Buscar

Peça 4 Cumprimento de sentença de alimentos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE RIO GRANDE-RS.
Processo nº 0000100-00
HUMBERTO SOBRADO DA SILVA, brasileiro, menor impúbere, neste ato representado por sua mãe, ELISA SOBRADO DA SILVA, brasileira, solteira, operadora de caixa, portadora da Cédula de Identidade MG 536.888-00, inscrita no, CPF n.º 001.111000-00, ambos residentes e domiciliados na AV. Souza Cruz, nº 222, bairro Barroso, cidade Rio Grande, RS, por sua advogada e bastante procuradora (Doc. Anexo) que esta subscreve, tendo seu escritório profissional situado em Rua Pio X, nº 100, bairro centro, Rio Grande-RS, onde de acordo com o artigo 106, I, do Código de Processo Civil receberá as intimações, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE PRISÃO
em face de HUMBERTO SOBRADO DA SILVA, brasileiro, solteiro, estudante, residente e domiciliado à AV. Souza Cruz, nº 222, bairro Barroso, cidade Rio Grande, RS, com fulcro no artigo 5º, LXVII, da Constituição Federal e nos artigos 528 e seguintes do Código de Processo Civil/2015, pelos fatos que passam a expor:
DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer a autora, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no art. 98 e seguintes do NCPC e na Lei 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme declaração em anexo.
DOS FATOS
O Exequente é filho legítimo de MATEUS SILVA DA SILVA. Não obstante, fez-se necessário o ajuizamento de demanda de cunho alimentar para que este último fosse compelido a contribuir com as despesas do menor, (Alimentação, Vestuários e Escola), assim, no dia 01 de agosto de 2015 publicava-se a sentença da ação de alimentos de n. 001-000.0002-11, anexo A a esta ação esta à sentença condenando o Executado a pagar, nos termos do acordo homologado, anexo B a esta ação está o acordo), R$ 1.800,00 mensais ( equivalente a dois salários mínimos) ao Exequente a serem descontados em folha.
Todavia, o desconto em folha nunca ocorreu e foi preciso a genitora do Exequente empenhar-se insistentemente para conseguir do executado o pagamento das prestações alimentares referentes a nove meses (ago/2015, set/2015, out/2015, nov/2015, dez/2015, jan/2015, fev/2015, abr/2015, mai/2015, estima a representante legal do Requerente) e, no mês de dez/2015, uma quantia irrisória de R$ 200,00. Fracassada a negociação amigável, resta ainda o inadimplido a maior parte das parcelas devidas no intervalo compreendido entre (agosto de 2015) e (maio de 2016), totalizando R$ 16.200,00 conforme planilha anexa.
A única alternativa ainda aberta ao amparo do direito do Exequente, vital à sua subsistência, é, portanto, a via judicial oportunizada pela presente execução.
3 – DO DIREITO
Sendo título executivo judicial a sentença homologatória de conciliação publicada em 01 de agosto de 2015, a totalidade de parcelas vencidas e não pagas torna-se exigível por via executiva. Todavia, a execução de toda a dívida far-se-á em peças apartadas, pois é consolidado o entendimento no sentido de que as prestações alimentícias devidas há mais de nove meses são pretéritas, devendo a execução destas obedecer os preceitos do artigo 732 do Código de Processo Civil enquanto que a execução das três últimas vencidas, por outro lado, pode abalizar-se nos ditames do artigo 733 do Código de Processo Civil.
Assim, busca-se na presente demanda a satisfação de R$ 16.200,00, conforme planilha anexa, devidos a título de prestação alimentícia no período de Agosto/ 2015 a Maio/2016 pelo procedimento previsto no artigo 732 do Código de Processo Civil. Ademais, se é certo que o art. 206, § 2º, do Código Civil diz prescrever em dois anos a pretensão para haver prestações alimentares a partir da data em que se venceram, não menos certo é que o art. 197, II, do mesmo Código diz que não corre a prescrição entre ascendentes e descendentes durante o poder familiar, bem como no seu art. 198, I, está dito que também não corre a prescrição contra os incapazes de que trata o art. 3º, dentre os quais os menores de dezesseis anos no inciso I.
DO DIREITO
Indiscutível é a obrigação de sustento dos filhos pelos pais, tanto é assim, que a própria Constituição Federal, abriu exceção para viabilizar a prisão civil daquele que a descumpre. E isso está expressamente, disposto no inciso LXVII, do artigo 5º:
"Art. 5º LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;"
O Código de Processo Civil proporciona meios hábeis para promover o cumprimento dos alimentos fixados em sentença judicial, por meio do art. 528, § 1º, NCPC que observa:
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1o Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517.
Uma vez não cumprida voluntariamente, a obrigação, impõe-se ao judiciário a incumbência de fazer valer os preceitos constitucionais, com base no que encontramos no artigo 528, § 3º:
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 5o O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas.
A doutrina pátria assevera que:
“A execução de alimentos poderá ser fundada na sentença condenatória que impuser ao devedor a obrigação de pagar alimentos, mas também (...) em qualquer outra decisão que fixe alimentos, ou que homologue os alimentos convencionados.”[1]
Bem como, a jurisprudência oriundas de nossos Egrégios Tribunais:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. ART. 733, CPC/73. Conforme entendimento jurisprudencial mais recente, a ação de execução de alimentos sob o rito coercitivo pode ser fundada em título executivo extrajudicial. AGRAVO PROVIDO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA.”[2]
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, vem o requerente, à presença de Vossa Excelência, requerer:
1) A concessão dos benefícios de Gratuidade de Justiça, nos termos das Leis nº 1.060/50, alterada pela Lei nº 7.510/86, por ser a sua representante pessoa economicamente carente, como comprova inclusa declaração.
2) A citação do requerido no endereço constante do preâmbulo desta, para que, em três (3) dias, pague a quantia equivalente aos três meses imediatamente anteriores à propositura da ação (fevereiro, março e abril), no equivalente a R$ 5.400,00 (Cinco mil e quatrocentos reais). Prove que o fez ou justifique a impossibilidade de fazê-lo, sob pena de protesto e prisão.
3) a imediata intimação do Executado para indicar bens passíveis de penhora (art. 652, § 3° do CPC), sob pena de incorrer na penalidade disposta no inciso IV do art. 600 do CPC;
d) citado o Executado a pagar e restando frustrado o seu cumprimento, requer que se proceda à penhora em tantos bens quantos bastem para garantir a presente execução, incluídos os acréscimos legais (art. 652, § 1° do CPC), com preferência dos procedimentos de RENAJUD e BACENJUD, conforme art. 655-A do CPC;
4) Frustradas as penhoras referidas no item anterior, ou sendo estas insuficientes para garantir a execução, indica-se desde já o seguinte bem à penhora: 01 (um) veículo Nissan March. Modelo Ford Fiesta, 2015/Preto/MMM0101).
5) Requer a intimação do representante do Ministério
Público para atuar no feito;
6) Requer a condenação do executado em custas e honorários advocatícios, no valor de 30% do valor da causa.
Por fim requer, se necessário, provar o alegado por meio de todas as provas em direito admitidos, especialmente, prova documentas, testemunhal e depoimento das partes.
Dá-se ao valor da causa R$ 16.200,00 (Dezesseis mil e duzentos reais).
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento.
Rio Grande, em 10 de maio de 2016
____________
(ADVOGADO)
(OAB 001001)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais