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MODELO AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS COM RITO DE PRISÃO CIVIL

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA____VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE “...”/UF.
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS C/C COM RITO DE PRISÃO CIVIL
“...”, menor impúbere, representado por sua genitora, “...”,brasileira, solteira, secretária executiva, inscrita no CPF sob o n° “...”, portadora do RG n° “...”, “...”/UF, residentes e domiciliados “...”, n° “...”, Bairro “...”, “...”/UF, CEP “...”, endereço eletrônico “...”,vem, por intermédio de seu procurador Dr. Advogado “...”, inscrito na OAB sob n° “...”, endereço eletrônico “...”, com endereço profissional na rua “...”, n° “...”, bairro, Cidade/UF, CEP “...”, vem respeitosamente, perante a honrosa presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS C/C COM RITO DE PRISÃO CIVIL
em face de “...”, brasileiro, solteiro, eletricista, inscrito no CPF sob n° “...”, portador do RG n° “...”, “...”/UF, residente e domiciliado “...”, n°“...”, Bairro “...”, “...”/UF, CEP “...”, endereço eletrônico “...”, fundamentado no art. 528, §3º,CPC/15, no art. 911, CPC/15 e em outros dispositivos legais aplicáveis, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos, para, ao final, requerer.
I – GRATUIDADE DA JUSTIÇA
O autor da presente ação postula os beneplácitos da gratuidade da justiça, previstos, no art. 5º, CF/88, inciso LXXIV, nos artigos 98e 99, CPC e no artigo 4°, Lei nº. 1060/50, parágrafo único, em razão de não ter condições de arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, estando, assim enquadrado na situação legal de hipossuficiente.
II – DOS FATOS
Em “...”, “...” e “...” convalidaram o ACORDO firmado em sede de Pedido de Homologação de Acordo de Pensão Alimentícia entre as partes nos termos de consensualmente se divorciarem, de não possuírem bens a partilhar. Fruto do casamento nasceu “...”, menor, impúbere. 
III _ DOS ALIMENTOS
a) Ao genitor coube pagar, todos os dias “...” (...) de cada mês, a começar em “...” do corrente ano, uma pensão alimentícia no valor de “...”% (...) do salário mínimo vigente, que correspondia a R$ “...”,00 (...), mediante depósito bancário na conta corrente da representante legal do menor, no banco “...”, agência “...”, conta de número “...”, operação “...”.
b) E, para a genitora, coube o pagamento de R$ “...”,00 (...) referentes à “...”. (Termo de Acordo anexo).
Acontece que, embora as partes tenham firmado acordo consensualmente, o requerido vem faltando com a sua obrigação, não efetuou nenhum depósito em “...”, em “...”e nem em “...”, estando, portanto, com 03 (três)parcelas do acordo sem pagamento. 
Dessa forma, em consonância com a Súmula 309 do STJ na qual diz:“O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimento é o que compreende astrês prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que vencerem no cursodo processo”.
IV – DOS DIREITOS
Ilustríssimo Senhor Juiz, Acordo Extrajudicial se refere ao que é obtido sem formalidade judicial ou ao que não se faz perante autoridade judiciária, estes processos ocorrem mediante conciliadores para, de comum acordo, as partes chegarem a uma conclusão mais plausível para ambos e de maneira amigável. Tendo como judicialização no art. 911 do CPC/15;
Art. 911. Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.
Parágrafo único. Aplicam-se, no que couber, os §§ 2o a 7o do art. 528.
O Supremo Tribunal de Justiça, na sua Súmula número 309, segue a mesma linha de raciocínio sobre o tema,“O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo”.
Tal entendimento tem como justificativa de que não se pode prejudicar o alimentante pela displicência do alimentado na acumulação durante vários meses ou anos para formular seu pedido. Esse também é o posicionamento dos tribunais de justiça:
[...] a prisão civil decorrente do inadimplemento da prestação alimentícia tem por encargo fundamental forçar o devedor a sustentar o necessitado; se o alimentado sobreviveu sem o pagamento das prestações, a prisão é ilegal, porque se cuida, aí, de cobrança de credito patrimonial que perdeu sua função. (Habeas Corpus n. 12.736-0, órgão julgador 4º Câmara Cível. Tribunal de Justiça Paraná).”
Tendo o alimentante não cumprido com sua obrigação de genitor nem a da obrigação extrajudicial, o alimentado, fundamentando-se no rito do artigo 528 doCPC/15 que dispõe sobre o direito de executar dívida alimentícia vem, diante de vossa senhoria, solicitar a execução da presente dívida dos três últimos meses, ou seja, “...”, “...” e “...”, que totalizam a quantia de R$ “...”00 (...), mais as que vencerem no curso do processo. Caso o requerido não efetue os pagamentos, como já vem acontecendo há diversos meses, comprometendo o bem-estar do menor, o alimentado recorrerá ao § 3º do mesmo artigo devendo-se proceder suaprisão.
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
[...]
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
[...]
§ 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.
O Pacto de São José da Costa Rica de 1969, também conhecido como “Convenção Americana de Direito Humanos”, já trazia em seu artigo 7º, § 7º, apossibilidade de prisão por dívida alimentar, foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, conformeart. 5º, §2º, “...” Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”
Pacto São José da Costa Rica - artigo 7º.  - Direito à liberdade pessoal
[...]
§7º. “Ninguém deve ser detido por dívidas.  Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.”
Sobre este assunto bastante relevante social e juridicamente e que se posiciona pela celeridade processual, já acontecem jurisprudências com resoluções destacadas em nossos tribunais:
Processo: AI 00025776220158140000 BELÉM
Órgão Julgador: 5ª CAMARA CIVEL ISOLADA
Publicação: 24/08/2015
Julgamento: 24 de Agosto de 2015
Relator: JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR - JUIZ CONVOCADO
5ª Câmara Cível Isolada Agravo de Instrumento nº 0002577-62.2015.8.14.0000 Comarca de Origem: Belém - 7ª Vara de Família Agravante: F. S. A. Representante: S. P. S. Adv.: Rosemary dos Reis Silva - Def. Púb. Agravado: J. M. A. Adv.: Luiz Paulo de Albuquerque Franco - Def. Púb. Relator: JOSÉ ROBERTO PINHEIRO M. BEZERRA JR. - JUIZ CONVOCADO DECISÃO MONOCRÁTICA RELATÓRIO Trata-se de recurso de Agravo de Instrumento com pedido de tutela antecipada recursal interposto por F. S. A., representado por sua genitora S. P. S., contra decisão interlocutória proferida pelo juízo da 7ª Vara de Família de Belém, nos autos da Ação de Execução de Alimentos (processo nº 0042685-27.2010.814.0301, inicial às fls. 42/43), movida em desfavor de J. M. A., que determinou a adequação do rito do art. 733, para o do art. 475-J, ambos do CPC, conforme termos de fl. 013. Inconformada com a respectiva decisão interlocutória, interpôs a Agravante o presente recurso (fls. 02/12), requerendo a reforma da decisãono sentido de que se prossiga a execução pelo rito do art. 733, do CPC, eis que o Agravado descumpriu acordo firmado nos autos da ação originária, ensejando, portanto, a decretação da prisão civil do devedor, porquanto a dívida pactuada constitui débito em atraso, e não dívidaa1 pretérita. Requer a tutela antecipada recursal no sentido de decretar a prisão civil do devedor de alimentos. Recebido o recurso na sua modalidade de instrumento, Decisão Monocrática pelo indeferimento do efeito suspensivo e requisição de informações à fl. 46/verso. Informações do juízo de piso às fls. 50/51. À fl. 52, certidão da Secretaria da 5ª Câmara Cível Isolada pela não apresentação tempestiva das contrar-razões. Parecer Ministerial às fls. 54/58, pelo conhecimento e provimento do recurso. Contrar-razões às fls. 59/62 intempestivas, conforme certidão de fl. 52. É o relatório. DECIDO De acordo com o apresentado nas razões da Agravante, foi intentada ação de execução de alimentos por F. S. A, representado por sua genitora, em face de J. M. A., na qual, posteriormente, foi firmado acordo entre as partes, conforme Termo de Acordo de Pensão Alimentícia (fl. 36), no ano de 2012. Afirma a Agravante que o acordo foi parcialmente cumprido, tendo sido paga tão somente a primeira parcela das quatro firmadas no acordo, o que, de regra, gera a quebra deste e autoriza a prisão civil do devedor de alimentos. Após, requereu expedição de mandado de prisão do executado da ação dea2 alimentos, ora Agravado, para que efetuasse o pagamento faltante do acordo (fls. 23/26). Pois bem. Cinge-se a irresignação recursal pela decisão do juízo de piso que determinou a mudança da execução de alimentos do rito do art. 733, para o do art. 475-J, ambos do CPC. Neste ínterim, após detida análise do que dos autos consta, entendo que a decisão merece reforma. A decisão interlocutória proferida pela magistrada da 7ª Vara de Família de Belém determinou à ora Agravante que demonstre a existência de débito referente aos 03 (três) últimos meses e se pretende vê-las executadas pelo rito do art. 733, do CPC, que é o meio coercitivo de cobrança com decretação de prisão, conforme se depreende da decisão de fl. 13, devendo as parcelas anteriores serem executadas pelo rito do art. 475-J, do CPC. Desta feita, a magistrada de piso determinou à Agravante a demonstração dos requisitos autorizadores da execução de alimentos a ser seguido pelo rito do art. 733, do CPC, que dispõe o seguinte: Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará citar o devedor para, em três dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. § 1º Se o devedor não pagar, nem se escusar, oa3 juiz decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de um a três meses. § 2º O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das prestações vencidas e vincendas. § 3º paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. O rito do art. 733, do CPC, requer a demonstração das três últimas parcelas em atraso, sendo as anteriores a estes meses consideradas débitos pretéritos, podendo ser executadas de outra forma que não por este rito, que tem como meio coercitivo ao pagamento a constrição da liberdade, seguindo o entendimento do inciso LXVII, do art. 5º, da CF/88.. Não obstante, considerando o acordo firmado nos autos da execução de alimentos perante o rito do art. 733, do CPC, o seu descumprimento torna-se débito em atraso e não débito pretérito, justificando o retorno da execução à maneira do rito escolhido pelo credor, no caso, a Agravante, o qual não perde o seu caráter de urgência. Nesta ótica, Humberto Theodoro Junior, ao comentar o supracitado artigo do CPC, seleciona a seguinte jurisprudência: [...] Descumprimento de acordo de conhecimento do paciente. ¿No caso de descumprimento da avença firmada entre o alimentante e o alimentado, nos autos da ação de alimentos, a dívida negociada constitui débito em atraso, e não pretérita, pelo que aa4 inobservância do pactuado acarreta a prisão civil do devedor. In casu, o acordo homologado teve origem por iniciativa do paciente, tendo sido, ainda, adimplidas pelo próprio 11 das 30 parcelas pactuadas, sendo descabido, assim, alegar agora desconhecimento da obrigação por suposta irregularidade de sua intimação¿ (STJ, HC 155.823/RJ, Rel. Min. Vasco Della Giustina, 3ª Turma, jul. 27.04.2010, DJe 07.05.2010) (Junior, Humberto Theodoro. Código de Processo Civil Anotado. Forense, 2014.) (grifei) No mesmo sentido: [...] O descumprimento, pelo devedor, do acordo celebrado entre as partes, autoriza o prosseguimento da execução e a decretação ou restabelecimento da ordem de prisão, não cabendo alegação de constrangimento ilegal em razão de prestações pretéritas ou necessidade de nova citação. (...) Realizado acordo, nos autos da prestação alimentar, o inadimplemento das parcelas, dele decorrentes, justifica a ordem de prisão sob pena de prestigiar o devedor relapso. (Carvalho, Dimas Messias. Direito de Família. 2ª Ed. Del Rey, 2009) (grifei) Ainda na matéria, colaciono recente julgado do STJ: STJ. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. CELEBRAÇÃO DE ACORDO. DESCUMPRIMENTO. PRISÃO CIVIL. ART. 733 DO CPC. POSSIBILIDADE. MATÉRIA SUSCITADA EM CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DEa5 PREQUESTIONAMENTO. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. O descumprimento de acordo celebrado em ação de execução de prestação alimentícia pode ensejar o decreto de prisão civil do devedor, porquanto a dívida pactuada constitui débito em atraso, e não dívida pretérita. Precedentes. 2. A tese ventilada nas contrarrazões do recurso especial acerca da impossibilidade de continuidade do feito pelo artigo 733 do Código de Processo Civil, pois teria havido a extinção da execução, não foi apreciada pela Corte de origem, razão pela qual está ausente o requisito do prequestionamento. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ - AgRg no REsp: 1379236 MG 2013/0107302-0, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 12/02/2015, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 05/03/2015) Corroborando o entendimento, esta Egrégia Corte assim já se manifestou: TJ-PA. Habeas Corpus. Prisão Civil. Não pagamento de pensão alimentícia. Alegada nulidade do decreto prisional. Dívidas pretéritas. Inocorrência. Súmulas 309/STJ e 4/TJPA. Condições financeiras do devedor. Impossibilidade de apreciação na via eleita. Pagamento parcial da dívida que não o exime da custódia. Ordem denegada. Decisão unânime. 1. É pacífico o entendimento jurisprudencial no sentido de que se o acordo relativo ao pagamento da prestação alimentar feito judicialmente entrea6 o alimentante e o alimentado for descumprido, a dívida dele proveniente não é tida como pretérita, mas sim constitui débito em atraso, sendo fundamento legítimo para a prisão civil, que foi decretada ante o inadimplemento das três últimas prestações anteriores ao ajuizamento da execução, conforme preceituam as Súmulas 309/STJ e 4/TJPA. 2. A incapacidade financeira do paciente não pode ser analisada na via estreita do habeas corpus, pois depende de dilação probatória, devendo ser objeto de análise em sede ação revisional de alimentos. 3. Igualmente, o fato de vir efetuando pagamentos parciais ou não rigorosos, conforme o alegado na petição inicial, é argumento incapaz de tornar nulo o decreto prisional, conforme jurisprudência do STJ. (2009.02736025-80, 77.914, Rel. VANIA LUCIA CARVALHO DA SILVEIRA, Órgão Julgador CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS, Julgado em 2009-05-18, Publicado em 2009-05-22) TJ-PA. TJ-PA. EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. EXECUÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL, FIRMADO PERANTE A DEFENSORIA PÚBLICA. TRAMITAÇÃO PELO RITO DO ART. 733, DO CPC. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO REFORMADA. (2013.04207729-18, 125.419, Rel. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Órgão Julgador 5ª CÂMARA CIVEL ISOLADA, Julgado em 2013-10-10, Publicado em 2013-10-11) (grifei) TJ-PA. EMENTA: AGRAVOa7 DEINSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. PAGAMENTO PARCIAL. PRISÃO CIVIL POSSIBILIDADE. 1. O agravante entende que o caso necessita de reiteração da citação para pagamento do saldo remanescente na forma de edital, posto que o mesmo encontrava-se em local incerto e não sabido. Contudo, tal entendimento não deve prosperar, uma vez que já estava anteriormente cientificado da demanda, bem como diante do próprio caráter sucessivo da verba alimentícia, a qual se prolonga no tempo, não se constituindo nova e desconhecida obrigação. Aplicar o que propõe o agravante, seria impor a necessidade de reiterar-se a citação mês a mês, para cada parcela vincenda. 2. É cabível a prisão civil do alimentante inadimplente em ação de execução contra si proposta, quando se visa ao recebimento das últimas três parcelas devidas a título de pensão alimentícia, mais as que vencerem no curso do processo 3. O pagamento parcial do débito não afasta a possibilidade de prisão civil do alimentante executado. 4. Ademais, quanto ao prazo de 60 dias decretado pelo juízo a quo, depreende-se estar em total consonância com o estabelecido em lei, tendo sido observado a variação entre 1 a 3 meses disposta no art. 733, § 1º do CPC, o que ficou a cargo do próprio arbitro do magistrado. 5. Recurso conhecido e improvido. (2013.04191449-67, 124.306, Rel. MARIA DO CEO MACIEL COUTINHO, Órgãoa8 Julgador 1ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 2013-09-09, Publicado em 2013-09-11) Importante salientar o entendimento sobre o tema sumulado no STJ: ¿S. 309. O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.¿ (grifei) Assim, pelo que se tem nos autos, o injustificado descumprimento do acordo feito na ação de execução de alimentos não justifica a mudança de seu rito, devendo-se dar continuidade pelo rito próprio do art. 733, do CPC, escolhido pela autora (Agravante), conquanto o acordo não cumprido tem nítido caráter de débito em atraso e não débito pretérito, conforme acima exposto. Pelo exposto, consubstanciado na doutrina e vasta jurisprudência sobre o tema, corroborando o entendimento ministerial nesta superior instância, conheço do recurso de Agravo de Instrumento e DOU PROVIMENTO, no sentido de dar continuidade na execução de alimentos pelo rito próprio do art. 733, do CPC. Decisão monocrática nos termos do art. 557, § 1º, do CPC. P. R. I. Belém, 20 de agosto de 2015. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR RELATOR - JUIZ CONVOCADO
(TJ-PA - AI: 00025776220158140000 BELÉM, Relator: JOSE ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR - JUIZ CONVOCADO, Data de Julgamento: 24/08/2015, 5ª CAMARA CIVEL ISOLADA, Data de Publicação: 24/08/2015)
A prisão civil é medida de exceção, visto que, na Constituição Federal, a regra geral é a liberdade, mas, pela natureza do bem a ser tutelado, a medida se justifica e tem grande significado. A prisão tem caráter de meio indireto de execução, não tem natureza de sanção, mas sim uma forma de coerção. Quando realizado o pagamento, sua finalidade estará cumprida.
Como podemos comprovartambém ser o entendimento de Pereira, nas suas palavras:
A prisão por alimentos não se refere a uma dívida comum, de direito das obrigações, mas sim, tutela interesses sociais e individuais de indescritível essencialidade. É a própria sobrevivência-valor, obviamente, em escala altíssima no tocante às conveniências dos devedores. (1977 apud RIZZARDO, 2006, p. 831).
A obrigação alimentar tem um caráter urgente, e tal entendimento colide com a celeridade do procedimento como ressalva Rizzardo, que: “O entendimento favoreceria delongas e malabarismos forenses, retardando a prestação alimentícia, contrariando a função peculiar dos alimentos, cuja urgência impõe medidas duras e rápidas para o pronto fornecimento. (RIZZARDO, 2006, p. 834)”.
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o Requerente requer que Vossa Excelência conceda:
A) A concessão dos benefícios da Justiça gratuita, conforme os arts. 5º, inciso LXXIV, CF e 98 e 99, CPC, assim como pela Lei nº 1060/50.
B) A fixação do acordo realizado que fora: o cordado que todos os dias “...” (...) de cada mês, a começar em “...” do corrente ano, depósito da pensão alimentícia no valor de “...”% (...) do salário mínimo vigente, que correspondia a R$ “...”,00 (...), em depósito bancário na conta corrente da representante legal do menor, no banco “...”, agência “...”, conta de número “...”, operação “...”. 
C) A execução da presente dívida dos três últimos meses, ou seja, “...”, “...” e “...”, que totalizam a quantia de R$ “...”,00 (...), mais as que vencerem no curso do processo.
D) A Prisão Civil sob o rito da Coerção Pessoal, artigo 528, §§ 3º, e 7º, CPC/15, caso o requerido não efetue os pagamentos.
E) A citação do requerido para que, em três dias, pague a quantia de R$ “...”,00 (...), já devidamente atualizados e mais as parcelas que vencerem no curso do processo, sob pena do Rito da Coerção Pessoal, artigo 528, § 3º, CPC/15.
F) A intimação do nobre Membro do Ministério Público, para, querendo se manifestar, tudo conforme art. 178, incisos I e II do CPC/15.
G) A condenação do Requerido às custas processuais e aos honorários advocatícios no montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, com a correção monetária, conforme artigos 85, §2º, e 546, CPC/15.
Protesta provar o alegado, mediante todos os meios de prova lícitos e permitidos em direito, especialmente por meio de depoimento pessoal; prova documental e pericial, dentre outros.
Dá-se à causa o valor de R$ “...”,00 (...).
Termos em que pede e aguarda deferimento.
Local “...”, Data “...”.
________________________
Advogado, OAB/__ número:

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