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O PROCESSO DE PSICODIAGNÓSTICO
Prof. Ms.Rebeca Morais
A definição de Psicodiagnóstico
 “Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados, na base dos quais são propostas soluções, se for o caso” (CUNHA,2000)
Fundamentos do Psicodiagnóstico
Delimitação do processo de Psicodiagnóstico
 -Avaliação psicológica (Outras áreas) x Psicodiagnóstico (Clínica)
 “Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não psicopatologia. Isso não significa que a classificação psiquiátrica seja um objetivo precípuo do psicodiagnóstico, mas sim que, para medir forças e fraquezas no funcionamento psicológico, devem ser considerados como parâmetros os limites da variabilidade normal” (CUNHA, 2000, p. 23)
Reflexões ...
O diagnóstico psicológico não estigmatiza a pessoa?
O disgnóstico psicológico não rotula as pessoas?
O diagnóstico não desrespeita a individualidade daquele que se submete ao processo de psicodiagnóstico?
O diagnóstico não é destino
Mãe é exagerada. Sempre romantiza a infância do filho. A minha, Maria Carpi, dizia que eu fui um milagre, que enfrentei sérias rejeições, que não conseguia ler e escrever, que a professora recomendou que desistisse de me alfabetizar e que me colocasse numa escola especial. Eu permitia que contasse essa triste novela, dava os devidos descontos melodramáticos, entendia como licença poética. Até que mexi na estante do escritório materno em busca do meu histórico escolar. E achei um laudo, de 10 de julho de 1980, assinado por famoso neurologista e endereçado para a fonoaudióloga Zulmira. 
Por Fabrício Carpinejar
“O Fabrício tem tido progressos sensíveis, embora seja com retardo psicomotor, conforme o exame em anexo. A fala, melhorando, não atingiu ainda a maturidade de cinco anos. Existe ainda hipotonia importante. Os reflexos são simétricos. Todo o quadro neurológico deriva de disfunção cerebral.” Caí para trás. O médico informou que eu era retardado, deficiente, não fazia jus à mentalidade de sete para oito anos. Recomendou tratamento, remédios e isolamento, já que não acompanharia colegas da faixa etária.
Fico reconstituindo a dor dela ao abrir a carta e tentar decifrar aquela letra ilegível, espinhosa, fria do diagnóstico. Aquela sentença de que seu menino loiro, de cabeça grande, olhos baixos e orelhas viradas não teria futuro, talvez nem presente.
Deve ter amassado o texto no bolso, relido sem parar num cantinho do quintal, longe da curiosidade dos irmãos.
Mas não sentiu pena de mim, ou de si, foi tomada de coragem que é a confiança, da rapidez que é o aperto do coração. Rejeitou qualquer medicamento que consumasse a deficiência, qualquer internação que confirmasse o veredito.
Poderia ter sido considerada negligente na época, mas preferiu minha caligrafia imperfeita aos riscos definitivos do eletroencefalograma. Enfrentou a opinião de especialistas, não vendeu a alma a prazo.
Ela tirou licença do trabalho para me ensinar a ler e escrever, criou jogos para me divertir com as palavras e dedicou seus dias a aperfeiçoar minha dicção.
Em vez de culpar o destino, me amou mais.
Na vida, a gente somente depende de alguém que confie na gente, que não desista da gente. 
Uma âncora, um apoio, um ferrolho, um colo. Se hoje sou escritor e escrevo aqui, existe uma única responsável: Maria Carpi, a Mariazinha de Guaporé, que transformou sua teimosia em esperança. E juro que não estou exagerando.
Retirado de: https://www.facebook.com/carpinejar/posts/1269315736422069. Acesso: 09.02.2017.
A utilização do Psicodiagnóstico na clínica
Mudanças históricas  Psicometria  Psicodiagnóstico
Psicometrista
Psicólogo Clínico
- Valoriza os aspectos técnicos da testagem
- Utiliza a testagem paraavaliar o sujeito de forma sistemática, científica, orientada para resolução de problemas
Sugestão: Vídeo – “História e Memória da Psicologia em SP” – CRP SP 
Finalidades do Psicodiagnóstico
“Um diagnóstico psicológico tão preciso quanto possível é imprescindível” (ARZENO, 1995)
Revalorizar a etapa do diagnóstico clinico 
Entender as causas (Demanda)
Definir o tratamento
Resguardar o profissional  Sou competente para fazer isto?
Importante  Nem todos os psicólogos concordam com o processo de psicodiagnóstico : Diagnóstico x Tratamento mais aconselhável x Prescindem do psicodiagnóstico.
Finalidades do Psicodiagnóstico
Diagnóstico
“Não equivale à colocar um rótulo, mas explicar o que ocorre além do que o paciente pode descrever conscientemente” (ARZENO, 1995)
- Diferentes instrumentos diagnósticos  Estudar o paciente através de diversas vias de comunicação (Testes padronizados  Maior segurança científica)
-Transferência x contratransferência
2) Avaliação do tratamento
- Apreciar avanços terapêuticos de forma mais objetiva / Planejar o processo de alta / Descobrir o motivo de ‘impasse’ no tratamento
Finalidades do Psicodiagnóstico
3) Como meio de comunicação
-Pacientes com dificuldade de conversar espontaneamente
- Melhor ‘aceitação’ do tratamento (Ex: pág.10)
4) Investigação científica
- Pesquisa de novos instrumentos de psicodiagnóstico
- Investigação de patologias
A qualidade do processo de Psicodiagnóstico
- Refinamento dos instrumentos 
Estratégias de marketing, ou seja, divulgação do serviço para outros profissionais
Definir as reais necessidades do usuário: “(...) muitas vezes, psicólogos competentes acabam por fornecer uma grande quantidade de informações inúteis para as fontes de encaminhamento por falta de uma compreensão adequada das verdadeiras razões que motivaram o encaminhamento ou, em outras palavras, por desconhecimento das decisões que devem ser tomadas com base nos resultados do psicodiagnóstico” (CUNHA, 2000, p.25) 
Psicólogo deve conhecer o mercado
A qualidade do processo de Psicodiagnóstico
Conhecimento do mercado de usuários do serviço
É fundamental manter canais de comunicação com os diferentes tipos de contextos profissionais 
Familiarizar-se com a variabilidade de problemas
Conhecer as diversas decisões que devem ser tomadas a partir daqueles resultados
Permitirão ao psicólogo adequar seus dados às necessidades das fontes de encaminhamento, de forma que seus resultados tenham o impacto que merecem e o Psicodiagnóstico receba o crédito a que faz jus
Estratégias de aproximação

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