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EMBRIO ODONTOGENESE

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ODONTOGÊNESE 
O processo odontogênico inicia praticamente ao mesmo tempo que ocorre a ossificação da maxila e da mandíbula. 
Durante a ossificação intramembranosa o gérmen dentário se posiciona de forma que a peça óssea se molde ao seu redor. A partir do epitélio da gengiva, células epiteliais próximas a membrana basal se multiplicam e passam a ser chamadas de lâmina vestibular. 
A partir desse centro de crescimento celular forma-se a lâmina dentária cuja as células empurrando a membrana basal invadem a região do mesênquima. A partir dai na extremidade mais profunda da lâmina dentária surge um grupo de células que passam a ser denominadas broto ou botão (começando o processo odontogênico).
Por conta dessa invasão de células do mesênquima comprimidas começam a se condensar evitando ou barrando o crescimento da lâmina dentária 
Fase de casquete
Por conta da condensação do mesênquima o broto se expande adquirindo um formato de casquete(formato de boné). A partir dai as células do agora denominado casquete sofrem diferenciação. A região condensada do mesênquima abaixo do casquete passa a ser denominada papila dentária. Células do tcpd denso não modelado passa então a envolver tanto o casquete quanto a papila, é o chamado saco dentário indiferenciado. Nesse estágio o casquete também é denominado órgão do esmalte e este por sua vez apresenta três porções distintas: a parte que envolve o órgão do esmalte externamente é denominado epitélio externo do órgão do esmalte. A porção do epitélio na região da papila é denominado epitélio interno do órgão do esmalte e a porção de células situadas entre esses dois epitélios é denominado retículo estrelado.
OBS: o ponto onde o epitélio interno e o epitélio externo se encontram é denominada alça cervical.
A partir dai, a alça cervical continua se desenvolvendo aumentando a cavidade preenchida pela papila.
a membrana basal que separa a papila do epitélio interno do órgão do esmalte passa ter uma denominação diferenciada chamada agora de junção amelodentinária (JAD). Essa denominação é dada porque ela separará o esmalte da dentina que serão produzidos. Na região do retículo estrelado um grupo de células se condensam dando início a orientação das cúspides dentinárias, é o chamado, cordão do esmalte. Paralelamente, na lâmina dentária surge o segundo broto, que corresponde ao broto que formará o dente permanente. A porção do epitélio interno do órgão do esmalte começa a sofrer diferenciação e essas células começam a se transformar em pré ameloblastos. Na medida que as alças cervicais crescem o órgão do esmalte passa a denominar-se campânula (parece um sino). Na fase de campânula tem início a degeneração da lâmina dentária. Tem também início a formação de uma camada de células na região do retículo estrelado denominado estrato intermediário. Na fase avançada de campânula a baixo da JAD células da papila também se diferenciam e passam a se fixar a JAD . 
Obs: diferentemente dos pré ameloblastos que não se prendem a JAD, os odontoblastos recém-diferenciados do mesênquima se prendem a JAD e começam a secretar uma matriz orgânica não mineralizada denominada pré dentina. 
Formação do órgão do esmalte – Campânula 
Obs: o estudo intermediário é constituído por uma camada de células localizadas entre o epitélio interno e o retículo estrelado. Nota-se que sua concentração é maior nas regiões correspondentes as futuras cúspides ou bordas incisais. Suas células mantêm intima relação com os ameloblastos através de desmossomos podendo ser consideradas como estruturas de um mesmo tecido participando da amelogênese.
A partir da campânula avançada tem início o processo de construção do esmalte e da dentina. A porção dos odontoblastos se mantêm presa a JAD, mesmo os odontoblastos se afastando dela é determinado processo odontoblasto. Com a degeneração da lâmina dentaria o gérmen fica emerso no mesênquima. No lugar onde estava a cartilagem de Meckel (mandíbula) assim as trabéculas ósseas passam a envolver este gérmen, formando osso alveolar. Os resíduos da degeneração da lâmina dentária passam a compor o resto dos seres vivos.
ESMALTE
Amelogênese
O processo de formação dos odontoblastos quando da diferenciação das células do epitélio interno do órgão do esmalte situado acima da membrana basal que nesse instante passa a ser denominada JAD.
Mecanismo de formação do esmalte :
Definição- também denominado tecido adamantino, o esmalte, de natureza ectodérmica, cobre a porção dentária do dente oferecendo proteção ao tecido conjuntivo adjacente(dentina).
Constituição-formado por cristais de hidroxiapatita densamente reunidos o que confere uma baixa permeabilidade. Possui uma matriz orgânica muito reduzida, ausência de células(de 1a12 %). Depois de construído ele é acelular e não regenerativo.
Origem: é originado pela secreção realizada pelos ameloblastos de origem ectodérmica, que após a sua formação involuem e desaparecem. 
Fases do processo de formação do esmalte:
1º etapa: o processo tem início com a formação dos pré ameloblastos sobre a lâmina basal, a partir do epitélio interno do órgão do esmalte. A fase de diferenciação inicial das células do epitélio interno do órgão do esmalte é caracterizada pela organização citológica. Por conta da atividade secretora do ameloblasto nota-se um alongamento celular. A célula originalmente cuboide adquire uma morfologia colunar ficando o seu complexo de golgi situado na porção basal.
2º etapa: nessa etapa ocorre a diferenciação dos pré ameloblastos em ameloblastos que passam a desenvolver o seu complexo de golgi.
3º etapa: nessa etapa ocorre o início da secreção dos cristais de hidroxiapatita e a mudança de polaridade dos ameloblastos. Paralelamente nota-se, abaixo da lâmina basal o início da formação da pré dentina.
Obs- nota-se inicialmente uma secreção amorfa(sem forma) com um abaixo teor orgânico que permite a ancoragem do esmalte a JAD.
4º etapa: esse é o período de grande atividade secretora. Os ameloblastos maduros o “processo de Tomes” que é uma estrutura cônica formada na base da célula(formação secretora cônica na região basal da célula) responsável pela formação dos prismas do esmalte.
Cristal de hidroxiapatita:
A impermeabilidade do esmalte se deve pela organização de seus prismas 
prismas do esmalte: é construída desde o seu início do seu mesmo formato, com a cabeça e a calça do prisma que se molda a outros semelhantes e este encaixe perfeito tem entre eles um espaço zero que dá a impermeabilidade do esmalte (cada prisma tem um ameloblasto), tem a dureza pela relação da oclusal e apical dos prismas.
Obs: o processo de Tomes apresenta duas porções secretoras: 
*polo secretor com invaginação: área responsável pela formação da cabeça dos plasmas do esmalte.
*polo secretor liso: área responsável pela formação da cauda do prisma do esmalte 
A partir do início da secreção do processo de Tomes os prismas formados vão se encaixando uns nos outros de forma a não deixar nenhum espaço entre eles. É deste modelo que surge a impermeabilidade do esmalte. 
5º etapa: nessa etapa o ameloblasto está na faze final de atividade e tem início a fase de progressão funcional.
6º etapa: nessa etapa o ameloblasto dá início ao processo de degeneração apoptótica final. Começa a se formar a cutícula do esmalte(membrana de Nasmyth), ou seja, o esmalte se torna acelular.
junção amelodentária (JAD)
Estrutura formada originalmente pela lâmina basal, serve de base para o início da deposição do esmalte, por um lado, e da dentina por outro
Unidades estruturais secundárias/ orientação dos prismas do esmalte:
Estrias de Retzius- são linhas pardacentas que se estendendo de JAD á JAD da região oposta pelas bordas incisais. Elas arcam sucessivas aposições de camadas de esmalte(linhas incrementais) alternadas com períodos de repouso e menor mineralização).
Tufos do esmalte ou de Linderer- semelhantes a microfissuras. São observadas no terço interno do esmalte, a partir da JAD. Forma-se a partir de
mudanças na direção de grupos de prismas. É pouco mineralizado e rico em proteínas.
Microfissúras- constituídas por matriz do esmalte, não mineralizada, constituindo uma fenda (rachadura). Entende-se da superfície do esmalte até a JAD ou ate mesmo penetrando na dentina(lâmina tipo C)
Fusos do esmalte- são estruturas em forma de clavas originadas a partir da JAD. São formações tubulares que alojam, no seu interior, os prolongamentos dos odontoblastos que percorrem os túbulos dentários.
Esmalte nodoso- estrutura formada pela inter-relação de prismas ou basto~es do esmalte. O entrecruzamento dos prismas aumenta a resistência do esmalte situados nas cúspides mastigatórios 
Bandes de hunter-schreger- são bandas claras (parazonais) e escuras (diazonias) provavelmente formada pelas fileiras onduladas de prismas e sua posição após o corte transversal.
DENTINA
	A dentina tem função de amortecimento das forças da mastigação.
	Definição: também denominada substância ebúrnea ou marfim, corresponde ao eixo estrutural do dente. Preenche o espaço existente entre o esmalte e a câmara pulpar.
	Constituição: formada por uma matriz orgânica mineral de hidroxiapatita e uma matriz orgânica de colágenos, além de outas proteínas. Apresenta densidade inferior a do esmalte sendo portanto mais porosa e permeável.
	Origem: originado pela secreção dos odontoblastos de origem mesenquimática, que persistem em atividade secretora por quase a vida toda do dente.
Etapas da Formação da Dentina
	1º etapa: o processo tem início com o surgimento dos pré ameloblastos, derivados de células do mesênquima se aderem a lâmina basal. Fixação dos pré ameloblastos a JAD. Os processos ocorrem concomitantemente.
	2º etapa: nesta fase os pré ameloblastos passam a se diferenciar e estabelecem uma conexão coma a lâmina basal originando a estrutura denominada processo odontoblástico. As células de Hohi numa eventual morte ou perda da célula original ela toma o seu lugar se fixando. Só é substitutiva na fase inicial de formação.
	3º etapa: nessa etapa os odontoblastos já diferenciados aumentam o seu volume e se alonga e o complexo de golgi passa a se destacar na estrutura celular. Tem mudança na estrutura celular, antes era cuboide e depois se alongou.
	4ºetapa: nesta fase os odontoblastos já diferenciados passam a secretar a pré dentina(matriz orgânica da dentina) e começam a se diferenciar da JAD.
	Formação da dentina/ pré dentina- formação da dentina e do manto:
	Após a secreção da p´re dentina tem início o processo de secreção dos cristais de hidroxiapatita. Esta prieira dentina, chamada dentina do manto, apresenta características especiais, suas fibras colágenas são mais grossas visto que, ela é responsável por receber as forças compressivas da oclusão. As vesículas de calcosferitos tem no seu interior os cristais de hidroxiapatita, a sua fundição forma a primeira dentina.
	5º etapa: nesta fase os odontoblastos maduros passam a realizaar a calcificação da pré dentina que passa a compor a dentina do manto. O processo odontoblástico vai se alongando e passa a ocupar o inteior de um canal mineralizado, o túbulo dentário.
	Dentina do manto- corresponde a 1º dentina, é formada pela pré dentina em processo de mineralização, é o início da dentinogênese. Apresenta grossas fibras colágenas com abundnte substância intercelular. A dentina do manto é menos mineralizada que a dentina circumpumpar.
	Dentina Circumpumpar- a medida que ocorre a calcificação da dentina do manto os odontoblastos maduros, passam a secretar, abaixo desta, uma nova camada de pré dentina. Esta com fibras colágenas mais finas com maior concentração de hidroxiapatita que dará origem a dentina circumpumpar.
Classificação das Dentinas 
Dentina da Coroa
	Dentina primária: dentina formada até que o dente entre em oclusão. Corresponde á dentina do manto e circumpumpar.
	Dentina secundária: dentina produzida após a formação da raiz do dente. Sua produção ocorre mais lentamente mais persiste durante toda a vida do dente( dentina circumpumar)
	Dentina terciária: dentina definida como reparadora, irregular ou patológica. Produzidos em locais onde ocorrem injúrias afastando a polpa da região afetada.
Estrutura dos Túbulos Dentários
	Tem 3 camadas: interna hipomineralizada, hipermineralizada média, hipomineralização externa.
Classificação das Dentinas 
Dentina do Manto Circumpumpar da Raiz
	Dentina do manto de dentina circumpumpar radicular: é a poção da dentina presente na raiz. Sua produção tem início após a formação completa do esmalte (coroa)/ junção cemento dentinária. A raiz começa a formar a partir da alça cervical.
	Os odontoblastos dessa região se originam próximo a bainha de hertwig, órgão encarregado de modelar a porção da raiz do dente( alça cervical).
	O mecanismo de formação da dentina da raiz é semelhante ao processo observado na região da coroa, entretanto é mais lento e posterior ao início da dentinogênese da coroa.
Unidades Estruturais Secundárias 
linhas de von Ebner
	As linhas incrementais menores da dentina, denominadas linhas de imbricamento ou de crescimento de Ebner ou von Ebner, são analógicas as estriações transversais do prismas do esmalte.
	A formação da dentina não é um processo contínuo, ao contrário, apresenta ritmo com períodos de formação se alternando com período de descanso.
Linhas de Owen 
	As linhas contorno de Owen apresentam espessura e espaçamento irregulares entre elas.
São alterações no processo de calcificação da dentina. Portanto, são homólogos às estrias de Retzius do esmalte.
	São linhas hipo mineralizadas mais largas do que as linhas de Von Ebner.
Espaços de Czermack
	São zonas da dentina coronária onde não ocorreu a fusão dos calcosferitos (vesículas contendo cristais de hidroxiapatita).
	São zonas onde a matriz orgânica está hipomineralizada na região da dentina intratubular.
	Ficam evidentes em pontos das linhas de Von Ebner.

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