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Semana 14

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Lucas Sarkis - Direito Civil I - 
Semana 14
Caso 1
Ana Maria comprou um produto na loja de João Ricardo. Ao utilizar o produto, percebeu que o mesmo apresentava defeito. Acontece que estava entrando de férias, com viagem marcada para ficar 30 dias em um cruzeiro pelo Caribe. Dois dias depois de retornar da viagem, procurou a loja para reclamar e ouviu do balconista que não teria mais direito em razão deste haver decaído.
Inconformada procura seu escritório de advocacia e formula as seguintes perguntas:
a)      O que é um prazo decadencial?
R: É o prazo para a perda do direito potestativo que alguem possui.
b)     Como se deve proceder para não perder o direito pela decadência em caso de direito do consumidor?
R: Ele deve fazer uma reclamação formal, pois ai interromperia a decadência.
c)      Qual a diferença entre decadência e prescrição?
R: Prescrição é a perda da tutela jurisdicional e decadência é a perda de um direito potestativo.
 
Caso 2 
Antonio Renato de Araújo Bacamarte, aluno do curso de Direito, na cidade de Ourinhos/SP, acaba de ter sua primeira aula de Direito Civil sobre o assunto prescrição e decadência. Assim que fica sabendo da feliz notícia, seu avô, o velho coronel Tião Bacamarte, resolve promover uma sabatina com o neto e faz-lhe as seguintes perguntas:
 
É possível se transformar um prazo prescricional em decadencial? 
 R: Não, pois são coisas totalmente diferentes.
Caso Concreto 3
 
A profa. Salete Marques de Araujo colocou os seguintes exemplos no quadro :
1.  Maria entrou com ação na Justiça para que João lhe pague R$1.500,00 que ela lhe emprestara.
R: Prescrição.
2. A Cia de Navegação Novos Rumos está acionado na Justiça o estofador Mário Espinosa para que este acabe de reformar  o estofamento das poltronas  do teatro do navio A Rota II.
R: Prescrição.
3. Dr. João Caríssimo entrou na Justiça pedindo a anulação do contrato de compra e venda de sua mansão, pois descobriu que o adquirente é menor de 16 anos e assinou sózinho toda a documentação.
R: Decadência.
4.  Ao receber em casa uma TV LCD de 68 polegadas, José da Silva descobriu que o comprador era um homônimo. Devolveu  o produto, mas está sendo cobrado, por isso entrou com uma ação declaratória de inexistência de relação jurídica em face da loja de eletrodomésticos.
R: Sessões declaratórias.
A seguir, a profa. Pediu aos seus alunos: 
- Indiquem quais são os casos em que os prazos relativos são prescricionais e os decadenciais, justificando:  
 
QUESTÕES OBJETIVAS
A respeito da prescrição e da decadência, é correto afirmar: 
 a) Prescreve em dez anos a cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular. 
 b) No contrato regularmente formalizado por escrito, as partes podem renunciar a decadência fixada em lei. 
 c) Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação. 
 d) A alteração do prazo prescricional por acordo das partes só terá validade se comprovada nos autos por instrumento público ou particular. 
 e) A prescrição iniciada contra uma pessoa cessa com a sua morte, iniciando-se novo prazo em relação ao seu sucessor.
 
De acordo com o Código Civil brasileiro, com relação à prescrição e à decadência, é correto afirmar: 
 a) A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor. 
 b) Prescreve em três anos a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição. 
 c) A interrupção da prescrição, em regra, poderá ocorrer quantas vezes forem necessárias. 
 d) É defesa, em qualquer hipótese, a renúncia tácita da prescrição, por expressa determinação legal. 
 e) Salvo disposição legal em contrário, em regra, aplicam-se à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

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