brasileiras que vitimam tanto alunos quanto professores, seja pela inclusão de alunos com necessidades especiais que são praticamente jogados nas salas de professores sem preparo e sem respaldo para tratar com as necessidades desses alunos, que acabam não recebendo o tratamento adequado para seu desenvolvimento, ou ainda pelos baixos salários que levam os professores a terem que lecionar em mais de uma escola, dar aulas particulares ou realizar outras atividades para complementar a renda, como é o caso de dezenas de profissionais da educação. Esse quadro de desafios que se apresenta a todos os docentes tem feito com que muitos profissionais abandonem ao magistério e outros tantos que pretendiam ingressar nesta profissão mudem para outros setores. O principal motivo dessa falta de profissionais são os baixos salários. Os estudantes não se sentem estimulados a continuar a faculdade, fazer um curso de licenciatura para virar professores. As escolas ganharam um concorrente de peso, pois as empresas estão atrás de matemáticos, físicos e biólogos, além disso, estão pagando muito melhor. Pesquisas alertam para o déficit de 300 mil professores de Matemática, Física, química e Biologia. Há uma evasão grande de professores de Física e Matemática para o mercado financeiro, de Química e Biologia para áreas de proteção ambiental das empresas e mesmo nas ONGs, por causa dos melhores salários e melhores condições de trabalho. Os baixos salários, as condições precárias de ensino desestimulam a busca do magistério. Geralmente quem procura a carreira docente é alguém com muita vocação ou quem não tem outra opção. Esse último não fará um trabalho que vá contribuir para elevar o nível de conhecimento dos alunos. A falta de professores constatada é a consequência do abandono, do discurso da prática vazia, do descuido intelectual e institucional com a educação. Há décadas, se reivindica melhores condições de trabalho, melhores salários aos professores. Essa longa situação de penúria, em relação ao magistério, acabou por afastar bons profissionais dessa carreira, acompanhado da má qualidade de todo o ensino público da educação básica. Revelou o frisante desprezo crônico de décadas a fio, refletindo a falta de compromisso, de responsabilidade governamental de levar educação de qualidade às classes menos favorecidas da população brasileira. Nesse abandono da escola e dos professores, o que ocorreu, realmente, foi uma discriminação de direitos às camadas de menor poder aquisitivo, às diferentes etnias brasileiras. Uma provável solução para mudar esse quadro seria tornar o salário do professor mais atrativo, mas segundo pesquisas o desgaste do exercício da profissão também espanta os futuros professores, uma vez que muito do trabalho desse profissional é levado para casa, como correções de provas, redações, planejamento de aulas, entre outros. Quanto aos programas de formação, se formar professores implica debater questões conceptuais e discutir critérios metodológicos, subsequentemente, o estudo dos processos cognitivos dos professores fornece diretrizes válidas para a implementação de novos currículos de formação, cuja filosofia base se centra na concepção do professor como profissional que toma decisões. A tarefa mais importante consiste em se desenvolver a capacidade do professor para solucionar problemas. Para tanto será necessário adaptar os programas de formação às necessidades das decisões dos próprios docentes. Compreendendo o professor eficaz como aquele capaz de examinar com senso crítico e sistemático a própria atividade, estudiosos sugerem que a formação deveria embasar-se na reflexão, inovação e investigação, de modo que o professor aprenda e desenvolva mais competências cognitivas do que técnicas. Assim o professor técnico dá lugar ao professor que toma decisões, formado num conjunto de competências adaptadas ao contexto incerto e complexo em que atua onde a principal habilidade é a tomada de decisões. Assim, os programas de formação precisam articular as disciplinas básicas e as práticas de ensino, de modo que o formando adquira senso de realidade escolar e se conscientize do contexto em que atua ou irá atuar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os problemas sociais afetaram a dinâmica das instituições de ensino, isso porque os alunos levam para a sala de aula a vivência de seu cotidiano em família, família essa desestruturada, alunos com histórico de violência e essa realidade se choca com as atividades escolares. O impacto dessa nova clientela nas salas de aula requer do profissional da educação mais preparo para lidar com os desafios e resolução de problemas. Os professores trabalham em uma situação em que a distância entre a idealização daprofissão e a realidade de trabalho tende a aumentar em razão da complexidade e multiplicidade de tarefas que são chamados a cumprir na escola. A nova situação solicita cada vez mais que esse profissional esteja preparado para exercer uma prática contextualizada, atenta às especificidades do momento, à cultura local ao alunado diverso em sua trajetória de vida e expectativas escolares. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS www.google.com www.scielo.br/pdf/er/n31/n31a11.pdf www.scielo.br/pdf/ep/v28n1/11654.pdf www.portalanpedsul.com.br/...e.../12_46_31_2974-7468-1-PB.pdf
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